Leitura
imprescindível
Aqui
destacamos A RELAÇÃO MIMÉTICA ENTRE O PÚBLICO E A IMAGEM CINEMATOGRÁFICA, do
trabalho acadêmico que instruiu uma dissertação de mestrado do Professor
Clédson Miranda dos Santos, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia,
centrada na influência do cinema estadunidense nas gerações provincianas. No
caso estudado, as da cidade de Itororó, nesta Bahia de todos nós:
“Após
a Primeira Grande Guerra, os Estados Unidos começam a lançar as bases do seu
poderio econômico sobre o mundo e um dos modos de difusão e alargamento desse
poderio era ratificado por meio das ideologias propagadas pelas películas
hollywoodianas, por meio da disseminação dos valores da sociedade de consumo e
dos seus produtos. Estava, assim, constituído um modo eficiente de veiculação
do modelo de capitalismo norte-americano, principalmente para os países da
América Latina e, particularmente, o Brasil, grande consumidor. Ou, como afirma
Gomes (1980, p. 86), ‘a raiz mais poderosa dessa produção é constituída por idéias,
imagens e estilos já fabricados pelos ocupantes para consumo dos ocupados.’
Conforme Louro (op. cit., p. 426), as platéias selecionavam e acompanhavam os
diferentes gêneros narrativos, identificavam e decodificavam os diversos
signos, costumes, músicas, movimentos de câmera, sons, jogos de iluminação,
etc.. Deste modo, a linguagem cinematográfica e seus diferentes dispositivos
passavam a fazer sentido, produziam e difundiam diversas representações.”
Nunca o
estudioso haverá de descurar da existência de figuras míticas como Capitão
América, Superman e quejandos, vestidos com as cores da bandeira do USA e levando
ao imaginário externo aquele país como a pátria da liberdade e da democracia e,
acima de tudo, ser ele (o país), o guardião mundial da defesa de tais valores e
instituições, ao qual todos deveriam respeitar e copiar/obedecer.
Simplesmente
a manipulação das massas. Mentes direcionadas para corresponder aos ditames dos
Estados Unidos.
O
trabalho, centrado no inconsciente coletivo, não o sabíamos, foi desenvolvido
por um filho de Sigmund Freud, como o diz Armando Coelho Neto em texto para
avaliar a atualidade brasileira à luz da manipulação midiática capitaneada pela
Globo.
Leitura
imprescindível.
Doeeeu!
Essa
irritação da Globo, manifesta através de Míriam Leitão, cobrando do TSE postura
equânime em relação aos candidatos, nos cheira coisa de quem parece haver percebido um nó
nas próprias tripas causado pelo remédio que receita.
Quem sabe?, de estar
fazendo por um presidente que já anunciou redução para a verba publicitária e está diretamente vinculado à concorrente Record e ao pool de igrejas evangélicas lideradas por Edir Macedo.
Festa
Houve
tempo em que uma eleição podia ser chamada de ‘festa da democracia’. A deste
2018 = pautada no ódio e no medo – sinaliza tempos soturnos. Que podem rimar
com coturnos.
Estas
eleições bem podem ser uma festa, sim: de terror.
História como farsa
Há quem
veja na campanha para o segundo turno uma oportunidade para ‘reflexão’ do
eleitor. E, assim pensam, o debate de ideias e propostas ocorreria e o eleitor
poderia comparar as reações de cada finalista, no campo emocional e político e
administrativo.
Esquecem
que o debate posto está centrado no ódio e no medo.
A demonização da classe política
mostra os dentes.
Como na Itália oriunda da Operação Mãos Limpas.
Que resultou
em Berlusconi.
Sonho de
consumo
Não é de
hoje o sonho de Bolsonaro por implantar uma ditadura, ou, pelo menos, o retorno
dos militares ao poder. Em entrevista ao NYT, em 1993, desencavada
recentemente, tudo está claro como proposta.
Ou sonho
de consumo.
Nem
explicando!
Tempos
duros os que estamos vivendo. Tempos em que não dá nem mesmo para repetir
Brecht: “Que tempos são esses em que temos que explicar o óbvio?”
Pelo andar da carroça, nem
explicando!
Constituição
para quem e para quê?
Como no
samba-canção de Noel Rosa, imortalizado por Araaci de Almeida, nestes trinta anos completados
no último dia 5, “morre hoje, sem recado e sem bilhete”, porque “sem luar e sem
violão” lhe seria homenagem da qual se dispensou através de seus intérpretes no
STF.Durante certo tempo publicamos no blog O TROMBONE uma coluna semanal denominada De Rodapés e de Achados e nela duas tiras assinadas por Vinicius – Os Traços e As Traças –, que retornarão a este espaço muito proximamente.
Abaixo uma amostra do publicado há oito anos, com sotaque atual.
Nenhum comentário:
Postar um comentário