domingo, 6 de março de 2016

Destaques

DE RODAPÉS E DE ACHADOS
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Superioridade moral
Bem sabem todos os que por lá andam, embevecidos, tratados a pão-de-ló. Voltam ‘fechados’ com Tio Sam e não abrem. Se preciso entregam-se todos e tudo.

Trata-se de política de Estado dos EUA atuar para fortalecer os interesses dos seus sobre os demais. 

Observa Bruno Brasil pesquisando no Department of State:

“Uma das ideias mais arraigadas na sociedade norte-americana, à direita e à esquerda, é do excepcionalismo dos EUA. É muito recorrente o discurso de que os EUA são o único país indispensável no mundo, cuja presença é benigna a toda a humanidade (http://foreignpolicy.com/2011/10/11/the-myth-of-american-exceptionalism/). Imagino que esse programa sirva para propagar a outros povos essa noção de superioridade moral dos EUA e de seu modo de vida. Assim, naturalmente, o indivíduo que se convence disso tenderá a enxergar o mundo pelo prisma do establishment norte-americano e a aceitar não só como inevitável, mas também como necessários os objetivos da política externa dos EUA.”

Em sua pesquisa encontrou outras pérolas:

"Por meio de visitas de curta duração aos EUA, atuais e futuros líderes estrangeiros de variedade de temas vivenciam, em primeira mão, esse país e cultivam relacionamentos duradouros com seus congêneres norte-americanos. Encontros profissionais refletem os interesses profissionais dos participantes e dão apoio aos objetivos de política externa dos EUA.

Na seção IVLP Experience http://eca.state.gov/ivlp/ivlp-experience, fica claro o objetivo de intercâmbio cultural, de essas atuais e futuras lideranças conhecerem como funcionam os EUA, suas instituições, seus negócios, etc."

Alguma semelhança com o posicionamento de algum conhecido que por lá andou ou participou de intercâmbios não é mera coincidência.

A guerra
Em A mani pulite versão século XXI, no GGN, Aurélio Júnior destaca:

“As ações de Estado, mesmo a de multi-estados (tipo a UE - empresarial), não devem ser analisadas exclusivamente em seus aspectos primários, ou jurídicos, uma vez que qualquer Estado que tenha um claro objetivo, não de "partido ou ideológico", faz qualquer movimento para alcançá-lo, pois ser "protagonista", ser "decisivo", significa ocupar espaços de outros, e para tal feito ser realizado, atitudes heterodoxas são necessárias, e claro, o "outro lado" irá reagir, até cooptando nacionais (as vezes nem precisam ser pagos, basta convencê-los, "ética" em certos locais é moeda), inserções constantes na mídia (a própria aquisição de veículos é válida), aquisição de parcelas da economia nacional (visando solapar um possível futuro concorrente).

O mundo é assim, esta é a realidade apresentada, a luta diária dos que vivem este confronto, quem não gostar, filie-se a uma ONG, vá para Marte, ou preste concurso público para Procurador."

Difícil é explicar para Sérgio Moro e muitos dos procuradores e delegados da Polícia Federal a ele associados. Falta-lhes leituras e estudos para tanto.

O jogo
Enquanto se discute pedalinhos em Atibaia a realidade passa ao largo, a anos-luz da percepção. Temos afirmado neste espaço que nenhum – nenhum mesmo – juiz, procurador, delegado etc. etc. – é avaliado em concurso sobre História, Geografia, Filosofia, Sociologia, Ciência Política, GEOPOLÍTICA. 

Esta – particularmente – faz parte das análises de militares e diplomatas, diretamente afetados por uma realidade que explica as relações de poder no mundo, modelo e forma como as nações se desenvolvem para ocupar espaço no planeta. Seja pelo viés comercial, seja-o pela guerra. Estratégia e logística estão no centro de decisões que se desenvolvem a partir da política de Estado posta por uma nação ou governo.

Por uma nação temos exemplos clássicos que vão de Roma aos Estados Unidos – pela História mais recente – onde para ocupar espaços para os seus a guerra se torna instrumento essencial, cabendo – em dimensão particular – uma estratégia e logística próprias.

Nações se desenvolvem montando indústrias, protegendo negócios que as atendam através de acordos comerciais. Ninguém o faz pelos lindos olhos do outro.

Compreenda o leitor o que está em jogo no Brasil!

Os Estados unidos – à guisa de exemplo – nunca admitiriam a entrega do pré-sal ao controle estrangeiro. 

Como não admitem os avanços da diplomacia brasileira de Lula para cá, que lhes negou – entre outras coisas – pleno acesso à Base de Alcântara-MA, assim como abriu frentes na autonomia na política aeroespacial aliando-se a China e a Ucrânia (antes que esta estivesse sob controle dos EUA), muito menos não disporem da tecnologia de processamento de urânio pelo Brasil, que alimentará a propulsão nuclear de submarinos construídos no país por empreiteiras brasileiras.

Vassalo(s)
Dispensa-nos análise do texto de J. Carlos deAssis – até porque sempre temos aventado nesse espaço a dimensão planetária em que o Brasil se vê envolvido no xadrez da geopolítica estadunidense – apenas recomendando-o ao leitor.

Cumpre reiterar que tais absurdos jurídico-processuais cometidos pelo juiz Sérgio Moro o autorizam – ao lado de procuradores da república e de delegados da Polícia Federal – a uma indicação ao prêmio vassalos de Washington.

Miniatura
A luta de vida e morte por que vivem os Estados Unidos diante da China como vocacionada à liderança mundial em tempo não tão distante exige que aqueles ocupem o quanto antes os espaços que guardavam para mais tarde (África), ou detinham sob pleno controle (Brasil neoliberal entre eles e o restante da América Latina).

A vitória estadunidense se consumará em 2018, caso um candidato nacionalista não vença as eleições.

No plano interno há – sem dúvida – outra vertente na luta pela sobrevivência. Começando pelos meios de comunicação que – não bastasse constituir-se concessão pública – viveram sempre pendurados como parasitas do poder público.

A serviço
Imaginar que o juiz Sérgio Moro é essa inteligência toda é zombar da realidade. Qualquer um pode vê-lo e senti-lo em suas limitações interrogando acusados. É figura limitada. 

Sua informação intelectual está vinculada a uma leitura da Operação Mãos Limpas em contexto inteiramente diverso e desprovida da análise histórica resultante. Quando escreveu sobre ela – como Narciso em busca do espelho – nem mesmo percebeu o estrago causado à Itália sem que a corrupção (agora por outros vieses) tivesse efetivamente sido extirpada.

Desconhecer Filosofia, Sociologia, História, Geografia, Economia Política ou Geopolítica não é privilégio dele. Todos os concurseiros hoje abastados pelas burras do Estado seguiram o mesmo trilhar. Têm dificuldade de interpretar uma bússola. Ele, Moro, é apenas um deles (aprovado em concurso aos 24 anos, recém saído dos cueiros da academia).

No entanto, quanto mais limitada a mente mais fácil de ser manobrada. Especialmente aquelas carentes de uma análise freudiana, em fase sublimativa. Joaquim Barbosa que o diga.

Aí a utilidade: servir ao senhor, inclusive a quem controle mamom. Sérgio Moro e a Lava Jato – em nível de utilidade para a nação – nada mais são do que uma insignificância, arvorado aquele de paladino da moralidade pública a serviço de interesses que não tem capacidade de entender, muito menos de interpretar.

Não se lhe cobre a discrição que se espera de um magistrado. Afinal – já o demonstrou – gosta de holofotes. A ponto de escancaradamente comparecer a premiações e homenagens de cunho ostensivamente político-partidário.

Resultado de imagem para foto ou pintura de carruagem na porta de um teatro francês
Serve ao papel que escolheram para ele. Que não lhe outorga nem mérito para setecentista premiação nos antecedentes da comedie française, quando o sucesso do espetáculo era medido pela quantidade de cocô deixado pelos cavalos que levavam seus senhores ao teatro, razão por que da utilização da expressão merde (que se pronuncia mérd) como aplauso.

A reconquista
Não se negue a competência estadunidense. Quando (brasileiros) nos imaginávamos ocupando espaço na geopolítica planetária descobrimos que fôramos solapados pelo império.

Jogam-nos numa ‘primavera’. Aqui – como lá – petróleo. Acrescido do enriquecimento de urânio que desenvolvemos e da ousadia de estarmos nos BRICS.

Contam com os de sempre.

Para reflexão
Vargas, morto, mudou o quadro; Lula... está vivo. Sendo motivado pela Lava Jato de Moro. 

Lembrando
Quando Getúlio Vargas deu um tiro no peito, em 24 de agosto de 1954, um clima (de golpe) semelhante ao deste março de 2016. 

Como naquele 1954 o sistema Globo à frente.

A população empastelou o jornal O Globo.
Miniatura

O pretendido
Alguém ainda não perguntou a razão por que de a Polícia Federal haver sequestrado Lula e o levado para depor no aeroporto de Congonhas.

Ninguém duvide de que tudo estava armado para levá-lo à presença – oh! gáudio – do juiz Sérgio Moro. Leia-se melhor: encarcerá-lo em Curitiba.

O blogueiro Esmael Moraes matou a charada. E a truncada decisão morina (para dupla interpretação/execução) explica-o.

Há referência de que havia em Curitiba uma apresentadora da Globo do Rio de Janeiro.

Tudo adredemente planejado/armado. Tanto que a imprensa 'amiga' já dispunha, desde 24 de fevereiro, da decisão determinativa de Moro, vazamento denunciado através do blog da Cidadania.

Veja a foto da sede da PF em São Paulo para entender que não passa de esfarrapada a desculpa de que o faziam por “segurança".                            
                              pf e lula

Bandeira de Melo
Para o jurista Celso Antônio Bandeira de Melo, no GGN“é um ato que equivale a uma confissão de medo, de pavor” da elite brasileira ao assistir e torcer pela prisão de Lula.
E didatizou, partindo de observação da filósofa Marilena Chauí, que vê na classe média o aliado da imprensa tradicional do país: Lembrando a filósofa Marilena Chaui, Bandeira de Mello aponta a classe média como o principal aliado (peso) da imprensa tradicional do país. 
“Mas esse peso se restringe à chamada classe média, sobretudo a classe média alta, que é uma gente, eu diria, lamentável. A classe média alta é invejosa”, diz. “Não se satisfaz em estar bem. Ela quer que os outros estejam mal para se sentir superior.”
O que dói para essa gente é que um homem simples como Lula é recebido por reis e rainhas, homenageado por eles, por primeiros ministros, chefes de estado, presidentes. Como os outros não o são, eles ficam aborrecidos. Já pensou o sujeito que faz universidade, consegue título de mestre, de livre-docente, de titular, e vê que para o mundo ele vale muito menos do que um operário? É humilhante, não é? Eles se sentem humilhados com a presença do Lula. O Lula é uma humilhação viva para as pessoas que se acham grande coisa., acrescenta.

Ainda em sua avaliação ““Falta para esse juiz, Sérgio Moro, o elementar para um magistrado, que é o equilíbrio”.

Está explicado I
Nota Oficial do gabinete de Moro: “A pedido do Ministério Público Federal, este juiz autorizou a realização de buscas e apreensões e condução coercitiva do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva para prestar depoimento.”

Está explicado. Agradecemos pela confissão e assunção em torno das violações legais. 

Até porque não consta tal pedido na petição do MPF.

Está explicado II
Também explicado o vazamento costumeiro de tudo que ocorre na vara morina para atender ao patrão que lhe outorgou premiação.

Antecipando o Plantão.

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Nem na ditadura
Marcelo Auler lembra que Juscelino Kubitschek foi escamoteado pelos militares, constantemente chamado a depor nos vários inquéritos instaurados contra ele por corrupção (nunca encontraram nada). NUNCA foi conduzido coercitivamente, ainda que o regime fosse de exceção.

Cassaram JK, mas nunca o conduziram. Respeitavam o ex-presidente. Lula, sem ser convidado foi levado/sequestrado.

Com FHC – no caso Cayman – foi ouvido em casa pela Polícia Federal. 

Sem explicação
Juristas vários se levantam contra a decisão do STF de admitir a prisão de quem ainda não esgotou os recursos de que dispõe.

Que dirão da condução coercitiva de quem nem mesmo foi intimado pela autoridade? 

Resumo perfeito
"O que parece é que esse juiz (Sergio Moro) queria era prender o Lula. Não teve a ousadia de fazê-lo e saiu pela tangente", disse José Gregori a BBC Brasil.

Disse tudo o ex-ministro de FHC. Resumo perfeito.

Mistério(?)
O mistério – fácil de desvendar – está expresso na montagem abaixo, a partir da delação de Nestor Cerveró.

                          Miniatura
Entregou-se
Depois de tudo que aconteceu a partir desta sexta-feira, véspera do domingo 13, só quem compactua e conluia com o juiz Sérgio Moro e sua Lava Jato não perceberá que a dita operação entregou seu objetivo: prender Lula e não punir corrupção.

Decididamente a Lava Jato ficou definitivamente comprometida.

Escapou do controle
MiniaturaNunca faltou competência ao tucanato paulista para encobrir escândalos. Como o governo FHC. Este tinha a mídia (Globo faturando os tubos) e um Procurador-Geral engavetador.

A merenda escapou do controle.

Resta descobrir o que aconteceu.

No tabuleiro
No enxadrismo mundial grandes partidas foram jogadas, grandes mestres as disputaram. “A imortal” (Adolf Anderssen x Lionel Kieseritzki), a “Sempre viva” (Adolf Anderssen x Jean Dufresne) marcam a história do milenar xadrez. (Os amantes do xadrez sabem do que estamos falando).

Neste momento, no Brasil o tabuleiro político está posto: Moro versus Lula.

Resta saber quem é mestre em seu campo.

Para não esquecer
Aquele Procurador dando entrevista depois do sequestro de Lula é o mesmo denunciado por Amaury Ribeiro Jr. e Osmar de Freitas Jr. na IstoÉ, em matéria simbolicamente titulada de “Raposa no galinheiro” e com o subtítulo “Procurador Santos Lima, casado com ex-funcionária do Banestado, tentou barrar quebra de sigilo de contas suspeitas”. 

MiniaturaO dito cujo, ora vestal da moralidade, simplesmente – integrante da comissão brasileira em busca de documentos nos Estados Unidos – mereceu, depois do constrangimento causado à delegação brasileira, a expressão de que “Foi insólito” por uma autoridade estadunidense.

Pano rápido: quem presidiu a apuração do escândalo do Banestado – que desviou mais de US$ 130 bilhões através de contas CC-5 no governo FHC, que as autorizara através de seu Banco Central – foi o mesmo Sérgio Moro. 

Pergunte-se a ele se há algum preso. Naturalmente que não, todos eram tucanos e pefelistas.

O fim como questão 
Há quem veja nas ações do juiz Sérgio Moro o fim do mundo para o Brasil e sua economia. 

Há – por outro lado – quem nelas veja o fim de Moro.

Ah! OAB, quem fostes no passado
Enquanto tudo ocorria a OAB em silêncio.
Não queremos abstrair o contexto em que foi dito, mas bastante coerente a fala do presidente nacional da OAB em relação à condução coercitiva de Lula e seu discurso de posse. Basta lê-lo (aquele discurso).

Não vejo qualquer problema em conduzir um cidadão para depor, seja ele o ex-presidente Lula ou qualquer outro. A Constituição Federal não exclui ninguém, somente aponta foro privilegiado para determinadas autoridades”

O ilustre não vê, como enxergar?

O baiano Luís Viana foi outro que se negou a exprimir uma opinião: “Posso conversar depois e dar alguma posição, mas, agora, a OAB-BA ainda não tem uma posição sobre a operação”.

Eleitor de Lamachia. Naturalmente.

Coercitividade
Em tempos da descoberta da condução coercitiva como algo tão banal (para Moro) como beber água há quem se sinta desperto à condução coercitiva para votar em Lula em 2018.

Não reconduzido
A não recondução de Márcio Fahel ao comando da Procuradoria-Geral do Estado pode levantar especulações. 

Incluindo a de que foi combativo contra uma administração petista em Itabuna.  Ou que tenha sido acordado para que tal acontecesse (a não-recondução).

Especulação
Não se trata aqui de análise política no seu sentido absoluto. Mas para demonstrar  especulativamente  que a sucessão municipal longe está de ser definida em nível de base do governo estadual.

Passa ao largo um fato, no instante de (re)arrumação da base aliada em nível estadual: Marcelo Nilo deixa o PDT e assume o PSL enquanto Félix Mendonça (PDT) negocia retorno à base.

Detalhe, em nível itabunense: o filho de Geraldo Simões foi candidato pelo PSL, em 2014, o pai apoiando-o em detrimento de companheiros.

Marcelo Nilo no PSL, por onde já anda Tiago Feitosa... Falta saber para que partido da base migrará Capitão Azevedo (a incógnita que pode decidir a eleição).

Insistindo Davidson na candidatura poderá – quem sabe? – surgir uma dobradinha Geraldo-Azevedo. Ou – outro quem sabe? – Azevedo-Tiago.

Um 'Samba do crioulo doido'... mas, samba.

Vereança em aberto
O prefeito Claudevane Leite bateu o martelo: Davidson Magalhães é o seu candidato. E todos devem acompanhá-lo ou deixar o governo (recado para quem ocupa cargos de confiança com ambições ao Firmino Alves).

Para quem sonhava com a unção somente restará tentar ser vice de alguém.

O que será difícil, depois que a cornucópia municipal que o alimentava sair de seu controle.

Vice de Davidson Magalhães, improducente.

Vereança em aberto, a saída.


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