domingo, 9 de agosto de 2015

Destaques

DE RODAPÉS E DE ACHADOS
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O sonho
Em domingo de homenagem aos pais  resistida por nós em decorrência da exploração comercial que alimenta ditas 'homenagens'  fica-nos a reflexão em torno de quem o é ou não. Ou mesmo dos que se maginam tal, ou substituindo a ação paterna.

A família  onde a paternidade exerce papel preponderante, não só como parcela conceptiva  tem sofrido ameaças permanentes, não tão veladas. E não são raras as bizarrices.

Vivenciamos instante em que a infância  que deveria ser assistida pela família (primariamente)  e pelo Estado (em nível secundário, pela universalidade da educação e oferta de incentivos às condições materiais formadoras do homem) sofre ataques os mais aviltantes, a ponto de torná-la algoz, quando vítima.
  
O sonho de muitos por aqui – em relação a menores – pode estar sintetizado no vídeo acima, oriundo dos Estados Unidos, onde duas crianças (com 8 e 9 anos) portadoras da Síndrome do Déficit de Atenção com Hiperatividade são algemadas dentro de uma escola, por autoridade policial, como terapia imediata. 

Tão crianças eram que tiveram de ser algemadas pelo antebraço.

Triste mundo.

As lágrimas derramadas por este escriba não resolverão o problema, que transita muito além da maturidade racional. Deveriam ser choradas por este mundo bizarro. Afinal, a paranoia estadunidense é a paranoia que inspira a todos nós.

Certo é que nos tiraram a alegria da fantasia da homenagem.



A caminho
Nossa metáfora ao que por lá ocorre está contida na matéria Americanos temem terremoto de grandes proporcões

Semente plantada e regada... há de ser colhida. "O que fizerdes a um destes pequeninos...", entre eles "as criancinhas" (Mateus)...

BRICS x BROCS
A propósito de panelaços a cada vez que ocorre fala da presidente Dilma Rousseff ou de programa partidário do PT (que alcançou  o panelaço  retumbantes 7% de aprovação, segundo o Datafolha, naturalmente elevados em 100 vezes em nível de repercussão) não falta criatividade.

Como a de um comentarista de blog que criou a expressão BROCS como contraponto aos BRICS, levando em consideração os objetivo (in)comuns entre uns e outros.

Para ele  analisando a natureza de quem 'panela'  BROCS vem de B (de branco) , R (de reacionário), O (de odiento), C (curvado) e S (de superado). 

Ou seja: nada.

Recado claro
Ordem expressa: parar com a brincadeira de destruir as instituições conseguidas a duras penas. Eis o recado do capital brasileiro sediado na indústria.

Ainda que adiante exija que o Governo cumpra a sua parte, um alerta à classe política (liderada/comandada por Eduardo Cunha), vem das federações da indústria (FIESP e FIRJAN) de São Paulo e Rio de Janeiro, em nota:

"O povo brasileiro confiou os destinos do país a seus representantes. É hora de colocar de lado ambições pessoais ou partidárias e mirar o interesse maior do Brasil. É preciso que estes representantes cumpram seu mais nobre papel – agir em nome dos que os elegeram para defender pleitos legítimos e fundados no melhor interesse da Nação."

Outro recado
Em entrevistas aos jornais Folha de São Paulo e O Globo, Luiz Carlos Trabuco – do Bradesco engordado com o HSBC – não deixa por menos, resumindo o alerta em observações como a de que o Brasil está hoje – para os investidores – entre os três países preferidos, razão por que a retomada do crescimento “é inevitável”.

E manda um recado direto de que – sendo a crise muito mais política que econômica – reside no “dissenso entre órgãos do governo e o Legislativo” o retardamento da retomada, a ponto de gerar a indagação: ‘O Congresso tem contribuído para buscar soluções ou apenas tumultua o ambiente e cria desgastes para o governo?

E leciona, dentro do recado, aos que defendem o quanto pior melhor:

Mas precisamos sair desse ciclo do quanto pior, melhor. Melhor para quem? Para o Brasil, não é. As pessoas precisam ter a grandeza de separar o ego pessoal do que é o melhor para o país. 

Há quem se faça de surdo. Em defesa do ego e do pior para o país.

Mais outro
Ainda que não se possa confiar em qualquer Marinho (dizia Nestor de Hollanda: não confundir os 'irmãos Marinho' com as "Irmãs Marinho", tanto em "O puxa-saquismo ao Alcance de Todos" como em "A Ignorância ao Alcance de Todos"), um de seus 'rebentos' também está se levantando contra a crise política: "Dilma deve ser sucedida por quem ganhar em 2018".

Pelo menos o que registra Paulo Nogueira Leite, no DCM aqui

Ainda outro mais
De editorial da Folha de São Paulo:

“No PSDB, por exemplo, dado que o impeachment levaria à posse do vice Michel Temer (PMDB), uma facção passou a patrocinar a hoje inoportuna ideia de nova eleição – na qual seu candidato derrotado, Aécio Neves, despontaria em vantagem.
...

“Fica evidente, porém, que uma ala barulhenta do partido pensa que pode subordinar os meios jurídicos a seus fins eleitorais, vergando as regras da democracia para encurtar o caminho até o poder.

Presente de grego... ops!, de Serra
"A educação pode perder até R$ 360 bilhões nos próximos 15 anos, ou R$ 24 bilhões por ano, caso seja aprovado o projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP) que altera o regime de exploração dos recursos naturais do pré-sal. A estimativa é do assessor legislativo da Câmara dos Deputados, Paulo César Ribeiro de Lima."

A íntegra do texto em Projeto de lei de Serra pode tirar até R$ 360 bilhões da Educação

Além de que há, na esteira do prejuízo, um outro: a transferência da tecnologia desenvolvida pela Petrobras e seus técnicos durante décadas.

Projeto retira obrigatoriedade da Petrobras ser a operadora em todos os campos do pré-sal

Prosperam
Por lá nasceram nos cueiros do New Deal. Competem com os bancos comerciais. Uma espécie de freio ao desregramento imposto pelo sistema financeiro.

Aqui já tivemos muitas. Aquelas “de crédito” amparadas em carta da antiga SUMOC (Superintendência da Moeda e do Crédito), órgão de fiscalização estatal antecedente ao Banco Central. Resta uma ou outra, como peça de museu.

É que por aqui os bancos (privados e estatais) vão enchendo as burras. E ampliando os tentáculos de domínio e concentração.

O Bradesco acaba de adquirir o HSBC

Recordando
Esse HSBC – adquirido pelo Bradesco por 17,6 bilhões de reais – é aquele originado do Bamerindus. Vendido/presenteado por R$ 1,00 (UM REAL mesmo!).

Naturalmente em tempos de FHC, que o tomara do confrade Martinez.

Cenas da luta de classes
Tentaram até 78% de aumento. Os integrantes do Judiciário. Vetado. Agora buscam 16%. Os ministros do STF. Que querem chegar aos 39 mil mensais. Fora as vantagens e ‘ajudas’. 

O salário mínimo está em R$ 788,00. Querem – os privilegiados, porque acham que valem – 49,5 vezes mais que o trabalhador brasileiro.

E os que nos contradizem ainda dizem que não vivemos uma luta de classes.

Não bastasse, corre em paralelo às pretensões, um ajuste fiscal – redução de gastos e investimentos do Governo – para ordenar a atividade econômica, o que gera prejuízos ao andar de baixo da população.

Comprovado, pois, que ajuste fiscal é para os pobres.

Apocalipse
Oportuna a observação de Percival Maricato, a propósito do projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados e está na pauta de votações – como parte das ‘bombas’ de Eduardo Cunha aqui: praticamente equipara a remuneração de delegados da Polícia federal e de advogados da União a de ministros do Supremo Tribunal Federal.

O estágio de insanidade a que chegamos beira o Apocalipse.

Dia desses a presidente Dilma – alegando o impacto nas contas (justamente no instante em que promove um ajuste fiscal que sacrifica a economia brasileira) vetou o aumento da remuneração de ministros das altas cortes (STF, STJ), explicando ao próprio Lewandowsky as razões de sua iniciativa.

Acossado por denúncias Eduardo Cunha atira para todos os lados. E provoca prejuízos irreparáveis ao país.

Macho, muito macho!

Político macho faz assim. Brizola o era. Criticava a Globo na cara e no microfone da platinada em tempo de governador do Rio de Janeiro https://www.youtube.com/watch?t=51&v=K3bPtImebTc

Não estes borra-botas do PT/governo que se encantam com a naja Globo, como acabaram de fazer no Congresso. 

E vivem a lhe fazer mesuras enquanto  masoquistamente  apanham.

O líder que falta
O senador Requião (PMDB) é o “macho” que falta ao PT. Secundado – em igualdade de enfrentamento – a Ciro Gomes.

Premonição
Não afirmemos que a imprensa antecipa a realidade. Muito de mentira transita pela ‘informação’ a serviço de interesses.

Pontuadas estão inúmeras ‘verdades’ pela imprensa na atual relação PT-PMDB (nesta ordem diante da atual composição do governo, oriundo da chapa majoritária eleita a partir de 2010) onde não faltam especulações de possível ‘traição’ do aliado.

Poderíamos, então, entender como premonitória – para não se dizer apenas lúcida – a avaliação de Luiz Felipe de Alencastro, na Folha, em outubro de 2009, aqui veiculada pelo Conversa Afiada com a ilustrada interpretação de Bessinha. 

 

Não custa...
Não leia somente O Globo, a Veja, a Época, a Isto É, o Folha de São Paulo, o Estadão e quejandos.  Claro que o caro leitor tem todo o direito de ‘informar-se’ a partir deles(as). Mas não custa fazer o contraponto. 

Não precisa ler o Le Monde Diplomatique, a Caros Amigos. Faça uma concessãozinha e leia a Carta Capital. 

Ou em alguns textos publicados em blogs, como este aqui do, e da lavra, Mauro Santayana.

Compare umas e outras ‘informações’ e tire suas conclusões. Caso não queira vivenciar a realidade.

Como Itabuna de ontem
Câmara Cascudo – trilhando pelas “Coisas que o povo diz” – relata inusitadas formas de suprir a contraprestação pecuniária à força de trabalho, inclusive pelo poder público nos tempos em que o Tesouro não imprimia suficientemente e a circulação da moeda andava nos cueiros da tradição clássica, porque antiga, de escambar para sobreviver.

Assim, pagava-se com alqueires de farinha, com novelo de algodão, com jerimum, com ovas de tainha.

Contaram a este escriba alguns que viveram um período do ‘ontem’ itabunense um singular fato: houve em algum tempo um tesoureiro da prefeitura que tinha o singular hábito de atrasar o pagamento dos vencimentos e salários dos servidores e – para aliviar as dívidas emergenciais, para não deixá-los no desamparo – emprestava-lhes dinheiro ‘seu’, a juros, até que o cofre da viúva (por ele controlado) se dignasse fazê-lo cumprir com a obrigação. As más línguas mesmo afirmam que o “seu” o era o da própria viúva, apropriado temporariamente para a especial bondade do barnabé favorecer os colegas de infortúnio pelo atraso.

No Rio Grande Sul a coisa está neste nível. Com uma diferença: quem empresta são os outros.


Stanislaw
O Stanislaw que nos legou o “Samba do Crioulo Doido” compôs “Nabucodonosor”. Cinco anos depois de sua morte (1968) foi gravada/lançada pelo Quarteto em CY.

Registra Luciano Hortêncio – para apimentar a compreensão irônica de Stanislaw Ponte Preta – que o nome original da composição – “Marcha da Bicha Louca” – era uma homenagem ao Rogéria, tornada Nabucodosor porque a censura não aceitava o original.

Resta-nos ouvir e elevar a imaginação ao Teatro Municipal e seus antológicos desfiles no anos 60.




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