Por que
vestir marrom
Música
dos anos 60, sucesso de Adriana, dizia no refrão: “Vesti azul, minha sorte
então mudou...”.
Nestes
tempos tão estranhos quanto sombrios o perigo é vestir vermelho, a cor ameaçada
em todos os quadrantes de apoio ao governo eleito. Naturalmente para agradar
também o fazem os oportunistas.
Nossa
orientação quanto ao que vestir, considerando que azul não cai bem ou não
traduz o que por aí vem e o verde não combina com quem pretende vender a
Amazônia brasileira, amarelo já está saturado e pode dar uma ideia de que está
com o eleito, melhor vestir marrom, a cor perfeita para explicar o que tudo aí
está.
Ao que
parece, a cor da moda. Se a moda pega!
Supimpa!
Mourão à
espera
O
General Mourão pode ser razinza e delicado como um elefante em loja de cristais
quando faz declaração. Mas – ninguém se engane –
sabe o
que quer. E mais: pode não perder o salto quando o cavalo passar correndo. Está
treinado para a oportunidade que lhe vier.
Não
custa duvidar – os que sonharam com um presidente general de linha
dura/ditadura – de que sonho esteja prestes a se concretizar pelas vias
democráticas que norteiam a singular atualidade desta terra brasilis.
Para o
bom entendedor as coisas parecem caminhar para o pretendido por Mourão. Os
apoios de sempre, conhecidos desde antes de 1964, já se manifestam. Ainda que
veladamente, não tão veladamente.
Como se
não bastassem algumas estrelas – não poucas – cintilando em torno do eleito
presidente.
O caboclo lá das brenhas lecionará? esse mourão não amarra burro nem cerca.
Quem não sabe rezar
De renato Novai no 247:
"O que
impressiona neste momento é que Jair Bolsonaro, que se elegeu com a mesma
agenda e narrativas de Jânio e Collor, vive antes mesmo de sua posse um
desgaste tão grande que sequer terá a famosa lua de mel, que quando curta, dura
até a semana santa.
O
bate-cabeças no PSL, partido do governo, as caneladas do general Mourão no
presidente e em seus filhos, a dificuldade em criar uma base para eleger os
presidentes da Câmara e do Senado e a nomeação de uma série de ministros
inexpressivos e caricatos, indicam que Bolsonaro começa seu mandato já com
cheiro de mofo.
Em
começo de mandato, governantes costumam ter paz e capital político para se
impor. Mas isso não está acontecendo com o futuro presidente. Ao contrário, ele
está completamente perdido e já começa a ser visto como um estorvo a ser
retirado do cargo."
Nada a acrescentar. A não ser um pouco da sabedoria popular: quem não sabe rezar, xinga Deus.
(Não)Diplomacia
Aviso
nada velado: apoio da Rússia de Putin à Venezuela mais que à Venezuela fala ao
Brasil.
E por
falar em Putin, também a Europa de Angela Merkel (Alemanha) a Emannuel Macron
(França) já mandou os seus recados, de negócios com o Mercosul ao Acordo sobre
o clima.
O clima
não anda bom. Também lá fora.
E o
homem ainda nem tomou posse!
Nem o
sangue escapa
Nestes
tempos obnubilados, sombrios, tudo que contenha vermelho se torna perigoso. A
covardia e a subserviência cuidam de aprimorar.
Desta
vez não aquele shopping que vestiu Papai Noel de marrom, em Salvador da Bahia de Caymmi e Jorge Amado.
O Ministério da Saúde
trouxe a cor da merda para uma faixa de campanha contra a AIDs.
Queremos crer que para entra na onda ou na cor da moda.
Detalhe:
a cor e a criação da campanha não pertencem a brasileiros, muito menos a petistas ou por
eles influenciado. Mas por artistas estadunidenses nos idos de 1992.
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Da redação: a reprodução acima é de Guilherme Amado/O Globo
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