DE RODAPÉS E DE ACHADOS
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Pitonisa
O senador José Serra, segundo o colunista Ilimar Franco, de O Globo, afirmou que a presidente Dilma Rousseff não concluirá o mandato, pelo desgoverno, crise econômica e denúncias de corrupção e que vive o estágio dos períodos Jânio Quadros e João Goulart.
O ilustre tucano esqueceu de dizer se ocupará o lugar de Carlos Lacerda e se também liderará o pedido de intervenção das forças armadas para um novo golpe militar.
Interpretação diversa
Austeridade é palavra-chave para o domínio da riqueza de um país pelo sistema financeiro e seu receituário, que sempre deságua em recessão. Assim que ocorrem os primeiros sinais de dificuldades na economia a receita se repete: arrocho salarial, sacrifício em relação à conquistas sociais, privatizações etc.
A receita fez sucesso a partir dos anos 80 e hoje está acabando com a Europa (Portugal já chegou ao índice de pobreza de 10 anos atrás). As reações começaram.
Na Grécia, o partido Syriza, de oposição à austeridade, venceu as eleições e já anunciou a suspensão das privatizações (onde até o histórico porto de Pireu entrava na roda) e deseja a revisão da dívida. Na Espanha o apoio popular ao partido anti-austeridade Podemos levou milhares às ruas de Madri (foto).
No Brasil a interpretação da crise é diversa. Depois de dar exemplo de como enfrentá-la (gerando emprego e investindo na atividade econômica) parece sucumbir ao "deus mercado" e põe em prática a recessão sonhada por aqueles que desejam (e têm por ideário) o país de joelhos diante do sistema financeiro, que hoje ainda dita regras para o mundo para assegurar (já em 2016) que 1% da população mundial detenha mais de 50% da riqueza universal.
Sai, agouro!
No último dia 27 completaram-se 300 dias do julgamento da ADIN 4650, interposta pela OAB (já vitoriosa por 6 x 1), contrária ao financiamento privado de campanha. Mas o aniversário deve ser lembrado pelo pedido de vistas do ministro Gilmar Mendes, ínclito defensor – ao que parece – dos meios que alimentam a corrupção.
A dedução que fazemos é a de que Sua Excelência não devolverá o processo até que seja feita a reforma política pelo Congresso. Fácil o raciocínio, considerando o que declarou o ministro Gilmar Mendes em entrevista a Isto É em dezembro:
"O partido que desenhou essa proposta (o PT) queria o financiamento público e o voto em lista. A minha objeção é que nós temos de discutir o sistema eleitoral para saber qual é o modelo de financiamento. E não discutir o modelo de financiamento para definir o sistema eleitoral"
De imediato verifica-se a insistência de Mendes em petizar a razão de suas reações (culpa do PT), esquecendo de reconhecer, em sua dimensão de significado, que a ADIN foi iniciativa da OAB, liderando um anseio da sociedade.
No mais, pode até ter razão Sua Excelência. O que não pode é pautar-se de paladino da moralidade e imaginar-se líder legislativo deixando de lado a sua obrigação: julgar.
É da natureza
O ministro da Cultura, Juca Ferreira, concedeu entrevista a Isto É. A certa altura, indagado sobre denúncias que teriam sido encaminhadas pela então ministra Marta Suplicy, que entendia ser indevida a aquisição dos acervos do cienasta Glauber Rocha e do Canal 100 com dispensa de licitação, teria concluído a resposta, como afirma em desmentido baseado na gravação, sem citar nomes: "É isso, então, quer dizer, não se contribui para elevar o nível da política brasileira e do ambiente público com acusações irresponsáveis."
No entanto, a revista não perdeu o mote de por lenha na fogueira e tascou: "Não se contribui para elevar o nível da política pública brasileira com acusações infundadas. Marta Suplicy é uma irresponsável.
Como na fábula do escorpião, é da minha natureza!
Solução
A presidente Dilma Rousseff pediu, em reunião ministerial, que suas excelências respondessem aos ataques que o governo sofre diariamente.
Poderia pedir que ensinassem a turma a pescar, como lembra um internauta, acabando com o bolsa imprensa.
Surtiria mais efeito que o arrocho levado a efeito por seu Ministro da Fazenda.
Du-vi-d-o-dó
O G1 ouviu os 513 deputados que assumirão neste domingo sobre 12 temas, dentre eles a regulamentação – porque já previsto na Constituição – do Imposto Sobre Grandes Fortunas.
A regulamentação do imposto sobre grandes fortunas tem apoio de pelo menos 307 (59,8%) dos 513 deputados que assumem a Câmara a partir deste domingo (1º) – segundo o levantamento. Outros 101 (19,6%) se posicionaram contra a proposta. Os 105 restantes (20,4%) não quiseram responder ou não se manifestaram sobre os pedidos de entrevista
Admitindo que a regulamentação não dependesse da maioria absoluta (metade mais um = 207 deputados) e exigisse quorum de dois terços (308 deputados) já estaria praticamente aprovado.
Mas, para lembrar vó Tormeza: du-vi-d-o-dó.
Queda-livre
O Lauro Jardim, lá na Veja (que nos Deus nos perdoe a citação) afirma ter este mês sido o pior desempenho para janeiro em termos de audiência para a TV Globo: 13,3 pontos, medidos entre 7h e meia-noite em São Paulo.
Não é difícil compreender: os novos equipamentos portáteis, permitindo que seja visto o que quiser e a hora em que o desejar, via internet, está tirando da platinada até seus telespectadores mais tradicionais.
Como sempre foi referência, é o quadro da TV aberta.
E a Globo – na prática do singular esporte – ainda tem aquele conceito no imaginário de parcela considerável de brasileiros, ao qual está irremediavelmente vinculada, como retrata esta montagem circulando no facebook..
Itabuna em movimento I
Desastrosa a incontinência
verbal do ex-secretário de Transporte e Trânsito de Itabuna na fala de
transmissão do cargo.
Dispensa comentários.
Itabuna em movimento II
O prefeito Claudevane Leite
avisa que não fará a reforma administrativa preconizada pelos críticos. Sua
Excelência demonstra pretender exercer o comando da gestão.
Que é justamente o motivo da
crítica em defesa da reformulação do secretariado.
Itabuna em movimento III
Mas obrou mal ao concentrar
poder em mãos de um só secretário.
Itabuna em movimento IV
O novo super secretário já
está em campanha. Tem gente pedindo votos para o ‘nosso candidato’. Ele.
Para vereador?
Não, caro leitor. Para
prefeito.
Geraldo Simões I
Geraldo Simões IIIGeraldo Simões I
Finou o mandato de deputado
federal de GS. Muito difícil, caso não tenha se aposentado, voltar a CEPLAC.
Também muito difícil que
encontre espaço no atual governo estadual.
Candidato potencial a prefeito
de Itabuna em 2016.
Sua história, no entanto, pode
lhe assegurar espaço no Governo Federal. Onde já ocupou cargo, quando assumiu a
CODEBA.
Geraldo Simões II
A Companhia das Docas do
Estado da Bahia – onde exerceu o cargo de Diretor Presidente – pode ser o
destino para Geraldo Simões. A experiência recomenda.
Resta saber o cargo.
Pelo cargo no organograma da
CODEBA veremos como anda o prestígio de GS junto ao Governo Federal. Ou – em outras palavras – se por lá repercutiu o que GS fez ao PT na Bahia em 2014.
Há quem veja como remota a
saída de Geraldo do PT. Mas especular não custa.
Depois que prejudicou a
composição do PT na Assembleia Legislativa, desviando – através do filho –
votos que garantiriam, pelo menos, mais um deputado na bancada estadual, não
podemos afirmar que GS morre de amores pelo PT como antigamente.
Sua história recente mais
remete à idéia de que não mais serve ao
PT mas se serve do PT. Basta a
insistência – de alto custo para Itabuna – em formar uma dinastia com a mulher
prefeita (ainda que tenha méritos), o filho deputado estadual e ele deputado
federal.
Há quem imagine que esteja
duvidando de seu futuro político e tenha partido para preparar o futuro dos
seus.
Geraldo Simões IV
A propósito de quem veja como
remota a saída de Geraldo Simões do PT: em defesa de suas convicções pode até
aliar-se a Fernando Gomes.
O tempo a Deus pertence. E a
ocasião faz o pedinte.
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