domingo, 31 de janeiro de 2016

Destaques

DE RODAPÉS E DE ACHADOS
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Bons ventos

“A capacidade de geração de energia eólica no Brasil deverá passar dos atuais 8,7 mil megawatts (MW) para 24 mil MW nos próximos oito anos. A estimativa do governo, que consta no Plano Decenal de Expansão de Energia, é que em 2024 o parque eólico brasileiro deverá responder por 11,5% de toda a energia gerada pelo país. Até o fim de 2016, a capacidade instalada deve chegar a 11 mil MW, segundo projeções da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica)”, como divulgado pela Agência Brasil.

Atualmente – segundo dados do Banco de Informações de Geração da ANEEL – “O Brasil possui no total 4.427 empreendimentos em operação, totalizando 141.445.003 kW de potência instalada.” 

O avanço do parque eólico integra o conjunto de ações governamentais voltadas para a redução de CO² no planeta e vai reduzindo a possibilidade de apagões, como aquele ocorrido em 2001/2002.

E também distanciando a dependência por energia fóssil. Não fosse, também, a superação do desafio de enfrentar a instabilidade climática e o esgotamento da capacidade de instalação de hidrelétricas, que deve ocorrer nos próximos 15 anos.

No quesito energia eólica, mais que a ampliação da oferta, a interligação entre os centros produtores de maior expressão (Nordeste e Sul) com o restante do sistema assegura tranqüilidade para investimentos que dependem de energia, que cresce a ponto de demandar em torno de 4% ao ano nas próximas duas décadas.

Patrimonialismo
A utilização do Estado para atender ao interesse privado de uma reduzida parcela da elite constitui-se uma das chagas brasileiras. Desde os tempos do Brasil Colônia vivemos tal apropriação. Castas montadas para eternizarem-se.

Os feudos políticos são um dos exemplos mais visíveis da expressão patrimonialista, onde a essência da natureza absolutista foi substituída pelo oligarquismo local, como exemplarmente descrito em “Coronelismo: enxada e voto”, de Victor Nunes Leal. Nessa seara tornou-se a expressão mais característica, como termo, para descrever a ausência de distinção entre o patrimônio público e o privado em determinado governo de determinada sociedade regional. 

Sob esse viés a riqueza sob administração do Estado se esvai pela cornucópia do compadrio e das arrumações e negócios entre os que controlam o poder e seus apaniguados (parentes, amigos etc.).

O Judiciário o produz, sem que o cidadão comum perceba. Nele se constrói feudos, assegurando a parentes a ‘aposentadoria’ antecipada à custa do dinheiro do cidadão.

Como está por ocorrer no Rio de Janeiro, onde duas jovens advogadas estão para assumir vagas de desembargadoras no Tribunal de Justiça e no Tribunal Regional Federal da 4ª Região. A primeira, Mariana Fux, de 32 anos – filha do ministro do STF Luiz Fux – assumirá desembargadoria no TJRJ e Letícia Mello, 37 anos  rebento do também ministro do STF Marco Aurélio Mello – será agraciada no Tribunal Regional Federal.

Mais tarde STJ, STF, como os pais... E la nave va.

O presente
Nada justifica o presente oferecido pelo sistema financeiro ao consumidor de seus serviços. Para uma inflação que não chega a 10% ao ano uma taxa de juros que supera 430%.

Decididamente é mais honesto roubar um banco que fundar um.

Huummm!
O confrade Antônio Nunes nos enviou 40 fotos de significação para a memória. De históricos instantes a personagens.

Destacamos a de uma campanha moralista promovida nos Estados por grupos femininos contra o álcool.

Nada contra a campanha, mas chamou-nos a atenção o singular fato trazido na foto, de 1919: as fotografadas, expostas abaixo com o slogan de sua campanha  "Lábios que provam álcool não provarão os nossos".

E ficamos a indagar se a campanha era uma provocação... para quem tivesse coragem de assumi-las.
Liberdade de agressão
Há programas radiofônicos e televisivos que não passam de permanente incitamento à violência. 

Agora, em rádio vinculada a RBS – aquela envolvida/esquecida no escândalo apurado pela Zelotes – o titular do programa 'Pretinho Básico', da Atlântida FM, convocou ouvintes a cuspirem em Lula.

Há quem defenda o direito de expressão. Outros, o de agressão.

É jacaré mesmo
Atribui-se a Leonel Brizola uma constatação diante de algo que querem manipular: se o bicho tem boca de jacaré, tem rabo de jacaré, focinho de jacaré, couro de jacaré, olhos de jacaré e se comporta como jacaré só pode ser jacaré.

Alguma vinculação ao comportamento de Sérgio Moro, procuradores da Lava Jato e alguns delegados da Polícia Federal e o PSDB é mera coincidência.

Se não há como travestir de lagartixa e calango o que é jacaré, muito menos tucano.

Tudo mentira!
O pai do juiz Sérgio Moro é um dos fundadores do PSDB de Cascavel-PR. A mulher advoga para o PSDB e para petroleiras internacionais (denunciado pelo Wikileaks).

Tudo mentira. Por isso o juiz Sérgio Moro não se dá por impedido.

Risco
Escândalos não os falta em São Paulo: rodoanel, metrô, trens, propina em merenda escolar etc. etc. etc. Agora, um outro: fraude que representa desvio de R$ 71 milhões na ampliação da Marginal Tietê, quando José Serra governador. 

O Ministério Público paulista aponta nomes.

Nenhum político entre eles. Natural que tal ocorra: tucanos são santos ou inimputáveis.

Um gozador afirma que não tardará Lula ser investigado por usar a Marginal Tietê em deslocamentos.

Assim é que funciona
A luta contra a corrupção é a notícia da moda, o móvel da redenção da Pátria e solução para tudo. Até aí – a luta – não deixa de ser válido.

O outro lado da questão é a seletividade em relação ao destinatário da apuração ou o comprometimento de quem apura a corrupção.

Duvide quem quiser, mas há evidências de um aparelhamento em órgãos estatais para corresponder aos interesses de grupos e partidos políticos.

O juiz Sérgio Moro – por exemplo – não apura corrupção de gente do PSDB (a não ser que o citado esteja morto). Em São Paulo estourou o escândalo da merenda escolar. 

O presidente da Assembleia Legislativa Fernando Capez (PSDB) está entre os cabeças. Será investigado – em razão da função que ocupa – pelo Procurador-Geral de Justiça do Estado de São Paulo.

Para simplificar quanto aos resultados: a esposa de Capez é assessora do Procurador-Geral. Como a esposa de Sérgio Moro advoga para petroleiras e assessora gente vinculada ao PSDB paranaense.

Caramuru
São João no Nordeste sem fogos da Caramuru não existia. Tirando os foguetes e espadas produzidos artesanalmente nos fundos de quintal tudo era da Caramuru.

Sucesso entre as crianças – afetadas pela proibição adulta – os traques e bombinhas de bater. Não causavam dano, nenhum risco. Razão por que de serem – ao lado das chuvinhas – a alegria da criançada.

Assim alegoriza Paulo Henrique Amorim em relação a mais um dos absurdos que estão a ocorrer no país.



Luz para uma sequiosa investigação I
Diante da insistência de Procuradores em incriminar Lula um internauta postou a seguinte observação, começando pela escandalosa redução de pena para delatores (todos praticamente em liberdade e fanfando com parcela significativa do dinheiro roubado). 

Sugerimos ao leitor tudo observar como alguém que houvesse se afastado do convívio social durante 30 anos.

"Depois de pôr em liberdade todos os ex-diretores da Petrobras que roubaram a empresa por mais de 20 anos, engordando caixas dos partidos PSDB, PMDB e PP, operadores que já confessaram em juízo seus crimes, já devolveram, inclusive, parte do que foi roubado, outra parte, descoberta, até por autoridades estrangeiras... criminosos que receberam prêmios em dinheiro, depois de "presos"... 

Me diga o que o (mesmo) time que já soltou Youssef um dia, que já engavetou todas as provas e contas secretas dos desvios bilionários do Banestado, pretende?

Querem Lula? 

Mas Lula é o cara chato que cobrava propina da UTC? Não. Este era o Aécio.

Lula pegou emprestado o jatinho do Youssef? Não. Este era o Álvaro Dias.

Lula foi o cara que montou o esquema dentro da Petrobras com Cerveró, Paulo Roberto Costa e Delcídio? Não. Este era o FHC. 

Lula é o amigo do banqueiro André Esteves? Não. Este era o Aécio, de novo.

Lula é meio-primo de Gregório Marin Preciado, aquele que levou US$15 milhões na venda de Pasadena? Não. Este é o Serra. Aquele que a Lava Jato apresenta com discreta tarja preta pra imprensa. 

Lula foi descoberto com uma dezena de contas no exterior, ameaçou testemunhas, prejudicou alguma investigação? Não. Este é o Cunha.

Lula ameaçou empresários, exigiu 5 milhões de dólares, só de um deles? Não. Este também é o Cunha.

Se a Lava Jato e seus operadores não estão montando um esquema de desvio de investigações, um esquema pra lavar a grana suja dos maiores saqueadores da República, não vejo outra explicação pra essa palhaçada."

Há mais, muito mais caro leitor. Os desvios de Furnas constantes na famosa “Lista de..." Uma estranha jogada comercial de FHC que fez multiplicar o capital de uma empresa dele e dos filhos de milhares para milhões em apenas 11 meses (de R$ 100 mil para R$ 4,35 milhões). 

E falando em FHC, não esquecer aquele chapéu passado no Palácio da Alvorada junto a empresários, que levantou R$ 7 milhões para criar o seu Instituto. 

Para contribuir com a relação deixamos uma recomendação de leitura, toda ela baseada em documentos: A Privataria Tucana (de Amaury Ribeiro Jr.), O Príncipe da Privataria (de Palmério Dória) e O Quarto Poder  uma outra história (de Paulo Henrique Amorim).

Ganhando um prêmio para quem identificar quem é "O Príncipe...".

Luz para uma sequiosa investigação II
Ninguém está imune de suspeita. Inclusive Lula, FHC, José Serra, Eduardo Campos, Aécio Neves etc. etc. etc. A lista não acaba em poucas linhas. 

O que cheira à podridão é o fato da seletividade. Uns são suspeitos; outros – ainda que os indícios os comprometam – não são objeto de qualquer apuração.

A celeuma criada em razão de um triplex – que não está em nome do ex-presidente, que nem mesmo é citado na investigação – causa manchetes. 

Um apartamentozinho em Higienópolis (de alguns milhões de reais) e um outro na Avenue Foch, em Paris (avaliado em US$ 10 milhões), pertencentes a FHC nada significam para fins de suspeição de nossa sequiosa imprensa investigativa.

De bomba a traque
A hipótese aventada por Paulo Henrique Amorim acima disponibilizada (vídeo) materializa-se a partir de informações do Instituto Lula, em "Os documentos do Guarujá: desmontando a farsa".

Caso o paciente leitor venha a se debruçar sobre as informações poderá ver quem está mentindo ou falando a verdade.

Para encerrar
A propósito - em razão da objetiva observação, bem alimentada nos vieses que segregam o país de priscas eras - o texto de Flávio de Castro, "O país dos elegantes", disponibilizado através do GGN.

Docemente ferino.


O próximo passo
Não tardará algum neto do ex-presidente Lula ser investigado por aquisição de algum castelo. Depois do barco de lata... quem enxerga o olhar desta vertente investigadora é Montanaro.

Montanaro

Itabuna
Na corrida para a prefeitura há pré-candidato a prefeito para tudo. Inclusive para garantir uma vaguinha de vice-prefeito. 

Tudo para fugir da disputa pela vereança, com a campanha mais cara do pedaço.


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