Para quê? Para
Nada!
A Organização das
Nações Unidas cobra das autoridades brasileiras rigorosa
e rápida apuração do assassinato da vereadora carioca. Esqueceu de incluir as
duas lideranças campesinas mortas no estado do Pará, na semana anterior.
e rápida apuração do assassinato da vereadora carioca. Esqueceu de incluir as
duas lideranças campesinas mortas no estado do Pará, na semana anterior.
Sem que possa ser
a ele atribuída a responsabilidade pela apuração, recairá
sobre o interventor o
desgaste causado pela violência que ceifou a vida de
Marielle no Rio de Janeiro.
Um fato que causa
impacto como a morte do Major Vaz, em 1954 ou do
estudante Édson Luís, no restaurante universitário do
Calabouço, em 1968.
Um cadáver está
posto aos pés do general. Como enterrá-lo?
Quando há morto célebre
– o que demonstra a certeza de certos atos no
quesito impunidade – apura-se e alguém, certamente, paga o pato. Nunca o
sistema que o alimenta.
quesito impunidade – apura-se e alguém, certamente, paga o pato. Nunca o
sistema que o alimenta.
Chico Mendes e
irmã Doroth estão aí como exemplos. Porque quanto aos
milhares de desvalidos de
periferia no campo e nos centros urbanos (negros e
pobres, índios, sem-terra e
sem-tetos), vítimas do mesmo sistema, muitas
vezes nem alvo são de apurações
para responsabilizar os assassinos. Cultura nacional.
Em nossa visão –
que de pessimismo vaza – não cremos em nada mais que
cenas para os noticiários da radiodifusão. Em muito culpados pela ‘cultura
da indiferença’ a que chegamos.
da indiferença’ a que chegamos.
Há sinais de que parte
da corporação policial-militar do Rio de Janeiro não
aceita o comando do exército. Menos de 12
horas, antes do assassinato
considerável número de integrantes da tropa
perfilada se recusou a bater
continência para o general interventor, registra o Valor, em matéria de Maria
Cristian Fernandes (aqui disponibilizada através do Conversa Afiada).
Um dos tentáculos do
sistema nunca alcançado.
“Policiais têm-se
rebelado contra ações que minam sua sociedade com o crime,
a começar de medidas
simples e baratas como a disposição do comando militar
da intervenção de mexer
na sua escala de trabalho para aumentar o efetivo à
disposição das operações.
Parte da tropa trabalha 24 horas e folga nas 72
horas seguintes, período em que fica sujeita ao aliciamento pelo tráfico e
pela milícia”, registra a mesma matéria.
horas seguintes, período em que fica sujeita ao aliciamento pelo tráfico e
pela milícia”, registra a mesma matéria.
Não é difícil
perceber as nuances em jogo no combate ao crime no Brasil.
Miguel de
Cervantes descortina a inutilidade de certas iniciativas no célebre
tropel de
Granada. Os cavaleiros de Granada, saíam em disparada na alta
madrugada, brandindo lança e espada. Para
quê? Para nada!
Ecos do sistema
Nestes sombrios
tempos soam aos nossos ouvidos os mesmos ecos dos primeiros anos dos anos 50.
Getúlio Vargas e Petrobras... a insistência por sua destituição,
que o leva ao
suicídio para evitar o golpe e uma possível guerra civil.
Golpe que se
materializa dez anos depois. Para atender aos mesmos reclamos
do capital
internacional contra políticas de governo postas a enfrenta-lo.
Lula e o pré-sal.
Novamente a Petrobras readquirindo autonomia. Mais programa nuclear, política externa conduzida em busca de outros espaços e construindo
diversa hegemonia
geopolítica.
Ontem e hoje dois temas presentes em cada instante: corrupção e assassinato.
No primeiro quesito, Getúlio e Lula; no funéreo do Major Vaz e Marielle.
A leitura da
história da classe dominante do Brasil não vem sendo atentada, a
não ser em
análises acadêmicas. O povo distante, emprenhado pelo noticiário.
Como em
tempos idos.
Integrando ao
presente espaço o mote do anterior uma coisa nos fica no plano
da certeza: alguém sonha antecipar os dez anos depois do suicídio de Vargas
nesse instante. Cadáveres insepultos ajudam.
da certeza: alguém sonha antecipar os dez anos depois do suicídio de Vargas
nesse instante. Cadáveres insepultos ajudam.
Terão utilidade e direito à repercussão. Não à
apuração que alcance o
grande responsável. Porque o sistema... é o sistema.
grande responsável. Porque o sistema... é o sistema.
Olá Adylson.....tenho encontrado muitas pessoas em tambem...rs
ResponderExcluirAlguma previsão...nos passa aí.
Eva Lima