Passando
a régua I
Um
Ministro do Supremo Tribunal Federal concede medida cautelar em ação
declaratória, reconhecendo valia, em nível constitucional, a dispositivo do Código
de Processo Penal.
Militares
se reuniram para avaliar a decisão.
Em videoconferência os integrantes do Alto
Comando de uma das três armas disseram estar “observando”.
Fecha o
pano!
Passando
a régua II
General
emite juízo, através do twiter, sobre julgamento do STF: "[...] a atitude unilateral contrária
a uma decisão colegiada é uma demonstração de indisciplina intelectual e de
escárnio ao STF e à sociedade brasileira. Marco Aurélio Mello merece
cassação!"
Fecha o
pano!
Passando a régua III
Nada
mais precisa para ser mantida a ameaça de um dos filhos do presidente eleito:
por os tanques na porta do STF antes da posse.
Fecha o
pano!
Passando
a régua IV
Com decisão
de Tóffoli, cassando a de Marco Aurélio, escancarada ficou a intervenção
militar no STF.
Fecha o
pano! E suprime o resto de Democracia (escrita).
Supreminho
Eis o
estágio a que chegou o Supremo Tribunal Federal, casa maior das decisões
judiciais, guardião da Constituição Federal.
Quando
tornou-se, através de muitos de seus ministros, um órgão político-partidário
abriu o flanco para ser criticado sob o viés dos interesses político-econômicos
deste ou daquele comentarista/articulista, por qualquer insignificância de quem se
imagina detentor do poder divino sob a égide da onisciência dos que a arguiram para
si mesmos.
E assim
todo mundo que o pretenda se torna ávido crítico deste ou daquele ministro sob
‘sua’ compreensão do mundo jurídico.
O que
inclui muitos do mundo jurídico que apenas estudaram para passar no Exame da
OAB. Que não avalia o pensar jurídico.
Tornado
casa de mãe joana o STF não passa de uma corte sem nenhum respeito.
Quando muito,
um supreminho.
O
desencanto
[...] "1) Não mais acredito no Direito como forma de regulação justa das
relações sociais.
2) Não mais acredito em nosso Poder Judiciário e em nosso Ministério
Público, instituições corporativas e dominadas por membros conservadores e
reacionários.
3) Não vejo mais sentido em continuar ensinando Direito, quando os
nossos tribunais fazem o que querem, decidem como gostariam que a regra
jurídica dissesse e não como ela efetivamente diz.
4) Não consigo conviver em um ambiente tão falso e hipócrita. Odeio o
ambiente que reina no forum e nos tribunais. Muitos são homens excessivamente
vaidosos e que não se interessam pelo sofrimento alheio. O
"carreirismo" talvez seja a regra. Não é difícil encontrar, neste
meio judicial, muito individualismo e mediocridades.
5) Desta forma, devo me retirar do "mundo jurídico", motivo
pelo qual tomei a decisão de requerer a minha aposentadoria como professor
associado da Uerj. Tal aposentadoria deve se consumar em meados do ano que se
avizinha, pois temos de ultrapassar a necessária burocracia." [...]
Enrustido
I
Emblemático
o sobrenome do jornalista que defendeu a implantação de um nacional-socialismo
modelo nazista no Brasil: Brasileiro. Vemos nele – a ele, de sobrenome Brasileiro
– o enrustido pátrio se manifestando/escancarando quando oportunidade lhe foi
dada.
Brasileiro
não é o jornalista que pensa ser o nazismo a solução, mas todos os brasileiros
que comungam com ele.
Diferentes
num ponto, o cearense Brasileiro não é mais um nazista enrustido, mas assumido.
Enrustido II
Depois
do ocorrido em torno da liminar de Mello, cassada por Tóffoli, este escriba
passa a considerar o Brasileiro cearense como um profeta.
Caótica,
que seja, mas premonição.
Huummm!!!
Ilustrado
militar, futuro assessor de Sérgio Moro, defende iniciativas do governo desde a
aplicação de recursos oriundos da Caixa Econômica e das loterias para financiamento
subsidiado de vilas militares para policiais ao uso de armamento pesado pelas
polícias.
Subsidiar
moradia para policiais será apenas a reprodução de benesses que atendem a juízes
e promotores, entre outros. Afinal, o que é um auxílio-moradia que beneficiou a
tantos até a pouco?
Há quem
questione a pretensão quanto ao armamento pesado.
Afinal, sem armamento de tal
estirpe a polícia brasileira é famosa mundialmente pelo alto índice de óbito “em
confronto” (naturalmente com pretos e pobres de periferia).
O
detentor da ideia, general Guilherme Theofilo, foi candidato a governador do
Ceará, pelo PSDB, obtendo 20% dos votos.
Por este
ângulo (do resultado eleitoral) há quem imagine que a ideia do armamento pesado tenha um
viés bastante distinto do pretendido.
Pobreza
aumenta
Conceitualmente, no Brasil, miserável é pobre. Que ficou mais pobre e miserável em 2017.
Imaginar que renda média de 406 reais estabeleça o mínimo necessário
para uma subsistência é zombaria.
Mas assim são as análises técnicas. Como as do IBGE.
Epifania
E porque é Natal recomendamos ao leitor nossa crônica "Epifania", publicada originalmente no GGN e integrante de nosso livro Portal da Piedade (Via Litterarum). Também na janela CRÔNICAS deste blog.
Boas Festas, ainda que a mensagem, nestes tempos de passar a régua, possa conter uma dimensão sadomasoquista.
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