Temos escrito – às vezes profecias e contundentes
conclusões – diante de fatos concretos, arrasadores por suas consequências à
vida nacional.
Dentre elas – a que nos toca mais – a pretensão de muitos julgadores –
em todas as instâncias – que se veem em dimensão de absoluta supremacia em tudo. O desconhecimento em relação aos universos da geopolítica, da hegemonia,
da economia política, da história, da geografia, da sociologia, da filosofia
(tudo com letra minúscula, mesmo, para alcançar o nível) não impede que se
imaginem dominá-las, ainda que a grave omissão no plano da informação e do
conhecimento resulte em prejuízos (gravíssimos) ao país.
Gilberto Freyre (vídeo abaixo), em conferência proferida em 1985, no 2º Congresso
Brasileiro da Psicanálise d’A Causa Freudiana do Brasil, desancou em torno da
compreensão do mundo jurídico pátrio, desde a criação dos dois primeiros cursos
e a formação acadêmica herdada de Coimbra, por sua dissociação em relação à
realidade social. Trinta e três anos depois e nada mudou. Ao contrário,
piorou... e muito.
Mais se agrava a piora no instante em que passaram julgadores do STF a
exercitar a função de legisladores – por desconhecerem ou não respeitar os limites
institucionais que lhe são impostos – ainda que lhes falte a base fundamental para
tanto: a representação oriunda da vontade popular.
“Fechados no seu juridicismo”, divinizado(s) “como intelectual supremo”, “Grande parte dos juristas brasileiros
precisam (sic) de ser psicanalisados” – são algumas das expressões com que Freyre os vê.
Fizeram – como cita o mestre de Apipucos – com que as Escolas de Ciências Sociais passassem a ser de Ciências Sociais e Jurídicas e, logo adiante, de Ciências Jurídicas e Sociais, através de “uma estratégia jurídica em favor de um juridicismo preponderante”.
Magistocracia” pode ser acrescida ao rol – arrasadora definição que lhe dá Conrado Hübner Mendes, professor de Direito Constitucional da USP, em artigo na Época, aqui disponibilizado através do Conversa Afiada. Com um detalhe: Suas Excelências vão conformando um poder que, em alguns casos (não poucos) admite/permite o caráter de hereditariedade.
Fizeram – como cita o mestre de Apipucos – com que as Escolas de Ciências Sociais passassem a ser de Ciências Sociais e Jurídicas e, logo adiante, de Ciências Jurídicas e Sociais, através de “uma estratégia jurídica em favor de um juridicismo preponderante”.
Magistocracia” pode ser acrescida ao rol – arrasadora definição que lhe dá Conrado Hübner Mendes, professor de Direito Constitucional da USP, em artigo na Época, aqui disponibilizado através do Conversa Afiada. Com um detalhe: Suas Excelências vão conformando um poder que, em alguns casos (não poucos) admite/permite o caráter de hereditariedade.
Por fim, considerando o título acima cumpre registrar que nada tem a
ver com “A ignorância ao alcance de todos” (Editora Letras e Artes), de Nestor
de Holanda (1921-1970). Tirante aquele “melhor votada” da ministra-presidente
do STF, Cármen Lúcia – que aplicou o adjetivo ‘melhor’ em lugar do advérbio ‘mais”
(quantitativo) – aplicado à votação da vereadora Marielle, o que muitos andam fazendo não
justifica qualquer registro em livro que tenha utilidade para o aprendizado.
Ministro(?)
A postura do Ministro Edson Fachin deixa questões no ar. Além dos aviões de carreira, para lembrar Apporelly, o Barão de Itararé.
Não falta quem insinue a denunciada ameaça ao ministro à reação da esquerda –
leia-se PT/Lula – em razão do voto proferido (em que foi derrotado) na
discussão em torno do habeas corpus. Ainda que em instantes mais pretéritos
tenha arrebentado PT/Lula sem que qualquer ameaça tenha ocorrido.
Cheira mal a divulgação de ameaça através de rede de televisão sem
apresentar prova. Até porque – prova havendo – caberia a Sua Excelência, sem alarde,
encaminhá-la a quem de direito para apurar.
Quanto à rede de televisão – que não
bate prego em estopa – a entrevista reflete interesse subliminar. O que quer
dizer: pressões em diversos fronts.
Caso não cheirasse a mais nada, restaria a fragrância da irresponsabilidade para com
os destinos da nação.
No palco armado, abra-se mais o pano. Tiros (caravana de Lula no Sul), Fachin (na rede Globo), Noblat (no Globo), Marielle
(morta) geram o perigo maior: eleições.
Um cadáver não será necessariamente o grande pivô. Mas a sua existência
na mídia.
Com contribuições valiosas como a do ministro.
Por mísera e mera coincidência a reafirmação da denúncia contra o
senador Aécio Neves fica em segundo, terceiro, quarto, quinto plano(s).
Finalmente, resta-nos a dúvida: Edson Fachin, no sistema televiso da
Globo, foi ministro ou agitador, naquela linha de Cabo Anselmo, de agente provocador?
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