terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Gilmar

Sempre Gilmar
O ministro Gilmar Mendes, do STF, já foi chamado, em plena sessão da Corte, de 'chefe de jagunços' pelo então colega Joaquim Barbosa, aludindo às posturas daquele em sua terra natal. 

O currículo de Sua Excelência se alimenta menos em literatura jurídica e mais por conceder habeas corpus a condenados. Desde que gente grande. Como ao médico estuprador Roger Abdelmassih e ao banqueiro Daniel Dantas.

No entanto, mais incomoda a sua atuação política  indevida em razão da função  exercida em palavrório apropriado para o instante em que levanta o factoide. Sempre paparicado pela imprensa, entende ser dela ator.

Gilmar mendes já "chamou às falas"  um presidente da República em exercício (Lula) por fatos nunca confirmados, incluindo os tais 'grampos sem áudio". 

Sua relação com o ex-senador Demóstenes Torres – e por tabela, com Carlinhos Cachoeira – é considerada, no mínimo, suspeita. 

O ex-presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, o tem como a 'principal ameaça à ordem democrática brasileira'.

Razão assiste a Damous. 

De inciativa da própria OAB nacional há, em mãos de Gilmar Mendes, que dela pediu vistas uma ação  já vitoriosa, por 6 x 1 contrária ao financiamento privado de campanhas políticas. 

Há meses Sua Excelência segura a ação, sem uma explicação qualquer. Apenas retardando os efeitos práticos da decisão, já vitoriosa  repete-se.

Infelizmente a OAB nacional não exerce sua postura institucional (como autora e representante de anseios da sociedade) e nada reclama contra o Ministro.

Em recente entrevista concedida à sempre suspeita Veja Gilmar Mendes admitiu que pediu uma reunião com o ex-presidente Lula em meados de 2012. Daquela reunião Gilmar lançou na imprensa que Lula lhe fizera pressão para retardar o julgamento da AP 470 (o denominado 'mensalão' petista).

O ex-ministro Nelson Jobim desmentiu Gilmar. Mas prevaleceu, na imprensa, a insinuação de Mendes.

Hoje, vem ele dizer que pretendia encontrar Lula para falar sobre a doença que acometia o ex-presidente.

Em nossa modesta opinião não há dúvida nenhuma de que Gilmar construiu um factoide para acelerar o julgamento da AP 470. Para tanto mentiu, fazendo o jogo político-eleitoral que interessava à oposição, para arrebentar o PT nas eleições municipais daquele ano.

O ministro Gilmar Mendes  assim cremos  é muito mais perigoso do que o imagina Wadih Damous.

Está muito mais próximo do que disse dele o colega Joaquim Barbosa.

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