A morte de Fidel I
Uma das três maiores
expressões mundiais do século XX, ao lado de Mao Tse Tung e Lênin, dentre os
revolucionários. A circunstância de haver implantado uma ditadura para
assegurar o futuro da revolução cubana não o exime do hercúleo trabalho
desenvolvido em favor de seu povo, fustigado pelos Estados Unidos, que de
imediato impôs à ilha um embargo econômico que durou meio século.
O mundo assim o reconhece. Até
mesmo Barack Obama, o presidente do país que acossou Cuba durante décadas: "A história vai registrar e julgar o enorme
impacto desta figura singular sobre as pessoas e o mundo ao redor dele”.
A morte de Fidel II
O mundo registrou a morte de
Fidel Castro nos limites do que ele
representa para a História contemporânea. Não é o caso da terra brasilis, onde a informação há muito deixou de existir,
substituída pelo panfletarismo e lugar comum que alimentam o ressentimento
como razão de ser.
Para entender o que representa
Fidel para a História, alguns registros da imprensa no mundo, como observado
por Fernando Brito:
BBC:
“Ex-presidente cubano morre.”
The Telegraph: “Ícone revolucionário cubano morre.”
The Independent: “Líder revolucionário cubano morre.”
Reuters: “Líder da Revolução Cubana morre.”
The Guardian: “Líder revolucionário cubano morre.”
Die Zeit: “Líder revolucionário cubano morre.”
Le Figaro: “Pai da Revolução cubana morre.”
Time Magazine: “Ex-presidente cubano morre.”
Deutsche Welle: ” Morre herói cubano.”
The Telegraph: “Ícone revolucionário cubano morre.”
The Independent: “Líder revolucionário cubano morre.”
Reuters: “Líder da Revolução Cubana morre.”
The Guardian: “Líder revolucionário cubano morre.”
Die Zeit: “Líder revolucionário cubano morre.”
Le Figaro: “Pai da Revolução cubana morre.”
Time Magazine: “Ex-presidente cubano morre.”
Deutsche Welle: ” Morre herói cubano.”
E conclua com as manchetes
sobre Fidel de duas expressões singularmente distintas: para o NYT (supra sumo
do editorialismo) “Fidel Castro, líder cubano que desafiou os EUA, morre aos 90”;
da Folha: “Ditador cubano Fidel Castro morre aos 90”, destacando a festa dos
adversários em Miami.
Obscurantismo
A canção Roda Viva, de Chico Buarque, capítulo da realidade brasileira às vésperas do golpe dentro do golpe de 1968, marcava – há décadas – a abertura do programa do mesmo nome naquela TV que já foi Cultura.
Mudaram o tema de abertura, mas não devolveram o título a Chico.
Chico Buarque notificou a TV Cultura para retirar sua música do programa em 48 horas. Utilizando-se do disposto no art. 24, IV, da Lei 9.610/98, dentro do princípio do direito moral de integridade, como “o de assegurar a integridade da obra, opondo-se a quaisquer modificações ou à prática de atos que, de qualquer forma, possam prejudicá-la ou atingi-lo, como autor, em sua reputação ou honra”.
No mais, aplicar ao programa e aos demais meios de comunicação o reconhecimento do que se tornaram, nas palavras de Joseph Pulitzer: "Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma".
Francisco
O Papa renova esperanças. Pelo
menos em assumir posições. Instituiu como Dia da Misericórdia o XXXIII domingo
do Tempo Comum na liturgia da Igreja, abrindo campo a que a miséria seja vista
com olhos não de comiseração mas de discussão do porquê existe.
Razão tem Sua Santidade de
haver cancelado sua visita ao Brasil, programada para 2017.
E nos vem à mente Don Hélder
Câmara:
A dupla de anões
Não há como o interino tornado
permanente afastar sua participação no caso do prédio de Geddel na Barra. O
depoimento do ex-Ministro da Cultura é conclusivo AQUI, a partir do Conversa Afiada.
Ficamos na dúvida em
relacionar um e outro no conceito de “anões’.
Geddel já o fora, no famoso
escândalo no início dos anos 90, aquele capitaneado por João Alves; o interino tornado presidente tornou-se um –
de estatura ainda menor – depois de compactuar com o anão clássico.
“A política tem dessas coisas”
– disse-o tentando amaciar Calero.
Jânio
Muitos sabem o que representa
em termos de moralidade Geddel Vieira Lima.
Jânio de Freitas foi no gurgumim (aqui disponibilizado através do Conversa Afiada). E
o aliou ao interino tornado permanente.
Não esquecendo de lembrar que Geddel
foi um dos ‘anões do orçamento’.
Parlamentarismo à vista
Nenhuma referência a Lula como
partícipe no esquema apurado pela Lava Jato. Todas as testemunhas de acusação –
escolhidas a dedo entre os beneficiados com a delação premiada – de Barusco a
Youssef, passando por Cerveró, Paulo Roberto Costa e Pedro Correa – desconhecem
qualquer participação ou interferência do ex-presidente no esquema.
Para entendermos o que ocorre
nos porões da república de Curitiba – e a sanha por delações premiadas para
fins seletivamemte específicos – Pedro Correa disse “que, quando se apresentou ao MPF-PR (Ministério Público
Federal no Paraná) para depor contra o ex-presidente Lula, estava agindo dentro
do processo de busca de vantagem por meio de uma delação premiada que reduzisse
suas penas.”
Quem
inocenta Lula são as testemunhas agendadas pela Acusação.
Não
haverá jeito. A não ser implantar o parlamentarismo.
Começaram
As absolvições em relação a
condenados por Moro na Lava Jato começam a sair. As últimas, pela 8ª Turma do
TRF4, que por unanimidade inocentaram Mateus Coutinho de Sá e Fernando Andrade,
da OAS, por falta de provas.
Coutinho cumpria há cinco meses da condenação de
Moro a 11 anos por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Fernando
Augusto Stremel Andrade, condenado a 4 anos por lavagem de dinheiro.
Como não havia prova dos crimes – segundo o Tribunal – fica a certeza de que o juiz Sérgio Moro os condenou por ‘convicção’.
Como não havia prova dos crimes – segundo o Tribunal – fica a certeza de que o juiz Sérgio Moro os condenou por ‘convicção’.
República dos delatores
A delação como negócio está em
vias de ser implantada no Brasil, trazendo o “terror institucional”, o que não
promoveu nem a ditadura civil/militar.
O caro leitor talvez não se
assuste com a leitura que ora disponibilizamos, de Roberto Tardelli, no Justificando.
Mas não custa observá-la
comparativamente com o que disse Pedro Corrêa, acima.
Para quê?
Um Procurador da República – o Dellagnol, da Lava Jato – no exercício de pressão sobre parlamentares, tem marqueteiro cuidando de sua
imagem.
Curiosamente, o mesmo que cuida do governo tucano de Beto Richa.
Afastada a imoralidade de um
servidor fazer-se valer de empresa de marketing para auxiliá-lo no culto à
imagem pessoal no exercício de função pública, quem paga a conta?
Como não é personagem (ainda) de Cervantes e não sai em louca desabalada pela madrugada para nada, para quê?
O Cavalo de Tróia de Cirino
A conexão da Lava Jato e dos
meios de Comunicação (em conluio) constituem novo cenário da luta classes
brasileira. Afirma-o Juarez Cirino dos Santos
Neymar ameaçado
O Ministério Público espanhol pediu a condenação de Neymar à prisão. Léo Villanova registrou.
Não custava tentar
O ex-subprocurador-geral da
República Wagner Gonçalves registrou em texto publicado no Conversa Afiada: “Eu creio na juventude, como todos os
membros do meu Governo, porque se não acreditássemos nela, teríamos de declarar
a falência da Nação. Nós queremos governar com a juventude para a juventude,
porque estamos no fim de nossas carreiras.”
Não,
caro leitor, o dito acima não é de Wagner, mas por ele citado, de fala do Costa
e Silva.
Que
o interino tornado permanente poderia avocar, já que dirige uma ditadura branca
e põe em prática métodos de triste memória.
A quantas estamos
Sem pejo algum de alguns
entenderem que defendemos ‘criminosos’ registramos apenas o absurdo a que
estamos chegando: juiz desconhece informações médicas, duvida delas e põe em
risco a vida de alguém a quem persegue.
Para gáudio da turba ignara, que vive
sua oportunidade de Coliseu, capitaneada pela Globo.
Fato concreto: o affair
Garotinho.
Quadro negro
O que pinta Tereza Cruvinel em
texto reproduzido no Conversa Afiada é o epitáfio do governo interino tornado
permanente. Falta delimitar a profundidade da cova.
A tragédia montada
conseguiu a proeza de escancarar-se em seis meses. A ‘fome’ para corresponder
ao prometido (para os de fora, estrangeiros) como meio de angariar apoios
(também lá fora) lançou o país no fosso profundo.
Que o digam os jovens, em
número de 37%, que perderam o emprego nestes meses apocalípticos.
Dados do
IBGE: São Paulo já acumula 25% do desemprego nacional, daqueles 12 milhões de
desocupados (pelo Caged), porque aliando-se a eles os subutilizados os números
alcançam os 23 milhões, mais de 10% da população brasileira total (levando em
conta de mamânu a caducânu).
O papa Francisco fala em
Misericórdia. O governo a isso faz-se de surdo, tornando-se agente da Morte.
Antes do desastre
Ainda que na esteira da crise
internacional, dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(Pnud) para o Brasil mostram, em todas as dimensões da análise (educação, renda e
longevidade) crescimento no período 2011-2014, sob a ótica do
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM).
O estudo deixa entrever a
força dos programas sociais como alavanca dos avanços: “O leve avanço do IDHM no início da década de 2010 pode estar
relacionado com a natureza dos dados considerados, que propositadamente têm
sensibilidade diferente ao desempenho da economia, e com a rede de proteção
social existente no país. Dessa forma, a população brasileira não sofreu
grandes impactos no período devido à robustez dos programas sociais, que
ofereceram apoio em dimensões básicas da vida humana, como saúde, educação e
renda”.
Confirmando
A cooperação lesa-pátria de
Sérgio Moro, Procuradores (inclusive a Procuradoria-Geral da República) e Lava Jato vai se escancarando. Mostrando a que veio.
Aí a
resposta do porquê quebram as empresas para combater a ‘corrupção’.
Dizem-no Moniz Bandeira e Pepe Escobar. Redobrando a atenção para o que diz Escobar sobre Moro e a Lava Jato. E muito mais: a partir dos 30min do vídeo, quando destaca a "agenda do golpe" a médio e longo prazos, da "guerra híbrida" no formato em que posta no Brasil, onde "desenvolveram um sistema ainda mais sofisticado" como um "golpe lento e a longo prazo", contando apenas com as instituições locais, sem outras formas de intervenção interna além daquelas já postas, porque sustentadas na "manipulação monstruosa da mídia", "na manipulação política", "manipulação financeira", "Tudo isso alinhado com o sistema judiciário". E confirma: "O Brasil é a primeira cobaia dessa nova experimentação".
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