quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Cenário político-eleitoral

Os candidatos postos, as pesquisas e as surpresas II


Oposição
Dando sequência à análise ora nos debruçamos sobre a denominada esquerda. que tende a disputar com Lula/Haddad e Ciro Gomes.

O percentual hoje atribuído a Ciro Gomes o eliminaria se não dispusesse de força e discurso suficientes para convencer o indeciso (ou seja, aquele eleitor que não tenha se decidido em definitivo à direita ou à esquerda). Temos que não será o horário eleitoral o grande motor para o crescimento de Ciro Gomes, mas os programas de debates, caso permitam que se manifeste (o que não ocorreu no da Band). 

Ideias firmes, propostas definidas, conhecimento e domínio sobre a situação do país e seu contexto no mundo fazem dele um dos grandes nomes em disputa, capaz de surpreender/convencer eleitores indecisos (hoje em torno de 60%) que estejam realmente preocupados com o futuro do país e que disponham da capacidade de perceber – pelo sofrimento na própria pele ou pelo domínio do quadro político – que há candidato capaz de fazer políticas que lembrem Lula e que não seja Lula/PT.

No rol dos indecisos preocupados com o futuro certamente Ciro Gomes crescerá.

Não bastasse, há, ainda, um dado pouco observado: os eleitores do PT e do PSB descontentes com decisões das respectivas cúpulas partidárias dificilmente migrariam seus votos para a direita e o desaguadouro natural seria Ciro Gomes.

Lula ou quem ele indicar, quando esgotados os meios de que disponha juridicamente (Quixote contra moinhos de vento), alimenta o outro polo à esquerda, com tempo razoável na propaganda eleitoral.

A luta tenaz dos adversários reside em evitar que os feitos positivos de Lula/PT no governo sejam (re)lembrados no curso do horário eleitoral e nos debates.  

Boulos será coadjuvante no discurso contra o que aí está. Cabe ressaltar se dividirá ou poderá auxiliar outro candidato com votos em instantes de definição do indeciso.

Lula/Haddad e Ciro, decisivamente, formam o pensamento progressista capaz de ir ao segundo turno (até mesmo ambos, como verá o leitor nas próximas análises).
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AMANHÃ: Autofagia eleitoral
DEPOIS DE AMANHÃ: Especulação, incluindo o eleitor/ator

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