terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Retalhos

Disputando o quê?

O PMDB local alardeou a antecipação da definição de sua candidatura reunindo-se para decisão que anteciparia o processo eleitoral no partido. Ao que parece serviu apenas para afastar da possibilidade três candidatos e isolar Maruse e Leninha na disputa. Mas nada decidido.
Reunião para quê?


Da coluna de Marcel Leal, no A REGIÃO

A quanto chega a paranoia de certas pessoas em defesa de “minorias”. A circunstância de um travesti buscar o banheiro feminino quando lá estavam mãe e filha de 10 anos e ter ele sido instado a buscar o masculino (afinal, sua genitália é masculina) causou frisson na coordenadora de políticas para diversidade sexual de São Paulo, que considerou o fato, segundo traduz Marcel, “Uma discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero”, a ponto de recomendar o travesti “reivindicar seus direitos”.

A propósito de São Paulo

É possível que tenha origem na mesma competência a exigência, em sede de recadastramento anual (obrigatório pelo governo do Estado de São Paulo), de informações, além de dados pessoais como nome, endereço, estado civil etc., destas duas singulares perguntas:
Orientação sexual. Opções: heterossexual, homossexual, bissexual.
Identidade de gênero: Opções: homem, mulher, travesti, transexual.
Parece coisa de tarado ou de voyeur.



A Justiça(?) como sempre...

Para beneficiar o fraudador Naji Nahas e seus credores – que certamente não é nenhum asilo de velhos ou creche para crianças desamparadas –, onde também se inclui o município de São José dos Campos (a quem competia solucionar o problema, que existe desde 2004, quando tem instrumentos como a regularização fundiária amparada no Estatuto da Cidade) e quando se leia credores leia-se bancos, investidores/especuladores etc., uma decisão judicial, prontamente acatada pelo Poder Executivo paulista (a Polícia Militar está sob responsabilidade do Estado) estarreceu a todos.
Garantias individuais e coletivas, assim como o princípio da função social da propriedade, foram lançadas ao lixo. Uma desocupação que deveria ter ocorrido no imediato da invasão, ainda que possa ser absurda a prevalência do interesse privado sobre o coletivo (posição pessoal) aconteceu ferindo de morte a dignidade da pessoa humana, escopo da Carta Maior, destruindo (literalmente) uma comunidade estimada entre 6 a 7 mil pessoas, incluindo deficientes, idosos e crianças.

Escândalo I

O terreno onde fica a favela do Pinheirinho era uma chácara que pertencia a uma família alemã que foi massacrada em 1969 (os dois irmãos Kubitsky e suas esposas), sem deixar herdeiros. Há desconfiança de que a aquisição pelo Naji Nahas se deu através de grilagem, tanto que a zelosa grande imprensa paulista não indaga como conseguiu o terreno que a lógica legal remetia a pertencer à fazenda pública, destino natural de bens que não encontram sucessores na ordem estabelecida no Código Civil.

Escândalo II

De estarrecer alguns fatos, relacionados no sítio Conversa Afiada (mais detalhes em “Pinheirinho e o fio da meada. O PSDB e Naji Hahas”, no www.conversaafiada.com.br).
A decisão da juíza se baseou em processo anulado pelo STJ.
A dívida de Nahas para com a prefeitura chega, quando muito, a 18 milhões, sendo que o terreno está avaliado em 180, tendo ela (Prefeitura) atualmente como única credora no processo. (Como haverá devolução de dinheiro, certamente Nahas e troika serão os beneficiados.
A ordem judicial para suspender a reintegração, expedida pelo TRF ao comando das operações foi interceptada pelo desembargador Rodrigo Capez (respondendo pelo TJ paulista) que não a deixou fosse cumprida.
O desembargador Capez é irmão do deputado estadual Fernando Capez (PSDB).
O governado é do PSDB.
O prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury.
Geraldo Alckmin, da Opus Dei, deve estar rezando, agradecido. E pedindo que não surja na história um Carlo Maria Vigano, aquele arcebispo que denunciou a existência de corrupção no Vaticano.

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