Perdoe-nos o paciente e estimado leitor deste escriba
de província o tanto retardar a postagem deste semanal. Problemas técnicos
presentes, mas não somente isso.
Vivenciamos singularidades que – nessas quase oito
décadas de existência – não imaginaríamos viver. Dentre muitas a forma como a
denominada imprensa ‘formadora de opinião’ trata a realidade. Inelutável que o
país hoje ocupa espaço no concerto das nações como há muito não ocupava. Esse
nosso “há muito’ está voltado para um fato concreto: muitos são os anos para
reconhecimento, mas para destruí-los pouco tempo basta. E quem mais o afirma
não está restrito aos limites territoriais desta terra brasilis. Mesmo
porque – no quesito ‘opinião editorial’ – nenhum destes arautos da verdade
encontra reconhecimento lá fora.
Dizemos isso – e logo decidimos concluir a especulação
– porque se nos basearmos naquilo que esses ‘técnicos de fancaria’,
‘comentaristas a serviço de quem os paga’, e quejandos tais, o país está
definitivamente alheado do resto do mundo no plano diplomático, desfeito de
perspectiva na seara da Geopolítica, sofrendo reveses na política econômica
(interna e externamente) etc. etc....
Mesmo quando o seu Presidente estabelece postura em
nível planetário – agradando ou não, o que é natural – a plebe ignara (obrigado
Stanislaw) do pensamento único de imediato ocupa o espaço do auditório
reservado à “turma do gargarejo”, dispensa a análise lúcida e cai de pau e pedra no indigitado, quando
lá fora a exaltação está mais expressa e somente contra ela gritam e esperneiam
os efetivamente atingidos com a verdade diplomática diante da crueza da Geopolítica
pensada pelo Ocidente.
Nada a criticar diante da ‘qualificação’ crítica.
Afinal, quem pouco ultrapassou as primeiras letras do alfabeto humanístico e
ainda não superou conta de somar e diminuir no âmbito da distribuição da
riqueza de todos concentrada em unzinhos, falar em questões de tamanha
envergadura cheira a falar de “paz e amor’ para quem só conhece a guerra.
Em “O Homem Que Desafiou o Diabo (2007), dirigido por
Moacyr Góes), o personagem ainda não tornado Ojuara - vivido por Marcos Palmeira - levanta-se, abre a janela,
olha para a rua e destila: “Êta cidadezinha de merda!”
Adiantamos ao caro e estimado leitor que o ‘paisinho’ não é o país em sua totalidade, mas parte de sua gente que se imagina dominá-lo por deter uma caneta ou teclado. E nem se fale dos que se expressam nas ‘telinhas’ alcunhados de ‘experts’, ‘comentaristas’, ‘profetas’ – e nem fale de quem disponha de um púlpito – verborragindo baboseiras.
Não é a Jardim dos Caiacós do filme. Mas, êta paisinho...
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