Quando os mortos falam o fazem mais alto que quando vivos. Falam sem medo porque nada têm a temer. Afinal, ninguém morre duas vezes.
O carnaval já falou de mortos. E também de vivos.
Neste, em andamento, há vivos insatisfeitos com a lembrança.
Em especial porque certos mortos são lembrados.
Quem também anda insatisfeita é a profissão de palhaço.
Há quem vislumbre - considerando a insatisfação das elites - que o inquilino do Planalto comece a sucumbir a partir das cinzas do Carnaval. Tal teria apelo simbólico, diante do que representou o momesco - aqui e lá fora - para o indigitado.
A argumentação encontraria apoio em manifestações várias oriundas do torreão que o tornou inquilino, solução única para aquele imediato: derrotar o poder não ocupado.
Motivos não faltam. O que falta é perguntar ao mentor de tudo se concorda. Afinal, o ethos que ora norteia o que chamam de 'pensamento' contemporâneo não foi aqui construído.
Muitos assistem, outros tantos se incomodam quando lhe apontam uma ponte estreita para a travessia.
Na esteira de compreensões e incompreensões o governador da Bahia falou demais e o que não devia.
Melhor que aprofundasse a investigação em tema que lhe afeta: se tem ou não o controle das polícias da Bahia.
No mais, atentar para o que vem quando o Carnaval passar.
Porque outubro está logo ali.
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