Não são poucos os que não manifestam o mínimo interesse pelo retorno do
país aos ditames que regem um Estado de Direito, tampouco que sua economia
volte à pujança que dispôs em tempos mais recentes que distantes ou que a paz
social reencontre a normalidade normalidade. Muito menos ver ampliada a intervenção estatal para fazer avançar a atividade econômica e, com o fruto da plena atividade, controlar as relações arrecadação
x despesa pública, que alimentam o famoso e decantado ajuste fiscal.
Políticas de governo que levam o Estado a distribuir renda, aumentar poder
aquisitivo de salário mínimo, reduzir déficit de moradias, investir em
saneamento básico, educação, saúde, distribuição de energia etc. etc.
naturalmente fazem retirar da concentração da riqueza um pouco do que para eles
é muito.
Ao contrário, o caos assegura privilégios – ampliados para os do andar de cima e
abertura para alguns do intermediário – e eleva a muitos postos de comando
típicas mediocridades (aquelas “mentes indigentes tiradas a inteligentes” de
que falava Stanislaw Ponte preta).
Na esteira de ditas “mentes” algumas que possuem a ‘cultura do
almanaque da meritocracia tupiniquim’, dos que leram para fazer a prova e aprenderam (em cursinhos para
tal mister) as pegadinhas que os torna sábios. Porque, no quesito psicoteste –
quando necessário – não ultrapassam o rés do chão, o que envolve próceres da
magistratura, do ministério público e da Polícia Federal (este o exemplo mais
recente, na denúncia de Marcelo Auler).
Mas, não imagine o leitor que a retomada da plenitude de um Estado
Democrático de Direito em seara de Bem-Estar Social poderia estar resumido no
jogo da economia, das finanças etc.
Há casos mais graves repercutidos, a depender daquele. Para não dizer gravíssimos. A
história imediata elabora sua própria avaliação. E não deixa dúvida de que um
processo muito mais amplo que um “combate à corrupção” norteou os últimos acontecimentos.
Tanto que, os atos de um governo que ascendeu à tomada das decisões de
forma espúria não só cuidou de por em prática os interesses de certa classe
dominante; também avançou, de forma profunda, na destruição do patrimônio e dos
valores da nacionalidade. Para tanto, atos típicos de violações à soberania e à
segurança nacionais se fizeram e se fazem presentes.
A cúpula governante – reproduzindo os temores da classe dominante e dos
interesses aos quais serve – preocupa-se com a retomada de Políticas de Estado
que façam o país retomar a trilha da autonomia/soberania. Sabem que apurações decorrentes
da prática de crimes de lesa-pátria os levará ao banco dos réus. Não da
política, mas das barras dos tribunais.
O discurso de que fazem ‘o país grande’
– ou o preparam para tanto (na velha e carcomida ideia de deixar o bolo crescer
para depois dividir) – nos remete ao que assistimos: um álibi!
Mas, o temor não reside apenas nos governantes. Sob esse viés não
trilha o exagero afirmar, sem medo de errar, o que assombra o juiz Sérgio Moro
e o Procurador Dallagnol – aquele que fala com Deus – com respingos em outras
figuras, o que inclui um Procurador-Geral da República – por omissão, caso não
integre o fato ilícito por comissão. Que pode ser compreendido por começar pelo
atentado à Segurança Nacional de interceptar, ilegalmente, ligações do gabinete
da Presidência da República e – uso político, mais do que indevido – fazê-las
vazar para a imprensa escolhida e eleita.
Com Lula “do tríplex” Moro e Dallagnol foram para o horário nobre. E o
horário nobre é sua maior defesa, porque, através dele, sub-repticiamente,
acuam órgãos e instituições.
Ocorre que escancarado vai ficando o absurdo
cometido para afastar o ex-presidente do processo eleitoral. Já não convence na
dimensão que imaginavam viesse a convencer uma condenação seguida de
encarceramento.
Assustados certamente estão. Contam com os amigos e apoios de sempre.
Que podem falhar, conforme as circunstâncias. Talvez não os Estados Unidos, o
país mais beneficiado por suas ações. Que deve reservar-lhes – como o faz com
os que o servem – um endereço.
Mas, há um temor, concreto: o que fará um governo que destoe dos
métodos utilizados e faça o país voltar a ser um Estado de Direito.
O que assusta Sérgio Moro e quejandos é essa possibilidade: um governo
que tenha pulso para fazer funcionar as instituições democráticas, que venha a fazer
valer o Estado de Direito para apurar contra quem de direito tudo que foi
promovido contra este Brasil.
Um Ministério da Justiça que determine apuração em razão de fatos
conhecidos e denunciados, inclusive externamente, de violações à Soberania e à
Segurança nacionais pode leva-los às barras dos tribunais (art. 1º, Inc. III e
4º, da Lei 7.170/83).
Sabido e consabido (há de confissões a vídeos, passando por provas) da associação de membros do Ministério Público Federal e do juiz Sérgio Moro aos EUA para ações que culminaram com a 'deposição' da Presidente da República e o saque e agressões a projetos nacionais, que vão até ao programa nuclear e ao processamento de urânio, passando por liquidar a Petrobras e seus TRILHÕES DE DÓLARES em reservas do pré-sal.
Para manter o país na ordem do dia e no pensamento da casta, Sérgio
Moro e Dallagnol precisam agora do Lula “de Atibaia”. Ainda que tudo no mesmo ‘mané
luís’ da falta de provas e o STF tenha determinado que outra deva ser a
jurisdição.
Mas, lawfare existe para isso. Reações à sua aplicação podem gerar questionamentos, convulsões. Daí, então... melhor endurecer para corrigir.
No fundo, no fundo, o que assusta Sérgio Moro e quejandos é a
realização de eleições que possam levar ao Palácio do Planalto outro que não qualquer dos áulicos ‘salvadores da pátria’.
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PRÓXIMA SEMANA: Partido da Justiça.
Que fim levou a dupla Maraú e Marilda , que tinham um circo com um palhaço "Gojobinha"?
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