terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Destaques

DE RODAPÉS E DE ACHADOS
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Explicando
Por razões alheia à vontade deste escriba retomamos as postagens, sustadas pela vontade imperial da assistência técnica do fornecedor do serviço, que nos deixou na mão durante este tempo sem corresponder à sua obrigação de assistir-nos em caso de queda do sinal. E o fazemos com nossos rodapés.


O gato pode virar leão I
O ministro das finanças da Grécia, Yanis Varoufakis, 58 anos, professor de Economia, com estudos nas universidades de Essex e Birminghan, na Inglaterra, rugiu contra o sistema que quer fazer da pátria da Filosofia quintal de potentados mundiais que dominam o sistema financeiro.

De matéria de Carlos Drumond (“A esperança heterodoxa”), publicada na Carta Capital, destacamos uma de suas ponderações: “O capitalismo sempre foi um sistema fundado no poder do Estado em que a riqueza foi produzida coletivamente e apropriada privadamente”.

A observação reflete a formação marxista de Varoufakis, para quem o capitalismo se esgotaria por si mesmo por se sustentar numa contradição: socializar a produção da riqueza e concentrar seus resultados.

Não se afirme – radicalizando Marx – que o capitalismo venha a se esgotar, dando lugar – por geração espontânea – a um sistema antagônico como o socialismo, por exemplo. 

Mas a humanidade não suportará os conflitos gerados diante da agressiva apropriação – que tende a multiplicar-se não em bases aritméticas, mas ..., que já anuncia 1% da população mundial detentora de 50% da riqueza dentro de 10 meses.

O gato pode virar leão II
Antônio Delfim Neto, analisando as iniciativas de Varoufakis, as vê no plano da oferta de outros/novos ‘nítidos limites do exercício da política social e econômica’ que será levada ao front da batalha que aquele propõe contra a troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), a que sustenta – sob comando político do sistema alemão defendido com unhas e dentes por Angela Merkel – as benesses que alimentaram a concentração da riqueza em solo da velha Europa e tem levado, desde a crise de 2007/2008, à miséria uma parcela considerável do Velho Continente.

Delfim vê no tabuleiro de xadrez a proposta de Varoufakis, que pode isolar mais a Grécia e levá-la a um período de sombrio subdesenvolvimento.

Neste ponto ficamos a ruminar o raciocínio de que, diante do fato de que também não há saída para a Grécia sob as lições da troika, algo pode surgir no horizonte da crise.

Delfim, do território da ironia construída na experiência, diz que “Nos meus curtos 87 anos já vi, sem aviso prévio, mas com os bolsos vazios, muito leão virar gato depois de rugir algum tempo assustando apenas a si mesmo.”

O gato pode virar leão III
Pode haver em razão Delfim Neto. Afinal, os postulados da economia aplicada ao planeta, sob o viés teórico de alimentar o sistema financeiro e a exacerbação liberal individualista (a redundância aqui se impõe) têm conseguido sucesso porque se utiliza dos Estados poderosos para assegurar aos seus 1% os frutos das falcatruas e submissões, seja-o sob o domínio diplomático, seja-o pela força bruta.

Sob esta visão – idealismo utópico que seja – não há forte que não sucumba um dia. Assim, aquele tornado gato pode rugir e tornar-se leão.

Claro que não sozinho. A Grécia convoca – como o flautista de Hamelin – os achacados pela troika. E eles já estão nas ruas.


Na Espanha...  


Apostando na evasão
Brilhante a lição/experiência tucano-paulista posta em andamento neste 2015: fecham-se salas de aula, superlota-se as restantes e confia-se na evasão para regularizar a situação.

Consumada a evasão (inclusive por falta de água nas torneiras escolares) as turmas voltam aos números toleráveis.


Genial! Como a falta de água.

Resultado de imagem para Eduardo Anunciação
A falta que faz!
Há dois anos  exatamente no 15 de fevereiro  partiu para a eternidade o jornalista Eduardo Anunciação.

Ainda há quem folheie o Diário Bahia em busca do texto de Eduardo.

O "Bacurau", "Bode Rouco" ou simplesmente "Gaguinho"  contemporâneo de Célio e Hélio Nunes, entre outros  marcou época no jornalismo itabunense. Que não pode registrar sua história sem as paginas de Eduardo.


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