Análise fundamental
Não nos afinamos com
a Economia, como ciência. Não é exata porque se o fosse todos os problemas
estariam solucionados a partir das várias teorias desenvolvidas; tampouco
social, se consideramos a secura com que vê o homem (destinatário natural dos
resultados do progresso científico). Quando muito encontra explicação para
fenômenos presentes no desenrolar da atividade econômica.
No entanto não
discrepamos diante da realidade analisada por quem não se enfeixa ao roteiro
teórico-especulativo, aquele que se sustenta na esperança de que ‘dará certo’ o
levado à planilha.
Isso nos remete a
uma experiência pessoal, de quando enveredávamos na música, pelo violão, e nos
imaginávamos detentor do domínio do código sonoro e da escala, como se
dispuséssemos daquilo que é denominado de “ouvido absoluto”, ou seja, o domínio
da escala musical (notas) sem necessidade de ‘aprendê-la’ pelo estudo repetido.
Pensando como pensávamos, enquanto deitado à espera do sono, elaborávamos ‘os
solos’ visualizando cada posição no traste do instrumento. Ocorre que – quando
então acordávamos e púnhamos em prática as notas ‘decoradas’ – nada tinha a ver
com a melodia.
Assim transita o
teorismo econômico. Se destituído do domínio da informação – ofertado pelo
exercício da experiência – fica sem encontrar a melodia correspondente ao
planilhado.
A esse propósito,
salutar a consideração de Luiz Nassif.
No caso brasileiro, uma gama
de incentivos e desonerações fiscais (em torno de 500 bilhões de reais) não
asseguraram a estabilidade à economia. Tomado o exemplo, há neles o caráter científico ponderado por Minsky,
amparado na observação empírica que se repete em idênticas circunstâncias.
Para ele a estabilidade gera a instabilidade, pois o desequilíbrio é inerente ao capitalismo. E explica a causa que leva ao desequilíbrio: cansados de lucros moderados, os investidores, nos períodos de crescimento, começam a correr maiores riscos, comprometendo o sistema. Assim, somente uma regulação financeira pode limitar a especulação e prolongar o crescimento de maneira estável.(Wikipédia)
Para ele a estabilidade gera a instabilidade, pois o desequilíbrio é inerente ao capitalismo. E explica a causa que leva ao desequilíbrio: cansados de lucros moderados, os investidores, nos períodos de crescimento, começam a correr maiores riscos, comprometendo o sistema. Assim, somente uma regulação financeira pode limitar a especulação e prolongar o crescimento de maneira estável.(Wikipédia)
O modelo adotado no
Brasil – que estourou Grécia, Espanha e Portugal (e assusta a Europa como um
todo) – é aquele criticado pelo economista-chefe do FMI Olivier Blanchard,
profético ao afirmar que “Uma baixa taxa de crescimento, conjugada com o
aumento da desigualdade não é apenas moralmente inaceitável, mas também
extremamente perigoso em termos políticos”.
Não podemos descurar do fato de que uma atividade econômica voltada para assegurar a hibridez rentista, apoiada na premissa de que superávit fiscal para garantia de pagamentos à especulação financeira, tem sido o mote e mantra de teóricos do mercado, embevecidos na teoria neoliberal.
Razão por que podemos simplesmente
concluir com o afirmado no final do texto: a ‘política econômica a reboque
do mercado e dos ganhos de curto prazo' (especulação) não são a solução.
A não ser que o
teorismo dê lugar à experiência: aquela levada a efeito no país no imediato da
crise de 2008. Ou seja, reconhecer o investimento público como móvel para o
desenvolvimento.
Para tanto – o que é
difícil pelo dogmatismo dos economistas, em sua maioria – esquecer as receitas
neoliberais.
Simulação
Elaborado em comparação com o período Lula e Dilma – em contexto econômico muito mais favorável – a simulação do economista João Sicsú, posta abaixo, mostra a quão chega a sanha do interinato.
Elaborado em comparação com o período Lula e Dilma – em contexto econômico muito mais favorável – a simulação do economista João Sicsú, posta abaixo, mostra a quão chega a sanha do interinato.
É o desastre 'anunciado' com o ajuste fiscal, do ataque abutre aos benefícios pagos pela Previdência social. Nada mais que uma tunga em torno de 40%.
Em valores de hoje, para o anunciado pelo interinato, R$ 600 a menos na conta de aposentados e pensionistas.

Mostrando serviço
Quem nasce para lacaio
nunca chegará a feitor. É da natureza. O lacaio sempre é subserviente, o feitor ainda pode se rebelar.
Como lacaio José
Serra acaba de demonstrar a quantas anda sua sanha. A possibilidade de romper uma tradição da
diplomacia brasileira, a da autodeterminação dos povos – particularmente em
relação ao Estado Palestino – mostra o quão o rapaz é afoito em demonstrar
estar a serviço do feitor.
Paulo Henrique
Amorim mata a charada, em vídeo: não é guinada do corpo diplomático do
Itamaraty, mas postura do lacaio José Serra. Querendo mostrar serviço.
Sem surpresas
A desclassificação
do Brasil na Copa América não surpreende. Depois daquele 7 x 1 da Alemanha tudo
é normal. Por outro lado, não há o que esperar de um esporte inteiramente
controlado por uma rede de televisão, que define até os horários do campeonato
nacional a partir de seus interesses.
O futebol brasileiro
nada em tal nível de mediocridade que nem mesmo desperta a sanha da ganância
dos que passaram a explorá-lo como investimento financeiro mundo afora.
Nada mais
surpreende.
Quando incomoda...
De Dirceu nada
encontram, nem encontrarão, a não ser sob a égide do ‘domínio do fato’. As
condenações são simbólicas ao quanto ele contribuiu para a
defesa da Nação e da nacionalidade, da construção de um Estado Brasileiro e de políticas
sociais, de caráter nacionalista.
Não havia prova
contra José Dirceu, afirmava-o Ives Gandra Martins, dentre outros. Mas foi
condenado no ‘mensalão’ petista, quando ilustrada ministra (rabulada por Sérgio
Moro, que a auxiliava) afirmou que mesmo não
havendo prova o condenava com base na literatura jurídica. Um primor!
Moro o condenou – e
ainda sequestrou o imóvel onde reside sua mãe (de Dirceu) – depois de receber
uma lavagem de informação quando do depoimento de Dirceu ao dito cujo.
Mas a agressão ao
Estado de Direito não incomoda quando José Dirceu é o alvo. Afinal, pensar
neste país deu de incomodar.
Não custa sonhar!
Duvidamos que tal
aconteça. Mas – de concreto – Marcos Valério se propõe a delatar o mensalão...
tucano. É o que diz o UOL
Caso aceitem a sua delação
– e não a manipulem – vai vomitar tucano.
E aqueles que o apoiavam: PFL/DEM, PPS e quejandos mais.
A exigência que faz: proteção.
Farisaico
Dando de opinar
sobre reformas FHC – desmistificado/escorraçado na reunião da LASA – imagina-se o
‘pensador’ portador da solução para a crise que ajudou a instalar.
O artigo recente –
para nós – demonstra à sobeja que nada tem de pensador, de intelectual em
essência. E sim, de hipócrita e oportunista.
Máscara no chão
Considerando que a
mídia alternativa sempre está eivada de preconceito, como a serviço do PT e
quejandos – não esqueça o leitor que até o New York Times anda considerado por
‘expoente’ da reação nacional como ‘a serviço do PT’ – nossa atenção anda
voltada para o que pensa o jornalismo estrangeiro sobre o que ocorre no Brasil.
Do jornalista Glenn
Greenwald, em Enquanto a corrupção assombra Temer, caem as máscaras dos movimentos pró impeachment, no The
Intercept: a luta nunca foi contra a corrupção.
“O
impeachment da presidente do Brasil democraticamente eleita, Dilma Rousseff,
foi inicialmente conduzido por grandes protestos de cidadãos que demandavam seu
afastamento. Embora a mídia dominante do país glorificasse incessantemente (e
incitasse) estes protestos de figurino verde-e-amarelo como um movimento
orgânico de cidadania, surgiram, recentemente, evidências de que os líderes dos
protestos foram secretamente pagos e financiados por partidos da oposição.
Ainda assim, não há dúvidas de que milhões de brasileiros participaram nas
marchas que reivindicavam a saída de Dilma, afirmando que eram motivados pela
indignação com a presidente e com a corrupção de seu partido.
Mas
desde o início, havia inúmeras razões para duvidar desta história e perceber
que estes manifestantes, na verdade, não eram (em sua maioria) opositores da
corrupção, mas simplesmente dedicados a retirar do poder o partido de
centro-esquerda que ganhou quatro eleições consecutivas. Como reportado pelos
meios de mídia internacionais, pesquisas mostraram que os manifestantes não
eram representativos da sociedade brasileira mas, ao invés disso, eram
desproporcionalmente brancos e ricos: em outras palavras, as mesmas pessoas que
sempre odiaram e votaram contra o PT. Como dito pelo The Guardian, sobre o
maior protesto no Rio: “a multidão era predominantemente branca, de classe
média e predisposta a apoiar a oposição”. Certamente, muitos dos antigos
apoiadores do PT se viraram contra Dilma – com boas razões – e o próprio PT tem
estado, de fato, cheio de corrupção. Mas os protestos eram majoritariamente
compostos pelos mesmos grupos que sempre se opuseram ao PT."
Olha o Machado!
A delação de Sérgio
Machado está causando uma hecatombe no interinato.
Diferença apenas no fato de que não tem Lula e Dilma, como gostariam os Moro da
vida e os sicários das instituições democráticas que o alimentam.
Prêmio
Aquele helicóptero
com quase meia tonelada de pasta de cocaína tinha/tem dono: Gustavo Perrella...
que acaba de ser nomeado para integrar uma boquinha no governo Interino.
Uma sinecura, como prêmio, natural à constituição do governo Temer.
Uma sinecura, como prêmio, natural à constituição do governo Temer.
De priscas eras
Na delação de
Machado um detalhe pouco explorado: afirma ele que o método de corrupção se
encontra instalado no país desde 1946, com o advento da “terceira república”,
como denomina o período compreendido entre 1946 e 1964.
André Singer disseca, na Folha, o velho esquema, pelo qual políticos indicam apadrinhados a cargos para que promovam, em favor deles, os valores desviados.
Disso ninguém escapou: nem a ditadura militar. E gente do PT andou imaginando que poderia repetir a prática.
Apareceu!
Aquele R$ 1,5 milhão
pedido por Temer a Machado de propina a Queiroz Galvão apareceu: no TSE.
Incógnita
Não sabemos aonde isso
vai dar. Mas, o que se encontra visível é que as delações antes voltadas para
alcançar e inviabilizar o PT (que tem seus podres) começam a superar os limites
da tolerância e avançam – inexoravelmente – sobre o PMDB golpista e o PSDB. Na
esteira DEM, PPS etc.

Há quem duvide que a devassa seja levada a sério.
Que o diga Eliseu Padilha conclamando os operadores da Lava Jato ao bom senso: “Tenho certeza que os principais agentes da Lava Jato terão a sensibilidade para saber o momento em que eles deverão aprofundar ao extremo e também de eles caminharem rumo a uma definição final”.
Há quem duvide que a devassa seja levada a sério.
Que o diga Eliseu Padilha conclamando os operadores da Lava Jato ao bom senso: “Tenho certeza que os principais agentes da Lava Jato terão a sensibilidade para saber o momento em que eles deverão aprofundar ao extremo e também de eles caminharem rumo a uma definição final”.
Confissão
Dilma não cometeu
crime. É julgamento político. Quem o diz é – acredite o leitor – o ministro
Gilmar Mendes... em Estocolmo!
Deixou de explicar – por conveniência golpista – que o sistema brasileiro não é parlamentarista (onde cabível o afastamento do presidente por vontade política). Caso o dissesse escancararia a confissão de que houve – o que lá fora sabem à sorrelfa – que promovido um golpe.
Inclusive com sua valorosa participação.
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