O
peru da vez I
Particularmente
não gostamos do Natal convencionado, farisaico, vil apelo ao consumismo,
exauridor de economias carentes. Esquecido da razão que norteia sua lembrança. Festa
individualista lançando às profundezas a realidade de milhões que não dispõem
do mínimo para efetivá-lo no compasso das exigências do mercado, basta que se
veja os nomes dos produtos ‘necessários’ à ceia.
Texto nosso, Epifania (disponibilizado na janela crônicas, neste blog, ou no Google), contém o sentimento do escriba em relação ao festejo.
Texto nosso, Epifania (disponibilizado na janela crônicas, neste blog, ou no Google), contém o sentimento do escriba em relação ao festejo.
No
plano da coletividade nacional estamos chegando ao final de um ano em que se
viu de tudo. Incluindo o que não se devia ver. Agravado com o fato concreto de
que vivemos o pesadelo de estar naquele país que até um ano atrás era outro,
ambicionando tornar-se uma nação moderna, disputando espaço com potências e que
passa à tragicidade de ser ator de ópera bufa.
O desmonte do estado nacional consuma-se à velocidade de lince pelos abutres e hienas que dele fazem repasto, arautos da improdutividade, da não geração de riquezas, a consumir o futuro e a lançar às calendas as premissas constitucionais de um Estado de Bem-Estar Social.
O desmonte do estado nacional consuma-se à velocidade de lince pelos abutres e hienas que dele fazem repasto, arautos da improdutividade, da não geração de riquezas, a consumir o futuro e a lançar às calendas as premissas constitucionais de um Estado de Bem-Estar Social.
Para
não faltar nada ao desastre perfeito uma proposta de transformar o atual
Congresso em Constituinte.
Particularmente
nos sentimos vivendo o fim do Brasil no qual viemos ao mundo.
Neste
Natal estão servindo o povo e o futuro que vislumbrava na bandeja.
Antes
comia o pobre do peru. Agora é o peru da vez.
O peru da vez II
Tem
o peru (o povo) todo o direito de reagir.
Como
possa! E com os meios de que disponha.
Educadamente, através de palavras!
Educadamente, através de palavras!
Advocacia
com dignidade
A advocacia tem sido vilipendiado nestes últimos tempos. Perde a
cada instante o exercício de prerrogativas, muitas previstas no Estatuto e
tornadas letra morta. A arrogância e prepotência de alguns delegados,
promotores e juízes tem feito tabula rasa em relação ao sadio exercício da arte
do ad vocare.
E
não falta quem propague que o exercício sadio e ético da profissão é agressão a
este ou aquele magistrado. Mormente quando o dito cujo é Sérgio Moro,
cavalariço do capital estrangeiro, que defende com unhas e dentes interesses
escusos à soberania do país, como tem feito nas audiências de um dos processos
contra Lula sob seu comando.
A
consciência cívica e valor da profissão estão sendo resgatadas, para o público,
no papel exercido pela defesa do ex-presidente.
Faltando
em Curitiba
Registra
a História que um clérigo admoestou Pierre Cauchon, bispo de Beauvais, por
condenar Joana D’Arc antes de dispor das provas de culpa.
Está
faltando um para admoestar o Pierre Cauchon de Curitiba.
Por
acúmulo
É a conclusão a que chega leitor na sessão de cartas da
Folha:
Mais uma vez o juiz Sérgio Moro aceitou denúncia contra o ex-presidente Lula, que é réu em cinco ações. Não sei aonde tudo isso vai chegar, mas a impressão que fica é que, se houver condenação, será pelo número de indiciamentos ou fortes suspeitas, pois provas, até agora, não há. Se nada for comprovado contra Lula, estaremos diante da maior campanha contra um político que este país já presenciou e a desmoralização completa da Justiça e do MPF.
Mais uma vez o juiz Sérgio Moro aceitou denúncia contra o ex-presidente Lula, que é réu em cinco ações. Não sei aonde tudo isso vai chegar, mas a impressão que fica é que, se houver condenação, será pelo número de indiciamentos ou fortes suspeitas, pois provas, até agora, não há. Se nada for comprovado contra Lula, estaremos diante da maior campanha contra um político que este país já presenciou e a desmoralização completa da Justiça e do MPF.
ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio
Claro, SP)
Ave Moro morituri te salutant
O
povo desapareceu das ruas neste fim de 2016. E não foram os preços. A falta de
dinheiro, dívidas e insegurança asseguraram a catástrofe para o comércio. Que
deve ficar reduzido em pelo menos 10%.
Desemprego
real em 12%. Empreiteiras destruídas destruíram mais de 200 bilhões do PIB.
Mais de um milhão de desempregados.
E a
corrupção continua. Que o diga a composição do governo interino tornado
presidente.
O
país dos trabalhadores sem dinheiro neste Natal deve muito ao juiz Sérgio Moro.
O Pierre Cauchon de Curitiba.
Os
que vão morrer estão a saudá-lo.
Enquanto
ele está a caminho dos Estados Unidos.
Jogo
findo
Cabo
Anselmo, Sérgio Moro e procuradores da Lava Jato – incluindo suspeitíssima
participação do Procurador-Geral da República Rodrigo Janot – estão inseridos
na linha de traição à Pátria, fazendo jus à medalha Calabar.
A visão geopolítica leva ao – denomina-o Tereza Cruvinel – Game Over.
A visão geopolítica leva ao – denomina-o Tereza Cruvinel – Game Over.
“O Brasil, de potência emergente e líder sul-americano,
voltou a ser um país bananeiro. As grandes empresas de infraestrutura estão em
frangalhos. A economia, na UTI. A projeção internacional do país, obtida na Era
Lula, esmaeceu completamente. O governo Temer solicitamente atende aos
interesses do capital financeiro hegemônico, ‘aproveitando a impopularidade’
para tomar medidas impopulares, socialmente regressivas. E a principal
liderança do campo da esquerda, Lula, está sob o fogo da Lava Jato, para que
não seja candidato. Para os interesses geopolíticos americanos, fatura
praticamente liquidada. Para o Brasil, Game Over”.
Teses
Cabe
ao ministro Gilmar Mendes, que afirmou que caixa 2 não revela corrupção,
explicar porque entendeu que o apreciado no mensalão o era.
Falando
sério
O
humorismo fica de lado quando a realidade faz chorar e não rir. Eis a reação de
Benvindo Siqueira.
OAB
Recebemos
mensagem de Boas Festas do Conselho Federal da OAB. Desejando “que 2017 nos traga união e
tolerância”.
Com
ela temos sido por demais tolerante. Inclusive ao inconstitucional exame de
Ordem (a legitimação pelo STF apenas prova o corporativismo de ambos).
Eugênio Aragão
Aqui a vigorosa reação do ex-Ministro da Justiça Eugênio Aragão ao procurador Dellagnol, mandando-o "baixar a bola".
Única
solução
A
proposta da anunciada reforma previdenciária, no quesito idade, tende a exigir
uma outra reforma: na legislação civil, para dotar o nascituro, quando nada o
recém nascido, de capacidade jurídico-postulatória para assegurar pretensão à
aposentadoria.
Análise externa
Confirma golpe midiático liderado pelo sistema Globo. Trabalho
acadêmico no exterior o debulha e expõe as vísceras.
Tem origem em Teun A. van Dijk, da Universidade Pompeu Fabra, Barcelona
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