O deus Ricardo Teixeira
Descobriu o Brasil nesta segunda-feira outros meios para o processo de canonização vaticânica e singular modo de tornar um mortal em santo. É o mínimo que se depreende da edição do Jornal Nacional deste dia 12.
A simples, e esperada, notícia de que Ricardo Teixeira renunciou à direção da Confederação Brasileira de Desportos e penduricalhos (comitê organizador da copa – com letra minúscula mesmo, para não desprestigiar o dito cujo) tornou-se angustiado necrológio na platinada a realçar os “atos de bravura” e “conquistas” de Teixeira à frente da CBF.
Só os louros, duas Copas vencidas (como se não houvesse outras três anteriormente) e eventos que sustentam a vaidade do brasileiro, que enxerga no futebol a pátria (isso que a Globo sabe muito bem explorar).
Em nenhum momento as Copas de 1998 e 2006 – coisa de inimigos da Pátria – CPI ou a muamba de 1994 e coisinhas menores, como corrupção...
Santo padim Teixeira
Fosse o Jornal Nacional hegemônico como antes o povo sairia às ruas, queimaria pneus e enfrentaria a polícia para fazer retornar o indigitado renunciante ao cargo.
Para o amargo escriba, a Globo só faltou pedir contribuição ao torcedor para indenizar os prejuízos de Ricardo Teixeira.
Sorte que a Globo não anda essa coisa toda de audiência!
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