Para quê, ‘ora, direis’!
Autoridades em ciências jurídicas
da Europa e América Latina – noticia o GGN – clamam pela atenção da ainda presidente do STF, Cármen
Lúcia, para mudar a postura em relação ao procedimento processual dado a Lula, destoante das regras jurídico-penais conquistadas pela Civilização
no correr dos séculos (impulsionadas a partir do Iluminismo). Esperam que seja tratado sob
a égide de um processo leal, que obedeça ditames naturais a um Estado Democrático de Direito.
"O caráter precipitado, desleal e parcial do
processo que determinou a reclusão do Senhor Luiz Inácio Lula da Silva,
acontecido em uma temporalidade inédita, comparativamente à tramitação de
processos do mesmo tipo material e formal" leva-os a “um apelo (...)
para garantir - e sabemos que isso também é uma exigência de sua formação - o
respeito a todos os princípios que regem o Estado de Direito Democrático, no
marco do exame do processo relativo ao Senhor Luiz Inácio Lula da
Silva",
Pedir imparcialidade a Cármen Lúcia no caso Lula, ‘ora direis’
(obrigado, Bilac!), para quê?
Torna-se a fala daqueles doutos,
no caso concreto, simples metáfora dos cavaleiros de Granada de Cervantes, que
alta madrugada saiam em louca disparada. Para quê? Para nada!
Nada a
dizer, apenas ler
Vítima do
agrado
Para o
sistema jurídico em que impera o Direito positivo a lei, tão somente a lei, é a
baliza. Não a realidade social, tampouco a dimensão humano-individual ou
coletiva, o fato em si em sua realidade, os limites financeiros e quejandos
tais. Está na lei, aplique-se. Ao nosso inteligente leitor dispensado fica de
explicar aqui que uma lei existe depois de aprovada pelo Congresso, onde os
interesses dos grupos organizados prevalece, onde os econômicos se fazem
representar, banqueiros na dianteira.
"A inelegibilidade do ex-presidente é
'aritmética' porque ele tem uma condenação em segundo grau" [...] "Essa questão está pacificada, a meu ver" – declara o
ministro Gilmar Mendes, que labora politicamente nas mais variadas linhas,
desde que o PSDB e amigos, compadres e afilhados não sejam prejudicados.
Sua
declaração traduz, nada mais nada menos, aquela visão diante do que “está na
lei”.
A Lei da
Ficha Limpa constitui-se aberração jurídica à luz do ordenamento constitucional
brasileiro que elegeu quatro instâncias para definir o trânsito em julgado. Ou
seja, a Constituição Federal – a lei maior, à qual todas devem subsumir,
inclusive julgadores – assim estabeleceu. Tanto que é objeto de declaratória de
inconstitucionalidade no que diz respeito à condenação em Segunda Instância
como parâmetro para o recolhimento à prisão e, agora, a inelegibilidade.
O Congresso
aprovou, no afogado da pressão oriunda dos mais variados interesses.
Lula a
sancionou.
Poderia ter vetado a disposição que se refere ao trânsito em segunda
instância, que é flagrantemente inconstitucional.
Buscou
agradar aos que pressionavam, ser reconhecido por eles.
Da busca do agrado é vítima.
Meu pirão primeiro
Como os tempos
são de crise, meu pirão primeiro. É o que
podemos afirmar diante da pretensão, em tempos de crise e estagnação econômica,
de aumento dos vencimentos (salários, para o leigo) da magistratura proposto
pelo STF e encaminhada ao Congresso.
Lindo de
morrer!
Para não
perder o embalo o Ministério Público Federal já cuida de ampliar o seu.
Aquela coisa
de efeito cascata (aumento do Supremo repercute em todos os níveis de
magistratura, servidores, promotores de justiça, advogados da União, de Estados
etc. etc., alcançando, inclusive todo o funcionalismo) fica para as calendas.
O pirão fala
mais alto.
Por fora,
bela viola: por dentro; pão bolorento.
Nos Estados
Unidos, onde ‘47% do crescimento total da renda antes de impostos – nos EUA
caro leitor, não no Brasil – foi para o 1% no topo [...] “As
pesquisas da Oxfam (Oxford Committee for Famine Relief)
revelam que os salários dos diretores executivos das empresas norteamericanas
cresceram 997% desde o final dos anos 1970, enquanto o salário do trabalhador
médio aumentou apenas 11%.”
Esse o
sonho em andamento trazido ao público pela mídia capitaneada pela Globo como a
solução para o Brasil.
Como
lembra o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, autor das informações acima, em artigo
publicado na Carta Capital: “Por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento”.
Alerta vermelho
A Interpol Internacional desmoraliza o juiz Sérgio Moro ao retirar Tacla Durán da lista de procurados diante das inconsistências do magistrado (perseguições e desrespeito ao devido processo).
Aguarde disponibilização... Desta e de outras postagens no correr da semana.
Não só a grave denúncia, anunciada acima.
Também, a partir da segunda (13), nosso ponto de vista/especulação em relação ao resultado eleitoral (Cenário) e a dúvida sobre a lisura das eleições (Como profissão de fé, em três tempos), entre outras.
Aguarde disponibilização... Desta e de outras postagens no correr da semana.
Não só a grave denúncia, anunciada acima.
Também, a partir da segunda (13), nosso ponto de vista/especulação em relação ao resultado eleitoral (Cenário) e a dúvida sobre a lisura das eleições (Como profissão de fé, em três tempos), entre outras.
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