Querem tudo
feito às pressas, visando apenas o lucro, ainda que sacrificada a Nação. Eis o
que pretendem: uma democracia de fancaria para dizer que existe; malfeita,
grosseira, sem povo; Para dizer que nela vivemos.
O Brasil,
caso deitado no divã e sendo analisado pelos maiores especialistas do planeta,
os deixará inteiramente aturdidos. Não só o conjunto de paranoias, mas a
circunstância eminentemente surrealista em que está e com suas instituições
inteiramente descontroladas.
Não se pode
entender que as instituições da República fiquem a discutir – alguns de seus
representantes até implorando – que um presidente desta mesma república esteja
a anunciar a implantação de uma ditadura. Não é concebível que tal aconteça em
terra de gente sadia mentalmente.
Estamos
naquela: – Calma, presidente, deixa pra lá. Não dê um golpe, não implante uma
ditadura!
Os
verdadeiros homens públicos desta terra estão lançados ao ostracismo, não são
escutados. Implantou-se o debate entre quem odeia mais ou odeia menos e a
racionalidade está à deriva.
Neste país
do “quase” Rodrigo Maia diz que pressão contra o isolamento social é ato “quase
criminoso”. Supimpa.
Há quem lave as mãos na bacia de sangue da ditadura e declare que a tortura nos porões do Estado sempre existiu, como se isso fosse a coisa mais normal do mundo.
Não nos esqueçamos que o STF,
quando prestes a julgar um habeas corpus impetrado por Lula, em 2018, que poderia garantir seus direitos políticos, foi ameaçado por um
militar.
O presidente deste mesmo STF libera a divulgação de manifesto em favor do
golpe de 1964. Ou seja, da ditadura.
Generais vão
ao presidente da Câmara para pedir por não apreciação de impeachment.
Na verdade
contra o Estado de Direito há muito uma parcela significativa do STF vem
trabalhando para que tal se materialize (certamente os que nunca foram
torturados nos porões da ditadura). Encontra apoio de militares que estão a
fugir de suas funções institucionais.
O sadomasoquismo:
eu bato, você apanha; quanto mais o faço mais você aplaude.
Eis que
vivemos no singular Estado democrático (com minúscula, revisor) de Direito,
onde o populacho da violência expressada já ensaia sua atuação miliciana
(arrecadando e ameaçando) e as instituições do Estado se curvam acovardadas.
Na República
de covardes, uma democracia de fancaria se faz imprescindível. Não a fancaria
comercial da fabricação de fazendas brancas de algodão, mas o da obra
grosseira, feita à pressa visando apenas o lucro. Ou melhor, apenas a coisa
malfeita.
Eis a razão
por que restará a esta república que abriga uma nação de instituições acovardadas
a democracia que lhe é própria: a de fancaria.
A que legitima o país entregue na bacia das almas.
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Segunda 11.05.2020
Ah! Em meio a tudo falam as más línguas que 190 mil militares estariam recebendo irregularmente o auxílio (sim, caro leitor, este mesmo, de 600 reais) de forma irregular, em valores que superam 113 milhões de reais (diz o 247). Certamente um engano perdoável para os próprios.
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Segunda 11.05.2020
Ah! Em meio a tudo falam as más línguas que 190 mil militares estariam recebendo irregularmente o auxílio (sim, caro leitor, este mesmo, de 600 reais) de forma irregular, em valores que superam 113 milhões de reais (diz o 247). Certamente um engano perdoável para os próprios.
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