Temos
trilhado por entre fábulas e saias justas, pessimismo, palhaçadas e desgoverno, buracos profundos, confissões,
até pelo Latim (miserere nobis)
porque o idioma pátrio já não atende aos reclamos da realidade, a tantas coisas mais, a ponto de o leitor
ser chamado à conclusão muitas vezes.
É que estamos num país de tristes figuras,
perdido entre a verdade por ser
encontrada, entre guerras e batalhas,
sob o clima de rupturas, que caminha a passos largos por utopias, samaritanos, listas e venenos em meio a indigências entre dois países que não se encontram, perdidos entre remunerações e quebradeiras, escondendo
em gargalhares e ironias o domínio da mesquinhez na triste sina de ser Brasil, tentando fugir
dos tempos de necrológio da existência
entre a tragicidade e a idiotia, caminhando
para chamar Moreira César, o corta
cabeças, como expressão governamental, pois este é o por vir que nos impuseram por ser esta terra o peru da vez a enganar os novos sinais da fome, as reações ou insatisfações em faniquito; afinal, o crime compensa, está demonstrado, caminhando – como caminhamos –
para o começo do fim, de beiradas ou asas quebradas, pouco
importa. Descendo a ladeira estamos,
desde que consolidado o golpe.
De
outubro/2016 a este junho que finda, os títulos (em itálico) que alimentam o
parágrafo de abertura deste editorial dispensam avançar até maio daquele ano,
porque nada a ser acrescentado a uma nação destruída em valores e instituições.
De
lá para cá profundou-se escrever sobre o Brasil como exercício de fuga a um
lugar comum: denúncias que se sobrepõem,
ilustrando a roubalheira escancarada comandada por um interino tornado
presidente, anunciado como chefe de quadrilha.
Mas
não reside aí a marcha dolorosa. A profunda agonia persiste porque posto o ‘chefe’
o foi para que se realizasse o butim, que se tornara não suficiente no período
dos governos imediatamente anteriores. Ou, como anunciado por tal gente (santa
de pau oco), porque novos atores ocupavam a cena. O detalhe, então, passa a
residir na comparação entre o antes e o depois, dispensado o pós-depois (do
interino).
Ainda
que os atores dos desmandos, em parte considerável, agissem a partir de tempos
mais imemoriais (disse-o Machado, desde 1946) buscou-se a criminalização de um
bode expiatório (que deu causa por acreditar que sendo igual não seria
alcançado). Ocorre que sobre o bode lançaram tudo, desde Roma. E as merrecas,
em termos comparativos, tornaram-se fortunas incalculáveis, ainda que diante de
bilhões santificados.
Certo
que as visíveis contradições não mais enganam. Não há como acreditar que outros
não sejam os motivos que sustentaram – e sustentam – o golpe.
No
mais, apenas aprofundamos perdas: da identidade, dos referenciais étnicos,
sociais e nacionais. Estamos vivendo a imposição de aprender a não nos
conhecer. Nióbio, terras, Alcântara e a Arábia Saudita do pré-sal estão indo
pelo ralo.
E
já não nos basta um interino tornado presidente levando ao exterior o ridículo
de sua desmoralização – e na esteira dela o Brasil – porque além da queda vem
coice.
E
acabamos de saber em torno do domínio que sobre nós ocorrerá através do
controle da informação aprofundado em nível de globalização/neoliberalismo. A
crise financeira da Globo levou-a a coadjuvância da Vice Media – deu no The Wall Stret Journal – canadense
radicada nos Estados Unidos, que editora conteúdos para jovens.
Precipitado o retorno à escravidão e ao colonialismo, que aguarda as próximas gerações.
Nada
mudou
Sociedade
forjada à sombra da escravidão – afirma-o Jessé Souza em entrevista a Carta Capital. Autor de A Ralé Brasileira (2009), A Tolice da Inteligência Brasileira
(2015) lançará A Elite do Atraso – da Escravidão à Lava Jato, analisando o
comportamento brasileiro, em relação à escravidão, sob um conceito científico,
para explicar o processo desenvolvido na terra
brasilis, ilustrando:
“Como essa herança nunca foi refletida e
criticada, continua sob outras máscaras. O ódio aos pobres é tão intenso que
qualquer melhora na miséria gera reação violenta, apoiada pela mídia. É o tipo
de rapina econômica de curto prazo que também reflete o mesmo padrão do
escravismo.”
Males
de antes, males de hoje.
Cansativo
Não
fora imperiosa necessidade de contrapor-se ao lawfare que insiste em ser Lula o dono de um apartamento no Guarujá
estaríamos cansado(s) de ouvir o lenga-lenga da Lava Jato em torno do tema.
Lula
não é dono versus Lula é dono, eis a questão.
Desmoralização
O
país está desmoralizado perante o cenário internacional. Ninguém o respeita. Os
prejuízos se avolumam. Seu Judiciário é alvo de críticas – aqui e lá fora.
Uma
revista semanal – pródiga em obter vazamentos – antecipa a condenação de um
juiz a Lula em 22 anos.
Caso
alguém pergunte se há prova(s) nos autos tenha a consciência de que em país desmoralizado,
com juiz fazendo política partidária, prova judicial é coisa de somenos.
Ecce
homo
Recebido
por um vice-Primeiro-Ministro, na Rússia; um único jornalista, iniciante,
acompanhndo seu discurso na Noruega (onde ouviu sobre cortes de investimentos no
Brasil); recebido pelo chefe interino do Cerimonial e do comandante da base
aérea local, onde anunciou que se encontraria com o “rei da Suécia”, ainda que estivesse
na Noruega.
Eis
o interino! Eis o homem!
Aos estudiosos
Em nós nenhuma pretensão aclamatória, mas tão somente a de disponibilizar uma peça de natureza jurídica sobre um tema que pode alcançar pessoas vizinhas bem próximas de nosso escritório, disponibilizada no Empório do Direito.
Quiá-quiá-quiá...
A
gaitada – forma como dita pelo interior aquela risada gostosa e gozadora –
começa a ficar desmoralizada, tanto se repetirá.
Começa com o interino tornado
presidente processando o colega de infortúnio/ladroagem Joesley Batista.
Voyerismo
De Eugênio Aragão a Dellagnol, aqui, com carinho, que anda faturando com palestras.
Confisco programado
A materializar-se a pretensão de Meirelles não tardará o confisco de parte do FGTS para garantir o pagamento aos rentistas.
Em outras palavras: tirar do trabalhador para beneficiar a especulação financeira.
Nunca
esquecemos
É
pessoal, mesmo! Nunca esquecemos uma certa matéria de um esculachado grupo com
programa televisivo. Nunca esquecemos a humilhação a que foi levada nossa querida
Itororó em nível nacional. Nunca esquecemos da indagação naquele instante: quem pagou?
A
senadora Kátia Abreu denunciava, à época, o que estava acontecendo: uma brutal
concentração em detrimento dos pequenos, promovido por grandes grupos, o que viria a sacrificar, inclusive, toda a cadeia produtiva.
Itororó cometia o crime de abater entre 800 a 1.000 reses semanalmente, tirando da JBS, instalada em Itapetinga, a sanha por concentrar em suas mãos todo o abate regional e brasileiro.
Acompanhe a política de "terra arrasada" causada pela JBS, na leitura viabilizada pelo GGN.
Que atingiu Itororó.
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