No quesito droga cremos que o título deste dominical deixa ao leitor reconhecê-la sob a melhor configuração semântica.
Aos fatos, como observados pela coluna.
Aplausos
Não se diga
que o governo liderado pelo inquilino do Alvorada não encontra apoio
internacional. Por defender pauta das mais retrógradas na ONU o Brasil foi
aplaudido pela Arábia Saudita, Paquistão e Barhein, como veiculou Jamil Chade.
Inclusive o autor da
matéria ouviu de um diplomata que circulava nos corredores do G-20, em Osaka-Japão, uma afirmativa de um o governo de Duterte (Filipinas) tinha
apoio brasileiro para uma resolução para que os massacres naquele país não sejam investigados.
Na outra
ponta, a agenda com o presidente da
França, Macron, foi por ele (Macron, naturalmente) cancelada, em protesto às posições da ‘diplomacia’
brasileira em relação ao clima.
O
inquilino do Alvorada se tornou um típico leproso vivendo no auge das
Escrituras: ninguém o quer por perto. E quando aparece fogem dele como o Diabo
da cruz.
Não se diga que tudo foi ruim: o excelentíssimo – que já andou exaltando exportação de abacate brasileiro para a Argentina – acaba de anunciar a força da terra brasilis naquilo que vê como grande fonte de divisas para o país: exportação de bijuterias de nióbio.
Chade se disse decepcionado. Não sabemos se a adjetivação corresponde à realidade.
Lado desconhecido
O apoio
de alguns militares ao inquilino do Alvorada (leia-se, ao seu governo e ideias)
exibe um lado que nunca imaginamos existir nas Forças Armadas: o idiota de
farda.
Tudo
acrescido do singular instinto de cão raivoso, como alguns fazem questão de
exibir.
Avião
Helicóptero
de Perrela, com 548 quilos de pasta de cocaína; avião da comitiva presidencial,
com 37 quilos; 33 quilos em outro avião militar.
Famosa a
expressão ‘avião’ para definir crianças e adolescentes que servem ao tráfico
transportando papelotes.
Oportunidade
de conferir quem são os verdadeiros traficantes.
E de onde surgem e quais a
garantias de cada um deles.
E lá se vão as galinhas dos ovos de ouro
E lá se vão as galinhas dos ovos de ouro
Estatais
de outros países apropriam-se, via privatizações, das riquezas minerais
brasileiras. Não são os investimentos que aportam, mas as facilitações do governo para que
se apropriem da riqueza que é do povo.
O
detalhe é que cai por terra o discurso interno de que as estatais são
inconvenientes. Naturalmente as nossas – para os entreguistas – porque as estatais chinesas,
norueguesas, francesas, italianas, até mesmo colombianas estão nadando de
braçada em substituição às nossas.
País dos
sonhos
Melhor
diríamos: Judiciário dos sonhos. Sonhos de efetivação de Justiça, não. Mas os
sonhos da classe dominante. Aquela que tem o país a seu serviço.
Deu no 247: aquele
senador do Distrito Federal condenado por crimes financeiros a quatro anos acaba de ter autorização
judicial para passar férias em Aruba, no Caribe.
Lula não
teve autorização nem para ir ao enterro do irmão.
STF I
Trilhamos pelo perigoso caminho de desconhecer que toda ação humana carece de estar respaldada na Moral. Ou seja, somente se perfaz válida se moralmente reconhecida, se por aquela justificada.
Diante das dúvidas que pairam sobre algumas excelências degustadoras de filé de lagosta e vinhos importados (à custa do povo) diante do escândalo comandado por juiz e procuradores para condenar Lula cremos que o dito acima tornou-se apenas figura de retórica.
STF II
Como previsto
a covardia, o comprometimento com o golpe confirmado fica com o adiamento
inconcebível em um Estado de Direito, quando feridas as disposições legais que
asseguravam o direito do autor ao julgamento.
Réu
idoso preso, julgamento já iniciado para apreciar o habeas corpus.
Ainda que saibamos, não custa perguntar: o que ganha o STF afirmando-se conivente?
STF III
Temos
escrito em torno do comprometimento do STF com tudo que ora ocorre. Até porque
nada mais profético que aquele “Com Supremo e tudo” de Sérgio Machado dialogando com
Romero Jucá, tradução literal do que se trama nos bolsões da classe dominante para se
apropriar do Estado e dele fazer sua propriedade: a lei é para todos
– os outros – não para mim
Mas uma pergunta sempre nos fazemos: quem nomeou tais ministros?
Mas uma pergunta sempre nos fazemos: quem nomeou tais ministros?
Da atual
composição apenas quatro – já foram três – não são indicação de governos
petistas. E olhe que outras peças (singulares) não mais lá estão (também
indicações petistas) como Ayres Brito, Joaquim Barbosa, Eros Grau, César Peluso.
De
origem petista indicações várias para Superior Tribunal de Justiça e TST.
Lula já
afirmou, diante da juíza Gabriela Hardt, que as indicações para o STF ocorriam por acordo com a classe política.
Aí o busílis: regra antiga (que devia ser
combatida) como a indicação para cargos vários (inclusive diretorias da
Petrobras) para assegurar a ‘governabilidade’.
A
manutenção de tais vícios gerou ‘mensalão’ (caixa 2 julgado como corrupção) e
petrolão.
Naturalmente porque o PT era a vidraça. Afinal, beira a insanidade
imaginar que tudo começou em 2003.