Não há dúvida de que o país passa por reviravolta não imaginada recentemente. As instituições transitam na circunstância de motorista de veículo que perde direção e freios em estrada que beira precipício. A oportunidade para reparos foi deixada de lado e tudo se precipita.
A atuação – hoje mais que factível – de forças externas que alimentaram os que minam bombardeiam aquelas sobrepuja-se a qualquer projeto de futuro para o país.
A atuação - sob viés encomendado - da Operação Lava Jato há muito disse a que veio: destruir um partido político, porque em relação a quem por ele governava a missão já se consumou no imediato e, no mediato, a caminho está, assim que sob a teoria do 'domínio do fato' versão tupiniquim venha a ser preso o único líder das alas nacionalistas.
A dispensa pela Polícia Federal, Procuradores e quejandos articulados dispensando delações da Odebrecht confirma o denunciado por Sérgio Machado: de que era necessário a saída de Dilma para que fosse sustado o risco aos políticos do PMDB, PSDB, DEM etc. etc.
E mais o diga – à guisa de exemplo – a absoluta ausência de citações de políticos governantes de São Paulo como, pelo menos, investigáveis nos escândalos deles originados. Tampouco apurações em torno da Lista de Furnas.
O Poder Legislativo cumpre o desiderato de ofertar o edifício da 'legalidade' ao desmonte imposto ao país de que carece o Poder Executivo para materializar em ações, rápidas e concretas.
O Judiciário... Ah! o Judiciário! Por ele responde o Supremo Tribunal Federal, identificado por todos simplesmente como STF. Dele já se esperou algo que o fizesse crível em seus propósitos finalísticos: defesa da Constituição. Hoje mais está para o que Leonel Brizola chama de "costear o alambrado" quando por tema o cumprimento de seu dever institucional.
Que o digam eméritos juristas. como Renato de Mello Jorge Silveira, professor da USP, em entrevista a Folha de São Paulo, aqui disponibilizada através do Conversa Afiada.
Coisas dessa terra brasilis. Onde a malta curitibana se autodenomina "Liga da Justiça" o 'glorioso' STF mais se aproxima de mera "Tropa de Choque", como ilustra Aroeira.
Prometeu
e entregou
O
então senador José Serra – correspondendo ao que propusera ainda em 2010 às
petroleiras – assim que assumiu o mandato que os paulistas lhe deram – os
paulistas – cuidou de propor legislação que suprimisse o controle do pré-sal
(fortuna de trilhões de dólares!) à Petrobras.
Pouco mais de ano e meio e a
entrega criminosa de uma riqueza estratégica foi legitimada pela Câmara dos
Deputados.
Não
se negue que o Serra é um homem de palavra!
Tudo como o Diabo gosta.
Quem
tem Zé não precisa de inimigo
Dizia-nos
um magistrado de antanho, em relação a um professor que nos fora comum, que as
petições do ilustrado poderiam ser resumidas no preâmbulo da exordial (para identificar as partes e ação exercitada) e no
pedido. Fora isso nada mais. A não ser ilustração e exibicionismo intelectual
consubstanciados em longas citações da Doutrina para expor o óbvio.
Diário
Quando
Dilma Rousseff resolver – se é que um dia vai fazê-lo – escrever seu diário
uma(s) página(s) fará(ão) o povo compreender por que Eduardo Campos ‘rachou’
com ela. A Refinaria Abreu e Lima será o centro, naturalmente.
Ao
pedido de mais recursos Dilma se recusou.
Esse o motivo da ruptura.
Reduzindo neurônios
Quem
joga fora a leitura joga fora o mundo para futuras gerações. Leitura – reconheça-se – que instrua.
Cansa
para quem tem mais de dois neurônios a oferta de revistas e canal televiso nas
salas de espera de consultórios, gabinetes e escritórios, para não afastar
lanchonetes, rodoviárias, hoteis: o(s) mesmo(s) canal (ais) e a(s) mesma(s)
revista(s).
O
grande derrotado
A
política pode ser considerada a maior derrotada. Muito mais do que os partidos
políticos. Restaram as pessoas, porque os partidos refletem-se estraçalhados, sem significação alguma.
Ainda que a abstenção e votos nulos – não computados pela leitura avaliatória da Justiça Eleitoral – sinalize um massacre para intenção eleitoral, as análises precisam levar em conta os números absolutos em relação ao eleitorado.
Legitimação
Não
há como não reconhecer óbvio: a derrota das esquerdas configura a
legitimação de tudo que aconteceu. Inclusive do golpe. Basta o número de
eleitos oriundos dos partidos da base golpista, inclusive o crescimento do
PSDB.
Pedidos
Antes,
para não prender; agora, de que vai à cadeia visitá-lo.
São expressões do João Dória, íntimo do juiz Sérgio Moro, eleito prefeito de São Paulo com pouco mais de 20% dos votos (em números absolutos) do eleitorado paulistano.
Referindo-se a Lula.
Descendo a ladeira
Descendo a ladeira
Acresça-se à inspiração de Moreira os versos: "Eis aí o Temer, o Serra e o Vieira...".
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