Quão
perdidos estamos. Basta ver. E perceber no que vemos o pouco que enxergamos.
A
civilização contemporânea avançou muito nos últimos séculos e multiplicou-se
nas décadas mais recentes. Alcançamos a possibilidade de quase autêntico tele transporte,
tanto que já nos vemos e nos sentimos ao vivo conversando com quem queiramos.
Desde que disponhamos dos meios para tanto.
Eis a
questão: desde que disponhamos dos meios para tanto.
A
presente reflexão gira em torno de um fato concreto: por razões
técnico-tecnológicas não tivemos como postar nossa coluna no domingo passado.
Computador com problemas, levado à assistência técnica.
Os que
nos tornamos responsáveis por aquilo/aqueles que cativamos, de pés e mãos
amarradas, sabíamos da procura do texto pelos fieis leitores (o que confirmamos
quando do retorno), sem que nada pudéssemos fazer.
E, em
tempos apocalípticos, nos vimos diante do inexorável, quando cessarem as
transmissões que dependem de satélites, das quais dependemos nós e esta
humanidade tecnologizada (a tribal não o perceberá, a não ser indiretamente).
Sejam
por fatos alheios ou, o mais terrível, por conveniência de quem os controla.
E aqui
tratamos do tema de forma purista, humanista, republicana.
Porque sobre a
manipulação dos avanços tecnológicos, usados ao sabor de interesses, já estamos
nos acostumando.
E há
quem ache normal.
Os
pontos se unem
Registramos
neste espaço (Também têm seu pirão, onde disponibilizado o link da Pública) um
fato pouco aventado pela mídia, que tanto traça paralelos entre a crise fiscal
do país com custo de remuneração dos servidores
públicos e de aposentados. Ali estava o percebido por alguns escalões
militares, inclusive ganhos em dólar.
Intriga
a muitos o fato de o militar ser – ou dever ser – nacionalista por excelência e
convicção vir a apoiar um golpe de estado e alimentar as políticas de entrega do
patrimônio e dos segredos que asseguram(riam) a soberania do país face ao mundo
(pré-sal, Amazônia, nióbio, urânio, processamento de urânio, submarino nuclear, indústria bélica,
incluindo a aeronáutica/Embraer etc. etc.).
Documento
veiculado pelo Sul21 escancara as razões por que tal está acontecendo: a
aliança das Forças Armadas brasileiras com os Estados Unidos.
No fim,
uma minoria de integrantes das Forças Armadas será a grande beneficiada de
tudo. Como aquela insignificante parcela da classe dominante encastelada nos
quartéis da sociedade civil.
Quando
se materializar o conflito e vidas tenham de ser sacrificadas certamente não
será a de comandantes militares e sim a de soldados, fuzileiros e marinheiros.
Naturalmente
filhos dos desvalidos, porque de políticos, de magistrados, de procuradores, de
generais, almirantes e brigadeiros não o serão.
De quem
receberá as ordens
A
gravidade dos fatos nem de longe está sendo discutida nas instâncias
institucionais às quais cabe.
Mas, o Brasil e as Forças Armadas brasileiras (a reboque) podem deflagrar uma ofensiva militar à Venezuela recebendo ordem dos Estados
Unidos.
A mais
atual força de ocupação para derrubar um governo eleito.
Em Santo
Domingo, em 1965, foi assim.
E assim estamos: ou os Estados Unidos ordenam (e se desmoraliza nosso país) ou (hipótese impossível) o governo brasileiro o faria (e assumiria uma violação à política externa e às próprias leis que a regem).
Mas, quem dará efetivamente a ordem?
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