Paz ao cubo
Para Fabiano Zuky
I
Há quem se vá da vida como pluma
porque enquanto mais se afasta
nos chama a atenção, e flutua leve
e solta, liberta de amarras e dimensões
que acorrentam. Delas o exemplo
se nos fica da doçura e do sentimento
de viver como crianças, quando expressam
o quanto cativaram a tantas. Estes os anjos
que brincaram como as crianças, iguais
a elas, embaladas pelo coro angelical
que delas brota quando se encontram,
numa cantiga de roda que se multiplica
no som perene que se expande a caminho
do arco-íris como fundo na paisagem
II
Temos amigos que se foram assim
mas diante de nós ainda planam
como plumas em busca do arco-íris
como fundo da eterna paisagem
Num dia triste para nós se bastaram
deste existir efêmero, e, levados pela brisa,
partiram para alegrar o céu no infinito
e ensinar a fazer do azul a cor de todos nós
Suas crianças, que ainda cantam roda,
se abraçam em milhões de abraços
ao cubo, levando uma ode à paz a caminho
do arco-íris como fundo na paisagem
Porque o azul, as crianças e o arco-íris
existem tão somente por causa delas
Nenhum comentário:
Postar um comentário