Desse tempo a do besouro. Teria ele (o besouro) reclamado – no limiar
da Criação – junto a São Pedro, da razão por que o Criador dotara a abelha com
os meios para a produção de mel e negara ao próprio tal mister. Logo ele, mais
poderoso etc. etc. E solicitou a intervenção do Chaveiro do Céu junto ao Senhor
para reverter a situação.
De logo não conseguiu. Mas tanto insistiu que terminou por cansar e
conseguir que o Senhor passasse a Pedro: – Vá lá, Pedro, ensine-o! (Não quis
dizer que para se livrar da chatura porque Deus, Onisciente, não é chegado a
tais mazelas). E lá foi o bondoso Pedro exercitar o magistério: – Olhe –
começou – primeiro busque as flores, localize... Nada mais pôde dizer, porque o
ilustre aluno já voejava longe dizendo: – Já sei, pode deixar, já sei.
E disparou mundo a fora visando cumprir o que considerava augusta
missão.
Nunca saiu do samburá – aquela cera, como denominada pelo sertanejo, de
quem ouvimos o contado. Ou melhor – para sermos mais preciso – de arrumar a
moradia, que nunca será colmeia.
O interino tornado presidente declarou, recentemente, naquele plúmbeo
regurgjtar verbal, na abertura do Plano Safra, como colhera algodão, ainda que
sem dispor de conhecimentos técnicos para o exercício da maquinaria. Visitando
área do agronegócio – disse-o – ao lado do atual ministro Blaggi, fora instado por
este a manusear a máquina colhetadeira, com a simples recomendação (ao dizer
que não sabia mexer com a parafernália) de que tão somente apenas “apertasse aquele
botãozinho”. O que fez. E deixou-se encantar como operador da máquina.
Assim cuida do que deveria ser os destinos do país: como (péssimo)
aprendiz de feiticeiro (do clássico Fantasia). Mais para este, muito próximo do personagem de Disney.
Que o diga o imbróglio em que se meteu para corresponder aos interesses
que o levaram a beneficiar-se do golpe de 2016, no quesito greve de
transportadores: tenta resolver o lado das empresas, desagrada o autônomo;
busca atender a esse e desagrada empresários etc. etc. Um moto perpetuo na busca de curar a doença sem a devida anamnese em
torno da causa.
O país gerido por aprendiz incompetente, assim o faz com o Brasil. Acha
que simplesmente apertar o botãozinho da máquina elaborada pelo neoliberalismo
em sua vertente de especulação financeira será o suficiente para produzir mel. E faz por merecer o aplauso negativo de 92% da população.
Na esteira dos desencontros e desarrumações o ‘Judiciário midiático’ caminha
ao encontro do interino no quesito reprovação: este já alcança 92%; aquele, 55,7%,
com outros 33,7% entendendo-o regular. E o que dizer de quem é considerado “pouco
confiável” para 52% e “nada confiável” para 35,5%? Os 6,4% que acham o
Judiciário muito confiável mais estão para os que tomaram conhecimento da
decisão do TRF-5 de barrar a privatização da rede de dutos da Petrobras.
O interino joga para o mercado; o Judiciário, com a mídia (que faz o
jogo do mercado). Tudo em casa! Certo que ambos quebraram a confiança do entrevistado.
Não chegam nem a besouro. Que dirá a samburá!
Às calendas a razão
Detalhe não aventado e desapercebido pela conveniência: o juiz Sérgio
Moro, premiado em Mônaco. Um espaço físico insignificante, cuja economia é a de
ser paraíso fiscal e palco de corridas de Fórmula 1. Vive do turismo e do
dinheiro alheio, lícito ou ilícito.
E Moro por lá, encantado.
Legitimando um dos palcos mundiais de abrigo para algumas figuras suspeitas
e cenário para a coxia da corrupção. Nassif ilustra melhor.
A imprensa ficou só com a premiação, deixou de lado a razão por quê.
A imprensa ficou só com a premiação, deixou de lado a razão por quê.
Mas, o que não se faz para ajudar um apertar o botãozinho da vaidade!
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