"O Processo", de Maria Augusta Ramos, abordando o impeachment de Dilma Rousseff, vence o prêmio de melhor documentário na mostra Panorama, do Festival de Berlim, na escolha do público, que o aplaudira durante dez minutos depois da exibição.
Tema cansado por estas plagas. Reconhecido o absurdo, mas 'legitimado' em todas as esferas. Tanto que o ratificou – pela omissão, quando provocado – o Supremo Tribunal Federal.
Mas de absurdo passa a (sobre)viver o país.
No curso da semana dois exemplos esponenciais: Ministro de Estado defende um tal de "mandado de busca e apreensão coletivo" e associação de juízes federais anuncia paralisação em defesa do "auxílio moradia".
As duas imoralidades configuram a quantas anda este Brasil varonil.
Imaginar uma busca e apreensão não individualizada cheira a autoritarismo. Na defesa do indefensável tudo se torna possível. Aliás, o que muito vem acontecendo na terrinha. Cheira a ação preconceituosa, marca do pensamento de uma classe dominante que sonha em retomar a casa grande e tornar o resto senzala. Afinal, ninguém imagina que um tal mandado seja expedido em relação à 'coletividade' do Leblon e quejandos.
Não imaginamos que tal absurdo venha a prosperar. Mas, aprendemos a não duvidar nestes tempos estios em que o Estado de Direito há muito foi lançado às calendas.
Até porque tem nascido, de quem deveria defendê-lo, outra esfera de autoritarismo, porque exercitado sob a égide do exercício do poder estatal.
Para quem duvide acompanhe a ameaça (aqui) da associação de juízes federais: paralisação em defesa de 'auxílio moradia'.
A imoralidade ganha foros de "reposição salarial" (indevida como tal) para justificar concessões tais como a de ser levada ao contracheque de um casal de magistrados. Ainda que residindo no mesmo apartamento. Ou de quem, tendo moradia própria, busca-o pela generalidade de sua instituição.
É a desmoralização dos poderes da República, promovida por membros de um destes poderes. Sim, porque não temos conhecimento que pretendam Suas Excelências estendê-lo aos barnabés.
Ressalve-se que nem todos os magistrados utilizam-se da sinecura imoral. No entanto, a maioria não a dispensa.
Que esperar de um país onde parcela do estamento dominante não enxerga além do próprio umbigo? Nem reza brava – dirá o caboclo dos cafundós.
Só nos resta documentários exibidos no estrangeiro, onde melhor compreendidos e reconhecidos os absurdos que norteiam nossa realidade.
Porque por aqui, nada a esperar.
Mas de absurdo passa a (sobre)viver o país.
No curso da semana dois exemplos esponenciais: Ministro de Estado defende um tal de "mandado de busca e apreensão coletivo" e associação de juízes federais anuncia paralisação em defesa do "auxílio moradia".
As duas imoralidades configuram a quantas anda este Brasil varonil.
Imaginar uma busca e apreensão não individualizada cheira a autoritarismo. Na defesa do indefensável tudo se torna possível. Aliás, o que muito vem acontecendo na terrinha. Cheira a ação preconceituosa, marca do pensamento de uma classe dominante que sonha em retomar a casa grande e tornar o resto senzala. Afinal, ninguém imagina que um tal mandado seja expedido em relação à 'coletividade' do Leblon e quejandos.
Não imaginamos que tal absurdo venha a prosperar. Mas, aprendemos a não duvidar nestes tempos estios em que o Estado de Direito há muito foi lançado às calendas.
Até porque tem nascido, de quem deveria defendê-lo, outra esfera de autoritarismo, porque exercitado sob a égide do exercício do poder estatal.
Para quem duvide acompanhe a ameaça (aqui) da associação de juízes federais: paralisação em defesa de 'auxílio moradia'.
A imoralidade ganha foros de "reposição salarial" (indevida como tal) para justificar concessões tais como a de ser levada ao contracheque de um casal de magistrados. Ainda que residindo no mesmo apartamento. Ou de quem, tendo moradia própria, busca-o pela generalidade de sua instituição.
É a desmoralização dos poderes da República, promovida por membros de um destes poderes. Sim, porque não temos conhecimento que pretendam Suas Excelências estendê-lo aos barnabés.
Ressalve-se que nem todos os magistrados utilizam-se da sinecura imoral. No entanto, a maioria não a dispensa.
Que esperar de um país onde parcela do estamento dominante não enxerga além do próprio umbigo? Nem reza brava – dirá o caboclo dos cafundós.
Só nos resta documentários exibidos no estrangeiro, onde melhor compreendidos e reconhecidos os absurdos que norteiam nossa realidade.
Porque por aqui, nada a esperar.
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