DE RODAPÉS E DE ACHADOS
___________________
Nobel
Justo
seria outorgar-lhes o Prêmio Nobel da Paz coletivo. Afinal, o trabalho
humanitário e inteiramente desprendido efetivado por médicos cubanos pelo mundo,
em especial na luta contra o Ebola, soa como exemplo a ser seguido.
Infelizmente
os interesses que alimentam o ‘clube em defesa da doença para que eu fique cada
dia mais rico’ (leia-se, laboratórios) não reconhecem um trabalho dessa
magnitude.
O
Ebola nem mesmo está nos noticiários. Praticamente desapareceu na África
Ocidental onde afligia Serra Leoa, Nigéria, Guiné e Libéria.
“Os meios de comunicação
internacionais, controlados pelo grande capital, censuram e se calam sobre a
grande ajuda humanitária prestada por esses profissionais aos povos da Libéria,
Serra Leoa e Guiné, os três países mais infectados pela epidemia.” – registra o jornalggn.com.br
considerando a análise e reconhecimento de um punhado de jornalistas
comprometidos com a verdade.
Não somente Cuba os reconhece. Também
os salvos por eles.
A
serviço
Não
descansa o senador José Serra de seu propósito maior: entregar a Petrobras. Como
difícil fica a retomada plena de uma privatização total apresentou projeto no
Senado para ‘desobrigar’ a estatal de participar do pré-sal.
Ou seja, a
Petrobras continua controlando o pré-sal, ma não obrigada a deter o quanto
contido na lei que instituiu o sistema de partilha.
Simplificando:
pode dizer que o pré-sal é dela mas que não teve condição de operá-lo e – até
que o possa – transfere as responsabilidades para as petroleiras internacionais.
Supimpa!
Dissera
ao Estadão em fevereiro, com todas as letras: “tem que ser
refundada" (leia aqui). "Mudar
radicalmente os métodos de gestão, profissionalizar diretoria, conselho
administrativo e rever as tarefas que exerce. Sua função essencial é explorar e
produzir petróleo. No Brasil, a Petrobrás diversificou demais e foi muito além
do necessário, acabou se lançando em negócios megalomaníacos e ruinosos. O que
dá prejuízo precisa ser enxugado, concedido, vendido ou extinto".
"E tem que começar pela
revisão do modelo do pré-sal: retirar a obrigatoriedade de a empresa estar
presente em todos os poços, ser a operadora única dos consórcios e ter que suportar
os custos mais altos da política de conteúdo nacional. Não se trata apenas de
contabilidade, a empresa tem que ter vigor, porque o petróleo continuará por
muito tempo sendo uma grande mercadoria".
Para
o analista político Paulo Vannuchi, em entrevista à RBA (leia aqui), o projeto de Serra é "um
artifício, ou ardil, para quebrar o monopólio de produção da Petrobras sobre o
pré-sal, monopólio que já é absolutamente flexibilizado, com limite de 30%, que
permite a participação de empresas privadas em até 70%, como ficou comprovado
na licitação do mega campo de Libra, com a atração de empresas chinesas e
europeias".
Não
à toa – e a cada iniciativa vai sobrando razão ao jornalista – Paulo Henrique
Amorim está sempre a perguntar ‘de que vive o Cerra’ (sic).
Manuel de Oliveira
Aos
105 anos, morreu onde nasceu (cidade do Porto, em Portugal) o aclamado cineasta
Manuel de Oliveira.
Por
aqui filmou “Palavra e Utopia”, sobre a vida do Padre Antônio Vieira.
Detalhe:
na produção regional de elenco Ari Rodrigues e Eva Lima.
Denunciado
Na quarta-feira 1º o grupo Brigadas Populares protocolou denúncia contra o ministro Gilmar Mendes no Senado por reter, com fins meramente pessoais, uma ação – que já é vencedora por maioria de 6 x 1 – contra o financiamento privado de campanhas eleitorais.
Desde abril de 2014 Sua Excelência pediu vistas e – apesar de já vitoriosa a ação – posterga a publicação do resultado enquanto mantém conversa com o presidente da Câmara Federal – Eduardo Cunha, envolvido em denúncias de corrupção – que tem a intenção de promover a votação de uma reforma política que mantenha ditas contribuições privadas.
Ainda que reconhecida como causa de corrupção a doação privada encontra em Gilmar um defensor. Para tanto até mesmo zomba dos que são contrários, ainda que seja quem propôs a ação (OAB) ou mesmos seus pares, como o fez em entrevista recente.
Espera-se o que fará o Senado Federal. Que tem poder para promover o impeachment de Gilmar Mendes.
Como
incomoda
Prestação
de casa própria custando 37 reais. Como incomoda!
Sonegação
Chega
já a 500 bilhões anuais a sonegação no Brasil.
E não venha o moralista de
plantão imaginar que seja causada por quem se beneficia do Bolsa Família.
Ao
contrário: algumas famílias é que metem a mão na bolsa e no bolso do Brasil.
A
outra sonegação
É
que outra sonegação se faz pelo modo ilícito de conseguir junto a órgãos
fazendários a redução ou extinção de dívidas.
Apenas dando uma ‘ajudazinha’ –
de milhares ou milhões de reais – a quem o faz.
Fedeu! I
O
Altamiro Borges, do blog do Miro – implacável pesquisador – desencavou o resultado de uma ação judicial, que tramita desde 2003, em
que o SBT enfrenta o IBOPE para ter acesso à ‘caixa-preta’ do instituto, aquela
que registra, por aparelhinhos instalados em televisores pré-selecionados, a
audiência que – dizem – tanto beneficia a Globo.
A sentença transitou em julgado e o IBOPE está obrigado a abrir sua 'caixa-preta'.
Como
diz a montagem: ‘Ih! Fedeu!’
Teve
alguém por aí que andou trocando a primeira vogal.
Fedeu! II
Já
no próximo mês a GFK competirá com o Ibope em torno da medição da audiência da TV aberta.
Dizem
os que entendem do assunto que a queda de audiência da Globo – passada a ser
anunciada pelo Ibope – tem a ver com a manipulação que fazia para ‘ajudar’ a
Globo. Que tenta agora reverter para a desmoralização não ser maior quando
dados mais realísticas chegarem ao mercado.
Tudo
por medo que a GFK – que vende seus serviços ao mundo todo e não alimenta BV (aquele bônus criado pela Globo para controlar a publicidade das agências) – tende
a mostrar. Um freio de arrumação do Ibope para não se desmoralizar de vez.
Se
tudo caminhar como os fatos anunciam a rede Globo anunciará como apunhalada a
redução de verbas da SECON ajustadas à audiência real – que adora pagar para o
Governo apanhar – como bolivarianismo.
Não
terá – no entanto – como dizer o mesmo quando as agências de publicidade que
vivem do BV deixarem de acatar a ‘mamata’ e se enquadrarem na realidade do
mercado.
Fedeu! III
Quem
vem do golpe de 1964 não suportará o golpe da audiência real. Que não é a de
1964 (que inexistia), que apenas alimentava a TV Globo que seria criada em abril de 1965 para ajudar a ditadura e dela se beneficiar.
Imagine
a reação popular, que vai ocorrendo como fogo de monturo.
Fedeu! IV
Escândalo
a partir da Operação Zelotes – aquela em que descobriu também a Gerdau – mostra afiliada
da Globo (a RBS) afundada em sonegação e ilícito para escapar dela.
Com
um detalhe picante: Armínio Fraga – dono da Gávea Investimentos – é dela sócio.
(Des)Igualdade
Tratamento
igual para todos. É o mínimo que se pode esperar dos desdobramentos da Lava
Jato.
Estranho,
no entanto, que – entre 2007 e 2013 – de cada 100 reais distribuídos por empreiteiras a partidos
políticos 42 deles tenha sido para o PSDB.
A
ênfase
Combate
à corrupção ou aplauso ao combate: there is the question.
O
sucesso
Pelo
novo paradigma Eduardo Cunha é um sucesso.
Onde vai a vaia come solta.
Como
é bom ser tucano mineiro
O
“mensalão” do PSDB de Minas está parado. Aguardando apenas o julgamento – já
que inteiramente processado no STF, que declinou pelo juiz natural (o que não
fez com o do PT) – dormita nos escaninhos da 9ª. Vara Federal, que está sem
Juiz.
O
inusitado – tão comum quando
tem que ser julgado ou investigado
alguém do PSDB – mereceu a seguinte manchete na Folha de São Paulo: “Prescrição, atrasos, incúria e engavetamento beneficiam políticos
do PSDB acusados de irregularidades, inclusive no dito mensalão tucano”. Pode ser lido aqui.
Não
tarda Azeredo ser declarado inocente.
Acinte
Durante
a disputa para a presidência da Assembleia Legislativa ficou claro que a
reiteração de mandatos do deputado Marcelo Nilo está atrelada ao fato de
controlar os pares que o apoiem com a liberação de recursos da Casa.
A
aprovação de um aumento de 18% na denominada Verba Indenizatória, elevando-a de
78 para 92 mil reais – aquela que cobre gastos ostros que não a coberta pela
Verba de Gabinete – controlada por
Marcelo Nilo, soa como compromisso de campanha.
Não
fora o acinte para com o contribuinte fere o controle de gastos
proposto pelo Governo do Estado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário