Fux e Hardt,
um encontro marcado
A juíza está
escrachada como a decisão ctrl+c – ctrl-v, magistrada do copia e cola. Há quem no desatino veja seu especial deslumbramento por aquele herói do “fato indeterminado”. Como
não cuidou de encontrar o seu preferiu ir no caminho antes percorrido.
Mas não descobriu
a pólvora. O copiar e colar aprendeu com Luiz Fux que, quando ministro do STJ e
relator no processo que questionava o Título de Capitalização de Sílvio Santos,
limitou-se a copiar trechos dos argumentos da defesa como fundamentos de sua
decisão. Argumentos que não haviam convencido os juízos de primeiro e segundo
graus de São Paulo.
Mas Sua
Excelência se deu por convencido diante do fato singular de que alguém comprar
por um valor determinado título e receber a metade ao fim de um ano se constituía
investimento em título de “capitalização”.
No mais, para lembrar
Lênio Streck, fazem parte daquela “gente (de)formada... em Direito”.
Recado I
O Presidente
do STF, Ministro Dias Tóffoli, mandou um recado a Lula: você está em nossas
mãos; não crie embaraços ou volta para a cadeia. Ou, pelo menos, continuará processado. Ou seja, não anularemos os processos. Outro não pode ser o recado
nas entrelinhas daquele o STF não
tolerará agressões às instituições.
De nossa
parte entendemos que certas verdades – por serem verdades factuais – dispensam
ser ditas pela esquerda. E Lula em particular. Não precisa chamar quem quer
seja de “canalha” – ainda que verdade – por que cabe à sociedade reconhecer –
como em processo de aprendizagem – que o indivíduo é canalha mesmo. Mas quando
alguém o diz – se este alguém é visado, estereotipado – pode fazer com que o
canalha deixe de sê-lo.
A mídia está
aí para isso.
Não bastasse,
cabe a Lula não esquecer que tudo o que ora ocorre o foi “Com Supremo, com
tudo”.
Recado II
Alguns
milhares de sigilos oriundos do COAF em mãos do STF, requisitados pelo ministro
Dias Tóffoli.
Muita gente ouriçada – que certamente tem culpa no cartório.
De
políticos a a empresários. Sem esquecer encastelados no Alvorada.
O recado
está dado.
Reclamos
Briga de
cachorro grande, diz a sabedoria popular quando recomendado não se interferir em
assuntos alheios.
O inquilino
do Alvorada e seu ministro da educação (com letra minúscula, revisor) puseram
em campo os peões para a batalha contra a Globo e seu sistema.
Não sabemos se contam
com bispos, cavalos e rainha para o desiderato.
De parte
deste escriba a lição de que no caso sob comento não cabe aplicar a sabedoria
popular, mas aperfeiçoá-la: briga de cachorro grande com cachorro doido.
Também da
sabedoria popular no provérbio português: “Não há bem que sempre dure, nem mal
que nunca se acabe”. Porque não há como fugir, como lembra Shakespeare em
Hamlet: “Ainda que a terra inteira os haja de esconder, os atos vis terão no
fim de aparecer”.
Afinal, tem
sido tema histórico para filósofos, teólogos, políticos ou qualquer que pense o
homem como ser em existência discutir as aparências que nutrem a sociedade fora
dos eixos, exigindo – como o pressente Cervantes – buscar os meios para
livrá-la dos entuertos.
__________________
Pensamento
da coluna: Há hora para o triunfalismo, há hora para reflexão. Entre um e outro
o amadurecimento com a leitura do instante para que não percamos um e outro.
Será mais nobre suportar na mente as flechadas da trágica fortuna, ou tomar armas contra um mar de obstáculos e, enfrentando-os, vencer?
ResponderExcluir