Saldo
Da passagem da Assembleia Legislativa por Itabuna, onde realizou uma sessão itinerante nesta quinta 22, não percebemos ainda o que de positivo ocorreu além da sua realização na terra de Jorge Amado.
Particularmente esperávamos que a presença da AL repercutisse a grandeza contida em si como manifestação da tripartição de poderes. Que o cidadão pudesse percebê-la como a expressão da representação popular do Estado da Bahia.
A anunciada programação, repleta de homenagens com a entrega de comendas a personalidades locais, pouco contribuiu e não deixou de frustrar expectativas.
E não poderia ser outra a interpretação do cidadão comum, diante do rol de homenageados, alguns merecidamente, outros abusiva publicidade político-eleitoral a desmoralizar a comenda ofertada.
Comício
Se tomarmos o conteúdo de faixas espalhadas no entorno de onde foi realizada a sessão itinerante a ideia que temos é de que foi compreendida por muitos como um comício.
Como imaginar fosse a AL simplesmente uma extensão do Poder Executivo, detentora de uma varinha-mágica, a quem caberia efetivar a duplicação Itabuna-Ferradas ou a Ilhéus-Itabuna. Ou mesmo competência para dirimir os conflitos de gestão da Saúde, que têm alimentado acusações mútuas entre Estado e Município.
Para completar, candidaturas locais apresentaram-se para lembrar que existem.
Inspiradas no próprio presidente Marcelo Nilo, que não desperdiçou a oportunidade para fazer a sua campanha para depois de 2012.
Contaminação
Eventos como este não ocorrem todo dia. São raros. Até porque o deslocamento do aparato institucional para legitimar a sua atuação é complexo.
Também pode ter havido um erro da AL. Não perceber que ela, como a Câmara Municipal, são expressões do Poder legislativo, gloriosa inspiração iluminista de Montesquieu. E não pressentiu que o Poder Legislativo itabunense não é o melhor exemplo. Provavelmente, o pior.
A ponto de contaminar o semelhante.
Fazendo o povo confundir uma Casa (estadual) com a outra (municipal).
Interpretando-as como uma só coisa: casa de mãe Joana.
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