Também
têm seu pirão
Imaginava
a plebe ignara que os supersalários que agridem os do andar de baixo estavam no âmbito
do Judiciário, Ministério Público e quejandos.
Descobre-se que dirigente do
Banco do Brasil chega a 56 mil, amigo do presidente na Petrobras a 50 mil.
De logo
não nos imaginemos clarissa descalça e inocente para não sabermos que tais
cargos sempre existiram e foram preenchidos em outros governos.
Mas o
que ninguém imaginava é que entre os militares houvesse regalias preferenciais.
Boa pesquisa para quem questiona a despesa pública com pessoal aquele número superior a 110 mil de filhas pensionistas de militares.
Com o
leitor a matéria da Pública
Foi
assim há 58 anos
Os
Estados Unidos, que apoiaram Fidel Castro para derrubar Fulgêncio Batista exigiram
tanto que o jogaram no colo de uma aliança com a Rússia.
Estão
fazendo o mesmo com a Venezuela.
Os 10
dias que abalaram
Clássico
para quem pretenda estudar a Revolução Russa de 1977, Os Dez Dias que
Abalaram o Mundo, de John Reed.
Não
tardará o registro em livro dos 10 dias que atordoaram o Brasil.
Outros tempos
O
prefeito Geraldo Simões, de Itabuna, em sua primeira gestão (1993-1996), comeu o pão que o
Diabo amassou no final do governo, sob o tridente do Tribunal de Justiça da
Bahia, que bloqueava tudo que chegasse às contas municipais. Tanto que o
prefeito não teve como pagar cinco meses de salários no final de sua gestão.
Em
Salvador Antônio Imbassahy herdou milhões de reais bloqueados pelo mesmo TJBA
na gestão de Lídice da Mata.
ACM
comandava com mão de ferro e ditava os despachos e decisões do TJBA quando em
jogo interesses políticos.
O
Ministro Dias Tóffoly liberou mais de 400 milhões bloqueados pela Justiça Mineira
do governo Pimental. Podia tê-lo feito quando Pimentel ainda no poder. Mas esperou
a saída e na primeira semana da nova gestão engordou as contas do novo governo.
Detalhe:
ACM tratava a pão e água os adversários. Pimental, o sacrificado, era governador
do PT, partido que guindou Tóffoly ao STF.
Como o
macaco Sócrates: não precisa explicar, só quero entender!
Costeando
o alambrado
Ciro
Gomes – que não perde chance para reafirmar-se como um destemperado – em
entrevista a Florestan Fernandes desancou o PT, Lula e quejandos.
Os adjetivos
utilizados não correspondem à grandeza do que esperamos de Ciro. Mas, Ciro é
Ciro – podemos afirmar.
Há quem
imagine estar assumindo um posicionamento para ocupar espaços mais à direita,
desancando a esquerda.
Destas
bandas provinciais ficamos com outra vertente, mais próxima da sabedoria de
Leonel Brizola: está costeando o alambrado.
Inovando
Como
alguém já veiculou – verdade pura que ainda foi plenamente percebida – estamos
revolucionando em torno dos elementos conceituais de subserviência.
Antes se dizia
que o país subserviente era o quintal do outro.
A inovação aprofunda (gera rima
apropriada) e lança a “‘privada’ do outro”.
Quanto à
rima...
Verdade escondida
Sem interesse algum de que seja divulgada a verdade fica longe da sabença do povo. A partir do Brasil 247
Afinal,
quem votou?
As
pesquisas divulgadas recentemente em torno de temas que se tornaram mais que atuais
demonstram um paradoxo diante do resultado eleitoral: percentuais acima de 60%
rejeitam as políticas anunciadas pelo governo eleito.
Considerando que – em
princípio – o eleitor vota naquilo que espera ver realizado pelo eleito
estranha que tal maioria contrária ocorra.
Claro
que parcela dela está encrustada nos votos contrários ao eleito, que alcançaram
em torno de 44%.
Mas a diferença sinaliza que muita gente que votou para eleger
o capitão ou foi enganado ou não sabia em quem votava.
Para fugir ao masoquismo
Pensava
este escriba analisar política e economicamente o novo (?) governo, como o
fizera com os que o antecederam.
Estamos
desistindo de escrever sobre o que não existe em nível de equilíbrio. Em torno
dele não há mais o que dizer, porque natimorto como se propunha ser.
Mas não
está só. As mesmas forças que asseguraram a sua eleição permanecem coesas.
O Brasil
tornou-se aliado escancarado de projetos intervencionistas, quebrando a
tradição de não-intervenção que sempre norteou a diplomacia pátria.
Estamos
caminhando para uma guerra, começando por ataque a Venezuela.
Inimaginável
em qualquer tempo passado, à exceção da Guerra do Paraguai, quando o Brasil
atendeu plenamente às pretensões da Inglaterra contra o Povo Guarany de Solano
López, que com aquele concorria na produção naval e bélica sem participação dos
então “donos do mundo”.
Não
sabemos se até julho – data apocalíptica, certamente – não estaremos em guerra
com a Venezuela.
Todo o projeto
posto em andamento não é daqui, gente poderosa por trás de tudo.
Não à
toa o Presidente do STF acaba de liberar a privatização da Petrobras “nos moldes
requeridos”.
Este
mesmo STF que mantém, e manterá, Lula encarcerado, porque inconveniente.
Está tudo
dominado.
Nós
outros estamos malhando em ferro frio.
Não seremos
nós, esperneando neste espaço, a solução.
Registrar
o governo é trabalho para humorismo.
Na dimensão
hilária continuaremos anotando para a enciclopédia com espaço para tanta
besteira.
Não mais
gastaremos tinta para falar do óbvio e citar quem não merece ser citado.
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