DE RODAPÉS E DE ACHADOS
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Superioridade moral
Bem sabem todos os que por lá andam, embevecidos,
tratados a pão-de-ló. Voltam ‘fechados’ com Tio Sam e não abrem. Se preciso
entregam-se todos e tudo.
Trata-se de política de Estado dos EUA atuar para fortalecer os interesses dos seus sobre os demais.
Observa
Bruno Brasil pesquisando no Department of State:
“Uma das
ideias mais arraigadas na sociedade norte-americana, à direita e à esquerda, é
do excepcionalismo dos EUA. É muito recorrente o discurso de que os EUA são o
único país indispensável no mundo, cuja presença é benigna a toda a humanidade (http://foreignpolicy.com/2011/10/11/the-myth-of-american-exceptionalism/). Imagino que esse programa sirva para propagar a
outros povos essa noção de superioridade moral dos EUA e de seu modo de vida.
Assim, naturalmente, o indivíduo que se convence disso tenderá a enxergar o
mundo pelo prisma do establishment norte-americano e a aceitar não só como
inevitável, mas também como necessários os objetivos da política externa dos
EUA.”
Em sua pesquisa encontrou outras pérolas:
"Por
meio de visitas de curta duração aos EUA, atuais e futuros líderes estrangeiros
de variedade de temas vivenciam, em primeira mão, esse país e cultivam
relacionamentos duradouros com seus congêneres norte-americanos. Encontros
profissionais refletem os interesses profissionais dos participantes e dão
apoio aos objetivos de política externa dos EUA.
Na
seção IVLP Experience http://eca.state.gov/ivlp/ivlp-experience,
fica claro o objetivo de intercâmbio cultural, de essas atuais e futuras
lideranças conhecerem como funcionam os EUA, suas instituições, seus negócios,
etc."
Alguma semelhança com o posicionamento de algum conhecido que por lá andou ou participou de intercâmbios não é mera coincidência.
A guerra
Em A mani pulite versão século XXI, no GGN,
Aurélio Júnior destaca:
“As ações de Estado, mesmo a
de multi-estados (tipo a UE - empresarial), não devem ser analisadas exclusivamente
em seus aspectos primários, ou jurídicos, uma vez que qualquer Estado que tenha
um claro objetivo, não de "partido ou ideológico", faz qualquer
movimento para alcançá-lo, pois ser "protagonista", ser
"decisivo", significa ocupar espaços de outros, e para tal feito ser
realizado, atitudes heterodoxas são necessárias, e claro, o "outro
lado" irá reagir, até cooptando nacionais (as vezes nem precisam ser
pagos, basta convencê-los, "ética" em certos locais é moeda),
inserções constantes na mídia (a própria aquisição de veículos é válida),
aquisição de parcelas da economia nacional (visando solapar um possível futuro
concorrente).
O mundo é assim, esta é a
realidade apresentada, a luta diária dos que vivem este confronto, quem não
gostar, filie-se a uma ONG, vá para Marte, ou preste concurso público para
Procurador."
Difícil é explicar para Sérgio Moro e muitos dos
procuradores e delegados da Polícia Federal a ele associados. Falta-lhes leituras e estudos para tanto.
O jogo
Enquanto se discute pedalinhos em Atibaia a
realidade passa ao largo, a anos-luz da percepção. Temos afirmado neste espaço
que nenhum – nenhum mesmo – juiz, procurador, delegado etc. etc. – é avaliado
em concurso sobre História, Geografia, Filosofia, Sociologia, Ciência Política,
GEOPOLÍTICA.
Esta – particularmente – faz parte das análises de militares e
diplomatas, diretamente afetados por uma realidade que explica as relações de
poder no mundo, modelo e forma como as nações se desenvolvem para ocupar espaço
no planeta. Seja pelo viés comercial, seja-o pela guerra. Estratégia e logística
estão no centro de decisões que se desenvolvem a partir da política de Estado
posta por uma nação ou governo.
Por uma nação temos exemplos clássicos que vão de
Roma aos Estados Unidos – pela História mais recente – onde para ocupar espaços
para os seus a guerra se torna instrumento essencial, cabendo – em dimensão
particular – uma estratégia e logística próprias.
Nações se desenvolvem montando indústrias,
protegendo negócios que as atendam através de acordos comerciais. Ninguém o faz
pelos lindos olhos do outro.
Compreenda o leitor o que está em jogo no Brasil!
Como não admitem os
avanços da diplomacia brasileira de Lula para cá, que lhes negou – entre outras coisas
– pleno acesso à Base de Alcântara-MA, assim como abriu frentes na autonomia na política aeroespacial
aliando-se a China e a Ucrânia (antes que esta estivesse sob controle dos EUA), muito menos não disporem da tecnologia de processamento
de urânio pelo Brasil, que alimentará a propulsão nuclear de submarinos
construídos no país por empreiteiras brasileiras.
Vassalo(s)
Dispensa-nos análise do texto de J. Carlos deAssis – até porque sempre temos aventado nesse espaço a dimensão planetária em
que o Brasil se vê envolvido no xadrez da geopolítica estadunidense – apenas
recomendando-o ao leitor.
Cumpre reiterar que tais absurdos
jurídico-processuais cometidos pelo juiz Sérgio Moro o autorizam – ao lado de
procuradores da república e de delegados da Polícia Federal – a uma indicação
ao prêmio vassalos de Washington.
A luta de vida e morte por que vivem os Estados
Unidos diante da China como vocacionada à liderança mundial em tempo não tão
distante exige que aqueles ocupem o quanto antes os espaços que guardavam para
mais tarde (África), ou detinham sob pleno controle (Brasil neoliberal entre
eles e o restante da América Latina).
A vitória estadunidense se consumará em 2018,
caso um candidato nacionalista não vença as eleições.
A serviço
Imaginar que o juiz Sérgio Moro é essa
inteligência toda é zombar da realidade. Qualquer um pode vê-lo e senti-lo em
suas limitações interrogando acusados. É figura limitada.
Sua informação
intelectual está vinculada a uma leitura da Operação Mãos Limpas em contexto
inteiramente diverso e desprovida da análise histórica resultante. Quando
escreveu sobre ela – como Narciso em busca do espelho – nem mesmo percebeu o
estrago causado à Itália sem que a corrupção (agora por outros vieses) tivesse
efetivamente sido extirpada.
Desconhecer Filosofia, Sociologia, História,
Geografia, Economia Política ou Geopolítica não é privilégio dele. Todos os
concurseiros hoje abastados pelas burras do Estado seguiram o mesmo trilhar.
Têm dificuldade de interpretar uma bússola. Ele, Moro, é apenas um deles
(aprovado em concurso aos 24 anos, recém saído dos cueiros da academia).
No entanto, quanto mais limitada a mente mais
fácil de ser manobrada. Especialmente aquelas carentes de uma análise
freudiana, em fase sublimativa. Joaquim Barbosa que o diga.
Aí a utilidade: servir ao senhor, inclusive a
quem controle mamom. Sérgio Moro e a Lava Jato – em nível de utilidade para a
nação – nada mais são do que uma insignificância, arvorado aquele de paladino
da moralidade pública a serviço de interesses que não tem capacidade de
entender, muito menos de interpretar.
Não se lhe cobre a discrição que se espera de um
magistrado. Afinal – já o demonstrou – gosta de holofotes. A ponto de
escancaradamente comparecer a premiações e homenagens de cunho ostensivamente
político-partidário.
Serve ao papel que escolheram para ele. Que não
lhe outorga nem mérito para setecentista premiação nos antecedentes da comedie française, quando o sucesso do espetáculo era medido pela quantidade de cocô deixado pelos cavalos que levavam seus senhores ao teatro, razão por que da utilização da expressão merde (que se pronuncia mérd) como aplauso.
A reconquista
Não se negue a competência estadunidense. Quando
(brasileiros) nos imaginávamos ocupando espaço na geopolítica planetária
descobrimos que fôramos solapados pelo império.
Jogam-nos numa ‘primavera’. Aqui – como lá –
petróleo. Acrescido do enriquecimento de urânio que desenvolvemos e da ousadia de estarmos nos BRICS.
Para reflexão
Vargas, morto, mudou o quadro; Lula... está vivo.
Sendo motivado pela Lava Jato de Moro.
Lembrando
Quando Getúlio Vargas deu um tiro no peito, em 24 de agosto de 1954, um clima (de golpe) semelhante ao deste março de 2016.
Quando Getúlio Vargas deu um tiro no peito, em 24 de agosto de 1954, um clima (de golpe) semelhante ao deste março de 2016.
Como naquele 1954 o sistema Globo à frente.
A população empastelou o jornal O Globo.
O pretendido
Alguém ainda não perguntou a razão por que de a
Polícia Federal haver sequestrado Lula e o levado para depor no aeroporto de
Congonhas.
Ninguém duvide de que tudo estava armado para
levá-lo à presença – oh! gáudio – do juiz Sérgio Moro. Leia-se melhor:
encarcerá-lo em Curitiba.
O blogueiro Esmael Moraes matou a charada. E a
truncada decisão morina (para dupla interpretação/execução) explica-o.
Há referência de que havia em Curitiba uma
apresentadora da Globo do Rio de Janeiro.
Tudo adredemente planejado/armado. Tanto que a imprensa 'amiga' já dispunha, desde 24 de fevereiro, da decisão determinativa de Moro, vazamento denunciado através do blog da Cidadania.
Tudo adredemente planejado/armado. Tanto que a imprensa 'amiga' já dispunha, desde 24 de fevereiro, da decisão determinativa de Moro, vazamento denunciado através do blog da Cidadania.
Veja a foto da sede da PF em São Paulo para
entender que não passa de esfarrapada a desculpa de que o faziam por “segurança".
Bandeira de Melo
Para o jurista Celso Antônio Bandeira de Melo, no
GGN, “é um ato que equivale a uma confissão de medo,
de pavor” da elite brasileira ao assistir e torcer pela prisão de Lula.
E
didatizou, partindo de observação da filósofa Marilena Chauí, que vê na classe média o aliado da imprensa tradicional do país: Lembrando a filósofa Marilena Chaui, Bandeira de Mello aponta a
classe média como o principal aliado (peso) da imprensa tradicional do país.
“Mas esse peso se restringe à chamada classe média, sobretudo
a classe média alta, que é uma gente, eu diria, lamentável. A classe média alta
é invejosa”, diz. “Não se satisfaz em estar bem. Ela quer que os outros estejam
mal para se sentir superior.”
“O que dói para essa gente é que
um homem simples como Lula é recebido por reis e rainhas, homenageado por eles,
por primeiros ministros, chefes de estado, presidentes. Como os outros não o
são, eles ficam aborrecidos. Já pensou o sujeito que faz universidade, consegue
título de mestre, de livre-docente, de titular, e vê que para o mundo ele vale
muito menos do que um operário? É humilhante, não é? Eles se sentem humilhados
com a presença do Lula. O Lula é uma humilhação viva para as pessoas que se
acham grande coisa., acrescenta.
Ainda em sua avaliação ““Falta
para esse juiz, Sérgio Moro, o elementar para um magistrado, que é o equilíbrio”.
Está explicado I
Está explicado I
Nota Oficial do gabinete de Moro: “A pedido do Ministério Público Federal, este juiz autorizou a realização
de buscas e apreensões e condução coercitiva do ex-Presidente Luiz Inácio Lula
da Silva para prestar depoimento.”
Até porque não consta tal pedido na petição do MPF.
Está explicado II
Também explicado o vazamento costumeiro de tudo que ocorre na vara morina para atender ao patrão que lhe outorgou premiação.
Antecipando o Plantão.
Antecipando o Plantão.
Nem na ditadura
Marcelo Auler lembra que Juscelino Kubitschek foi
escamoteado pelos militares, constantemente chamado a depor nos vários
inquéritos instaurados contra ele por corrupção (nunca encontraram nada). NUNCA
foi conduzido coercitivamente, ainda que o regime fosse de exceção.
Cassaram JK, mas nunca o conduziram. Respeitavam
o ex-presidente. Lula, sem ser convidado foi levado/sequestrado.
Com FHC – no caso Cayman – foi ouvido em casa
pela Polícia Federal.
Sem explicação
Juristas vários se levantam contra a decisão do
STF de admitir a prisão de quem ainda não esgotou os recursos de que dispõe.
Que dirão da condução coercitiva de quem nem
mesmo foi intimado pela autoridade?
Resumo perfeito
"O que
parece é que esse juiz (Sergio Moro) queria era prender o Lula. Não teve a
ousadia de fazê-lo e saiu pela tangente", disse José Gregori a BBC Brasil.
Disse tudo o ex-ministro de FHC. Resumo perfeito.
Mistério(?)
O mistério – fácil de desvendar – está expresso na montagem abaixo, a partir da delação de Nestor Cerveró.
Vice de Davidson Magalhães, improducente.
Mistério(?)
O mistério – fácil de desvendar – está expresso na montagem abaixo, a partir da delação de Nestor Cerveró.
Entregou-se
Depois de tudo que aconteceu a partir desta
sexta-feira, véspera do domingo 13, só quem compactua e conluia com o juiz
Sérgio Moro e sua Lava Jato não perceberá que a dita operação entregou seu
objetivo: prender Lula e não punir corrupção.
Decididamente a Lava Jato ficou definitivamente
comprometida.
Escapou do controle
Nunca faltou competência ao tucanato paulista
para encobrir escândalos. Como o governo FHC. Este tinha a mídia (Globo
faturando os tubos) e um Procurador-Geral engavetador.
A merenda escapou do controle.
Resta descobrir o que aconteceu.
No tabuleiro
No enxadrismo mundial grandes partidas foram
jogadas, grandes mestres as disputaram. “A imortal” (Adolf Anderssen x Lionel Kieseritzki), a “Sempre viva” (Adolf Anderssen x Jean Dufresne) marcam a história do milenar xadrez. (Os amantes do xadrez sabem do que estamos falando).
Neste momento, no Brasil o tabuleiro político está
posto: Moro versus Lula.
Resta saber quem é mestre em seu campo.
Resta saber quem é mestre em seu campo.
Para não esquecer
Aquele Procurador dando entrevista depois do sequestro
de Lula é o mesmo denunciado por Amaury Ribeiro Jr. e Osmar de Freitas Jr. na
IstoÉ, em matéria simbolicamente titulada de “Raposa no galinheiro” e com o
subtítulo “Procurador Santos Lima, casado com ex-funcionária do Banestado,
tentou barrar quebra de sigilo de contas suspeitas”.
O dito cujo, ora vestal da
moralidade, simplesmente – integrante da comissão brasileira em busca de
documentos nos Estados Unidos – mereceu, depois do constrangimento causado à
delegação brasileira, a expressão de que “Foi insólito” por uma autoridade
estadunidense.
Pano rápido: quem presidiu a apuração do
escândalo do Banestado – que desviou mais de US$ 130 bilhões através de contas
CC-5 no governo FHC, que as autorizara através de seu Banco Central – foi o
mesmo Sérgio Moro.
Pergunte-se a ele se há algum preso. Naturalmente que não,
todos eram tucanos e pefelistas.
O fim como questão
Há quem veja nas ações do juiz Sérgio Moro o fim do mundo para o Brasil e sua economia.
Há quem veja nas ações do juiz Sérgio Moro o fim do mundo para o Brasil e sua economia.
Há – por outro lado – quem nelas veja o fim de
Moro.
Ah! OAB, quem fostes no passado
Enquanto tudo ocorria a OAB em silêncio.
Não queremos abstrair o contexto em que foi dito,
mas bastante coerente a fala do presidente nacional da OAB em relação à
condução coercitiva de Lula e seu discurso de posse. Basta lê-lo (aquele discurso).
“Não vejo qualquer problema em conduzir um
cidadão para depor, seja ele o ex-presidente Lula ou qualquer outro. A
Constituição Federal não exclui ninguém, somente aponta foro privilegiado para
determinadas autoridades”
O ilustre não vê, como enxergar?
O baiano Luís Viana foi outro que se negou a
exprimir uma opinião: “Posso
conversar depois e dar alguma posição, mas, agora, a OAB-BA ainda não tem uma
posição sobre a operação”.
Eleitor de Lamachia. Naturalmente.
Coercitividade
Em tempos da descoberta da condução coercitiva
como algo tão banal (para Moro) como beber água há quem se sinta desperto à
condução coercitiva para votar em Lula em 2018.
Não reconduzido
A não recondução de Márcio Fahel ao comando da
Procuradoria-Geral do Estado pode levantar especulações.
Incluindo a de que foi
combativo contra uma administração petista em Itabuna. Ou que tenha sido acordado para que tal acontecesse (a não-recondução).
Especulação
Não se trata aqui de análise política no seu sentido absoluto. Mas para demonstrar – especulativamente – que a sucessão municipal longe está de ser definida em nível de base do governo estadual.
Passa ao largo um fato, no instante de (re)arrumação
da base aliada em nível estadual: Marcelo Nilo deixa o PDT e assume o PSL
enquanto Félix Mendonça (PDT) negocia retorno à base.
Detalhe, em nível itabunense: o filho de Geraldo
Simões foi candidato pelo PSL, em 2014, o pai apoiando-o em detrimento de
companheiros.
Marcelo Nilo no PSL, por onde já anda Tiago
Feitosa... Falta saber para que partido da base migrará Capitão Azevedo (a incógnita que pode decidir a eleição).
Insistindo Davidson na candidatura poderá – quem
sabe? – surgir uma dobradinha Geraldo-Azevedo. Ou – outro quem sabe? – Azevedo-Tiago.
Um 'Samba do crioulo doido'... mas, samba.
Um 'Samba do crioulo doido'... mas, samba.
Vereança em aberto
O prefeito Claudevane Leite bateu o martelo:
Davidson Magalhães é o seu candidato. E todos devem acompanhá-lo ou deixar o
governo (recado para quem ocupa cargos de confiança com ambições ao Firmino Alves).
Para quem sonhava com a unção somente restará
tentar ser vice de alguém.
O que será difícil, depois que a cornucópia
municipal que o alimentava sair de seu controle.
Vice de Davidson Magalhães, improducente.
Vereança em aberto, a saída.
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