Outra cabeça
Por
demais conhecida a passagem do Novo Testamento (Mateus e Marcos) que trata das
ambições e caprichos humanos no capítulo Herodes Antipas versus João Batista,
ao sabor dos desejos de Herodíades manipulando Salomé.
Rolou a
cabeça de João Batista, servida em bandeja.
Tempos
atuais outras ambições e caprichos, métodos diversos, final semelhante.
Afinal,
uma ‘outra’ cabeça na bandeja atende a outro tipo de ambição.
Em meio
a tudo, a indagação que nunca calará: como interesses de um punhado de indivíduos
se sobrepõem ao de milhões de cidadãos que os custeia?
É que –
não custa analisar – a paixão desmedida peca menos que a ambição criminosa.
Especialmente
quando se ganha dinheiro com o indecoroso que pratiquemos e mesmo busquemos uma
“fundação” para garantir a patranha proibida por lei.
Lecionando
Nesta
terra onde tristes figuras ocupam o espaço antes destinado aos que se fizeram destinatários –
de uma forma ou de outra – as regras vão-se atropelando para
garantir espaços à mediocridade.
Depois
do encanto com o aumento de exportações com abacates destinados à Argentina
(dizem as más línguas que toneladas imensuráveis em três caminhões), de ser
anunciado o novo eldorado para a economia com a sugestão de exportação de
bijuterias de nióbio passamos a mostrar ao mundo que não temos limites.
Eis que
surge no horizonte próximo um mercado diplomático dispensando a tradição
(carreira no Itamaraty ou representação intelectual respeitada por serviços à
nação, como ocorre no caso de embaixadas ocupadas por ex-presidentes ou
ex-ministros, intelectuais etc.).
No nosso
et coetera (etc.) abre-se espaço para
simples experiência em alguma coisa referente a algum país como fundamento de
indicação.
Assim,
“fritar hambúrguer” nos Estados Unidos habilita a quem o fez pretender a
embaixada nos domínios de Trump.
Aproveitando
a deixa há quem sugira a da Itália para quem goste de pizza, a da Alemanha para quem
assistiu aquele 7x1, a da França para quem tenha foto na Torre Eiffel etc.
Como há em tudo um cheiro de ironia sádica não custa lembrarmos da inesquecível criação de Péricles como o grande mestre a lecionar para estes tempos.
MEC-USAID
A
indecência embutida no Tratado MEC-USAID (no imediato do golpe de 1964, sinalizando
a privatização da universidade pública de então) volta ao cenário.
Na época
estávamos nas ruas do Centro Histórico, em Salvador, gritando contra.
Os estudantes e professores vencemos a batalha
PHA
Paulo
Henrique Amorim nos deixa.
Assim como o papel pioneiro na rede com o
seu Conversa Afiada.
O Brasil
ficando menor a cada dia.
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