DE RODAPÉS E DE ACHADOS
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Formalidade
O
Fundo Monetário Internacional formalizou o reconhecimento: a moeda
chinesa – o Yuan – é a nova integrante das denominadas moedas globais, ao lado do
dólar americano, do euro, do iene e da libra.
Considerando
o volume de reservas em dólar, a China há muito controla a carteira de reservas
internacionais em dólar.
Admitir o óbvio era apenas uma questão de formalidade.
Brasil, com US$ 376 bilhões estava em sexto lugar, antecedido de Arábia Saudita (740,4), Suíça (516,7) e Taiwan (418,9), à frente de Rússia, Índia, Alemanha, Itália, França... superando até os Estados Unidos, que em nível de reservas internacionais dispõe de apenas US$ 133,6 bilhões.
— | Mundo (soma de todos os países) | 10,008,392 | -- |
1 | República Popular da China | 4,200,700 | dezembro de 2014 |
2 | Japão | 1,260,548 | dezembro de 2014 |
3 | Arábia Saudita | 740,400 | dezembro de 2014 |
4 | Suíça | 516,737 | dezembro de 2014 |
5 | Taiwan | 418,900 | dezembro de 2014 |
6 | Brasil | 376.090 | dezembro de 2014 |
7 | Rússia | 374,700 | fevereiro de 2015 |
8 | Coreia do Sul | 363,590 | dezembro de 2014 |
9 | Singapura | 340,438 | dezembro de 2014 |
10 | Hong Kong ( República Popular da China) | 328,500 | dezembro de 2014 |
11 | Índia | 319,238 | dezembro de 2014 |
12 | México | 196,591 | dezembro de 2014 |
13 | Argélia | 192,500 | dezembro de 2013 |
14 | Alemanha | 182,712 | dezembro de 2014 |
15 | Tailândia | 157,107 | dezembro de 2014 |
16 | França | 152,220 | dezembro de 2014 |
17 | Turquia | 148,268 | dezembro de 2014 |
18 | Itália | 133,770 | dezembro de 2014 |
19 | Estados Unidos | 133,639 | dezembro de 2014 |
20 | Malásia | 128,355 | dezembro de 2014 |
O último integrante (Estônia), dos 88, dispunha de US$ 285 milhões.
Gargalham
Ninguém
soube, tampouco leu nas entrelinhas. A não ser este ou aquele curioso que de
vez em quando folheia a edição de leis no país.
A de n. 13.172, de 21 de
outubro, último alterou a 10.820/2003, para “dispor sobre desconto em folha de
pagamento de valores destinados ao pagamento de cartão de crédito”.
Dita
lei se originou da medida provisória 681/2015.
Não
sabemos se o benefício ao sistema financeiro decorreu de algum jabuti nela
posto por algum representante dos bancos (o que não falta) no Congresso.
Com
eles é assim I
Diz
o G1 que a Polícia Federal vai intimar Lula para depor em relação à Operação
Zelotes – aquela que apura bandalheira no
desvio de 19 bilhões de reais, através do CARF (Conselho de Administrativo de Recursos
Fiscais) para ajudar empresas devedoras do Fisco Federal.
Entre
as que pagaram a Conselheiros para livrar-se ou reduzir dívidas: o Bradesco, a
Gerdau, o Santander, a Camargo Correia, o BankBoston, o Grupo RBS (afiliado da
Globo) etc.
Detalhe:
a PF quer ouvir Lula em fatos quando não mais era presidente da República.
Faz
de contas
Difícil
entender que Eduardo Cunha não esteja preso. Fazendo o que faz... e ainda
solto, demonstra que o Ministério Público Federal (PGR) e o Supremo Tribunal Federal
(STF) caminham contra a realidade dos fatos.
Mais precisamente: com dois pesos
e duas medidas.
Com eles é assim II
Não há o que estranhar. Afinal, com eles é assim. O STJ reconheceu, de ofício, a prescrição em relação ao crime cometido por Simão Jatene, que na condição de Governador se beneficiara de propina de R$ 12,5 milhões, em 2002, decorrente da 'anistia fiscal' concedida a uma cervejaria paraense quando era governador do Pará.
Ultrapassados 13 anos a prescrição beneficiou Simão Jatene. (Outros detalhes em comentário da Mancha aqui, inclusive com trechos da decisão. A dificuldade de encontrar-se referências ao fato na grande imprensa somente escapa através de alguns blogs e comentaristas).
Por mísera coincidência, Simão Jatene foi governador eleito pelo PSDB.
...
Em paralelo, o Ministério Público cumpre um
papel semelhante ao de testemunha indiferente, com a posse inconsequente da
documentação que lhe foi presenteada pelo trabalho investigatório de promotores
suíços. Talvez o que lhe seja permitido esteja muito aquém do mínimo
conveniente, mas se um senador foi preso por palavras que, umas, provaram-se
balelas, outras, não foram levadas a fato algum, documentos incriminatórios
devem servir para algo mais do que se saber existirem."
Como Sócrates, do humorístico:
Força
Sindical rachou
A
condução do golpismo retardará – o mais que puder – a conclusão do processo
desencadeado. A artimanha tem uma leitura elementar: não conseguiremos tirar a
Presidente, mas a desgastaremos – em nível de governante – ao máximo.
Retardar
o procedimento no Congresso significa tentar – através da mídia que lhe é
sensível – cooptar a sociedade. Sindicatos, inclusive.
Uma
vertente da Força Sindical já se declarou contra o impeachment. Não há mais
unidade em torno do tema dentro da organização comandada por Paulinho da Força
e do próprio Michel Temer e PMDB, aos quais está vinculada a Central dos
Sindicatos Brasileiros-CSB, que lançou, no último dia 11, o seu manifesto "Em defesa da democracia e do desenvolvimento social", contrário à abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma
Rousseff.
Sob
essa vertente – unidade de suas forças nas ruas – o golpismo começa a dar com
os burros n’água.
Alea jacta est
Alea jacta est
Cunha
e liderados lançaram a sorte; Temer integra a troupe, dizendo muitos ser ele o próprio comandante do golpismo à paraguaia.
Na
mesma toada partidos de oposição, capitaneados por PSDB, DEM e PPS, sem
esquecer a ala controlada por Cunha e Temer no PMDB.
Caminho
sem volta: a sorte está lançada. Sem César e o Rubicão.
Esperando
Janot
Pelo
andar da carruagem – ainda que Eduardo Cunha esteja na berlinda – a sua prisão
vai ficar na linha do "Esperando Godot”, de Samuel Beckett: aquele/aquilo que não chega.
Tudo
porque estamos esperando Janot.
A melhor definição
A atualidade brasileira – com bandido pedindo afastamento de Presidente da República – bem mostra a dimensão explícita dos compromissos de Eduardo Cunha para com o Brasil.
Naturalmente, não está sozinho.
Até a fome é argumento
Para divisarmos o nível e o compromisso de deputados vinculados a Eduardo Cunha basta verificar a proposta de Ricardo Barros (PP/PR), relator da Comissão Mista do Orçamento, que inseriu emenda para suprimir R$ 10 bilhões do programa Bolsa Família.
Põe em risco o Programa, que reduzirá o número de atendidos, agravando a situação de milhões (de crianças a adultos).
Por trás de tudo, desmoralizar o programa social que é a menina dos olhos dos últimos governos.
A crise que advirá será lançada nas costas do Governo. Ampliada pelos meios de comunicação.
Essa gente é como cavaleiro do Apocalipse: leva miséria e fome, em defesa de seus interesses.
A melhor definição
A atualidade brasileira – com bandido pedindo afastamento de Presidente da República – bem mostra a dimensão explícita dos compromissos de Eduardo Cunha para com o Brasil.
Naturalmente, não está sozinho.
Até a fome é argumento
Para divisarmos o nível e o compromisso de deputados vinculados a Eduardo Cunha basta verificar a proposta de Ricardo Barros (PP/PR), relator da Comissão Mista do Orçamento, que inseriu emenda para suprimir R$ 10 bilhões do programa Bolsa Família.
Põe em risco o Programa, que reduzirá o número de atendidos, agravando a situação de milhões (de crianças a adultos).
Por trás de tudo, desmoralizar o programa social que é a menina dos olhos dos últimos governos.
A crise que advirá será lançada nas costas do Governo. Ampliada pelos meios de comunicação.
Essa gente é como cavaleiro do Apocalipse: leva miséria e fome, em defesa de seus interesses.
Prejuízo
A matéria 'jornalística' omite o fundamental: que o prejuízo causado por Delcídio o foi no segundo governo de FHC.
Impõe-se montagem, para explicar.
PMDB,
o racha
O
país está doente. Profundamente enfermo se porventura imaginarmos que a atual
representação/direção da Câmara dos Deputados, de figuras que deveriam ajudar o país, fazem de sua função um balcão de negócios escusos à espera, tão somente, de um Cristo indignado com os vendilhões do templo.
Mas não nos inquietemos com o que está em andamento. De positivo – altamente positivo – o escancaramento de posições antes camufladas, que começam a se apresentar pelo que realmente são em sua essência.
Os desdobramentos do golpe à paraguaia ensaiado levarão – ainda que sutil – à depuração do estamento parlamentar. Já não lhes alimentará (aos políticos) a orgia do financiamento empresarial. Muitos terão que se apresentar ao povo com o que realmente representam.
Partidos políticos antes sólidos começam a se dividir. O PMDB (agora com uma ala de Eduardo Cunha e Michel Temer), o PSDB e o DEM (em declínio), PPS e quejandos.
Mesmo o PT e suas alianças que mais estão para espúrias que para a governabilidade.
Todos terão que enfrentar a realidade que emergirá deste instante.
O pedido de impeachment – não se negue – ao se tornar a única corda de salvação para os derrotados de 2014 constituiu-se no vetor da mudança. Tramática que seja, restarão os melhores. Porque os sujos e mal lavados se definiram.
E não encontrarão o que imaginam.
O país está a conhecê-los em sua inteireza. E deles se livrará. Porque há quem pense melhor que eles.
"O fracasso do golpe será a derrota do PMDB
“Cunhista” ou “Temerário” que perderá os seus cargos e a sua parte no Poder. A
Roda da História os catapultou desse mundo.
...
O élan que nos trouxe até aqui, saídos da
ditadura, dificulta enormemente a aventura golpista. É difícil, por exemplo,
num país como o Brasil golpear a democracia contra a posição oficial não
somente da Igreja Católica, mas também do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs
do Brasil. É também difícil golpear sem qualquer apoio dos movimentos sociais,
ao arrepio da OAB, dos melhores juristas brasileiros, dos trabalhadores, do MST
e de tantos e tantos outros movimentos que perderíamos as contas. Não se trata
apenas de que os movimentos sociais vão “botar gente na rua”, como temos
realmente que botar. Se trata de que são forças permanentes a modelar o Brasil,
ou como quer Gramsci, são a linha de trincheiras de uma sociedade que foi
esculpida pela ideia do Poder pelo Consenso que se exprime na liturgia
democrática. Essa imagem de trincheiras de Gramsci vem da Primeira Guerra
Mundial ocorrida uma década antes dos seus escritos. A guerra de trincheiras é
uma guerra assassina que pune com o massacre as tropas que se aventuram no
combate aberto. Quem está nas trincheiras não precisa se expor, pois lhe basta
atirar, Michel Temer ousou colocar o nariz de fora depois da Carta: foi vaiado
e chamado de golpista. Ele prepara com pompa e circunstância a sua entrada na
história como um traidor."
No timaço
de juristas
Nomes de expressão no universo jurídico brasileiro hipotecaram apoio à presidente Dilma Rousseff. Em defesa da Democracia e denunciando a falta de base jurídica para o pedido de impeachment.
Dentre eles Celso Bandeira de Melo, Dalmo de Abreu Dalari, Heleno Torres, Marcelo Neves, Juarez Tavares
Da
Bahia, somente Carlos Valder do Nascimento. A voz de Itabuna e da UESC (onde se aposentou recentemente).
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