Arautos contra o preconceito
há muitos. Auto declinados de consciência avançada e revolucionária.
FHC comprava
religiosamente o jornal “O Lampião da Esquina” em banca localizada na Avenida
Paulista. Tempos difíceis, ditadura estourando bancas etc. Disse o jornaleiro
que o Sociólogo adquiria o alternativo mas “mandava embrulhar”. Ou seja,
negava que lia.
A lição nada recomendável permanece. Eis que é tempo de negar
No plano da compreensão da existência humana situar a espécie como paradigma em razão da exclusiva existência em nível de sapiens sapiens para nós pouco representa no plano de sua evolução social. Isso porque desde então – por volta de 30.000 anos da atualidade – saímos de Eras várias e alcançamos a presente de forma realmente incrível sob o prisma das ciências.
Dos últimos sete mil anos
(com o advento da escrita) até o instante em que vivemos a nanotecnologia, expectativa de revolução na Física e
busca de conquistas interplanetárias assustam por não serem palpáveis para parcela considerável das gentes, impacta-nos tudo como certamente o homem primitivo diante da primeira chama.
Mas de nossa parte, de
quem escreve e interpreta a província (e o planeta não está longe dela, já o
disse Tolstói), avanços científicos avançaram a anos-luz de quando imaginávamos e parece que deixamos de aperfeiçoar e compreender o que representa a convivência, que trilha a passos de cágado.
Cada dia mais escravizados ao consumo em sua dimensão consumista alimentamos o ter e o elevamos à divindade tornando-nos pura e simplesmente peças indistinguíveis de uma realidade mais e mais cruel para com o Homem/Ser.
De modo concreto estamos
regredindo no quesito evolução de valores que deveriam nortear a Humanidade no
presente estágio civilizatório
E quando em torno disso cabia-nos refletir - e dispomos de todas as ferramentas alcançadas - fazemos de conta que não existe.
Fugimos de assumir a realidade. Porque mais cômoda a fuga.
Assim, para esconder nossa
pequenez vivemos como FHC, leitor de Lampião da Esquina: “Mande embrulhar”.
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