domingo, 26 de fevereiro de 2012

DE RODAPÉS E DE ACHADOS- Dia 26 de fevereiro

Quando o tema se esgota em si mesmo, um rodapé pode definir tudo e ir um pouco além.  

Adylson Machado

                                                                              

Calcinhas a meio-mastro

A foto que ilustra este rodapé não traduz condolência de japonesas à memória do cantor Wando. Mas, a cultura da verificação, em sede da disciplina escolar, para conferir se a meninada anda usando a dita cuja.
Afinal, em trajes quase sumários a ausência da peça pode gerar confusão ao pegar uma caneta no chão.

calcinhasDe novo?

Outro prêmio internacional para Lula. Desta vez uns trogloditas da Holanda, do Instituto Roosevelt, premiam-no por suas ações governamentais no combate à pobreza e desigualdades sociais.
Viajará em maio para recebê-lo.

Cumplicidade

Ouve-se a divulgação da morte de jornalistas na Síria, a bola da vez para a indústria da guerra em favor da geopolítica estadunidense para o Oriente Médio. Nenhuma palavra sobre o que está acontecendo na Líbia pós Kadafi.
Ali, apresentadora de tevê Hala Misrati foi assassinada na prisão, vítima de torturas e de estupros. Falam mesmo que sua língua foi arrancada. EUA e Europa confirmam a morte, mas silenciam. Como a mídia internacional.
Chama ainda a atenção os milhares de vítimas da vingança dos “rebeldes”. A existência de 8 mil vegetando em calabouços são relatadas pela ONU, Anistia Internacional e a ONG Médicos Sem Fronteira. (detalhes em www.tribunadaimprensa.com.br de terça 21).
E olhe o leitor que tudo ali começou com uma resolução da ONU para criar um espaço aéreo de proteção entre as forças de Kadafi e os “rebeldes”, naturalmente financiados por quem pretendia o petróleo líbio e seu fundo soberano.
A apresentadora gritava contra isso. Enquanto teve voz e língua.

São Paulo

Deu de entrar no anedótico. O judiciário já condenara morador de rua à prisão domiciliar. Desta vez um cachorro foi detido na desocupação da USP e em seguida liberado.
Dispensado da fiança. Cremos que pelo fato de que não latira quando da desocupação.

Debate

OAB defende punição de magistrados corruptos, recomendando a edição de uma lei que possibilite a exoneração de juízes que pratiquem ilícitos no desempenho de suas funções. É a opinião de Wadih Damous, da Seccional do Rio de Janeiro. (Detalhes em texto de Paulo Peres no www.tribunadaimprensa.com.br de quarta 15).

Aprovado

Câmara aprovou, no dia 2 de fevereiro, projeto que responsabiliza civilmente juízes por erros judiciais. A matéria irá ao Senado. (Detalhes em www.conjur.com.br de 2 de fevereiro).
Na Itália... na Itália!

Em fogo lento

Geraldo Simões começa a encontrar resposta à forma como defenestrou Miralva da Direc-7. Caso o esquecimento não tome algumas mentes indignadas.
Não por discurso de Miralva.

Proeza

Geraldo Simões conseguiu inverter um imaginário – que se construía na esteira dos “blocos do eu sozinho” existentes no PT local – de que Miralva Moitinho traduzia arrogância e prepotência onde se fizesse presente.
Arrogante e prepotente é a imagem que hoje muitos têm do deputado pela forma como afastou Miralva.
Não descurar que, para muitos, Miralva tornou-se vítima, traída por GS.

Itabuna não está só

Por aqui denunciam cidadão que enxergaria mas se aposentou por cegueira irreversível (que certamente foi concedida com apoio em perícia do INSS). No Rio de Janeiro há um ex-policial, aposentado por surdez aos 29 anos, que não tem nada de mouco. (Detalhes no blogue do deputado Anthony Garotinho).
É aquele Rodrigo Pimentel que anda pela rede Globo exercitando uma de comentarista em segurança.
Depois não descobrem as causas do déficit da Previdência!

Vício

O imbróglio em que se envolveu a Secult, inserindo em edital privilégios a militantes partidários – mais uma para ratificar Otávio Mangabeira de que “pense num absurdo e na Bahia já há precedente” – apenas escancara a dimensão em que se encontra a cultura baiana submetida ao tacão da política.
O “QI” tem gerado absurdos, até mesmo manutenção deste ou daquele dirigente – ainda que flagrado em corrupção – porque é indicação de político.
Nenhuma referência a Aldo Bastos, que vai se tornando um paradigma de honradez, honestidade e competência, pela circunstância de ser indicação de Geraldo Simões, a pedido da mãe do deputado.
Mas, com ele a imagem do governo Wagner não se afasta da corrupção.

Panela fervendo

martaEm São Paulo, diante da possibilidade de aliança do PT com o PSD de Kassab (Serra não se definia), a ex-prefeita paulistana e atual senadora Marta Suplicy considerou “pesadelo” a circunstância, a ponto de afirmar que corria “o risco de acordar num palanque de mãos dadas com Kassab” (Agência Brasil, no www.advivo.com.br de quarta 14).
Em Itabuna não há esse risco. Fernando Gomes não subirá(?) em palanque do PT. Apenas determinará a seus aliados que o façam, ainda que na turma do gargarejo.

Óbvio ululante

Nélson Rodrigues, não fora o excelente autor de clássicos para o teatro brasileiro (que o tem dentre os mais inovadores), deixou através de suas crônicas frases que se imortalizaram, como o “complexo de vira-lata”, para definir a submissão do brasileiro a tudo que viesse ou fosse do estrangeiro, e “óbvio ululante”, para explicar o que dispensava explicação, tão claro estava, incontestável e insofismável.
Nessa última categoria andam algumas candidaturas, ainda na fase do “pré”: Juçara, Azevedo, Leninha, Wenceslau, Roberto Barbosa, Vane, Acácia Pinho.

O que não ulula

Dos tantos pré-postos, se hecatombe não ocorrer, Azevedo (sujeito a trovoadas que passam pela Câmara), Juçara, diante do controle que o marido Geraldo Simões exerce sobre o PT e Wenceslau, pela circunstância de ser a eleição de 2012 um divisor de águas para o PCdoB (ser eterno coadjuvante ou assumir a cena como ator) são candidatos.
As demais não ululam tanto.

Prazo expirando

Escrevemos nestes rodapés que em dezembro de 2011 houvera reunião entre Fernando Gomes e Roberto Barbosa. FG, conselheiro, recomendou atuações objetivas e diretas de Roberto para consolidar sua candidatura, que deveria ser avaliada, em termos de avanço no imaginário do eleitorado, em março. Este março, prestes a iniciar, logo findará.
Não se sabe de avanços da pretensão de Minas Aço.
Parece-nos que caminha em céu de brigadeiro a possibilidade de o PP de Itabuna apoiar a candidatura do PT. Dependendo apenas do PT da praieira se acertar com Jabes Ribeiro.
Ainda assim, Fernando Gomes confirmará apoio ao PT. Afinal, se a Difusora foi caminho o que não serão alguns argumentos a mais?

Miralva x Josias

Ao que parece Miralva Moitinho não atua somente nos limites da província itabunense.
Miralva conversando com Josias. Pode nada ser adiantado, mas daí pode sair uma dobradinha para 2014.

Itororó

Mantida a expectativa existente em Itororó, da impossibilidade de registro das candidaturas de Edineu Oliveira e Marco Brito o grupo adversário do prefeito Adroaldo Almeida concentrará apoio na candidatura de Rita Oliveira, esposa de Edineu, já que dificilmente admitirá a de José Vitalino Neto.

Liderança maior

Geraldo Simões, afastados os métodos, é hoje a maior expressão da política regional e particularmente, de Itabuna.
Afastou Fernando Gomes da competição direta e lança as bases para consolidar um feudo de fazer inveja a coroneis do passado. Com o invejável detalhe: nesse instante está sozinho.
Enfrenta não a força de uma liderança (como FG, no passado) mas tão somente a divisão do bolo eleitoral. Sob esse prisma, a importância da eleição de 2012 para consolidar o posto.

Ocaso planejado

Fernando percebeu que se torna mais eficiente consolidando a vida privada sem sair da política. A coadjuvância lhe oferta, nesse instante, segurança material e estabilidade política como conselheiro. Torna, assim, a política em fonte de renda e não de gasto.
Tomou consciência de que o enfrentamento eleitoral em 2012 lhe renderia gastos (sabe quanto lhe custou para manter a candidatura em 2004). Ou seja, sem certeza de resultado positivo. Não fora riscos judiciais.
Sua renúncia ao processo se materializou com a venda da rádio Difusora, um pepino que somente assegurava o controle da informação para o desiderato político-eleitoral.

Dinastia

Geraldo define seu perfil de liderança – que se consolidará com a eleição da esposa – justamente por essa circunstância: alimentou Juçara como única pessoa competente dentro do PT para assumir uma candidatura.
Nisso Fernando Gomes nunca pensou. Das esposas, D. Neiva chegou a vereadora. Quando era ex.

Leitura

Temos que Miralva Moitinho se tornou peça inconveniente para Geraldo Simões. Seu afastamento da DIREC-7 faz parte da arrumação que GS pretende dar à base partidária. O que inclui a reformulação da Executiva do PT local.
Miralva, em que pese a solidariedade, não correspondia aos interesses de uma parcela de “blocos do eu sozinho” que encontram em Juçara a porta-voz e os tem como fundamental para o sucesso de sua empreitada.
Nesse particular, cabe registrar se a divisão em curso sustentará a candidatura do PT no enfrentamento a Azevedo.

Voltando aos arquivos... I

Concluindo a matéria posta na edição anterior, quando nos deparamos com fotografia ilustrando a matéria “Começam preparativos para centenário de Jorge Amado”, no Diário Bahia naquele fim de semana.
“Precisamos eleger alguém que tenha a coragem de extirpar da administração pública uma série de corruptos que ali está há décadas, vivendo de subornos, comissões, eventos sinistros”.
...
“Chega de puxar saco desse ou daquele candidato, visando um futuro cargo político. Fernando Gomes é passado, Geraldo Simões e família são passado, Ubaldo Dantas é passado, Azevedo é passado”.
Letras e Reflexão
Por Fernando Caldas
2º Caderno de Variedades, p. 8 da edição impressa do www.jornaldireitos.com.br SUL DA BAHIA, de 20 de outubro a 20 de novembro de 2011

Voltando aos arquivos... II

Diante de tamanha virulência, exposta um ano antes das eleições de 2012, estranhamos que o autor posasse como dirigente da FICC, justamente na administração Azevedo, um dos que possuem “as mesmas práticas dos velhos e centenários coronéis”.
Das duas uma: ou Azevedo mudou ou mudou o autor. Ou este foi convencido por aquele.

Fogo de monturo

Não sabemos até quando Geraldo Simões admitirá a atuação de Miralva Moitinho dentro do PT.
Como tem sido sempre vítima nestes últimos tempos aguardará a oportunidade de afastar Miralva. Principalmente quando a dirigente pode se tornar pé e mão de Josias Gomes no Diretório local.

Dois instantes


heriveltonpery
Quando do centenário de nascimento de Herivelto Martins (30 de janeiro), morre o filho, Pery Ribeiro. Dois ícones da música brasileira. O pai, dentre os grandes compositores; o filho, dentre os intérpretes.
Nossa homenagem a ambos, em dois instantes: “Garota de Ipanema”, de Tom e Vinicius (Pery foi o primeiro a gravá-la) e “Caminhemos”, de Herivelto.

Cantinho do ABC da Noite

cabocoBalcão sendo ocupado. Chegado o freguês, antes do pedido distrai-se saudando um e outro, envolve-se em conversa paralela. Logo depois se volta para Cabôco:
- Já serviu a minha, Cabôco?
- Por acaso sou Mãe Dinah para adivinhar qual a bebida ou o sabor que você quer?

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Adylson Machado é escritor, professor e advogado, autor de "Amendoeiras de outono" e " O ABC do Cabôco", editados pela Via Litterarum

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Galeano

"Somos o que fazemos, mas somos sobretudo; o que fazemos para mudar o que somos."
Eduardo Galeano

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Projeto COMBO em Itabuna


 O projeto Combo parte de um interesse artístico e afetivo: colocar em relação seis trabalhos coreográficos de quatro criadores brasileiros: Um Corpo que Causa (Jorge Alencar), Kodak e Agora se mostra o que não está aqui (Neto Machado), Single (Leo França), Edital (Fábio Osório Monteiro) e Souvenir (feito em colaboração pelos quatro artistas envolvidos e a produtora e co-criadora Ellen Mello).
Mais do que reunir, este projeto procura compartilhar o entrelaçamento das criações marcadas pela participação desses artistas em diferentes funções e intensidades em cada trabalho. Trazer a público as aproximações e especificidades destas obras deflagra modos de pensar na relação colaboração/autonomia/amizade.
Combo levará a cada cidade visitada quatro criações diferentes.

COMBO PARA O INTERIOR DA BAHIA

COMBO apresentará 04 obras coreográficas, concebidas por 04 criadores, por 04 cidades do interior da Bahia - Paulo Afonso, Vitória da Conquista, Cachoeira e Itabuna.
Com formatos diversos, mas artisticamente articulados entre si, os trabalhos que compõem esse COMBO são três solos coreográficos (Edital, Single e Agora se mostra o que não está aqui) e uma peça de grupo (Souvenir) que firmam a parceria entre os artistas Jorge Alencar, Leo França, Fábio Osório Monteiro e Neto Machado. Todos os espetáculos são inéditos nas praças visitadas.
Em Salvador, cidade onde residem atualmente os artistas, os espetáculos já foram apresentados separadamente, mas nunca com essa configuração coletiva.
Em Itabuna, o evento tem a realização da Associação Cultural Amigos do Teatro-ACATE
SERVIÇO
O Que?  Projeto Combo
Onde? Centro de Cultura Adonias Filho
Quando? Dia 1 de Março:
 Espetáculo “EDITAL” às 19h
 Espetáculo “AGORA SE MOSTRA O QUE NÃO ESTÁ AQUI ” às 20h
                 Dia 2 de Março:
Espetáculo “Souvenir” saída às 16:30 do Centro de Cultura para o Local da apresentação
Espetáculo “SINGLE” às 20h
Quanto? Edital e Souvenir: Entrada de graça
Agora se mostra o que não está aqui e Single: 10,00 Inteira e 5,00 meia

Informações: (73) 8873-5458 Ari Rodrigues

domingo, 19 de fevereiro de 2012

De Rodapés e de Achados - Dia 19 de Fevereiro

Quando o tema se esgota em si mesmo, um rodapé pode definir tudo e ir um pouco além.  


Adylson Machado

                                                                              

Preambulando

Não circunavegamos mares em busca da Taprobana, mas estivemos sob confia de portuguesa nau singrando a costa. Longe, longe, em mar azul-marinho escuro, “sem rádio, sem notícia das terras civilizadas” – como cantou Luiz Gonzaga – imaginando o que ocorria pela desencantada terra de Jorge Amado.
No fim ânsia satisfeita, instrumentos acionados. E nada. Mar calmo e céu de brigadeiro, longe do Ceilão.
Como não somos Camões para cantar a Taprobana cá ficamos com algumas marolas.

Novo abadá

Observando bem, não houve diferença entre o modus operandi da greve baiana e as ações desencadeadas pelo PCC em São Paulo, quando efetivadas rebeliões simultâneas nos presídios paulistas, sob comando central de Marcola.
De singular – coisas da Bahia – a possibilidade de colete à prova de balas tornar-se abadá.

Retorno do circo

Novamente um caso comum tornado extraordinário pela atuação da tevelândia, com cobertura da Globo, Record, SBT, Bandeirantes e quejandos. Exposição ao extremo do julgamento do criminoso que vitimou Eloá.
O crime, em muito atribuído a erros da atuação policial (afetada pela cobertura televisiva ao vivo), tem parcela de responsabilidade da mídia, que inclusive transmitia entrevista com o ainda não homicida.
Tudo já se encontrava no limbo. Trazido à tona pela nova onda sensacionalista.

Autodefesa da mídia

Como houve condenação deixa a idéia de que a cobertura estava certa, ao repeti-la no curso do julgamento. Especial e singular catarse.
No entanto uma indagação ainda paira no ar: se não presente o sensacionalismo midiático o desfecho seria aquele?

Detalhes

Advogados da família de Eloá pretendem acionar o Estado por danos morais, justamente porque a polícia não se houve bem. A mídia de fora da ação, ela que, para especialistas, também contribuiu para o desfecho.
Advogados entrevistados pela mídia.
Trocam favores.

Não duvide!

prisãoAconteceu em São Paulo. Um morador de rua foi condenado à prisão domiciliar por furto.
Todos queremos conhecer o carcereiro.

Josias assumiu

Tão comum a omissão, mais comum ainda o ficar em cima do muro, por parte de políticos, quando o assunto pode ferir a susceptibilidade de eleitores. Juçara, por exemplo, não disse ao que veio na entrevista na TVI sobre a rebelião de policiais; Geraldo Simões não assume em torno dos limites de Ilheús-Itabuna.
Ao contrário do lugar comum, pelo menos nesse instante, a postura do deputado Josias Gomes é por demais louvável ao condenar a forma como o movimento paredista da polícia militar se desdobrou.
De Jaques Wagner e de paradigmas I
Não deixa de ter razão o governador quando diz que aumentar salário de militar não garante eficiência. É que, com ele comungamos, nem sempre a remuneração define a qualidade. Melhora o humor, quando do recebimento do contracheque imediato à concessão.
Outras circunstâncias, no caso específico, em muito contribuiriam. Dentre elas recursos técnico-científicos, que dependem do próprio governo. E um pouco de Educação Moral e Cívica.

De Jaques Wagner e de paradigmas II

Cá por nossas bandas temos enfrentado o lugar comum de que a certificação (especializações, mestrados, doutorados e afins) assegura qualidade à educação. Se esse o caminho os que estudamos até os anos 50 e 60 seríamos analfabetos, lançados àquelas professoras que, quando muito, tinham o curso normal (magistério).
Na esteira do raciocínio a educação certificada – com pelo menos graduação/universidade – nos faria país do primeiro mundo.

Campanha para ingênuos

Fazem circular a existência de contradição entre a declaração da presidente Dilma em não admitir anistia para policiais que violaram as normas da corporação e seu passado de guerrilheira. Não é o caso da presidente. Ainda que sob regime autoritário, contra o qual combatia, foi julgada e condenada, depois de ter sido presa e torturada.
Não fora uma circunstância inteiramente diversa: a luta da época era contra um regime instaurado através de um golpe militar, violando as instituições democráticas até então existentes.
No caso presente, ações de uma típica rebelião, em flagrante violação à lei, que ferem justamente o Estado de Direito.

Outros tempos

Houve tempo em que o sistema televisivo vinculado à IURD, de Edir Macedo, não admitia nem que o Cristo Redentor fosse mostrado em matérias jornalísticas da casa.
Nesse carnaval a turma entrou na gandaia, ou seja, no meio da folia. Aderiu à folia ou ao dinheiro?

Falta a bengala

A revelação do Pimenta na Muqueca de que o atual presidente da Câmara de Vereadores é beneficiário de aposentadoria pelo INSS amparado em laudo fornecido pela empresa do oftalmologista e atualmente vereador Gerson Nascimento (que atesta a existência de cegueira irreversível causada por diabetes) constitui grave violação a todos os princípios que envolvem a Ética, quer política, quer médica.
Como dá para ver, Ruy Machado tem os olhos bem abertos. E enxerga muito bem!

Dos arquivos... I

Deparamo-nos com fotografia ilustrando a matéria “Começam preparativos para centenário de Jorge Amado”, no Diário Bahia deste fim de semana, nominando os participantes de reunião ocorrida no Gabinete do Prefeito.
Não nos chamou a atenção o atraso do município de Itabuna para com a efeméride que envolve o filho ilustre, mas uma especial participação naquele registro fotográfico.
Correndo aos arquivos (deste que ainda tem mania de guardar papel) localizamos o texto que preservamos pela coragem e destemor, não fora a importância de seu conteúdo, em nível da oportunidade e da tomada de posição em defesa de Itabuna. Dito texto justificou até mesmo entrevista do autor na TVI, a Paulo Lima, no programa Alô Cidade, justamente pela contundência de suas afirmações.

Dos arquivos... II

Não identificaremos o autor nesse instante, tampouco o título, a publicação e quando (tudo será revelado ao final), mas de registrar neste e em próximos rodapés o que foi escrito em idos não tão distantes, que de início entra de sola na realidade local sob lúcida análise. Comecemos a nos brindar:
“As eleições de 2012 serão as primeiras da segunda década do século XXI. É hora de Itabuna entrar no terceiro milênio. Até aqui temos sido governados pelos modelos mais anacrônicos de administração, numa ênfase às mentalidades tacanhas, às práticas mesquinhas, levando de chofre as contingências todas: a imprensa, o comércio, a cultura, enfim. 2012 é a hora de eleger alguém que esteja apto a traduzir os novos ventos que nos sopram”.
“Infelizmente, mesmo tendo evoluído, nossos políticos ainda possuem as mesmas práticas dos velhos e centenários coronéis. Ainda estamos repletos de colunistas capazes de os idolatrar em jornais e revistas, em troca de migalhas”. (SIC)
Fiquemos por aqui. Na próxima semana continuaremos a reproduzir o registro. Que dá nomes.

Só depois das cinzas

Como nesse País o ano só começa depois do Carnaval, o Presidente da Câmara Federal, Marco Maia, empurra para março a instalação da CPI da Privataria – aquela que pretende retomar os temas e as apurações de uma outra, a do Banestado, que ficou no esquecimento.
Com ajuda, inclusive, do PT.

Comissão de Ética

Não é que a Câmara de Itabuna está criando uma Comissão de Ética!
A surpresa está não no fato de que tão importante instrumento não existia. Mas na oportunidade de sua criação.
Que já tem assunto imediato.

Areia clandestina

Não sabíamos da existência de clandestina areia. O há em Olivença a teor do quanto publicado em blogue regional. Tínhamos como clandestina a ação (humana), não o objeto sobre o qual ela racaia (areia).
Para o blogue o inanimado (areia) passou a deter anima (alma) e, por conseguinte, vontade e consciência das coisas.

Acerto

Criticam o governador Wagner por prisões de policias quando quem as decretou foi a Justiça Militar. Não vimos considerações ao dito pela Presidente Dilma de ser contrária a qualquer anistia aos amotinados.
Mas, voltando à vaca fria, alguém admitiria a Justiça Militar exonerando ou nomeando secretários estaduais?
Cada macaco no seu galho já dizia o dito popular imortalizado em melodia por Riachão, o bom baiano do Garcia.

Confusão

O que não pode ser confundido com direito de greve – e a isso os líderes, incluindo ex-policiais, se puseram em risco – é o terrorismo contido nas proposições de um seu dirigente, flagrado ao emiti-las por telefone.
Esta conduta desmoralizou o movimento, transformando-o em motim ou rebelião. As conseqüências (violações à legislação militar) ficam a cargo da Justiça Militar e não do Governador.

Erro

Erra o Governador, no entanto, ao enveredar em competência da Justiça Militar. Não cabe a ele emitir opinião e explicação para prisões. Sob esse ângulo assume o ônus e o desgaste político.
Já dizia Tormeza que em boca fechada não entra mosca.

E por falar em boca fechada

O Ministro Gilberto Carvalho mexeu em vespeiro ao afirmar que o Estado precisa enfrentar o embate, sob prisma ideológico, pela “nova classe média” que estaria sob controle hegemônico de conservadores encastelados no evangelismo e pentecostalismo “que são a grande presença para esse público que está emergindo”.
De imediato temos que, hoje, o pentecostalismo não é privilégio evangélico, haja vista setores da Igreja Católica que nada deixam a desejar em relação aos côngeneres protestantes e andam, inclusive, vendendo areia e água do rio Jordão, já que não mais dispõem de “lascas” da cruz de Cristo, exauridas do estoque por Edir Macedo.

Afinal

A própria reação parlamentar evangélica é a expressão da força desta “nova classe média”, com representação no Parlamento em defesa de sua dogmática. Demonstração e confirmação de existência e poder.
Apenas ofertadas estas ponderações percebe-se que a posição do Ministro, posta sob a ótica individual, sustenta-se na práxis democrática, de abrir debates, questionamentos.
No entanto, pela função que exerce, de intermediador entre o Executivo e o Legislativo, em “estado democrático” que se sustenta no fenômeno da administração pública gerida pelo Executivo amparado no princípio “da governabilidade” – eufemismo para fisiologismo e pressão parlamentar por cargos e recursos públicos – melhor que ficasse calado.
Que a “nova classe média”, tão bem representada no Congresso existe não tenhamos dúvida. Tanta a força, não aceitou nem mesmo as desculpas públicas do Palácio do Planalto, expressadas pelo próprio Ministro.

Do destempero à humilhação

O senador Magno Malta, líder do PR – reverenciado por sua atuação na CPI da Pedofilia – da tribuna da Casa, só faltou chamar Gilberto Carvalho de santo antônio e rapadura (obrigado Tormeza).
Safado, mentiroso, cara de pau, camaleão e ministro meia-boca foram alguns dos adjetivos. Não fora a ameaça: “Barriga não dói só uma vez, seu cara de pau!
Ainda assim o ministro pediu desculpas.
Devia ter pedido o boné, diante da humilhação!

Apoio ou média?

A OAB local apoiou a greve(?) dos policiais, em razão das reivindicações. Deixou de se manifestar sobre o modo como as ações foram conduzidas.
Dessa forma mais está para média de político. Não se imagine algum líder com pretensão eleitoral!

Ampliado o fiasco

ficcConfirmado o fato de que a série que retoma Gabriela como tema não terá da região mais que algumas gravações de casario ilheense e de fazendas de cacau mais se aprofunda o fiasco da FICC (LER), que alardeou estar encaminhando atores itabunenses para testes na praieira.

Fogo nada amigo

Para quem conhece Miralva Moitinho sabe que não nasce dela qualquer ilação de enfrentar no âmago do PT local qualquer indicação à majoritária. Caso houvesse de fazê-lo o faria em outra legenda.
Destarte, dizer que se lançará à disputa interna é fogo de inimigo, ou, quando nada, nada amigo.

Quem tem olhos fundos...

Tem gente pensando em marketing para depois do Carnaval. A eleição, logo ali e as convenções ainda mais perto.
Dizia Tormeza: quem tem os olhos fundos chora mais cedo.

O que mudou?

Eduardo Anunciação, em sua conceituada página no Diário Bahia admite como normal neste universo grapiúna Geraldo Simões e Fernando Gomes “classudamente conversando”, o que não gera “espanto nenhum”.
Cremos que correligionários de ambos não pensam assim. Principalmente os que comeram o pão que o Diabo amassou e tomaram tapa nestas ruas de meu Deus defendendo cada um deles.

Tudo muito próximo

É o mesmo Eduardo que volta ao tema para indagar “Quem no PT vai dizer a Fernando Gomes: Sinta-se em casa”.
Eduardo insistindo, sinal de que a coisa está muito próxima do que anunciamos e especulamos em julho de 2011.
Ainda que – para enganar a plateia – FG não suba em palanque tampouco segure bandeira em caminhada.

II FECIBA

Encontram-se abertas, até o próximo de 23 as inscrições para a Mostra Competitiva de Curta-Metragem da segunda edição do Festival de Cinema Baiano, a ser realizado de 2 a 7 de abril no Teatro Municipal de Ilhéus, com premiação de 2 mil reais para o primeiro colocado.
O evento buscar promover ações de formação de público, mão de obra, difusão e incentivo audiovisual por meio de oficinas, mostra competitiva de curtas-metragens, mostras de longas.
Para mais informações acesse: www.feciba.com.br
Disponibilzaremos em http://adylsonmachado.blogspot.com.br , na janela cinema, no correr da semana, comentários sobre o I FECIBA, a partir dos textos publicados em DE RODAPÉS E DE ACHADOS n’ O TROMBONE.

Carnaval


Lembrando de velhos carnavais, de marchinhas embaladas em críticas sociais, de blocos e bailes de salão, trazemos uma de suas mais representativas intérpretes: Emilinha Borba e um pout-pourri de marchinhas (acima). Ao lado dela, Jorge Veiga e “História da maçã”.
Particularmente uma homenagem à Lavagem do Beco do Fuxico, nossa mais legítima expressão de saudável Carnaval.


Cantinho do ABC da Noite

cabocoCorria a prosa em torno da violência decorrente de uma mordida de pit bull, quando o interlocutor pediu uma solução ao veterinário presente, caso fosse vítima:
– O que eu faço pra destravar a mordida?
– Use o pé-de-cabra – “solucionou” Cabôco, disparando as gargalhadas.

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Adylson Machado é escritor, professor e advogado, autor de "Amendoeiras de outono" e " O ABC do Cabôco", editados pela Via Litterarum

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

De Rodapés e de Achados - Dia 14 de Feveeiro

Quando o tema se esgota em si mesmo, um rodapé pode definir tudo e ir um pouco além.  

Adylson Machado

                                                                              

Sorria, você está sendo espionado

A loucura que assoma esta civilização está bem retratada particularmente neste Brasil naquele lembrete “sorria, você está sendo filmado”, que não deixa de ser um desrespeito a um direito individual, assegurado no Pacto da Costa Rica: o de preservar a sua imagem. Não queremos ser filmados, mas o somos. Tudo em defesa da segurança, esse novo móvel da paranoia universal.
Não bastasse a câmera que nos foca em todo lugar, o acesso de que dispomos na rede mundial, vulgarmente internete, foi apropriado pela famosa CIA, através do seu Centro de Fontes Públicas (Open Sources Center). Localizado em McLean, Virgínia, com mais de 800 funcionários (outras centenas espalhados pelo mundo), controla das simples mensagens entre internautas (mais de 5 milhões no Facebook e Twitter diariamente) à programação de televisões, rádios, não dispensando a imprensa. (Néstor Garcia Iturbe, no www.tribunadaimprensaonline.com.br, de quarta 1º).
Tudo gera um resumo (Briefing Intteligency Daily), um relatório diário do Centro, encaminhado ao diretor da
Agência, que repassa ao presidente Obama (atualmente) o que entenda de interesse político e estratégico.
Não custa reler George Orwell.

De novo?

Outro prêmio internacional para Lula. Desta vez uns trogloditas da Holanda, do Instituto Roosevelt, premiam-no por suas ações governamentais no combate à pobreza e desigualdades sociais.
Viajará em maio para recebê-lo.

Vale cultura

Elaborado ainda no governo Lula – sobre ele ouvimos de Juca Ferreira, que substituiu Gil à frente do MinC – pende da boa vontade dos senhores deputados. Na Casa tramita há mais de ano, depois de haver passado pelo Senado.
Objetiva dotar o trabalhador de um acréscimo de 50 reais mensais para corresponder a despesas com cinema, teatro, livros, revistas, jornais, espetáculos musicais.
Não há informações de que tenha havido empenho da atual gestão do MinC para agilizar o processo de aprovação.

Padrão de qualidade I

Tudo que a Globo faz o faz bem feito. Seu padrão de qualidade é tido ainda insuperável.
Até quando entra na baixaria!

Padrão de qualidade II

Algumas concorrentes enveredam na exploração da imagem do semelhante, na desgraça alheia, no sensacionalismo.
bbb12A Globo encontrou o filão que ninguém imaginava: o puteiro, como chamada antigamente a zona de prostituição.

Solução

Em terras civilizadas – o que parece não ser por aqui – programas tais sofrem boicote dos telespectadores.
Tal ocorre aqui através do telespectador que se orgulha de dispor de massa cinzenta.
Como nos faltam governo e Judiciário para agir não custaria nada boicotar os patrocinadores.

Reiterando

A pedidos, para os indignados com as violações ocorridas no Pinheirinho, novamente disponibilizamos o
endereço do manifesto-denúncia dirigido à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA: http://
www.peticoesonline.com/peticao/manifesto-pela-denuncia-do-caso-pinheirinho-a-comissao-
interamericana-de-direitos-humanos/353
A propósito, dentre as vítimas da truculência no Pinheirinho há um baiano de Ilhéus, o aposentado Ivo Teles dos Santos, de 69 anos, que se encontra na UTI do Hospital Municipal de São José dos Campos, desde o dia 22 de janeiro, em coma, todo entubado.

Marcando território

Já escrevemos que tantos são os pré-candidatos no PMDB – que já dispõe de pré-candidata oficialmente – que a melhor solução será encontrar um tertius. Que já tem nome: Renato Costa.
Ainda que seja para vice de Azevedo.

Entrevista I

Na entrevista concedida a TVI (sábado 4) em alguns instantes – por tentar agradar a gregos e troianos – Juçara não assumiu posição. Justamente ela, tida e propagada como pessoa determinada.
Quando indagada sobre a responsabilidade pelo movimento grevista da Polícia Militar – se dos policias ou do
Governador – não disse a que veio.
Nem que o Governador cumpre ou deixa de cumprir o acordado com os policias, tampouco que os abusos cometidos pelo movimento feriram gravemente a ordem institucional.
Saiu pela tangente, para não ferir susceptibilidades e por em risco votos militares.

Entrevista II

Em outro momento negou aproximação com Fernando Gomes. Nesse aspecto demonstrou temer o apoio do ex-prefeito e pareceu fugir da cruz como o Tinhoso dela ao vê-la.
Chegou mesmo a afirmar que a administração de Azevedo é continuidade da anterior (Fernando), fazendo-as unas na construção do caos por que passa o município.
Nesse aspecto como explicar andar com Raimundo Vieira, que faz gestões políticas em defesa de sua candidatura?
Caso tema a aproximação não terá como responder e justificar o que está evidentemente ocorrendo.
Cabe aguardar a reação do eleitorado.

Entrevista III

Ao falar da Saúde, além de retratar os avanços alcançados na segunda gestão de Geraldo, não perdeu a oportunidade de desancar o que ocorre no Hospital de Base.
Imaginemos a divulgação do apoio de Raimundo Vieira a Juçara, ele que foi diretor do HBLEM na última
administração de Fernando Gomes.

Entrevista IV

Não deixou claro que as obras do Centro de Convenções possam ser retomadas, pois demonstrou conhecer detalhes do projeto e possíveis inviabilidades percebidas pelo Governo Estadual.
Nesse sentido, a intervenção de Geraldo visando “viabilizar” recursos do Estado para a obra alimentam, mais uma vez, apenas a jogada política voltada para aproximar-se de Fernando Gomes.
A leitura que fazemos é a de que Juçara não terá como concluir o Centro de Convenções. O que parece sensato, a teor das informações que prestou.

Entrevista V

Ao criticar o andamento das obras da Amélia Amado enveredou por críticas ao projeto, inclusive de que estão
substituindo um canal por outro.
Faltou à candidata lembrar que o projeto original – para o qual foram alocados cerca de 6,9 milhões de reais no Orçamento da União à época – nasceu nos escaninhos da administração de Geraldo Simões.
O esquecimento talvez esteja naquele o que foi meu é bonito; do outro, feio.

Argumento irrefutável

charge

Jogando solto I

Do xadrez político em andamento Geraldo Simões está jogando para tornar-se o centro da oposição à administração de Azevedo. Isola-se ao projetar a imagem do único que combate o prefeito e deixa a mulher tocando o barco da candidatura sem desgaste. Ou seja, qualquer responsabilidade cabe ao timoneiro GS. Que tem mandato garantido.
Nesse aspecto, mantida a rejeição de Azevedo em patamares altos – como ora ocorre – seria exclusivamente o PT, capitaneado por GS – o PTdoGS – a voz de enfrentamento a merecer a confiança do eleitor que não aceite a administração azevedista.
Nesse aspecto, a anunciada queda da rejeição de Juçara sinaliza que a estratégia de Geraldo está no caminho certo.
Sinal, também, de que a "antipatia" que inserem na imagem de Juçara não está tão antipática assim.

Jogando solto II

O processo eleitoral, que se concentrará na campanha a partir de agosto, está evidentemente próximo, razão por que, no atual momento a estratégia é perfeita.
Somente sofreria revés se Azevedo revertesse a curva da rejeição, levando-a a patamares suportáveis.

Na defensiva

Para Azevedo o momento é de espera, na defensiva. De concentrar o feijão com arroz para oferecê-lo no imediato do processo eleitoral.
Contra ele o risco de uma derrota na Câmara com a rejeição das contas.
Enquanto Juçara corre fagueira, Azevedo administra Ruy Machado e vereadores que saem, que entram. Aqueles podem retornar; estes, sair. Precisa de todos, portanto.
90 dias de muito trabalho. Justamente até as vésperas das convenções.

Lembrando

A canção marcou gerações nos "assustados" – como se denominadas as festinhas improvisadas nas casas dos amigos, dia sim, dia não nos anos 60 – embalados pelos LPs em radiolas fixas ou portáteis. Muito se dançou "La Mer" (1943) no embalo de Ray Conniff e Billy Vaughn.
Aqui pinçamos a canção de Charles Trénet, interpretada por Françoise Hardy.


Cantinho do ABC da Noite

cabocoNoticiada a queda de um avião transportando valores no interior da Bahia. Assunto do dia no ABC. Antes que a conversa alcançasse os conceitos éticos e morais que determinado cliente pretendia inserir, por conta dos milhões transportados e desaparecidos, encerrou o tema:
– O que cai do céu ou é castigo ou é milagre, Cabôco!

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Adylson Machado é escritor, professor e advogado, autor de "Amendoeiras de outono" e " O ABC do Cabôco", editados pela Via Litterarum

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Retalhos

O dono da bola
Caso o imbróglio da Câmara não se altere o dono da bola é o presidente Ruy Machado. Tem como trabalhar como candeeiro de dois bicos, se o quiser.
Oportunidade igual não se repetirá!

Improviso Nordestino
Trabalho recomendado aos que gostam de qualidade. Não fora o resgate de valores culturais nordestinos, fonte inesgotável de brasilidade.
Gente nossa que não entrou no lugar comum que anda por aí.
 

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Novos Retalhos

Muito bom
A ampliação do Shoping Jequitibá trouxe uma certa autoestima ao itabunense. Sente-se em cidade mais desenvolvida. Lojas famosas dão uma cara de megalópole a Itabuna.

Muito ruim
Estacionar tornou-se um tormento. O estacionamento superior que devia ter acesso a partir de uma rampa dentro do próprio estacionamento tem acesso através da rua.
Parece até haver um acordo do Jequitibá com postos de combustível (tanto o gasto para circular) e com médicos (pelo estressamento que causa).

Retalhos-Daquela série me engana que eu gosto

Escrevemos n’ O TROMBONE, duvidando do “compromisso do proprietário da Difusora, de que a linha editorial da emissora está aberta a todas as correntes políticas”.
Como dizíamos que Geraldo Simões tem “no seu currículo uma postura republicana”, cabe-nos esperar para testar.
Talvez seja o instante de GS desfazer dúvidas e afirmar que mantém aquela postura republicana, que faz dos políticos estadistas.
Começando por reconhecer – quando e se acontecer – alguma realização da administração municipal.

Huuum!
Tem alguma coisa cheirando mal nessa história de cine-teatro Jorge Amado.
Depois explicaremos.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Retalhos - Intervenção branca

De certa forma, pode ser considerada como intervenção federal, pela forma de atuação, a presença de forças federais na Bahia.
No entanto, não podia ser de outra maneira.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Novos Retalhos

Dimensão
A forma e o modus operandi do movimento fez com que a greve da Polícia Militar perdesse credibilidade. A luta sadia e o direito de postular não poderiam ser subtraídos pela utilização de instrumentos de atemorização e típico terrorismo como ocorreu no instante em que tentou constranger o governo estadual impingindo pavor à população.
As cenas divulgadas demonstram que não estava em andamento uma simples greve, mas uma rebelião contra o governo, que se apropria dos próprios meios da instituição (armas, veículos etc.) para promover a atemorização.
O precedente é grave e constitui um típico processo de golpe contra as instituições democráticas, exigindo pulso dos governantes.
Se a moda pega...

Beco sem saída
A reação governamental, em nível estadual e federal, demonstra a dimensão dos pecados cometidos pelas lideranças do movimento. Apostar no pânico da população como instrumento de luta no mínimo foi covardia. Desaguou na intimidação pura e simples a desordem promovida.
Para não dizer criminosa irresponsabilidade.
Por seus vieses a continuidade do movimento leva-o a um beco sem saída, que perde apoio entre a população, a maior vítima, não da greve em si, mas da violência cometida por alguns policiais.
Para estes alguns só restará a carreira política, porque certamente serão expulsos da corporação.

Sexta dia 10 ás 20h na Casa dos Artistas apresentação única do novo espetáculo do Improviso Nordestino.

Dando início às atividades em Ilhéus, nos idos de 2004, o grupo Improviso Nordestino faz uma viagem ao universo do Movimento Armorial - inspirado em Ariano Suassuna, dentre outros, voltado para criar uma arte erudita a partir da cultura popular nordestina - cantando lamentos e alegrias sem perder a contemporaneidade, reafirmando a memória como instrumento da identidade.
Com experiência no teatro, onde executa e compõe trilhas sonoras ao vivo, o grupo traz para o palco um jogo cênico e músicas autorais executadas por diversos instrumentos de corda, percussão e efeitos. A presença de vários estilos e referências culturais oferta ao público do baião ao afoxé, do marcatu à moda de viola, passando por cantigas, cantoria, coco, ladainhas e incelenças do sertão nordestino.
O Improviso Nordestino - ainda que curta a existência - já dividiu palco com nomes como Xangai e Saul Barbosa, tendo recebido premiação durante três anos consecutivos em que participou do festival Firmino Rocha, em Itabuna, onde conquistou o 1º lugar em 2010 e o 2º em 2009 e 2011.
São componentes do grupo Eleilton (voz, violão, violino e craviola), Potira Castro (voz e efeitos), Heloisa Aradna (voz), Sonoro (baixo elétrico) e Jacks (percussão). 
 
Todo dia no lombo leva o nordestino, peleja, insistência e o improvisar. 

domingo, 5 de fevereiro de 2012

DE RODAPÉS E DE ACHADOS Dia 5 de fevereiro

DE RODAPÉS E DE ACHADOS

AdylsonQuando o tema se esgota em si mesmo, um rodapé pode definir tudo e ir um pouco além.  

Adylson Machado

                                                                              

Um dia para esquecer e lembrar

ovoNo dia 30 de janeiro de 1933 Hitler assumia a Chancelaria alemã, com o dólar valendo 1 trilhão de marcos, como registra William Shirer em “Ascensão e Queda do Terceiro Reich” (1960), também autor de “A Queda da França – O Colapso da Terceira República” (1969).
Singular avaliação do que leva àquele período, a de Ingmar Bergman em “O Ovo da Serpente” (1977).
Porque a história deságua em tragédias – cada um com a sua – tudo nos vem à mente neste janeiro de ações como as da Cracolândia, em São Paulo – fundada “na dor e no sofrimento” como medida de higiene social – e do Pinheirinho, em São José dos Campos – típico genocídio social, para não utilizar a expressão “extermínio da pobreza”, como o diz o Defensor Público Jairo Salvador, que o denuncia como “projeto da elite local”. (vídeo abaixo)
Em maior ou menor dimensão, uma forma de limpeza em ambos os casos. Lá, como cá.
Não haverá necessidade de reler “Treblinka”, de Jean François Steiner, prefaciado por Simone de Beauvoir, para compreender ações e omissões.
Ou desmistificar algumas versões.

Está explicado

Marco Antônio, do Sul 21 (no www.advivo.com.br de terça 31): o PSDB de São José dos Campos elegeu o prefeito (tucano) Eduardo Cury, recebendo 427 mil reais de doações do ramo imobiliário em 2008, 20% da arrecadação.
Eduardo Capez, deputado tucano, irmão do desembargador Rodrigo Capez (que frustrou a ordem de suspensão da ação de reintegração) recebeu das imobiliárias para sua campanha o equivalente a 38% das despesas contabilizadas.
O terreno, tenham certeza, será utilizado por imobiliárias.
Está explicada – sob a ótica tucana – a criminosa ação no Pinheirinho.

Tadinhos!

Juízes ameaçam ir ao Supremo para reverter a realidade orçamentária, que lhes negou possibilidade de reajuste em 2012 (deu aqui n’ O TROMBONE). Pretendem 4,8% de aumento, o que elevaria o teto do funcionalismo público para 28 mil reais. (Cabe registrar que o teto não é o máximo do percebido, mas da remuneração básica, tanto que a ele se incorporam vantagens, que elevam os vencimentos a mais algumas dezenas, quando não, centenas de reais).
Ainda que não se fale da flagrante intervenção (iniciativa de gastos compete ao Poder Executivo), gostaríamos de vê-los exibindo o contracheque.

Não se faça oba-oba

A decisão, apertada, do Supremo Tribunal Federal reconhecendo a legitimidade do Conselho Nacional de Justiça para investigar independentemente das corregedorias deu-se em sede de pedido cautelar.
Falta o mérito. Ou seja, o julgamento que definirá a situação.
Aí reside o perigo!

Seixas Dória

Morreu na terça 31, aos 94 anos, o ex-governador de Sergipe (divisor de águas no processo de fazer política em Sergipe, rompendo com a estrutura dos coronéis), cassado em 1964 por não reconhecer o golpe militar. Diferentemente de Lomanto Júnior, aqui na Bahia.
Enquanto o sergipano manteve o discurso da defesa da legalidade e respeito à permanência de Jango, presidente constitucionalmente eleito, o baiano até mesmo fez recolher toda uma edição do A TARDE que publicava uma nota sua de apoio a Goulart.
Seixas Dória foi cassado; Lomanto, mantido no governo baiano, lambendo as botas encasteladas na Mouraria.
A cada um deles a história dará um registro. Definido pelos parâmetros da dignidade de princípios e convicções.

O mico da FICC ou a FICC fiasco

ficcA instituição alardeou estar viabilizando acesso de “atores para seleção de elenco da novela” Gabriela que a Globo anuncia. A platinada desmentiu e tudo cheira a espertalhões faturando algum.
Para a FICC, no entanto, evidencia em suas hostes a plena incompetência na iniciativa, visto que nem mesmo se dignou checar a informação. E desconhecer que a Globo desistiu de editar uma novela, preferindo uma série.
Pior que isso, ao convidar para “testes de elenco” revela ignorância no assunto. Quando muito, a Globo faria teste para “figuração”.
É que a competente gestão da FICC (que Deus tenha piedade de nós!) não sabe distinguir elenco de figuração. Que bem pode ser um simples “cadastro de reserva”.
E como se dispôs a levá-los até Ilhéus gastou dinheiro público para alimentar a incompetência interna.
Um mico que não tem tamanho, que poderia fazê-la chamar-se FICC fiasco.

Revisão territorial

Fonte que integra a Comissão da Assembleia Legislativa encarregada de analisar e votar a revisão territorial entre vários municípios baianos nos informou que o município de Itororó não demonstrou qualquer interesse em reivindicar os distritos de São José do Colônia e de Bandeira do Colônia.
Considerando a repercussão que tal circunstância alimentaria, seja-o no da ampliação do território, seja-o no da população e aumento da arrecadação municipal, cabe ao prefeito Adroaldo Almeida explicar as razões da omissão.

Da série me engana que eu gosto

Estamos pagando para ver materializado o compromisso do proprietário da Difusora, de que a linha editorial da emissora está aberta a todas as correntes políticas. Ainda que Geraldo Simões tenha no seu currículo uma postura republicana gostaríamos de ver/ouvir alguém desancar o deputado através da Difusora.
Ou, coisa mais amena, elogiar Azevedo ou outros possíveis adversários (não cooptáveis) do PT.

Só abuso?

Por demais grave será a confirmação de que havia policiais no comando da agitação que alimentou o centro de Itabuna. Não bastasse a greve, teriam promovido a bagunça. Afirmam boas fontes terem visto policiais sem farda comandando a balbúrdia.
Em tais momentos, um grito de que está ocorrendo um arrastão transforma a população no próprio arrastão.
Abuso, alguns dirão, mas isso pode ser entendido como terrorismo.
charge

Deixando a desejar

Ouviu-se de comerciantes, no imediato da confusão posta na quinta, que fechariam as portas diante da insegurança.
A considerar o trabalho da polícia em relação à segurança ideal de que precisamos não a temos como bom exemplo. Sua ausência agrava, claro. Mas sua presença deixa a desejar.
Os que dispararam tiros na Mangabinha (caso não tenham sido “infiltrados” a serviço do movimento) são os mesmos que por lá estão e todos sabem onde têm suas “bocas”. Menos a polícia.
Não fora isso, quando não estão em greve não conseguem conter a onda de assassinatos. Em grande monta causados pelo “inferno” da droga e de traficantes.

Coronel Santana

Continua afirmando que é candidato a prefeito. Ainda que detentor da indicação de cargos na prefeitura.
Caso assuma a candidatura dividiria, em princípio, a situação, o que beneficiaria Geraldo/Juçara.
Em tempos de amores estranhos, como o de Fernando Gomes por GS e o PT, o do Coronel Santana pela própria candidatura pode tornar-se singular conquista petista. Ainda que indiretamente.
A não ser que não acredite no registro da candidatura de Azevedo.

Provocando I

Apoio de Otto Alencar (PSD) ao PT cheira a imposição. Tipo apoio vocês ali se vocês me apoiarem aqui.
Exemplo: se o PT de Ilhéus e de Simões Filho não apoiarem o PSD serão mantidos os apoios ao PT em Itabuna e Feira de Santana? Salvador é outra história.
Por enquanto é provocação!

Provocando II

A propósito, qual a densidade eleitoral do PSD em Itabuna?
Mas, ainda que faltem votos há um trunfo: tempo na radiodifusão.

O cerco

Geraldo Simões pôs os peões em campo, avançando, no xadrez que elaborou. Provável única saída de que dispõe para reverter tendências negativas, que vão de empate técnico nas avaliações estatístico-eleitorais (ainda que folgado) à perda de amigos e correligionários.
Repete o jogo de 2004. Naquele se deu mal.

O que preocupa?

Moção de apoio a Aldo Bastos. Não fora certamente a utilidade de servir para encaminhamento à Secretaria de Cultura para aliviar a barra do rapaz naquela instância, a pergunta que encabeça o rodapé gera a certeza de que não pairam dúvidas em torno das denúncias contra ele, ou seja, são concretas. Consubstanciam campanha de contrainformação, além de revelar que a defesa de seu mentor à frente do cargo, o deputado Geraldo Simões, não está sendo de tanta valia.
“Moções de apoio” apenas requentam a matéria – quando a calmaria tomava a planície – e mantém a denúncia de corrupção de Aldo Bastos à frente do CCAF em evidência.
E, para não esquecer, atingindo o governo Wagner.

O que faz a bailarina e poeta nesse meio?

Interessante mesmo, alguns nomes que subscrevem o apoio. Como o de Sandra Ramalho, esposa do vereador Roberto de Souza e atual presidente da FICC, a poeta – que ainda não mostrou a poesia que faz –, a advogada que não peticiona (o marido contratou terceiros) – a bailarina, que não dança e a pedagoga que não “pedagoga”.
Em tempos de inusitadas alianças, a “aliada” de Azevedo ajuda Aldo, o menino dos olhos de Geraldo Simões.
Algo muito em comum deve uni-los. O tempo dirá o que tanto os une!

Tática I

A tática de Geraldo Simões para proteger Aldo Bastos, através de porta-vozes, e preservar a sua incompetência reconhecida na Secretaria de Cultura, é a de dizer que os que falam da corrupção são adversários ou inimigos de Aldo. Desenvolve ainda o raciocínio de que falar do amigo é tornar-se inimigo do deputado. Naturalmente, dele GS.
E assim vai tapando o sol com a peneira.

Tática II

Ah! E dizer que não existem provas. Que não peça para exibi-las que elas podem aparecer.
Inclusive aquele tradicional convitezinho do PT para convescotes e afins, com endereço do CCAF para cafés da manhã.
Tem gente que tem a mania de guardar tudo.

E la nave va

A ala “bloco do eu sozinho” existente no PT itabunense (aquela do pouca gente, muita zoada), o que inclui algumas bizarras competências, mais desune que une.
A disputa do “meu pirão primeiro” nem mesmo pensa no médio prazo: eleição municipal, ali em outubro.
Nesse particular, a “vitória” interna de figuras pouco representativas do PT local (só têm utilidade portando bandeira em passeata) estão afastando parte da classe média do voto/2012 no partido.
Alguns observadores verificam que pode ocorrer em sede de futura administração petista uma onda de perseguições, amparadas no singular e bizarro princípio do “quem não está comigo, está contra mim”.
Lembram esses interlocutores do escriba que tal já ocorreu em nível de disputas internas, onde “companheiros” de uma chapa sindical derrotada em disputa no HBLEM perderam cargos que lá detinham no curso da última gestão de Geraldo.
Esse fato não pode ser tributado a GS, mas à autonomia dada a estes “blocos do eu sozinho”.

Abrir os olhos enquanto é tempo

Não à toa, para tristeza do futuro desta terra – pelo atual andar da carruagem – ouvir-se, como ouvimos, de uma figura exemplar, que na eleição não estará em Itabuna. Justamente para não votar no PTdoGS que sempre defendeu.
Outros admitem a existência de um eleitor passivo em relação ao processo eleitoral 2012, indiferente ao que está ocorrendo e admitindo a permanência de Azevedo no poder como fato consumado.
Por incrível que pareça há pessoas aceitando/tolerando a reeleição de Azevedo.

Correndo atrás do prejuízo

Nesse sentido age corretamente Geraldo ao buscar as hostes fernandistas. Ainda que Fernando Gomes não esteja a espraiar de viva voz seu apoio ao indicado por GS não deixará de recomendar que amigos façam a campanha petista.
Alguns fiéis aliados de Fernando já lutam e pedem voto para Juçara. E como sói ocorrer, talvez já tenham cargos assegurados.

PCdoB na espreita

Caso Azevedo encontre obstáculo que inviabilize sua candidatura muita gente soltará foguetes. O PCdoB, em especial, que poderá capitalizar a votação contrária ao PT.
Reiteramento da campanha de 2008, quando o eleitorado de Fábio descarregou sua votação em Azevedo.

Escrita

Se a escrita for mantida, Azevedo não se reelegerá. É o que tem ocorrido em Itabuna desde que o instituto da reeleição foi implantado, o que aconteceu, pela primeira vez, em 2000.

Entrevista

Juçara foi a entrevistada no Alô Cidade, da TVI, no sábado 4, mediado na oportunidade por Barbosinha. Como pré-candidata, começou tensa, refletindo certo nervosismo, até mesmo insegurança.
Nos últimos blocos se houve bem, definindo-se em relação à EMASA (sua posição é lúcida, quando afirma haver investimento do município que não pode ser transferido, se não ao Estado, muito menos à iniciativa privada), à Saúde (lembrando dos programas efetivados por Geraldo) e dos projetos que tem para o município.
Ao tergiversar diante de algumas indagações (greve da polícia, HBLEM, apoio de Fernando Gomes – para quem insinuou ser o governo Azevedo uma sequência – apenas para ilustrar), fixou algumas contradições, anotadas pelo escriba e que serão objeto de consideração em futuras oportunidades.

Raul

Bem podia ser entendida como premonição de Raul Seixas, sobre o que aconteceria a Itabuna décadas depois.
Eis a homenagem do Maluco Beleza: “No dia em que a terra parou”.

Cantinho do ABC da Noite

cabocoPelo abraço que não pudemos dar no dia 2 de fevereiro (até o aniversário de Cabôco foi atingido pelo “caos” na quinta-feira)!
Anedota, caro leitor, mais adiante! Hoje, AQUELE ABRAÇO!!!!!!!!!!!!!!!!
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Adylson Machado é escritor, professor e advogado, autor de "Amendoeiras de outono" e " O ABC do Cabôco", editados pela Via Litterarum

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Novos Retalhos-03 de fevereiro

Objetivo alcançado

Se este o objetivo, o movimento paredista da Polícia Militar baiana alcançou sucesso em sede grapiúna. A população de Itabuna apavorou-se, o comércio baixou as portas e até o Jequitibá, “por cautela”, encerrou suas atividades.
Às 17 horas desta quinta-feira a cidade mais estava para domingo de carnaval oficial.
O grau de instabilidade emocional foi tal que o anúncio da greve de imediato foi cumulado com tiros na Mangabinha e correrias na Cinquentenário.

O lado irônico

Nem centro espírita funcionou na quinta-feira 3.
E o encontro dos amigos de Cabôco Alencar não aconteceu, pelos 81 anos do filósofo do Beco do Fuxico. O ABC da Noite não abriu as portas tampouco Cabôco Alencar foi encontrado.
Certamente o afirmará Cabôco Alencar que o ABC, “como os grandes empreendimentos”, tanto que faz semana inglesa, não poderia ficar com as portas abertas quando a cidade fechava as suas.