tag:blogger.com,1999:blog-6859174930594377222024-03-13T17:08:05.403-07:00Blog de Adylson MachadoAdylson Machadohttp://www.blogger.com/profile/13176196543840796712noreply@blogger.comBlogger1842125tag:blogger.com,1999:blog-685917493059437722.post-54370911458928772072024-03-10T16:17:00.000-07:002024-03-13T17:07:31.158-07:00Fragrâncias<p> </p><div style="border: 1pt solid windowtext; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-element: para-border-div; padding: 1pt 4pt;">
<div style="border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-element: para-border-div; padding: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt;">
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana;">O
Chanel Nº 5 certamente é das mais icônicas fragrâncias contemporâneas, tida mesmo
como atemporal. Tem origem em um óleo essencial extraído da madeira do
pau-rosa, originário da Amazônia. Faz fama desde sua criação, atribuída a
Gabrielle Bonheur Chanel (1883-1971), em 1921, para a Coco Chanel.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana;">A
não menos famosa Rainha de Sabá alcançou notoriedade em seu tempo – o que a imortalizou
– por sua capacidade de manusear perfumes – ‘imperatriz do aroma’, disse-o o
poeta Sosígenes Costa – e o conjunto de odores por ela destilados – da mirra ao
sândalo, da lavanda ao patchouli, do nardo ao cedro, do incenso ao bálsamo, da
murta ao ládano, da canela ao gálbano – soube-o dominar. Por tudo dela
originado envolvendo essências poetas a definem metaforicamente como <i>lágrima
sabeia</i>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana;">Mas,
no curso dos tempos, e da facilidade de acesso, a apropriação das essências não
mais somente se fundou em si mesma, mas na marca a ela atribuída. A ‘personalização
da essência’ de certa forma despreza a origem e favorece o rótulo. A mesma
essência será, assim, reconhecida por nomes diversos.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana;">Sob
tal diapasão nomes famosos ‘vendem-se’ ao mercado de perfumarias e induzem o
consumidor à aquisição para “ser” ou “parecer” com quem lhe dá o nome.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana;">Não
enveredemos aqui por compreender o “fetiche” da mercadoria perfume como em
torno desta filosofou Karl Marx, mas certamente seria um singular exemplo para
sua interpretação...<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana;">Mas,
por que todo esse arrazoado? Eis que descobrimos novas “essências”
perfumísticas: Michele, ex-primeira-dama tornou-se rótulo para uma essência
qualquer que será comercializada não por ela em si mas pela referência
especulativa. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana;">Como
não bastasse anunciam uma essência com o nome do marido. Desconsiderando a
ironia de José Simão – de que a dita cuja encontraria suas raízes no “aroma
capim” – certo que a coisa já transita pela comercialização. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana;">Lançamento
com pompa e circunstância muito brevemente. Não faltará quem esgote reservas
financeiras, saque da poupança, venha a se endividar – até mesmo reduzir o
dízimo para as igrejas, os que o pagam – para fazer parte dos enlevados que aperfeiçoarão
a sensibilidade olfativa e, para provar a utilização de tal inovação, não
causará surpresa que venham a andar se cheirando como cão pelas ruas para
demonstrar afeto, fidelidade e admiração idolátrica às fontes das “essências”.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana;">E
ficamos a matutar, a que ponto estamos alcançados: para uma gente que ilustra
seu conhecimento universal reconhecendo Israel como país cristão (certamente
por desconhecer o assassinato de Jesus a pedido da teocracia local), que ainda
insiste em reconhecer a quadratura da Terra, que nega avanços da Ciência em
benefício da vida etc. etc. etc. trilhar por fragrâncias impostas não lhes
custará reconhecer e propagar como profecia aos quatro ventos do universo a
essência do pum como dádiva divina e a mais estonteante de tudo até hoje levada
a termo.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana;">Em
especial alcançará eflúvios ímpares se dita ‘essência’ se originar de algum
mito ou de quem lhe esteja próximo. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana;"> </span></span></p>
</div>
</div>Adylson Machadohttp://www.blogger.com/profile/13176196543840796712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-685917493059437722.post-75358173343659648572024-02-25T14:26:00.000-08:002024-03-10T08:37:44.090-07:00O Presidente Lula andou lendo Plutarco<p><span style="font-family: verdana;"><span style="text-align: justify;">No último século antes da Era Cristã os romanos avançavam para
consolidar sua expansão econômica e territorial dependendo em muito do
produzido nas províncias conquistadas. Alcançaria foro de império em dimensões
gigantescas no curso dos anos (Norte da África, Península Ibérica e Oriente
Médio), mas houve tempo em que Roma dependia dos mares e não se pode dizer que
detivesse controle pleno sobre eles; os riscos de navegar muito grandes,
incluindo a temida pirataria no entorno da Sicília. </span></span></p><p><span style="font-family: verdana;"><span style="text-align: justify;">Por volta de 70 a.C. ao
general Pompeu </span><span style="background: white; color: #4d5156; text-align: justify;">(106-48 a.C.)</span><span style="text-align: justify;"> a incumbência de transportar o trigo das
províncias para a sede do Império de Roma e diante do temor esboçado por seus
comandados – afirma-o o historiador Plutarco – teria proferido a famosa frase
que veio a ser referência para o poema de Fernando Pessoa “Navegar é Preciso”
como tema para a criação como vocação do homem, que o insigne português punha
acima do próprio viver:</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Naqueles tempos, os riscos de navegação eram grandes, em virtude das
limitações tecnológicas e dos vários ataques piratas que aconteciam com
relativa frequência. Sendo assim, os tripulantes daquela viagem viviam um grave
dilema: salvar a cidade de Roma da grave crise de abastecimento causada por uma
rebelião de escravos, ou fugir dos riscos da viagem mantendo-se confortáveis na
cidade de Sicília. Foi então que, de acordo com o historiador Plutarco, o
general Pompeu proferiu a lendária frase.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Não afirmemos que tenha Lula lido Plutarco, mas – quando nada – sabe-o
pronunciada por Ulisses Guimarães, ao lançar-se anticandidato à Presidência da
República em setembro de 1973 enfrentando a peito aberto a ditadura militar
naquela fase das mais macabras.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Os riscos de aventurar-se por mares bravios (enaltecidos por Camões nos
Lusíadas) não constitui privilégio ou primado de uma época, de um instante no
curso da História, mas do reconhecimento da dignidade diante do terror, do
medo, do assombro. A perseverança em marcar posição em defesa de um ideal acima
da própria vida.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Afastado de qualquer ufanismo nos filiamos ao enfrentamento levado a
termo pelo Presidente Lula ao questionar o genocídio posto em prática por Israel
(em sua dimensão sionista) sob o crivo de Netanyahu. Não por ser Lula
presidente do Brasil; mas por existir e levantar sua voz contra tamanho absurdo.
Sua grandeza existe em externar sua voz contra oprimidos além fronteiras.
Afinal, o povo palestino não pode ser confundido com este ou aquele grupo que
ponha em prática atos condenáveis. Quem admite que a matança que ultrapassa 30
mil mortos – que não são do Hamas – entre recém nascidos, mulheres e idosos,
hoje privados até de alimentação, não o faz por conhecimento histórico,
tampouco por reconhecer Jesus como sionista. Afinal, por defender o que
defendeu foi assassinado pela cúpula do Sinédrio que impôs a Pilatos sua
condenação sob pena de ser ‘traidor’ de Roma.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Afinal, como já registramos neste espaço (<a href="https://adylsonmachado.blogspot.com/2023/10/la-estavam-os-cananeus.html">Lá estavam os Cananeus</a>) <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: verdana;"> </span></o:p></p>
<h2 style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 7.5pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: small;"><span style="color: #32383e; letter-spacing: -0.3pt; line-height: 107%; text-transform: uppercase;">DEUTERONÔMIO 20<u1:p></u1:p></span><span style="color: #979797; line-height: 107%; text-transform: uppercase;"><o:p></o:p></span></span></h2>
<p class="l0" style="background: white; margin: 0cm 0cm 5pt 70.9pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span class="v"><sup><span style="color: #32383e; letter-spacing: -0.2pt;">16 </span></sup></span><span class="t"><span style="color: #32383e; letter-spacing: -0.2pt;">Contudo, nas cidades das nações
que o Senhor, o seu Deus, lhes dá por herança, não deixem vivo nenhuma alma.</span></span><span style="color: #020000;"><u1:p></u1:p><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="l0" style="background: white; margin-left: 70.9pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span class="v"><sup><span style="color: #32383e; letter-spacing: -0.2pt;">17 </span></sup></span><span class="t"><span style="color: #32383e; letter-spacing: -0.2pt;">Conforme a ordem do Senhor, o seu Deus,
destruam totalmente os hititas, os amorreus, os cananeus, os ferezeus, os
heveus e os jebuseus.</span></span><span style="color: #020000;"><u1:p></u1:p><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="l0" style="background: white; margin: 0cm 0cm 0cm 70.9pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span class="t"><span style="color: #32383e; letter-spacing: -0.2pt;">...</span></span><span style="color: #020000;"><u1:p></u1:p><o:p></o:p></span></span></p>
<h2 style="background: white; margin: 2pt 7.5pt 0.0001pt 70.9pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: small;"><span style="color: #32383e; letter-spacing: -0.3pt; line-height: 107%; text-transform: uppercase;">1
SAMUEL 15<u1:p></u1:p></span><span style="color: #979797; line-height: 107%; text-transform: uppercase;"><o:p></o:p></span></span></h2>
<p class="l0" style="background: white; margin: 0cm 0cm 0cm 70.9pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span class="v"><sup><span style="color: #32383e; letter-spacing: -0.2pt;">3 </span></sup></span><span class="t"><span style="color: #32383e; letter-spacing: -0.2pt;">Vai, pois, agora e fere a
Amaleque; e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém
matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os
bois até às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos.</span></span><span style="color: #020000;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Os que enfrentaram o poder concentrado e manipulado sabem – alguns não
tiveram tempo de percebê-lo no existir – que põem sua vida em risco. Os loucos
e desvairados aí estão imaginando-se heróis. Que o digam Lennon, Kennedy,
Gandhi, Luther King e profetas do Velho Testamento (o último deles,
Jesus de Nazaré, assassinado por enfrentar o poder judaico de então). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Há quem pense em si em detrimento dos que sofrem. Mas não cabe somente
aos profetas clamar contra as injustiças, contra os poderosos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Dito isso, pode não ter Lido Plutarco ou Fernando Pessoa, mas deste
certamente o Presidente Lula conhece e verberou para o mundo: “Tudo vale a pena
/ se a alma não é pequena” (Mar Português).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">E do poema trazemos sua conclusão:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 63.8pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“Deus ao mar o perigo
e o abismo deu,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 63.8pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mas nele é que
espelhou o céu”<o:p></o:p></span></p>
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana;"><div><span style="line-height: 107%;"><br /></span></div>Falta-nos, e muito, conhecer História, ler
Pessoa e raciocinar com lucidez.</span></span><div><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></span></div>Adylson Machadohttp://www.blogger.com/profile/13176196543840796712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-685917493059437722.post-78806225548566557842024-02-18T09:12:00.000-08:002024-03-08T15:42:01.533-08:00"Êta paisinho..."<p> </p><div style="border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-element: para-border-div; padding: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt;">
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Perdoe-nos o paciente e estimado leitor deste escriba
de província o tanto retardar a postagem deste semanal. Problemas técnicos
presentes, mas não somente isso.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Vivenciamos singularidades que – nessas quase oito
décadas de existência – não imaginaríamos viver. Dentre muitas a forma como a
denominada imprensa ‘formadora de opinião’ trata a realidade. Inelutável que o
país hoje ocupa espaço no concerto das nações como há muito não ocupava. Esse
nosso “há muito’ está voltado para um fato concreto: muitos são os anos para
reconhecimento, mas para destruí-los pouco tempo basta. E quem mais o afirma
não está restrito aos limites territoriais desta <i>terra brasilis</i>. Mesmo
porque – no quesito ‘opinião editorial’ – nenhum destes arautos da verdade
encontra reconhecimento lá fora.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Dizemos isso – e logo decidimos concluir a especulação
– porque se nos basearmos naquilo que esses ‘técnicos de fancaria’,
‘comentaristas a serviço de quem os paga’, e quejandos tais, o país está
definitivamente alheado do resto do mundo no plano diplomático, desfeito de
perspectiva na seara da Geopolítica, sofrendo reveses na política econômica
(interna e externamente) etc. etc....<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mesmo quando o seu Presidente estabelece postura em
nível planetário – agradando ou não, o que é natural – a plebe ignara (obrigado
Stanislaw) do pensamento único de imediato ocupa o espaço do auditório
reservado à “turma do gargarejo”, dispensa a análise lúcida e cai de pau e pedra no indigitado, quando
lá fora a exaltação está mais expressa e somente contra ela gritam e esperneiam
os efetivamente atingidos com a verdade diplomática diante da crueza da Geopolítica
pensada pelo Ocidente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Nada a criticar diante da ‘qualificação’ crítica.
Afinal, quem pouco ultrapassou as primeiras letras do alfabeto humanístico e
ainda não superou conta de somar e diminuir no âmbito da distribuição da
riqueza de todos concentrada em <i>unzinhos</i>, falar em questões de tamanha
envergadura cheira a falar de “paz e amor’ para quem só conhece a guerra.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em “O Homem Que Desafiou o Diabo (2007), dirigido por
Moacyr Góes), o personagem ainda não tornado Ojuara levanta-se, abre a janela,
olha para a rua e destila: “Êta cidadezinha de merda!” <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Adiantamos ao caro e estimado leitor que o ‘paisinho’
não é o país em sua totalidade, mas parte de sua gente que se imagina dominá-lo
por deter uma caneta ou teclado. E nem se fale dos que se expressam nas ‘telinhas’
alcunhados de ‘experts’, ‘comentaristas’, ‘profetas’ </span><span style="font-family: verdana;">–</span><span style="font-family: verdana;"> e nem fale de quem disponha de um púlpito </span><span style="font-family: verdana;">–</span><span style="font-family: verdana;"> verborragindo baboseiras.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Não é a Jardim dos Caiacós do filme. Mas, êta paisinho...
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-spacerun: yes;"><br /></span></span></p>
</div>Adylson Machadohttp://www.blogger.com/profile/13176196543840796712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-685917493059437722.post-44570205961798909862024-02-11T14:58:00.000-08:002024-02-23T04:45:20.671-08:00Intolerável<p> </p><div style="border: 1pt solid windowtext; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-element: para-border-div; padding: 1pt 4pt;">
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A lucidez não permite
tolerar o que acontece no país. Pouco mais de ano da tentativa de ruptura constitucional,
de derrubada das instituições que sustentam o Estado Democrático de Direito, de
tentativa de golpe para destituir um governo recém-empossado, de terrorismo
explícito (bomba em carro tanque ao lado do aeroporto de Brasília), de ameaça
de matar ministro, de invasão e depredação de prédios públicos em centros e
sedes de Poderes da República, de conhecimento de reunião golpista no Planalto
em dimensão ministerial etc. etc. e o ex-presidente(?) anuncia ato em espaço
público em defesa dos interesses inconfessáveis que defende.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Dele individualmente este
escriba de província nada espera, tampouco cobra. Mesmo porque tem consciência
de que a chegada do ‘ilustre’ aonde chegou não foi fruto de sua (in)capacidade
individual, mas de uma articulada trama (e muito bem articulada!), baseada não
só em projeto alheio territorial e politicamente ao país; mas de efetiva
participação de parcela da judicatura (Curitiba e TRF-4), incluindo o STF e o
TSE que tanto fizeram e contribuíram para que o dito cujo vencesse as eleições.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Por tal razão toda e
qualquer adjetivação hoje atribuída ao próprio e levada aos quatro cantos como
crítica não convence este escriba como novidade. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Apenas avivando o fogo da
lembrança – as cinzas não se fazem à custa da realidade do fogo que a origina?
– alguém das cúpulas (Judiciário, Forças Armadas etc. ou da sociedade
civil-empresarial) desconheceria a atuação terrorista do inominado nos idos de
1986 (explodir a adutora do Guandu, no Rio de Janeiro) que o levaram à prisão
por 15 dias e se consumou com a sua reforma aos 33 anos dois anos depois?... Ou o que dele dizia o ex-presidente Ernesto Geisel </span><span style="font-family: verdana;">–</span><span style="font-family: verdana;"> para quem o mais ameno era chamá-lo de "</span><a href="https://www.diariodocentrodomundo.com.br/geisel-detestava-bolsonaro-mau-militar-fora-do-normal-vivandeira-da-ditadura-por-kiko-nogueira/ " style="font-family: verdana;">mau militar</a><span style="font-family: verdana;">"?</span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A reforma do então tenente
– solução técnico-jurídica encontrada pela Justiça Militar – mais visou burlar
a opinião pública, ou maquiar a ‘justiça’ <i style="mso-bidi-font-style: normal;">interna
corporis</i>. A inoportunidade e momento histórico não poderiam reconhece-lo
expulso por ato de terrorismo diante da imagem desgastada de uma ditadura
militar que acabava de ser defenestrada (a qual sempre defendeu, e para ele no
período deveriam ter sido mortos/assassinados 30.000 Brasil a fora).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Não, caro e paciente
leitor deste escriba de província. A atuação do STF legitimou o ilegitimável,
de admitir a inconstitucional prisão em segunda instância – lançando às
calendas o trânsito em julgado fixado na Constituição Federal como direito
pétreo – não bastasse haver deixado correr frouxo um processo de impeachment,
legitimado pela Corte sob o pálio da omissão. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Sabido e consabido que a
prisão do então ex-presidente Lula inviabilizaria sua candidatura e a garantia
desta ficou aguardando na gaveta do Ministro Fachin até que fosse conveniente e
garantido o seu alijamento do processo eleitoral;. E preso estava epois de 1 ano e 8 meses de processado, com decisão do TRF-4 que ampliou a condenação unânime na dosagem de penas (os três julgadores concordaram até nas vírgulas com o relator!.</span></p><p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A ex-presidente Dilma Roussef
fora defenestrada sob a anuência deste mesmo STF, a ponto de um Ministro
declarar em entrevista que a questionada inconstitucionalidade do processo de
impeachment não poderia ser analisado pela Corte por se tratar de tema correto
sob o prisma da processualística interna do Câmara, ainda que a questão que lhe
cabia dizia respeito à ausência de objeto, ou a inconstitucionalidade do objeto
que amparava àquele. Tal absurdo (ou conveniente ‘frouxidão’ diante do sistema
que se beneficiaria de tudo) representava o mesmo que dizer que um inquérito
policial armado para perseguir alguém, sem indícios de crime, seria válido
porque internamente estava regularmente constituído.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Lemos recentemente que “as
redes” estão sob “controle” de admiradores do ex-inquilino do Alvorada.
Residiria aí o temor das instituições diante dos absurdos em curso?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Como cobrar de quem
alcançou o poder máximo do país à custa de tamanhas omissões?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Não, caro e paciente
leitor deste escriba de província. Não há justificativa alguma para chorar o
leite derramado. Em especial para o intolerável.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Ou será que o ‘absurdo’
tem razão para existir e mesmo ser alcançado por uma ‘anistia branca’?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Certamente isso estaria em
andamento caso depois do ato anunciado (legitimador dos absurdos perpetrados e
provados à exaustão) se torne confissão escancarada da covardia institucional e
não esteja o ex-inquilino do Alvorada preso. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Ou </span><span style="font-family: verdana;">–</span><span style="font-family: verdana;"> quem sabe? </span><span style="font-family: verdana;">–</span><span style="font-family: verdana;"> conseguindo
asilo como político “perseguido”, na vizinha Argentina!</span></p><p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p>
</div>Adylson Machadohttp://www.blogger.com/profile/13176196543840796712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-685917493059437722.post-39569151877619244462024-02-04T15:17:00.000-08:002024-02-18T13:48:06.059-08:00Os donos do mundo<p> </p><div style="border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-element: para-border-div; padding: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt;">
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Registramos em <a href="Caminhos Existem">Caminhos Existem</a>:1,6
quatrilhões de dólares americanos, 80 PIBs desta <i style="mso-bidi-font-style: normal;">terra brasilis</i>; 8 décadas – quase um século – de riqueza anual
produzida no Brasil a preços de hoje concentrada nas mãos de um punhado (e bota
punhado nisso!) de especuladores que controlam o sistema financeiro
internacional/mundial.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Eis-nos futucando a
desarrumada biblioteca e reencontramos “Os Credores do Mundo”, de Anthony
Sampson (Editora Record, 1981), com o singular subtítulo ‘Os Banqueiros
Internacionais Que Financiam a Dívida Externa’.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Na página 29 (Capítulo 2 –
Quem cuida do Mundo), uma citação de Galbraith: “O processo através do qual os
bancos criam dinheiro é tão simples que a mente não o aceita”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“Tão simples” que se nos
assemelha à facilidade com que treiteiros (definidos vernacularmente como
estelionatários para fins punitivos) vivem e sobrevivem à custa de enganar o
semelhante para deles auferir vantagens. Vem-nos à mente Bertold Brecht
(1898-1956) na “Ópera dos três vinténs” (1928): “O que é roubar um banco
comparado a fundar um banco?”, desdobrada na reprodução cotidiana em ‘o que
diferencia um assaltante de banco de um fundador de banco’ e, muito
contemporaneamente; ”Roubar um banco é coisa de pobre; afundá-lo é coisa de
nobre” (<a href="https://www.jusbrasil.com.br/artigos/roubar-banco-e-coisa-de-pobre-afunda-lo-o-economico-por-exemplo-e-coisa-de-nobre/232759511 ">vide</a>) por meio da também não pouco singular e valiosa contribuição tupiniquim
a fazer lacrimejar o orgulho pátrio inspirado no Conselheiro Acácio.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Muito a propósito, recomenda-se a leitura de um clássico da Literatura Portuguesa ,“A Arte de Furtar”, hoje reconhecida como do
jesuíta Padre Manoel da Costa (1601-1667).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mas, lá vamos nós,
observando o jogo de interesses sob controle dos ‘donos do mundo’, exploradores
como ninguém deste o antanho e – naturalmente muitos cairão de pau neste
escriba de província – causadores por excelência da miséria e da fome no planeta.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A ‘criminalidade
mafiocrata’ – que somente admite de bilionário para cima, em torno da qual
gargareja aquela parcela apenas milionária e defendida (não se espante o leitor)
com unhas e dentes por quem não tem o que expelir diariamente como excremento,
e que, espumante e raivosa, desanca quem critique a ‘livre iniciativa’ e o
‘capitalismo neoliberal predador’ que a miserabiliza. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">‘Donos do mundo’ porque
assumem o controle de Estados nacionais impondo-lhes regras elaboradas pelos
organismos por eles criados para tudo justificar e levado aos quatro cantos
como verdade absoluta e tachando de inimigos os que porventura levantem senões.
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=RH5nj1W1BEg&ab_channel=PepeCaf%C3%A9">Pepe Escobar</a>, em uma de
suas mensagens no Pepe Café, ilustrando em torno dos destinatários da defesa
das minorias alardeada pelos poderosos ilustra muito bem quem são ditas
minorias as efetivamente protegidas: os bilionários.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Muito a propósito nos idos
de 2008/2009 a quebra do sistema financeiro, colapsado por meio do chamado ‘subprime’
(aperfeiçoamento do dito por Galbraith), que fizera invadir o mercado
imobiliário com “papeis’ sem lastro, multiplicados ao infinito, até que pelo
meio do caminho alguém tentou resgatar e se viu com a porta ‘arrombada’: de
imediato o tesouro estadunidense o amparou com a bagatela entre 4 a 5 trilhões
de dólares. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Memória curta a nossa.
Talvez por conveniência levados ao esquecimento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Conclusão deste escriba de
província diante de ‘análises’ do mercado: os “donos do mundo” não estão nada
satisfeitos com os caminhos pretendidos pelo governo para a economia
brasileira. Afinal, heresia pura pretender gerar emprego, distribuir renda,
fortalecer a indústria nacional, investir em estradas, portos, ferrovias,
refinarias etc. etc. e a maior das heresias: cobrar imposto de quem ganha mais
(os muito ricos, naturalmente; não a pequeno-burguesia que os defende).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O centro das preocupações
e orientações de sempre: controle da dívida, da inflação, o equilíbrio fiscal
etc. etc. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">(A propósito da inflação
personagem nosso em algum destes mal escritos oriundos desta mente provinciana
diz com todas as letras: se inflação fosse ruim para os ricos com certeza não
existiria).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mas, retomando o roteiro: tomar
emprestado em suas mãos ‘banqueiras’ e entregar aos seus apaniguados o que
resta do patrimônio pátrio certamente é bem melhor. Dizem-no seus porta-vozes. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Tanto que a ‘prudência do
Banco Central’ mais e mais aplaudida por tal estamento, ainda que juros
escorchantes permaneçam.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mas, os “donos do mundo”
não vivem de tais juros?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><br /></p>
</div>Adylson Machadohttp://www.blogger.com/profile/13176196543840796712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-685917493059437722.post-15654415982062088012024-01-28T13:43:00.000-08:002024-02-11T18:26:30.051-08:00Da barbárie à pós barbárie<p> </p><div style="border: 1pt solid windowtext; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-element: para-border-div; padding: 1pt 4pt;">
<p class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Quando nos imaginávamos trilhando a
Civilização eis-nos no estágio da pré-barbárie. Dizemos isso sustentado no
elementar raciocínio de que se retornamos àquilo que condenamos no passado e pensávamos ultrapassado
pecamos duas vezes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Incomoda o ser humano – humana e
humanisticamente – assim compreendido, toda e qualquer atrocidade cometida contra
indivíduos da espécie no curso da História. E isso que chamamos de Civilização
é fruto de um processo de evolução moral e ética, que transitou lenta e
constantemente no curso dos milênios recentes, consubstanciando a Moral em Ética e estabelecendo, através de ordenamentos jurídicos que superaram a
teocracia, a tirania, a monarquia absoluta etc.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Os desta terra de São Saruê vivemo-la
nos últimos cinco séculos o que nos coube cometer. Debret legou para que não
esquecêssemos tristes expressões da escravidão em sede brasileira, aquela que
utilizou o semelhante não como objeto de conquista guerreira mas para o viés mais
aviltante, o de vê-lo como mercadoria.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A pós barbárie
vivia(veria) no plano do inconcebível em dimensão civilizatória tão somente
como texto para estudo de contexto do absurdo. O processo de evolução de
valores em relação aos direitos naturais – <span style="color: #040c28;">o direito à vida, à liberdade, à reprodução e à ideia de justiça
– sem pretendermos reconhecer – como o via John Locke (1632-1704) – a
propriedade no rol de tais direitos, o que natural, no plano histórico, porque
partido de um dos próceres do liberalismo em época em que a pirataria era a mais
amena das formas de conquista da riqueza alheia</span><span style="background: white; color: #474747;">.</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Perdoe-nos o caro e
paciente leitor deste escriba de província. Em especial aqueles que têm os EEUU
como destino reverenciado e sonhado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">De parte dele – todos os
que convivem com ele o sabem – há um ‘testamento’ sem registro ou traslado em
cartório com o único e irrenunciável ato de última vontade: caso tenha que ver salva
a sua vida e dependa para tanto de passagem por sobre o espaço estadunidense,
ainda que o aéreo, por favor deixem-no morrer, caso contrário não dará trégua aos
que o permitiram quando em dimensão de ‘fantasma’.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Não se trata de xenofobia
como muitos desavisados diriam. Mas da conscientização construída no curso estudos e leituras de
fatos históricos. Desde tomada de territórios alheios (como o fizeram com o
mexicano, que perdeu o Texas, o Novo México e a Califórnia, que – além da
riqueza assaltada que fez elevar a riqueza do país – representam cerca de 14.9%
do território atual) sob força da pólvora ou do dinheiro. Coisa que pouco
mudou. Hoje premia o México com um muro de isolamento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Ainda que não o seja em
nível federal, a constituição estadunidense admite decisões sobre o Estado
confederativo ser ou não assassino (assim o dizemos) ao admitir a pena de morte
para certo tipo de crime. Não precisa afirmar – ainda que não disponhamos de
números exatos – que hispânicos e negros em geral são os destinatários comuns
aos corredores da morte.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Temos particularmente
ojeriza à pena capital. Para nós, o fracasso civilizatório mais evidente. A uma,
porque não consegue reduzir a prática de crimes que a exijam; a duas, porque os
destinatários desconhecemo-los entre os abastados, a não ser que outras razões
(políticas) intervenham, da qual não escapam nem mesmo presidentes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mas o suprassumo do fétido
e asqueroso sumo chega com festa e pompa ao Tio Sam: não basta matar para
excluir o peso da sociedade, mas fazê-lo agonizar por minutos até que se fine a
vida. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Por onde tal barbárie está
a ocorrer a vida animal encontra o respeito que a humana não alcança: em fase
terminal é sacrificado, sim; mas anestesiam-lhe antes. Por lá a justiça não o
admite.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Quem pretenda assimilar um
pouco da verdadeira história daquele país – historiado pelo cinema, para não irmos
longe – verá que não se faz apenas de épicos, haja vista o que nos legam
exemplos como visto em “12 Homens e uma Sentença (1957), de Sidney Lumet;
Crime Verdadeiro (1999), de Clint Eastwood; “À Espera de um Milagre” (1999), de
Frank Darabont. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Para nos bastar por hoje,
não nos esqueçamos de como funcionam a condução de decisões judiciais e
investigações preliminares, basta pesquisar o próprio cinema assistindo, entre
tantos, “Sacco e Vanzetti” (1971), de Giuliano Montaldo, ou a minissérie para
TV (1977); “Os Intocáveis” (1977), de Brian De Palma; “Mississipi em Chamas”
(1988), de Alan Parker etc. etc.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No entanto, para não sermos
lisonjeado pela adjetivação da crueldade, não custa rir um pouco vendo
Carlitos, do inesquecível Chaplin, quando metaforiza o Estado na figura do
policial que o persegue, basta vê-lo.</span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p>
</div>Adylson Machadohttp://www.blogger.com/profile/13176196543840796712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-685917493059437722.post-1671781163403510332024-01-21T15:26:00.000-08:002024-01-27T17:34:31.869-08:00Conto de fadas - Parte II<p><br /></p><div style="border: 1pt solid windowtext; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-element: para-border-div; padding: 1pt 4pt;"><p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="text-align: left;"> </span>No dia aprazado iniciou o projeto</span></p><p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">– O administrador será aquele escolhido por
todos em eleições; os que legislarão também definidos em processo eleitoral; e
quem dará a última palavra sobre a aplicação da lei, os escolhidos entre os que
dominem a compreensão sobre ‘dar a cada um o que é seu conforme o seu
merecimento’. Tenhamos o povo no poder através de representantes, porque
teremos como lema o governo do povo, para o povo e pelo povo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">E lecionou:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">– Mas, para que tudo possa
acontecer impõe-se primeiro organizar a sociedade. Delimitar funções. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Então, nos dias que
seguiram, enquanto o povo aguardavs na praça, transformou sua sala em oficina e
aprofundou o trabalho:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Ouviu cada um dos anciãos.
Dentre eles escolheu os sete mais idosos para administrar a Justiça.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Dentre os de mãos
calejadas delegou-lhes a produção de tudo o necessário – do campo aos espaços
urbanos, dos alimentos às construções – e a outros o controle desta produção, aos
quais caberia fixar preços e rotas de comércio.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">De um em um escutou e
decidiu diante da capacidade. Alguns destinados à elaboração das leis; outros à
defesa do país; outros à propagação da palavra de Deus para consolar os aflitos
e perdoar-lhes os erros e pecados, sem elevar qualquer preconceito a quem
pensasse diferente ou tivesse outras crenças.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Escasseavam-se os da praça.
Restaram uns que formavam um punhado. Determinou que se achegassem. Perguntou-lhes
o que haviam feito, o que apresentavam como referência.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">– Senhor – disse-lhe o
primeiro – estive preso por haver estuprado uma vizinha e amiga. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O segundo não discrepou:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">– E eu, Senhor, por haver
matado para roubar de um pobre velho o que guardava para cuidar dos filhos que
cresciam.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Um terceiro pontuou categórico:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">– De minha parte, Senhor,
mentia e trapaceava, vendia o que não possuía...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Escutou-os com atenção
redobrada. Disse-lhes então o enviado:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">– Do que fizestes somente
posso oferecer uma empreita posta em prática na terra de onde venho e que se
tornou próspera. Considerai-vos doravante arrependidos e crentes, exemplos a
serem seguidos, porque salvos pela vontade do Senhor Altíssimo. Proclamareis essa
confissão em praça pública, estradas e rincões do país, e hão de fundar novas
igrejas porque grande é o poder do arrependimento e convencerás e o
demonstrarás aos que o pretendam. Nunca afirmem – muito menos insinuem aos
pobres – que a pobreza é um fenômeno político, não natural, tampouco resultante
da escassez adredemente elaborada para beneficiar uma parcela daquela que será
classe dominante nesta terra. Afirmem, aos gritos – se necessário – que a
pobreza é a falta de fé. Nada mais que isso!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">– Senhor, e se houver
recusa em conquistar fiéis?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"> – Como por lá ocorre, digo-vos pela
experiência, anunciarás – com força e determinação – o desprezo a todos os bens
materiais dos que acreditam em Deus como caminho de melhoria de vida. Apelem
para a fé de que quanto mais derem mais receberão. De que 90, 80, 70, 60, 50 com Deus é mais
que 100, e assim por diante. Importante e imperativo que se desfaçam todos do
pouco para que muito venham a ter conforme a fé se aprofunde.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">– Senhor, e quando não
conseguirem?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">– Quando assim os buscarem
digam – como dizem os de lá – que a fé ainda não foi suficiente, claudica. Mas
que há de ser perseguida e, a qualquer instante, será premiado o esforço
dispendido.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">E prosseguiu, eufórico:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">– Sereis tão fortes que,
em pouco tempo, conseguireis controlar não só os fiéis, também os poderes, pois
não tardarão a eleger número suficiente de dirigentes e, além de submeterem os
governantes que não sejam de vossas hostes – que serão os naturais inimigos do
povo de Deus e adeptos de Satanás que precisam ser enfrentados – mesmo
controlarão a edição de leis em todos os níveis e estarão no lugar dos anciãos
que se forem, julgando tudo que lhes chegue conforme seus próprios interesses e
exclusivas convicções, inclusive conquistarão do Estado benesses várias, até em
ouro. Alguns de vocês mentirão e levantarão inverdades – tudo em nome do que
pregam – para mais e mais garantirem espaço. Afirmarão possuídos pelo Tinhoso os
que não pensem conforme a pregação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Concluído seu trabalho
anunciou despedida para o dia seguinte.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Todos se dirigiram à praça
e o reverenciaram. Curvou-se em agradecimento, solenemente levantou a mão para
o adeus desejando felicidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Viram-no partir sereno
como chegara.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: verdana;">Só não viram que, assim que o esfumaçamento e a distância não permitiam percebê-lo, ria... ria... ria... ria... e não tardou gargalhar profusamente, tamanha a euforia com a missão cumprida.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><br /></p></div>Adylson Machadohttp://www.blogger.com/profile/13176196543840796712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-685917493059437722.post-54154868965550371102024-01-14T15:15:00.000-08:002024-01-21T15:25:17.389-08:00Conto de fadas - Parte I<p> </p><div style="border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-element: para-border-div; padding: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt;">
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Havia um país muito
distante. Todos felizes sob a condução de um Sultão muito bondoso ao qual
tributavam respeito e recursos. País pequeno e de poucos habitantes – não
chegavam a 50 mil – razão por que todas as decisões do reino proclamadas
diretamente a eles na grande praça ladeada de jardins encantadores em frente ao
palácio real.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Sentindo que a vida
terrena chegava ao fim o vetusto soberano chamou o Grão-Vizir e passou-lhe as
determinações de última vontade resumidas apenas na expressão: “Quando me for
não permitam o surgimento de um novo rei”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Impactado com aquela
decisão, de logo indagou o fiel conselheiro, como o reino seria administrado:
“Como outro Sultão somente seria entronizado depois do oitavo mês de minhas
exéquias você cuidará deste povo. Antes que o prazo se conclua chegará de uma
terra distante um ser trajando púrpura e sedas banhadas a ouro que será
apresentado a todos e ditará o futuro do país. Até lá, como último ato de
vontade, anulem-se todos os processos e esvaziem as cadeias de todos os tipos
de criminosos para que possam ser reconhecidos iguais a todos os que ouvirão as
‘boas novas’. Editem em todas as praças estas minhas disposições”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Duas semanas depois passou
desta para a melhor o bondoso monarca. Ultrapassados os dias de luto e sepultamento
iniciou-se a espera. Afinal ninguém podia prever dia, mês e hora. Apenas que
tudo aconteceria no máximo de oito meses. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Enquanto aguardavam
indagavam-se em torno do que viria. Intrigava-os que mesmo o primeiro ministro
sabia tanto quanto eles.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Um dia ouviram-se as
trombetas. Um homem solitário trajando púrpura e seda apareceu no horizonte e
cresceu sob os olhares. O ministro regente recebeu-o e de imediato levou-o à
escadaria do palácio de onde pudesse ser visto e em plenitude ouvida a sua
mensagem.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“Saúdo este encantado povo
de um país que será celeiro do mundo e pátria para a humanidade. Enviado o fui
para organizar a sucessão do nosso estimado e generoso monarca dentro dos
paradigmas que norteiam o bem-estar da sociedade de onde venho. Pediu-nos ele –
que o Alto o tenha – quando nos visitou que – após a sua morte – trouxéssemos
nossa experiência, que tanto o encantou, para tornar este povo o que ele sonhou
e não conseguiu em vida. Conhecera nossos lares, nossas estradas e avanços
tecnológicos. Impressionou-se com as homenagens proferidas por nossos representantes,
com a pureza das ideias expressadas em palavras doces, e ouviu sobre as
importantes reformas introduzidas nos últimos anos e que muito em breve dariam
os frutos, porque – como diz um de nossos augustos lemas – temos que fazer o
bolo crescer para partilhá-lo com o povo e, para tanto, todos hão de dar sua
cota de sacrifício. Até porque é dando que se recebe. E ouviu deste humilde tradutor
as razões por que tudo ocorria, pedindo-nos encarecidamente que tudo aqui fosse
aplicado que se fosse. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Como de sua última e benevolente
vontade, não mais uma só pessoa regerá os destinos desde povo. O próprio povo o
fará. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O projeto para o país será
efetivado em duas etapas; a primeira, constituindo o Estado Democrático de
Direito e as instituições que o regerão, bem como a composição e forma de
acesso a essas instituições; a segunda, as formas e meios de organização da
sociedade civil.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O Estado Democrático de
Direito – o Estado a que todos devem respeito à lei – será edificado sobre três
pilares; um poder para administrar, outro para elaborar leis e aquele que dirá
a última palavra sobre o cumprimento das leis<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Para a sociedade civil; a
imprensa – que será o quarto poder – instrumento da sociedade para fiscalizar
os interesses de todos; a religião, para ensinar a temer a um ser superior e a respeitar
o semelhante; o mercado, que controlará a produção e o consumo; e a educação,
inclusive a científica, para consolidar as experiências e conhecimentos
adquiridos que serão repassados e aperfeiçoados permanentemente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Gostaria de conhecer todos
vocês, um por um, mas como meu tempo é curto, a cada um que seja avaliado de
antemão estará destinado a cumprir a honrosa missão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Permitam-me descansar um
pouco e, a partir de amanhã, o até aqui dito será melhor esmiuçado e cada um
será ouvido e avaliado, quanto à capacidade e experiência, para assumir o
destino predestinado.</span><o:p></o:p></p>
</div>Adylson Machadohttp://www.blogger.com/profile/13176196543840796712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-685917493059437722.post-54426780181806763402024-01-07T13:00:00.000-08:002024-02-18T09:14:47.611-08:00Caminhos existem<p> </p><div style="border: 1pt solid windowtext; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-element: para-border-div; padding: 1pt 4pt;">
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Integramos aquela parcela
que amadureceu no curso da existência e perdeu o sonho de eras priscas (ou
enlouqueceu!...). Nada a ver com aquele “O sonho acabou”. Apenas somos assim,
dos que vivemos o entendimento das coisas a partir dos anos 50 do século
passado, com dificuldade imensa de entender por que tanto progresso e avanço
científicos convivem com o inverso absoluto da pretensão do Homem à Felicidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Reconheçamos que há
contemporâneos que persistem em ‘entregar a Deus’ – com o valioso apoio da
autoajuda – a solução para os problemas por nós criados e indefinidamente
esperam por dias melhores e, no último instante, apelam para o inexorável ‘fim
dos tempos’, ‘como Deus quiser!’ etc. etc. E mesmo custeiam os que prometem
sanar ou reduzir o desalento elevando templos e quejandos tais mundo a fora
para garantir vaga nas ‘naves da salvação’.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mas, imagine o caro e
paciente leitor o que significa a informação distante alcançada
através de um rádio alimentado por ‘acumuladores’ (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">baterias</i> usadas em veículos) – usamos a imagem do instrumento
veicular para ‘contemporizar’ o entendimento – diante do contemporâneo (ainda!)
celular!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Dispensemos outras
experiências de tempos desconhecidos do presente, como brincar na rua, tomar
banho de chuva etc. etc. etc. etc.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Consciente estamos, no
entanto, de que vivemos instantes atropelando-se. E os avanços
técnico-científicos sucedem-se como água rio abaixo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Dentre tantas e tanto algo
permanece como sempre, dispensado de alterações: riqueza acumulada. Em mãos de
poucos, pouquíssimos, que não sabem o que dela fazer a não ser utiliza-la como
‘toque de Midas’. Com descendência híbrida, que não se reproduz a si mesma.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Aproveitamo-nos de Luiz
Gonzaga Belluzzo (<a href="https://www.cartacapital.com.br/opiniao/endividamento-global/ ">Carta Capital</a>) citando Claudio Borio, diretor da área
monetária do Banco de Compensações Internacionais (BIS) <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“[...] Ao invés de
financiar a aquisição de bens e serviços, o que eleva os gastos e o produto,
(*) a expansão do crédito está simplesmente financiando a aquisição de ativos
já existentes, sejam eles ‘reais’ (imóveis ou empresas) ou financeiros”. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Antecipara o articulista:
“O capitalismo global reassumiu a sua forma mais avançada como economia
monetária, cujos agentes detentores dos poderes de criação da riqueza social
são tangidos pelo império da acumulação de riqueza sob a forma financeira”. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em outras palavras,
cruzamento de jumento com égua, que resulta em burro ou mula e se esgota aí
como geração.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Para evitarmos transtornos
aos nossos estimados leitores tal brincadeira envolve, segundo o próprio
Belluzzo, cerca de “US$ 1,6 quatrilhões em ativos” (grande parte inteiramente
estéril). </span></p><p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Pasme o paciente e estimado leitor: 1,6 QUATRILHÕES EM DÓLARES AMERICANOS, ou próximo a míseros pouco
mais de R$ 8.215 quatrilhões na cotação de 6 de janeiro/2024 na valorosa moeda
tupiniquim, ou seja, cerca de mais de 80 PIBs anuais do Brasil, sob a
estimativa de encerrar em R$ 10,5 trilhões neste findo 2023. </span><span style="font-family: verdana;">Simplesmente </span><span face=""Arial Black", sans-serif" style="background-color: #fcff01; font-size: 11pt; line-height: 107%;">80 ANOS</span><span style="font-family: verdana;"> de riqueza produzida anualmente nos
valores atuais!</span></p><p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Traduzindo no estilo da
velha Tabuada que alimentou nossos primeiros anos de estudo: R$ 10.500.000.000.000.000,00.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mas, alvíssaras – diríamos
em outros tempos e eras – uma pesquisa científica singular (achamo-la tão
significativa que não a recomendamos ao Ig Nobel) nos despertou para ‘sonhar’.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Matéria da <a href="https://www.bbc.com/portuguese/articles/c4nyr3l94xqo">BBC</a> revela a
descoberta do porquê do cocô boiar e afundar. O segredo está na quantidade de
metano que resulte da metabolização intestinal em cada momento, o que leva o
indigitado toloco a querer ‘submergir’ ou ‘emergir’. E como maior responsável,
dentro do conjunto de espécies bacterianas causadoras do ‘mistério’ uma
sobressaiu: a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Bacteroides ovatus</i>. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O que nos despertou a
atenção para tão singular tema, muito mais vinculado à escatologia, com
destaque valioso para estudo do Marquês de Sade, muito bem ilustrado por
Pier Paolo Pasolini (1922-1975) em “Saló”, foi o fato de que tal descoberta
abre caminho para utilização ‘racional’ do motivo do sobe e desce do indigitado,
que exige, segundo o pesquisador Nagarajan Kanan, apenas “financiamento” para aprofundar
as razões da “flutuação fecal”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Supimpa!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Antes que o caro e
paciente leitor comece a sentir necessidade de conferir explicamo-nos diante de
tanto interesse em não sugerir a remessa da pesquisa ao Ig Nobel ou presumir
que há mentes científicas carregadas da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Bacteroides
ovatus</i> e familiares próximas: possibilidade concreta de geração de energia
a partir daquilo que insistimos em lançar fora e, modernamente, utilizando a
descarga para tanto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">E daí um salto: como
podemos chegar à utilização energética utilizando o dito cujo por que não
viabilizarmos pesquisa para a transformação da merda em algo mais imediatamente
útil?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Com tanto dinheiro sobrando
sem utilização racional, em meio a isso cá de nossa parte ficamos a refletir:
para aliviar a fome e a miséria dos bilhões que ou nada têm, ou pouco têm ou
ainda querem ter, por que não pegar também parte daqueles US$ 1,6 quatrilhões,
do que sobra, e financiar pesquisa para transformar cocô em comida, escola,
trabalho etc.? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Reconheçamos temerária, de
certa forma, a solução aqui aventada, diante do risco concreto de o sistema (que
hoje domina o universo financeiro) exercer o poder de que dispõe junto ao
Estado contemporâneo, para editar leis para controlar o ‘fiofó’ alheio – tornado
meio de produção – para recuperar o gasto com a pesquisa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">De certa forma algo
adviria de imediato: financiamento em massa em comida para os povos famintos se
integrarem ao processo produtivo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">E, para os que dizem que
não há soluções para os seculares e aflitivos problemas desta que chamam de
Civilização: caminhos existem; não cuida/custa percorrê-los. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">______________<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">(*) Mas distribui riqueza...
(intervenção nossa).</span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p>
</div>Adylson Machadohttp://www.blogger.com/profile/13176196543840796712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-685917493059437722.post-59606484352445034642023-12-31T12:59:00.000-08:002024-01-07T15:32:47.214-08:00Juca Chaves presente<p> </p><div style="border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-element: para-border-div; padding: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt;">
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em instantes como o
presente em que o ‘instante’ é percebido instantaneamente não dá para jogar embaixo do tapete por muito tempo o que se esconde para disfarçar realidades.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em 1960 Juca Chaves lançou
“O Brasil Já Vai À Guerra” (liberado em 1961) criticando a recente aquisição do
governo brasileiro do porta-aviões Minas Gerais, que diziam uma quinquilharia
obsoleta para a Inglaterra tornada símbolo de poder bélico imensurável para o
país sob os aplausos dos ‘patriotas’ de então.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Nunca se soube de guerra
alguma encetada pelo Brasil (a não ser aquela a serviço da Inglaterra para
promover a intervenção no Paraguai atendendo aos interesses britânicos e que
levou ao genocídio da população masculina do vizinho, visto que à época
restaram apenas 4% dela). Mas lá estava o Minas Gerais à espera do nada em
lugar nenhum.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Não falemos aqui da
custosa manutenção das Forças Armadas dispostas sempre para uma guerra imediata
consumindo bilhões anualmente retirando parte da comida que os programas
sociais poderiam ampliar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mas, eis que a patriotada
vê oportunidade para um embate glorioso. Afinal, podemos ser levados a intervir
em defesa da ‘soberania’ territorial diante de uma ameaça da Venezuela à Guiana
(a antiga Inglesa).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">E para lá deslocados
equipamentos e bucha de canhão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em outros tempos
saberíamos da nossa capacidade bélica através de fotos de nossos temíveis
blindados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mas...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Lá estão ao vivo, muito à
distância, o potencial de que dispomos. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Não ria – tampouco chore –
caro e paciente leitor. Apenas reze para que tudo fique como está para ver como
é que fica.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mas não custa nada dar umas
boas gargalhadas. Para alegria da passagem de ano.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Ah! Não deixe de ouvir
Juca Chaves!</span><o:p></o:p></p>
</div>Adylson Machadohttp://www.blogger.com/profile/13176196543840796712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-685917493059437722.post-44271344381629063512023-12-24T13:01:00.000-08:002023-12-29T15:45:16.066-08:00Pedidos em aberto<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Ensinaram-nos a pedir bens materiais como reconhecimento ao
nascimento de um ser especialíssimo, que dataram – conforme o atual calendário –
como vindo a este planeta de todos nós no dia 25 de dezembro. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Teria nascido em
uma estrebaria e agraciado com a surpresa de pastores, ovelhas, vacas e jumentos. Iluminado
por uma Estrela Guia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Antes do contemporâneo ensinamento durante séculos alimentou a esperança de milhões por um mundo melhor. Lembrado através da reprodução do
cenário simples em que nasceu que lhe deram por nome presépio, trazido por São Francisco de Assis em 1223. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">A instalação de
um deles em qualquer espaço remetia de imediato à lembrança de um Salvador para
a Humanidade para quem viesse a seguir suas mensagens, todas pautadas, antes de
tudo, no Amor. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Eis-nos que neste 2023 - passados oito séculos da lembrança franciscana não vemos como – humanista e
humanitariamente – comemorar. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Quase no limiar da noite sagrada somente uma
família – em meio a um punhado de crianças dentre outras mais de cinco mil que
já sucumbiram – perdeu 76 de seus membros bombardeados por viverem próximo aonde nasceu o
Salvador e o local estar no centro de ambições que contrariam a mensagem deixada por Aquele.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">E corremos por ruas e praças em busca de uma manjedoura. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Porque
“A poesia, como os poetas, não morre” (Jean Cocteau) restaram-nos versos de pedidos em aberto:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.35pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.35pt; text-indent: 35.25pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span> </span><span> </span><span> </span>Ubuntu<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.35pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.35pt;"><span style="line-height: 107%;"><o:p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.35pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.35pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">“Eu sou porque nós somos” – Ubuntu <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.35pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.35pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">diz a sabedoria Xhosa, ensinando <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.35pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.35pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">a todos o valor e a importância <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.35pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.35pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">da solidariedade como razão<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.35pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.35pt;"><span style="line-height: 107%;"><o:p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.35pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.35pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Não há maior lição que isso <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.35pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.35pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">compreender e praticar no dia a dia <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.35pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.35pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">a singularidade universal de que <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.35pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.35pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">nada somos, como ser, sem o outro<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.35pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.35pt;"><span style="line-height: 107%;"><o:p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.35pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.35pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Esquecida lição, nem mesmo aprendida <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.35pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.35pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">por tantos, os muitos que se apropriam <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.35pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.35pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">da razão que nos faria aperfeiçoados <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.35pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.35pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">destinados a alegrar o Deus da Criação<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.35pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.35pt;"><span style="line-height: 107%;"><o:p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.35pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.35pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Afinal, “Como um de nós pode ser feliz <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.35pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.35pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">se todos os outros estiverem tristes?”<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><o:p> </o:p></span><span style="background-color: lime; color: red; font-family: verdana; font-size: large; text-align: center;">o-o-o</span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: large; mso-spacerun: yes; text-align: left; text-indent: 35.3pt;"> </span><span style="font-family: verdana; font-size: large; mso-spacerun: yes; text-align: left; text-indent: 35.3pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 141.7pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 141.7pt; text-indent: 35.3pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Século XXI<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 70.9pt;"><span style="line-height: 107%;"><o:p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 70.9pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">No presépio de então <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 70.9pt; text-indent: 35.3pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">a infância tenra <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.3pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.3pt; text-indent: 35.3pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">o armava conforme a tradição<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 70.9pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Avenidas e ruas de papelão <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 70.9pt; text-indent: 35.3pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">da fonte correndo água <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.3pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.3pt; text-indent: 35.3pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">lantejoulas cintilando <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 141.7pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 141.7pt; text-indent: 35.3pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">no céu de papel<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 70.9pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Nele a manjedoura refletia <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 70.9pt; text-indent: 35.3pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">da penúria exibida <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.3pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.3pt; text-indent: 35.3pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">o sorriso da Redenção<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 70.9pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Os magos reis <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 70.9pt; text-indent: 35.3pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">caminhando <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.3pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.3pt; text-indent: 35.3pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>um pouco a cada dia <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 70.9pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Tudo no mais ali <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 70.9pt; text-indent: 35.3pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">somente completava <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.3pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.3pt; text-indent: 35.3pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">a mais pura devoção<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.3pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.3pt; text-indent: 35.3pt;"><span style="line-height: 107%;"><o:p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 70.9pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Não mais o presépio de então <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 70.9pt; text-indent: 35.3pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">nada lembra a tenra infância <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.3pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.3pt; text-indent: 35.3pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">armando sadia tradição<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.3pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.3pt; text-indent: 35.3pt;"><span style="line-height: 107%;"><o:p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 70.9pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Na manjedoura não há a santa penúria <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 70.9pt; text-indent: 35.3pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">tão somente exibição em fúria <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.3pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.3pt; text-indent: 35.3pt;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">de hodierna ostentação<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.3pt; margin-right: -.75pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm -0.75pt 0cm 106.3pt; text-indent: 35.3pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></p>Adylson Machadohttp://www.blogger.com/profile/13176196543840796712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-685917493059437722.post-2866951539471931022023-12-17T15:14:00.000-08:002023-12-25T14:11:22.033-08:00Revendo prévias <p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Hábito de final de ano: rever e programar. Para este escriba
de província o rever se tornou a melhor forma de perceber o que muito
provavelmente virá. Assim, fomos buscar os alfarrábios arquivados, nada mais
que a contemporânea forma de ‘folhear’.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Revisitamos figuras de primeiro plano midiático, hoje no
ostracismo (mas, com a missão cumprida dentro de seus propósitos). Recomendamos
a (re)descoberta de alguns adiante.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Naquele Dezembro de 2012 publicamos <a href="https://adylsonmachado.blogspot.com/2012/12/porque-e-natal.html">Epifania </a>no blog, material que já circulara em nível nacional através do <a href="https://jornalggn.com.br/cultura/adylson-lima-machado/">GGN</a>.</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">E no final de mês e ano enaltecíamos a criação do <a href="https://adylsonmachado.blogspot.com/2012/12/vale-cultura.html">Vale Cultura</a> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em dezembro de 2013 reencontramos aquele ministro do STF
“<a href="https://adylsonmachado.blogspot.com/2013/12/alguns-destaques_22.html">Caindo no laço</a>” no Alguns destaques </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mas de melhor lembrança <a href="https://adylsonmachado.blogspot.com/2013/12/rescaldo.html">O rescaldo</a> com o que poderia ser uma conclusão de Tia Zulmira (personagem pontepretana) em
relação a uma experiência científica denominada <span style="background: white; color: #020000; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">eletroconvulsoterapia (ECT)<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="background: white; color: #020000; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Em 2014
destacamos <a href="https://adylsonmachado.blogspot.com/2014/12/trilha-sonora.html">Trilha sonora</a> </span><span style="background: white; color: #020000; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">e os <a href="https://adylsonmachado.blogspot.com/2014/12/destaques_28.html">Destaques</a> do De Rodapés e de Achados. </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em 2015, muito a dizer em duas recomendações: <a href="https://adylsonmachado.blogspot.com/2015/12/destques.html">Destaques</a> (I) e <a href="https://adylsonmachado.blogspot.com/2015/12/destaques_20.html">Destaques</a> (II) <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em 2016, nos fartamos de ‘profetizar’ os dois anos seguintes
em <a href="https://adylsonmachado.blogspot.com/2016/12/reacoes.html">Reações</a>, <a href="https://adylsonmachado.blogspot.com/2016/12/os-novos-sinais-da-fome.html">Os Novos Limites da Fome</a> e <a href="https://adylsonmachado.blogspot.com/2016/12/peru-da-vez.html">Peru da vez</a> </span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Por enquanto aqui ficamos. Cremos que alguma análise possa
nascer. E possível concordância com este escriba de província de que REVER é PREVER.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Ainda que a postagem pareça curta há muito que ler!</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p>Adylson Machadohttp://www.blogger.com/profile/13176196543840796712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-685917493059437722.post-61220133787091639892023-12-10T14:49:00.000-08:002023-12-17T09:39:28.071-08:00Mingau de café<p> </p><div style="border: 1pt solid windowtext; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-element: para-border-div; padding: 1pt 4pt;">
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No 16 de dezembro faria
103 anos; faleceu sem alcançar os 64. Da mais nobre estirpe sertaneja. Não por
honrarias de família, títulos ou brasões. Mas pela intrepitude em decorrência
da vivência naqueles confins de mundo, à época muito menos assistido que hoje.
Por ali e além <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>aprendeu a traduzir os
lajedos como natural à crueza do ambiente. E quem não o fizer sucumbe.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Nascer por ali exige marca
na testa em ferro em brasa como mensagem a ser lembrada diante de um espelho:
sobreviver é tudo. Sem faltar o “Se Deus quiser”! – porque Ele se tornou <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>dos púlpitos único caminho para tudo ‘desculpar’
do que o semelhante por aqui causa ao semelhante. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Multípara, com sete
sobreviventes: dos nove, um levado aos dois meses; outro nasceu na terra quando
já no Paraíso.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Fazia milagres com o quase
nada. De invejar economistas, que só sabem teorizar em torno da acumulação da
riqueza, porque em seus vocabulários nenhuma palavra há sobre a escassez como
sinônimo de fome, onde a vítima participa tão somente como unidade estatística.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Desenvolveu singular
técnica para atender as necessidades familiares em nível de Vitamina C: uma
laranja espremida, tornada laranjada, e o bagaço levado ao próprio estômago. A
laranjada desdobrava-se em tantos copos ou meio copos até o limite de atender
os filhos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Quando terminava o cozer,
a lavagem dos pratos de esmalte, de carrear água da cisterna para o encher de potes
e moringas, hora de cuidar da banca dos que estudassem e logo o pedalar na
velha máquina Singer para costurar os retalhos e torna-los em colchas, cobertas
ou cerzir as roupinhas dos filhos. De vez em quando um vestidinho, um
calçãozinho.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Nunca se viu nela uma
lamúria, um desassossego. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Tampouco alimentou ‘papai
noel’ algum. Tanto que aprendemos a assistir os visitados escolhidos pela lenda
debruçados no batente das janelas quando amanhecido o dia. Até que
esquecêssemos que não fôramos visitados pelo velhinho porque, muito provável,
desobedientes quando insistimos em ficar acordados a sua espera para agradecer
por tudo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No rádio da vizinha, “seja
rico ou seja pobre, o velhinho sempre vem” abafava o alarido da alegria infante
exibindo bonecas, carrinhos, bicicletas, bolas, brinquedos vários.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mas havia algo mais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Sabido e consabido que carne
seca – quando dispõe –, rapadura e farinha de mandioca são o milagre dos peixes
que faz sobreviver no sertão caatingado e resseguido.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Para ela, outro milagre:
quando tudo faltava – do dinheiro ao que comprar – café e farinha. Reunidos
naquele manjar dos deuses chamado mingau de café.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O mingau de café de
Adelaide. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A “mãe e heroína” que nos
levou “à compreensão mais extrema do significado de saudade”.*<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">___________<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">*Extraído da dedicatória
levada ao romance Amendoeiras de Outono (Via Litterarum, 2ª edição, 2013).</span><o:p></o:p></p>
</div>Adylson Machadohttp://www.blogger.com/profile/13176196543840796712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-685917493059437722.post-67287793228686844482023-12-03T16:18:00.000-08:002023-12-10T13:35:34.831-08:00Eis mais um dezembro!<p> </p><div style="border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-element: para-border-div; padding: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt;">
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mais um final de ano; simplesmente mais um dezembro. Até 753 a.C.
constituía o decimo mês do antigo calendário lunar romano de 354 dias até a
intervenção de Numa Pompilio (753 a.C.-673 a.C.), segundo rei de Roma, que o submeteu ao calendário astronômico de 365 dias, definido de uma vez por
todas pelo Calendário Gregoriano, editado pelo Papa Gregório XIII (1502-1585),
autor da canetada pontifícia em fevereiro de 1582, e que aí está desde então.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Nele (dezembro) a Igreja
Católica celebra o Advento, a devoção especial ao Coração da Imaculada
Conceição e ao Menino Jesus.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mais um dezembro chegando.
E quase nada lembrado em razão de suas origens na Roma Antiga, e muito pouco pelas
efemérides que abarca. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em nível de religiosidade
a figura do Menino Jesus, definido como nascido no 25, resume-se às celebrações
religiosas, mais e mais escassas de gente porque a cada ano vão passando ao
largo a caminho do horizonte marinho.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Todo registro acima, em
que pese milenar, foi atropelado por um senhor originado na Lapônia, hoje mais
buscado que Jesus recém-nascido. Que trilha o planeta em seu trenó puxado por
renas para corresponder aos ‘pedidos’ que lhe são feitos durante o ano.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No plano histórico a
“bondade” que marca o velhinho tem origem no monge turco que viveu no século
IV, de quem Noel herdou o “saco” (do qual, conta a lenda, São Nicolau lançou as
moedas de ouro aos pés do pai para garantir a liberdade de uma filha prestes a
ser vendida). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mas, eis mais um dezembro!
Que de novo traz além da mercantilidade que acomete o Natal de Papai Noel e faz
mais a alegria de quem vende do que de quem recebe presentes?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O espírito natalino não
mais é propagado como mensagem cristã, de reflexão em torno das mensagens do
Messias, pautadas no amor ao próximo. Mas como mais um evento comercial através
do qual ‘dar presente’ realiza a Felicidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Neste nada augusto ano de 2023
o coroamento se vê não só em aumento de miseráveis planeta a fora; também em mais morte de crianças de forma estúpida, determinada pelos
novos Herodes. Qualquer que seja a idade basta que estejam no outro lado dos
interesses em jogo. Hoje como ontem, anteontem... até com napalm e agentes
químicos desfolhantes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Lucram os mesmos senhores
da guerra ou das fábricas “de ilusão”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">E Papai Noel ‘distribuindo
presentes’<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">E você, Papai Noel, agente
de enganação, vendendo o Diabo como se fora Deus, dando(?) presentes como se
Felicidade o fora. Que desconhece o que realmente uma criança precisa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Você, “bom velhinho”, não
dimensiona o papel que representa “de vender ilusão pra burguesia”* e causar
desesperança e tristeza para os que não dispõem de pouso para o seu trenó: sim,
aqueles “meninos pobres da cidade” que não sabem “do desprezo que <i style="mso-bidi-font-style: normal;">vancê</i> tem pelos humildes”*. Nem mesmo
percebe que alimenta até doenças e males outros, como observou uma criança no
caso (verídico) registrado abaixo:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Tratou-se de Yan, num destes shoppings
da vida: no alto da sabedoria dos seus seis aninhos, diante de uma bala doce (bombom)
oferecida pelo ‘bom velhinho’, dispensou-a, justificando:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">– Obrigado, Papai Noel!
Doces estragam os dentes!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Sim, Papai Noel, ‘doces
estragam os dentes’, como você ‘estraga’ vidas em lares destituídos de pouso
para o seu trenó, faz esquecer que certo dia uma criança nasceu na manjedoura
para anunciar ao mundo que nos amássemos uns aos outros como a nós mesmos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mas não deixa ao
desamparo as corporações que mercam ilusões e faturam com as catástrofes que
produzem à revelia do Homem/Humanidade. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">__________________<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">*”Brinquedo de Papai Noel”,
de Aldemar Paiva.</span><o:p></o:p></p>
</div>Adylson Machadohttp://www.blogger.com/profile/13176196543840796712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-685917493059437722.post-59398965265037785242023-11-26T14:26:00.000-08:002023-12-02T08:31:04.016-08:00Filosofia sob a égide da negação<p> </p><div style="border: 1pt solid windowtext; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-element: para-border-div; padding: 1pt 4pt;">
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Não aventamos, para
sustentar nossa digressão, por discorrer em torno das dezessete páginas para o
verbete Filosofia, do Dicionário de Filosofia, de Nicola Abbagnano (edição
revista e ampliada da Martins Fontes, São Paulo, 2007, 1210 p.), envolvendo sua
compreensão e reinterpretação conceitual no curso dos últimos 2.600 anos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Tudo, no entanto, que
ocupou gênios e estudos tantos, não nos afasta do primordial pitagórico-platônico,
tão atual como a realidade palpável de então. Afinal, ‘amor pela sabedoria’
perceptível apenas pelo ‘ser humano consciente’ de suas próprias limitações,
através da qual o manuseio da investigação ‘<span style="color: #202124; line-height: 107%;">da dimensão essencial e ontológica do
mundo real’ como meio de ultrapassar ‘a opinião irrefletida do senso comum que
se mantém cativa da realidade empírica e das aparências sensíveis’. Ou seja, um
chamado ao estudo de </span><span style="background: white; color: #4d5156; line-height: 107%;">questões gerais
e fundamentais </span><span style="color: #202124; line-height: 107%;">atinentes ao homem em sociedade </span><span style="background: white; color: #4d5156; line-height: 107%;">sobre a existência, valores, razão, conhecimento,
mente e linguagem.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #4d5156; line-height: 107%;"><span style="font-family: verdana;">Tudo posto como problemas a se resolver a partir da dúvida
como fonte: POR QUÊ?<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="background: white; color: #4d5156; line-height: 107%;">Ultrapassados dois e meio milênios aqui estamos diante de
indagações que incomodam além do homem ‘consciente’. Acrescidas das conquistadas
no curso dos séculos.</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A consumação da negação se
extrai da escorreita resposta ao porquê da acumulação material, por que de tanta
riqueza em mãos reduzidas em detrimento da expansão da "sabedoria". Uma resposta que Voltaire (1694-1778) se dispensou
de refletir/verbetear em seu Dicionário Filosófico.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Destinado o Homem à
Felicidade, no curso da evolução histórica – eis o presente orientando futuro
inexorável – descamba para negar-se a tudo que lhe foi disposto, existência
controlada e submetida aos interesses parcos e de insignificância aos valores e
à razão. Por quê? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O desrespeito à Natureza –
em todas as dimensões – agravado pelo avanço ao pouco de que depende o planeta;
guerras intermináveis (alteram-se os palcos) sacrificando crianças, mulheres,
idosos; fome acometendo cerca de 1 bilhão, segundo dados da FAO (somente em
2022 mais 122 milhões) e mazelas <i style="mso-bidi-font-style: normal;">et
caterva</i>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Folheando páginas várias
nos vimos descobrindo – em meio a este 1 bilhão famélico – que 2,6 mil
bilionários concentram/detêm o controle sobre US$ 12 trilhões (uma bagatela, de
60 trilhões na moeda tupiniquim), que pagam a ‘fortuna’ de 0,5% de impostos,
segundo Jamil Chade, no UOL.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Não há resposta ou teoria
que justifique o avanço científico confrontado com a degradação da espécie como
um todo: moral e materialmente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Avançamos tanto em
dimensão tal que já denominamos o processo de destruição do planeta, em
decorrência do estágio de evolução humana, dando vezo a uma nova era geológica: a do
antropoceno. Ou seja, a artificialidade desenvolvida pelo homem ‘engolindo’ a
Natureza, em torno da qual perdeu o senso do quanto dela depende e quão
insubstituível o é, assumindo-se como a grande ameaça para o planeta. </span></p><p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Não
bastando, esgotamos os limites de oferta da Natureza à sobrevivência e
caminhamos – a passos muito muito largos – para o singular estágio de concentração
de toda a espécie nesta “cápsula de Petri” em que tornamos a Terra. Afinal,
último estágio/etapa da valiosa contribuição ao antropoceno, vitória inexorável
do artificial sobre o natural, da qual nada levaremos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Como antecipação do necrológio
que se avizinha, para os organismos da ONU que acompanham a Sobrecarga da Terra
(The Earth Overshoot), o limite se esgotou no último 22 de julho deste nada
augusto ano.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Filósofos reconhecidos no
curso da vida e da história – que se despertaram para o “amor pela Sabedoria”, “humanamente
conscientes” etc. etc. etc. –<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>mantêm a
pergunta milenar: POR QUÊ?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Resta-nos – nada mais – retornar
às origens da Filosofia para desenvolvermos a teoria da negação aos seus
postulados.</span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Certamente através da Inteligência Artificial o que ora denominam aquilo que artificializa o pouco de inteligência que nos resta.</span></p><p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p>
</div>Adylson Machadohttp://www.blogger.com/profile/13176196543840796712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-685917493059437722.post-54077296716585413942023-11-19T13:11:00.000-08:002023-11-25T12:55:01.129-08:00Escrever ou reproduzir<p><span style="font-family: verdana;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A não publicação de duas
postagens permanece por fruto de reflexão atropelando este escriba de província.
Certa angústia em duvidar se o que levaria ao leitor seria, além de sua
avaliação pessoal, uma imposição de caráter dogmático ou ideológico diante do
que assim o é neste Ocidente publicado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Privando os estimados leitores
das elucubrações costumeiras nos debruçamos sobre alfarrábios em andamento,
dentre eles “E assim os copia os homens”, tentativa de explicar o Cosmos
através da província sob a égide do tempo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Difícil o enfrentamento – se não
reconhecermos como desistência – aos temas que pululam em uniformidade com o
pensamento expresso. Afinal, em tempos em que não se mais percebe a diferença
entre o sabor do pão de uma padaria e outra, entre a farinha de mandioca
artesanal e a industrial, que a locomoção individual se perfaz do
envaidecimento em relação ao veículo que exibimos e não em relação ao custo
benefício, sentimo-nos como peixe fora d´agua e o oxigênio mais e mais escasso.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Lições pretéritas no curto
pretérito deste existir registrado nos encaminham para compreender a grandeza
que representamos como espécie escolhida, privilegiada. E nada mais!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Do nada ao fogo milênios; do fogo
à destruição por um dos usos do átomo dominado algumas insignificantes décadas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Os que morríamos por doenças e
desnutrição várias aos 20 ou 30 anos há um século alcançamos possibilidades concretas
de vida centenária, tanto avançamos cientificamente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Crianças alcançavam o milagre de
sobreviver quando completavam cinco anos. Que, por ironia, hoje escapadas da morte por doenças
várias morrem estupidamente sob o cutelo da doença contra a qual não
conseguimos vacina: ambição e poder.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Não percamos tempo pessoal em
sacrificar o tempo do leitor afeito aos nossos sortilégios...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Busquemos o prólogo da obra acima
referenciada o que pensamos lecionar sobre esta espécie que ainda não se
encontrou e cada vez mais e mais se perde:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 35.45pt; margin-right: 1.0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;"><span style="font-family: verdana;">“<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Arial Unicode MS";">Mas o homem, em sua puída dimensão <i style="mso-bidi-font-style: normal;">sapiens sapiens</i>, impõe-se cronológico, ainda
que perdida molécula na poeira da relação espacial: gasta-se para ir daqui para
o ali, o acolá; do esperar, um pouco ou mais. Não basta o claro, o escuro; tampouco
dia, noite. Precisa cerzi-lo ao alvitre do giro das engrenagens construídas </span><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Yu Gothic UI Light";">—</span><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Arial Unicode MS";">
como inexorável à sobrevivência </span><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Yu Gothic UI Light";">—</span><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Arial Unicode MS";"> e a ele se escraviza sob o ritmo dos segundos
e, desconhecendo os anos-luz, aprisionado no túnel em que o conceitua. Do tempo
em que se afirma existir nada mais que convenção materializada em segundos,
minutos, horas, incapaz de reconhecer a nanotecnologia que o sujeita”.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Arial Unicode MS";"><span style="font-family: verdana;">Não fora assim o que configura crianças serem
amputadas sem anestesia e clamarem desesperadas pelos pais que não mais verão?<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Arial Unicode MS";"><span style="font-family: verdana;">Um punhado – dirão os algozes – de
insignificantes seres que por desdita nasceram em Gaza encerrados atrás dos
muros há duas décadas, sem futuro.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Arial Unicode MS";"><span style="font-family: verdana;">Dispensados estão de memoriais às vítimas de
genocídio, como na Bósnia ou Ruanda (lições não aprendidas), erguidos por
cúmplices comuns. Os de sempre.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Arial Unicode MS";"><span style="font-family: verdana;">Que em cada vala onde lançam uma criança <i style="mso-bidi-font-style: normal;">sapiens sapiens </i>vítima de guerra enterram
o muito pouco que resta do que denominaram Civilização. </span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Arial Unicode MS";"><span style="mso-spacerun: yes;"><span style="font-family: verdana;">Daí porque, nesta angústia que nos acomete, não mais sabemos quando escrever ou reproduzir.</span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Arial Unicode MS";"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>Adylson Machadohttp://www.blogger.com/profile/13176196543840796712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-685917493059437722.post-79993272458843418772023-11-12T13:10:00.000-08:002023-11-12T13:10:51.394-08:00.Adylson Machadohttp://www.blogger.com/profile/13176196543840796712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-685917493059437722.post-16682892238904214302023-11-05T14:22:00.000-08:002023-11-05T14:22:04.425-08:00.Adylson Machadohttp://www.blogger.com/profile/13176196543840796712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-685917493059437722.post-31169148690626385052023-10-29T14:48:00.007-07:002023-11-05T14:21:15.841-08:00As guerras e seus fronts<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="mso-cellspacing: 0cm; mso-padding-alt: 0cm 0cm 0cm 0cm; mso-yfti-tbllook: 1184; width: 100%;">
<tbody><tr>
<td style="padding: 7.5pt 0cm 7.5pt 0cm;" valign="bottom">
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;"><span style="font-family: verdana;">Valemo-nos
de “O jornalismo e as guerras”, de João Lírio, redator-chefe da Carta
Capital, que circulou em nosso e-mail, um texto preciso para instruir esta
postagem: </span><span style="font-family: inherit, serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: "inherit", serif; font-size: 12pt; padding: 0cm;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><i><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: "inherit", serif; padding: 0cm;">"Se
há uma verdade em um conflito, é esta: em algum momento, em alguma parte do
planeta, um jornalismo inspirado, um analista arguto ou um político
espirituoso vai repetir a frase “na guerra, a primeira vítima é a verdade”. É
tão líquido e certo quanto o apoio dos Estados Unidos a qualquer decisão de
Israel, justa ou injusta.</span><span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif;"><o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><i><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: "inherit", serif; padding: 0cm;">Não
se sabe quem é o autor da frase. Há quem atribua ao grego Ésquilo, pai da
tragédia. Outros apontam o político inglês Philip Snowden, famoso no século
XVIII, ou o seu compatriota Samuel Johnson, ensaísta prestigiado que viveu
cerca de cem anos depois. Seja quem for, o dito remete a um certo romantismo,
quando aparentemente havia o genuíno interesse de perseguir a verdade, essa
utopia.</span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><i style="font-family: "inherit", serif;">No
século XXI, quando uma guerra eclode, nem tempo há de matar a verdade. Ela é
natimorta, enterrada em uma cova rasa, sem túmulo, epitáfio e flores. Há
tempos, o poder entendeu: a propaganda é uma arma mais letal do que os
mísseis.</i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><i><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: "inherit", serif; padding: 0cm;">A
batalha entre Israel e o Hamas não foge à regra. O oligopólio midiático faz
parte da engrenagem da guerra, imbuído da missão de vencer o Mal, à custa de
sua independência. Não é permitido duvidar, contextualizar, relembrar, como
fez o açoitado António Guterres, secretário-geral da ONU, ao dizer que o ódio
não nasceu do vácuo, mas de uma história de ao menos 56 anos de ocupação.</span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><i><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: "inherit", serif; padding: 0cm;">Pensar
de maneira autônoma tornou-se crime. É a prova de “apoio ao terrorismo” ou
“perseguição aos judeus”. Uma heresia a ser punida com o ostracismo, o
silêncio.</span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><i><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: "inherit", serif; padding: 0cm;">O
terror do Hamas só pode ser combatido, então, com um terror ainda maior de
Israel. Existe um sistema de câmbio para medir quando o “legítimo direito de
autodefesa” estará saciado? Quantas crianças palestinas precisam morrer para
compensar a perda de um bebê israelense?</span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><i><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: "inherit", serif; padding: 0cm;">A
mesma lógica guia a “guerra urbana” no Brasil. A chacina no Guarujá, as
operações policiais nos morros e favelas do Rio de Janeiro, a brutalidade na
Bahia... Tudo vai além do olho por olho. Quantos civis, culpados ou
inocentes, devem perder a vida para aplacar a morte de um policial? Quantas
balas perdidas justificam o suposto combate ao crime?"</span></i></p>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Pouco a acrescentar. O jornalismo constrói seus fronts. As
guerras, os seus. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Qual deles o pior: a morte humana nos ‘campos de batalha’ ou
a da Verdade através do jornalismo que as alimenta?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O jornalismo escolhe seus culpados. Padroniza-os no
imaginário de quem os lê, ouve ou vê.<o:p></o:p></span></p>
<p><span style="font-family: verdana;">A ênfase oferecida o define: massacre ‘terrorista’
cabe ao Hamas; massacre a civis em hospitais, escolas, comboios de ambulâncias
e campos de refugiados apenas não passam de ataques justificados contra terroristas. </span></p><p><span style="font-family: verdana;">Afinal, Josué à frente para conquistar Canaã. Para tanto:</span></p><p class="l0" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><i><span class="t"><span style="color: #32383e; font-family: "var(--bol-fontFamily-bible)",serif; letter-spacing: -.2pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: major-fareast;">"Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e
destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o
homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às
ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos".</span></span><span style="color: #32383e; font-family: "var(--bol-fontFamily-bible)",serif; letter-spacing: -.2pt;"><o:p></o:p></span></i></p><p class="l0" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><i><span class="t"><span style="color: #32383e; font-family: "var(--bol-fontFamily-bible)",serif; letter-spacing: -.2pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: major-fareast;"><br /></span></span></i></p><p><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p>Adylson Machadohttp://www.blogger.com/profile/13176196543840796712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-685917493059437722.post-68781595857685074132023-10-22T15:43:00.027-07:002023-10-30T11:35:48.744-07:00Inverdades flertam com a informação<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Alguns que houvessem acessado a
postagem anterior antes de publicada teriam recomendado a este escriba de
província que o evitasse. Entenderiam como inconveniente a uma parte poderosa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Não deixavam de ter razão:
universidade famosa perdeu apoio de financiadores judeus por ter sido palco de
protestos em favor do povo palestino!. Que dirá pobres mortais que dependem dos
outros em quase tudo!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Desde que o homem tornou-se
sedentário, fixando sua realização material não mais na busca do alimento sob o
nomadismo, resultou o que seria natural: excesso no que produziu. Encontrou
como saída a experiência da troca – época que fez surgir o mais típico escambo,
um produto por outro. Mas não tardou alguém produzir em excesso, o que tornava
sua produção, excedente para troca, menos aceita por força da competição e
passou oferecer mais e receber menos em razão da escassez do que produzia o que
precisava.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O comerciar, levando a outros
espaços carentes ou impossibilitados de produzir idênticos produtos, foi a
descoberta milagrosa. Estocar tornava-se possível e garantia oportunidade de
escoamento com menos prejuízo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Precipitando a análise, no curso
das eras que se sucederam o aperfeiçoamento do processo desenvolveu uma parcela
que passou a controlar e beneficiar-se dos excessos da produção alheia. E mais
se tornou quando a força de trabalho passou a ser mercadoria.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Lição elementar do surgimento do
domínio da terra e de uma legislação que a protegesse na forma de ‘propriedade’
o que permitiu o controle de poucos sobre a riqueza que deveria servir a
muitos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">E desde tempos muito pretéritos
isso se firmou. E um bem de necessidade comum passou a ser disputado: água.
Porque sem água (além do consumo humano) o solo nada produz.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Desde sempre TER passou a
representar mais que SER. E contemporaneamente até mesmo se confundem na forma
de submissão a ordenamentos e princípios elaborados para corresponder a tal
jaez. Assim, ter passou a mais do que nunca a significar poder, controle sobre
quem não possui.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Não de hoje o clamor:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 36.0pt; margin-right: 34.05pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm 34.05pt 8pt 36pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: verdana;">“... Ninguém antes de Jove as terras desmembrava:<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 36.0pt; margin-right: 34.05pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm 34.05pt 8pt 36pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: verdana;">A lei que as fere agora, e marcos lhes encrava<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 36.0pt; margin-right: 34.05pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm 34.05pt 8pt 36pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: verdana;">que dor faria então. Se tudo era de todos,<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 36.0pt; margin-right: 34.05pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm 34.05pt 8pt 36pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: verdana;">a paz era comum a toda a humanidade;<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 36.0pt; margin-right: 34.05pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm 34.05pt 8pt 36pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: verdana;">a terra, abrindo a flor dos sonhos soterrados,<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 36.0pt; margin-right: 34.05pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm 34.05pt 8pt 36pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: verdana;">punha frutos nas mãos dos homens sossegados”.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 36.0pt; margin-right: 34.05pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm 34.05pt 8pt 36pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Virgílio (70 a.C.-19 a.C.), no Livro I, das Geórgicas<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em tempos hodiernos duas riquezas
se sobressaem: terra e água. A terra e seu subsolo e as riquezas nele
abrigadas. Inclusive petróleo em nível mais profundo; e água, de que depende o
homem para sobreviver...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O decantado agronegócio
brasileiro, por exemplo, é exaltado como celeiro do Brasil e do mundo. Ainda que represente
em torno de 3% do consumo mundial. Porque o que falta ao brasileiro de dieta de
soja a Europa consome para seus animais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Os poços d’água da Palestina são
o celeiro ambicionado por Israel... os que restam. Que sejam expurgados os
palestinos que ainda os detêm... afinal simplesmente terroristas por tentar
protege-la!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Uma ocupação aqui e ali onde haja
um poço explica o porquê da redução do território palestino e das ambições
israelenses.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A guerra não passa de motivo.
Motivada pela propaganda de quem detém o controle da informação.</span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O que inclui esquecer Públio Virgílio Maro.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p>Adylson Machadohttp://www.blogger.com/profile/13176196543840796712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-685917493059437722.post-80889060000489573642023-10-15T16:29:00.011-07:002023-10-22T15:42:46.265-07:00Lá estavam os Cananeus<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Um amigo, que viajou para Israel
há alguns meses, nos indagava em torno do como compreender por que da guerra
que ora ocupa os noticiários. Ele que viu, com os próprios olhos, palestinos e
judeus convivendo pacificamente em Israel. Inclusive muitos deles trabalhando
no hotel em que se hospedou.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Natural que, quem por lá andou,
assim reaja diante do expresso pelo noticiário pátrio – tradicional em todos os
níveis, inclusive em atender compromissos vários – que estabelece uma verdade
absoluta e peremptória quando tratando do conflito Israel e Palestinos da Faixa
de Gaza: terroristas (sempre os terroristas!) que atacaram o povo eleito.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O filme Exodus (1961), de Otto
Preminger, conta uma ação (hoje denominada terrorista) da ocupação de um navio
por judeus visando retornar à Palestina. Sim, caro leitor – Palestina, sim – a
terra ansiada pelos judeus. Ali a sua pátria, as suas origens. Uma parte dela,
onde viveram os descendentes de Abraão (vindo de Ur, na Caldeia). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">E naquela Palestina lá fixados já
estavam judeus, palestinos, mulçumanos, cristãos em convívio harmonioso sob o
pálio do Império Otomano, desfeito depois da Primeira Guerra do séc. XX,
dividido entre os vencedores franceses e ingleses.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Depois da II Grande Guerra
daquele século a busca por um espaço que fosse seu. A recém-criada ONU
encontrou uma solução: a criação do Estado de Israel, para abrigar
territorialmente os judeus, e o Estado Palestino, em parte do que fora o
Império Otomano onde já fixados e residentes há mais de um milhar de anos
árabes, mulçumanos e cristãos modernos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O primeiro foi de logo
reconhecido sob o pálio da autodeterminação depois da autoproclamação, como
registra a Enciclopédia Britânica; o segundo, até hoje espera a ‘boa vontade’
das nações poderosas, sempre apoiando Israel que afirma que não reconhecerá. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Que de lá para cá, com guerras ou
simples ocupação de espaço, reduziu a área destinada ao Estado Palestino a um
punhado indistinto de áreas separadas de Gaza, onde hoje se aloja o Hamas,
grupo de resistência que se diz voltado para eliminar Israel.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Quando os orientados por Moisés
partiram do Egito tinham por prometido por Javé alcançar a terra de Canaã,
descrita na Bíblia. Que situada estava na costa oriental do Mar Mediterrâneo,
“como se estendendo do Líbano até o riacho do Egito, no sul, e ao vale do
Jordão, no leste”. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Uma terra que teria
sido “prometida” por Javé (aquele estranho “deus” que gosta de sangue) aos descendentes
de Abraão (veja-se, para começo, Gênesis 12:7).<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Quando ascendeu Roboão ao trono
de Judá, por volta dos anos 900 a.C., as 12 tribos originárias se desfizeram da
centralização e houve certa diáspora.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">E aqui estamos, como antes de
Cristo, aquele que defendeu o Amor e recomendou perdoar os inimigos e agirmos
em relação ao semelhante como a nós mesmos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A Nova Aliança de Jesus não foi
aceita por quem segue Javé. Amor como mensagem não convém a quem pede sangue.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Digladiando-se ontem como hoje.
Cabe saber, apenas, quem tem razão. Caso haja razão para tanto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Lá estavam os antigos cananeus:
uns e outros<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Para os que têm a Bíblia como
referência e o Velho Testamento como paradigma de Fé, para entender a postura
atual de negar terra e vida ao próximo, não custa refletir em torno de:<o:p></o:p></span></p>
<h2 style="background: white; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 7.5pt; margin-top: 2.0pt; margin: 2pt 7.5pt 0cm 70.9pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #32383e; letter-spacing: -0.3pt;"><span style="font-family: verdana; font-size: small;">Deuteronômio 20<o:p></o:p></span></span></b></h2>
<p class="l0" style="background: white; margin-left: 70.9pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span class="v"><sup><span style="color: #32383e; letter-spacing: -0.2pt;">16 </span></sup></span><span class="t"><span style="color: #32383e; letter-spacing: -0.2pt;">Contudo, nas cidades das nações que o Senhor, o seu Deus,
lhes dá por herança, não deixem vivo nenhuma alma.</span></span><span style="color: #32383e; letter-spacing: -0.2pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="l0" style="background: white; margin-left: 70.9pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span class="v"><sup><span style="color: #32383e; letter-spacing: -0.2pt;">17 </span></sup></span><span class="t"><span style="color: #32383e; letter-spacing: -0.2pt;">Conforme a ordem do Senhor, o seu Deus, destruam
totalmente os hititas, os amorreus, os cananeus, os ferezeus, os heveus e os
jebuseus.</span></span><span style="color: #32383e; letter-spacing: -0.2pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="l0" style="background: white; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 70.9pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span class="v"><sup><span style="color: #32383e; letter-spacing: -0.2pt;">18 </span></sup></span><span class="t"><span style="color: #32383e; letter-spacing: -0.2pt;">Se não, eles os ensinarão a praticar todas as coisas
repugnantes que eles fazem quando adoram os seus deuses, e vocês pecarão contra
o Senhor, contra o seu Deus<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="l0" style="background: white; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 70.9pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span class="t"><span style="color: #32383e; letter-spacing: -0.2pt;">.</span></span><span style="color: #32383e; letter-spacing: -0.2pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<h2 style="background: white; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 7.5pt; margin-top: 2.0pt; margin: 2pt 7.5pt 0cm 70.9pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #32383e; letter-spacing: -0.3pt;"><span style="font-family: verdana; font-size: small;">1 Samuel 15<o:p></o:p></span></span></b></h2>
<p class="l0" style="background: white; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 70.9pt; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span class="v"><sup><span style="color: #32383e; letter-spacing: -0.2pt;">3 </span></sup></span><span class="t"><span style="color: #32383e; letter-spacing: -0.2pt;">Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destrói totalmente
a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à
mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas, e
desde os camelos até aos jumentos.</span></span><span style="color: #32383e; letter-spacing: -0.2pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: verdana;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A Paz é possível e viável. Mas
Javé não deixa. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Dezenas de propostas de Paz oriundas do Conselho de Segurança
da ONU foram rejeitadas por veto dos Estados Unidos. aliado incontestável de Israel.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Ainda que a maioria absoluta dos
membros do Conselho concordem com a busca de uma solução para a Paz (que passa
necessariamente pelo reconhecimento do Estado Palestino) um veto, com certeza,
a inviabilizará: Estados Unidos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Na briga estúpida sobra para os
inocentes, em especial mulheres, crianças e idosos. De um lado e outro vítimas
da intolerância.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Uns chamados de terroristas;
outros, de povo eleito pelo deus Javé.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><span style="font-family: verdana;"> </span></o:p></p>Adylson Machadohttp://www.blogger.com/profile/13176196543840796712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-685917493059437722.post-89247887880373421282023-10-08T16:04:00.045-07:002023-10-14T14:14:29.045-07:00"Acorda, Brasil!"<p> </p><div style="border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-element: para-border-div; padding: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt;">
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Crianças de então – os que
adorávamos as chanchadas nas matinês de domingo – ríamos a não mais ver. Afinal, humor circense de cacos e chistes, tropeções e empurrões valiam mais que
o enredo. Quem de nós entendeu aquele “Trabalhadores de Gaza”” proferido pelo
Sansão/Oscarito no “Nem Sansão, nem Dalila” (1955), de Carlos Manga?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A sátira de costumes e as
paródias (“Matar ou Correr”, de Manga, 1954, entre elas) superavam os limites
financeiros nativos para enfrentar Hollywood (confundida por muitos com a marca
de cigarros) ocupando em plenitude as poltronas dos cinemas Brasil a fora. Nada
entendíamos. Importava-nos rir! <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Cabe destacar como rimos a
valer com “O homem do Sputinik” (1959), do mesmo Carlos Manga. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Rever, por meio dele, este
espaço do Cinema Brasileiro nos remete a reviver no presente aquilo que à época
não compreendíamos: de que tudo não passa(va) de metáfora. E que de lá para cá nada difere; permanece a conviver com a realidade, travestida ao sabor das
pretensões/interpretações oferecidas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">União Soviética,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>França e Estados Unidos ali estereotipados
vigaristas. A Guerra Fria levada na galhofa tendo como palco a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">terra brasilis</i>. Deixando a lição de que
os interesses de sempre, mais que tudo, faziam/fazem girar a disputa entre
países. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Chanchada de ontem,
vigarice que a Geopolítica contemporânea faz permanecer sob idênticos
paradigmas em outros palcos, sem dispensar o nosso.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Detalhe: os brasileiros –
crianças de ontem, como as de hoje – deixaram de rir, mas continuam a viver
‘mensagens’ por meio das Agências United Press, France Press, BBC (contrapontuando
com as rádios de Pequim, Havana e Moscou de então) capitaneadas pelos mesmos
detentores do controle dos meios de comunicação/informação e quejandos tais
permanentemente alimentando a “teoria do subdesenvolvimento” (obrigado Celso
Furtado!).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">E a sabujice e a imbecilidade – dos que
desconhecem a leitura como fonte de informação – aí estão discutindo 'convicções' nos bares,
nas esquinas e praças a ‘realidade’ que lhe é imposta formando ‘juízos de
valor’ lançados aos quatro ventos no mesmo patamar que nos levou ao suicídio de
Getúlio, ao Parlamentarismo de ocasião e ao coroamento de propósitos: golpe
militar de 1964 carreando uma ditadura que nos corroeu no curso de 21 anos e
destruiu valores pátrios ao alvitre dos ‘libertadores’. Trazendo, para coroamento de significativa parcela desta 'intelectualidade', a revolucionária teoria de que a Terra é plana.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Ainda permanecemos em
igual patamar. Talvez em pior estágio – este nosso pessimismo(?) não nos
permite expressar diferentemente – porque tão somente diante do fruto de todo o
programado pelos ‘vitoriosos’. Que o digam as “reformas” tupiniquins no curso
destes agros anos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mas não deixa de ser tempo,
certamente – eis-nos prenhe de otimismo, novo Cândido à espera de um Voltaire
(1694-1778) – de lembrarmos daquele instante de “O homem do Sputinik” em que a
reportagem do jornal sai para o ‘furo’ e o fotógrafo – com o simbólico nome e
sentido de tudo projetado em tela – é desperto para a obrigação: “Acorda,
Brasil!”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Triste que não mais sejamos
aquelas crianças que riam!</span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p>
</div>Adylson Machadohttp://www.blogger.com/profile/13176196543840796712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-685917493059437722.post-81592845496780734682023-10-01T16:37:00.058-07:002023-10-12T07:34:32.176-07:00"Mande embrulhar"<p> </p><div style="border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-element: para-border-div; padding: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt;">
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Arautos contra o preconceito
há muitos. Auto declinados de consciência avançada e revolucionária.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">FHC comprava
religiosamente o jornal “O Lampião da Esquina” em banca localizada na Avenida
Paulista. Tempos difíceis, ditadura estourando bancas etc. Disse o jornaleiro
que o Sociólogo adquiria o alternativo mas “mandava embrulhar”. Ou seja,
negava que lia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A lição nada recomendável permanece. Eis que é tempo de negar<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No plano da compreensão da
existência humana situar a espécie como paradigma em razão da exclusiva
existência em nível de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">sapiens sapiens</i>
para nós pouco representa no plano de sua evolução social. Isso porque desde
então – por volta de 30.000 anos da atualidade – saímos de Eras várias e
alcançamos a presente de forma realmente incrível sob o prisma das ciências. </span></p><p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Dos últimos sete mil anos
(com o advento da escrita) até o instante em que vivemos a nanotecnologia, expectativa de revolução na Física e
busca de conquistas interplanetárias assustam por não serem palpáveis para parcela considerável das gentes, impacta-nos tudo como certamente o homem primitivo diante da primeira chama.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mas de nossa parte, de
quem escreve e interpreta a província (e o planeta não está longe dela, já o
disse Tolstói), avanços científicos avançaram a anos-luz de quando imaginávamos e parece que deixamos de aperfeiçoar e compreender o que representa a convivência, que trilha a passos de cágado.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Cada dia mais escravizados ao consumo em sua dimensão consumista alimentamos o ter e o elevamos à divindade tornando-nos pura e simplesmente peças indistinguíveis de uma realidade mais e mais cruel para com o Homem/Ser.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">De modo concreto estamos
regredindo no quesito evolução de valores que deveriam nortear a Humanidade no
presente estágio civilizatório<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">E quando em torno disso cabia-nos refletir - e dispomos de todas as ferramentas alcançadas - fazemos de conta que não
existe. </span></p><p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Fugimos de assumir a realidade. Porque mais cômoda a fuga.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Assim, para esconder nossa
pequenez vivemos como FHC, leitor de Lampião da Esquina: “Mande embrulhar”.</span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p>
</div>Adylson Machadohttp://www.blogger.com/profile/13176196543840796712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-685917493059437722.post-73208398176163381932023-09-24T15:09:00.004-07:002023-09-30T16:29:33.879-07:00Por amor à Pátria<p> </p><div style="border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-element: para-border-div; padding: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt;">
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O ineditismo causou
espécie à época: o chefe de estado de um país prestando continência a uma bandeira
estrangeira. Desde as lições do catecismo da Educação Moral e Cívica (EMC) ou
da Organização Social e Política Brasileira (OSPB) de tempos idos sabia-se que
os símbolos da Pátria dizem respeito à própria nação que apatria o cidadão e a
este cabe lhes prestar respeito: a Bandeira e o Hino dentre eles.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mas, com tudo que já nos
aconteceu, sabemos que a visão de subserviência colonialista permanece
impregnada em parcela considerável da sociedade. Especialmente quando esta
passa a incorporar o fanatismo religioso como reforço. A construção da idiotia
cívico-religiosa aí está – mais viva do que possamos imaginar – atropelando o
país dos brasileiros.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">É também essa parcela do
‘pensamento’ pátrio que aplaude ‘continência’ a pavilhão estrangeiro, mesmo
porque sonha – nos limites de sua insignificante compreensão da História, da
Geopolítica, da Economia Política etc. etc. (para não dizer, de tudo) – em ser
comparado de alguma forma com o colonizador contemporâneo e a ele subserviente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Para ela seus povos
originários devem ser tratados como o foram os “peles-vermelhas” do ‘grande
irmão’ exaltado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A mesma gente que somente
entende viagem ao exterior se for para a Disneylândia, comer na origem sanduiches
cancerígenos e beber refrigerante que compete com tal finalidade. Supimpa – o máximo
em estesia e deslumbramento – morar ou admirar quem mora em Orlando ou Miami.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Até mesmo importou
movimento antidemocrático e buscou “na mão grande” destituir mandatário legitimamente
eleito como, naturalmente, o fizera um punhado de extremistas estadunidenses.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No entanto a gente que
aplaude e endeusa quem se humilha a outro país e outra gente, ainda que à época
não traduzisse o melhor de exemplos gestores, começa a espernear quando por
aqui ensaiam fazer o que fizeram por lá: investigar ex-presidente. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Certo que nada custa aos
seguidores compreenderem os riscos por que passa o ex-presidente dessa Terra de
São Saruê. Afinal, por muito menos Trump corre risco de ir para a cadeia. Pelo
menos respondendo à Justiça já está.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Nessa <i style="mso-bidi-font-style: normal;">terra brasilis</i> aprendemos como respeitar as instituições no exemplo
de um ex-presidente, indiciado, julgado e condenado em 2ª instância no curso de
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">anos-luz</i> de 1 ano e 8 meses. Mais de
ano e meio passou preso. Para depois descobrirem a trama armada desde o início
e que, por ser tão medíocre, desmoralizada interna e externamente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Por aqui também
responderam a processo e curtiram cadeia políticos outros, incluindo governador
de estado membro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">E muito avançamos. Porque
tempo houve não tão distante que preferiam ex-presidentes suicidas ou mortos em
circunstâncias até hoje pouco explicadas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Que essa gente aplauda –
como o faz em relação aos Estados Unidos – o que deram os senhores do
Judiciário pátrio de imitar: investigar, processar e condenar quem atente
contra as liberdades democráticas e o Estado de Direito. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Sejam ‘patriotas’ .<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Por amor à pátria.</span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p>
</div>Adylson Machadohttp://www.blogger.com/profile/13176196543840796712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-685917493059437722.post-36470670496657409122023-09-17T16:20:00.007-07:002023-09-24T15:34:21.975-07:00Beethoven para o Brasil e o mundo<p> </p><div style="border: 1pt solid windowtext; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-element: para-border-div; padding: 1pt 4pt;">
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Obra – das seminais – o
Concerto nº 4 para Piano e Orquestra, Opus 58, de Ludwig von Beethoven. Para
nós pode ser ouvida como lição metafórica para a geopolítica e a economia política
contemporâneas. Não o 1º e 3º Movimentos, e sim, o intermediário, de pouco mais
de cinco minutos: Andante com Molto, do 2º Movimento. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Desperta-nos a
singularidade de um típico confronto entre orquestra e piano, vencido pelo
piano quase inaudível depois de carrear a orquestra para o seu terreno.
Destaca-se para a época o fato de inovar a regra geral (orquestra abrir o
concerto. Similaridade também presente em Concerto de Aranjuez, de Rodrigo) e
de imediato o piano o faz, como se se afirmasse ditando as regras. Na obra
bethoveana há um singular jogo de pergunta e resposta, cada um a seu tempo, e
quase não se encontram. Dispensou Beethoven os metais da orquestra para
alimentar a contundência da orquestra e o faz por meio das cordas e madeiras.
Traça e amacia no piano o seu desejo de terno convencimento para demonstrar que –
como o fará no 3º Movimento – unidos podem tudo fazer e não subjugando uns a
outros. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A lição do mestre do
Romantismo – como o expressará em obras como as 3ª, 5ª e 9ª Sinfonias – nasce de um
idealista que sonha com a igualdade entre os homens, menos distorções, e – certamente
– hoje militaria por ver a redução do desequilíbrio sócio econômico entre os
povos. Caso o ideologizássemos o teríamos certamente na fronteira das lutas em
favor de maior igualdade entre os homens. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Há países que trabalham
como a orquestra; outros como piano. Os primeiros continuam aos gritos para
amedrontar os que não tocam sob sua partitura e regência. Lá fora começam a
ouvir notas suaves oriundas do piano; mas ainda insistem em impor sua tessitura
ferindo os tímpanos dos que não pretendem usar suas técnicas. E persistem em
não compreender que há gente morrendo em decorrência das desigualdades e sucumbe
atravessando mares fugindo da asfixia a que submetida. Gente esquálida – que
motivaria Castro Alves a compor novo e épico ‘Navio Negreiro’ – estampando a
miséria e a desumanidade que ainda revive aquele triste exemplo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O mundo não está só. O
Brasil, internamente, imaginou através de uma parcela de sua gente de que
gritar e ameaçar também seria o caminho mais fácil. No entanto destoou na
leitura das notas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O mundo começa a sentir
que caminhos há para solucionar problemas e que não passam por convicções de
religiões particulares que ensaiam novo formato para o patrimonialismo clássico
ou que ensinam novo e revolucionário planisfério em nível de Geografia. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Essa gente, no entanto,
dificilmente ouvirá Beethoven. Quando muito dirá que conhece o alemão por meio
de caixinhas de música*.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">________<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">* Für Elise</span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
</div>Adylson Machadohttp://www.blogger.com/profile/13176196543840796712noreply@blogger.com0