Nada
esperar para o futuro de um país onde parcela considerável de sua gente orgasma
com a tragédia alheia, avançando não mais em proporção aritmética a inefável conduta.
O exemplo do andar de cima chega aos de baixo e tudo segue como se apenas
houvesse ocorrido um tropeço passageiro. No entanto, a inexorabilidade contida
em tudo reverte contra todos.
Que
o diga a apologia aos assassinatos todos cometidos pelos marginalizados não
oficiais e oficiais, clamados e aclamados em relação a uns por programas
televisivos e radiofônicos – tão deletérios quanto o que noticiam, em espúrio
conluio – nocivos à saúde, física e mental, sacrificando as gerações que
surgem, que caminham para tornar-se as perdidas que aí estão, onde o ódio e a
vingança tornam-se valores . E a não-vida, como valor, elevada aos píncaros da
submissão à mesquinhez do que a propagam.
A
Corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público instaurou Reclamação
Disciplinar contra um procurador de Minas Gerais por suas postagens em relação
a então moribunda Marisa Letícia. O mínimo dele expelido girou em torno de
pedir que sua morte logo acontecesse.
No
particular da atitude do Conselho do MPF queremos crer que nada ultrapassará –
quando muito – a uma advertência e o ilustre permanecerá expelindo sua bílis
nos processos que lhe cheguem, onde provavelmente ‘liquidará’ com os pequenos
que não façam parte de seu sonho de consumo social.
Mas
nos causa espécie – a razão de abordar tão infame assunto – o fato de que tal
está a ocorrer no Brasil do terceiro milênio.
E o
fato que motiva este escrever não se passa isolado na figura de um provável
(muito provável!) doente mental que ultrapassou o teste psicológico que lhe
tenha sido submetido – aquele conhecido psicoteste – depois de ultrapassada a
fase de aprovação em avaliação escrita – onde pesa menos os valores
desenvolvidos pela humanidade e mais o aprendido em ‘cursinhos preparatórios’ –
e ora recebe remuneração às custas da população que paga impostos.
O
que vivemos não se esvai em atitudes como a do tal senhor. Presente está em
outras tantas. Como a de uma médica que vaza informações da paciente por ela
acompanhada (ainda que não devesse por adianta da Ética a sua opção política ou
ideológica), assim como naqueles que espoliam o país dizendo defendê-lo no
plano dos interesses da nacionalidade, nos que fazem do exercício funcional
trampolim midiático, que nunca alcançariam pelos méritos profissionais.
E
nem mesmo seja esquecida atitudes como de alguns poucos delegados da Polícia
Federal a postarem imagem de uma presidente da República para a prática de tiro
ao alvo e besteiras tantas cometidas por outros ‘alguns poucos’ procuradores da
República, Promotores de Justiça e mesmo Magistrados que liberam vazamentos
nada importantes para um processo mas visando ferir a imagem pessoal das
pessoas que pretendem atingir.
Em
meio a tantas bandidagens somente a de negros, pobres e espoliados em geral são
objeto da sanha por combater – a qualquer preço – as marginalidades todas que
se nos acometem.
Muito
triste a sina de ser Brasil, abrigando tal estirpe de inumanidade. À espera de
sua triste e longa noite.
Jânio
de Freitas
Depois
de registrar a inutilidade das denominadas ‘delações premiadas’, ápice do que
poderia ser considerado incompetência de ministério público e polícias na
apuração de provas a partir de documentos apreendidos com ordem judicial,
conclui, considerando as condenações morinas, que “como crime, a delação
compensa!”:
“O
marqueteiro João Santana e sua mulher, Mônica Moura, foram agora condenados a
oito anos e quatro meses de prisão. Receberam em conta na Suíça US$ 4,5
milhões, pagamento parcial pelo trabalho na campanha de Dilma/Temer. O pagador,
Zwi Skornicki, representante do estaleiro Keppel Fels, deu como origem do
dinheiro um desvio no contrato, com a empresa Sete, de construção de
plataformas ou sondas para a Petrobras. Participantes também do desvio, no lado
da Sete, Edson Vaz Musa e João Carlos de Medeiros Ferraz.
Condenados
os três por Sergio Moro. Skornicki a 15 anos e meio, cumpridos assim: entrega
US$ 23,8 milhões de desvios vários, não sai de casa até o fim da semana que
vem, e depois só ficará lá à noite e nos fins de semana por um ano. Vaz Musa
recebeu oito anos e dez meses de prisão, transformados em permanência no doce
lar durante os fins de semana por dois anos. E Medeiros Ferraz, condenado a
oito anos, teve-os igualados a "serviços comunitários", só.
Quem recebeu o dinheiro, sem participar da trama, é condenado a oito anos e quatro meses. Quem operou o desvio criminoso de um excedente ilegal contra a Petrobras, e com esse dinheiro fez um pagamento também ilegal, esses são premiados: vão para casa e para as ruas.
Assim é a moral e é a justiça da prática de delações premiadas. Com ambas, dizem, o Brasil será outro. Será: quem disser que o crime não compensa fará papel de idiota.”
Quem recebeu o dinheiro, sem participar da trama, é condenado a oito anos e quatro meses. Quem operou o desvio criminoso de um excedente ilegal contra a Petrobras, e com esse dinheiro fez um pagamento também ilegal, esses são premiados: vão para casa e para as ruas.
Assim é a moral e é a justiça da prática de delações premiadas. Com ambas, dizem, o Brasil será outro. Será: quem disser que o crime não compensa fará papel de idiota.”
De
fazer inveja
Não
sabemos se o registro de FHC em artigo publicado no Globo traduz ironia ou
anedota. Nele afirma que "A venda de empresas a estrangeiros na bacia das almas não é o caminho
mais saudável para o futuro".
Também
não sabemos o que del diria o Barão de Itararé. Nem mesmo se diria!
Quem
não mais tem como escutar são os bancos públicos privatizados, a Vale do Rio
Doce, a Telebras, as concessionários de energia elétrica etc. etc. etc..
Que
foram o caminho saudável para FHC em seu tempo de ‘bacia das almas’.
Por
enquanto
O ministro Roberto Barroso concedeu liminar suspendendo os efeitos da 'doação' às teles de patrimônio público superior a R$ 100 bilhões, autorizada pelo Congresso na calada da noite, como sói ocorrer na atuação de gatunos.
Aquela
picaretagem está suspensa. Por enquanto.
A
que ponto chegamos
Não
bastasse o que já afirmou Gonzaga Belluzzo em relação ao juiz Sérgio Moro – um
idiot servant – há muito no magistrado que somente pode ser explicado a partir
de um divã de psicanálise. Fora disso seria postura de mau caráter em relação a
muitas coisas e uma patológica vocação para o exercício do poder.
Ou
aquela paradoxal humildade em nível de exibicionismo global (de Globo, mesmo”).
Nosso
augusto guardião deu – tanta a ousadia que lhe dão – de emitir opinião – o que acha – de indicação de um Ministro do
STF para ocupar uma função.
Tão
diminuto se confirma ser, que a sua burlesca postura de imaginar reconhecimento por emitir opinião
antiética nos leva imaginar que não está a fazê-lo (opinar) mas a bajular.
Afinal inferior elogiando superior lá no sertão sertanejo tem outro nome: puxa-saco.
Não insistam!
Essa
insistência em colocar Aécio Neves em meio ao turbilhão oriundo das denúncias
da Odebrecht cheira (ops!) a coisa de sonhar.
Afinal,
como sabemos, contra ele ‘nada vem ao caso’.
O que queremos – dirão eles – é outra mina. No momento apenas parcialmente explorada/destruída.
Às
avessas
Há
um novo conceito no mercado: o da popularidade às avessas. Para atender aos
‘invejáveis” índices alcançados pelo interino tornado presidente, simplesmente MT nas delações da Odebrecht.
Afinal,
13% o acham melhor que Lula.
Falando
em empresários
Corruptores
estão às levas por aí. É da essência da selvageria capitalista.
Onde há
dinheiro por ganhar há quem o dispute.
Não dando para todos alguém há de ser
preferido e outro preterido.
Para
começar
14
mil famílias perderam o imóvel adquirido pelo sistema financeiro... e o dinheiro que já haviam pago por eles.
Laranja
madura
"Na
beira da estrada está bichada ou tem marimbondo no pé" – diz o cancioneiro
popular nos versos de Ataulfo Alves, imortalizada por Noite Ilustrada.
Deu no Estadão: iniciativa do sistema bancário/financeiro de instalar uma ‘força
tarefa’ para salvar empresas/empreiteiras. Uma demonstração da gravidade da situação.
Não
havendo uma saída imediata não tardará a crise chegar de sola nos bancos.
Inadimplência
não soa bem nas gerências e diretorias dos bancos.
Quando é casa própria, toma-se; empreiteira, ajuda-se. Para não explodir tudo.
Pobre explodindo é uma coisa, grande is very important.
Inacreditável!
Sabemos
que a política expansionista de Israel sob comando sionista não encontra apoio
dos judeus em plenitude com a Torá.
Mas,
nunca imaginaríamos o encontro registrado no vídeo abaixo.
Ainda
que tomemos como uma encenação haveremos de reconhecer, em dimensão
cinematográfica: excelente argumento, excelente diretor e excelentes atores.
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