Quando a ideologização emburrece
Nos tempos de menino e do rádio como único instrumento disponível de conhecer o universo nos chamavam a atenção os programas humorísticos como o "PRK-30", já na rádio Nacional, o "Edifício Balança Mas Não Cai" (o quadro "O primo rico e o primo pobre" de Paulo Gracindo e Brandão Filho era-nos destaque), Alvarenga e Ranchinho. Posteriormente soubemos de quem os textos de muitos deles, Max Nunes e Haroldo Barbosa.
A sátira política e a crítica de costumes transformavam personalidades em personagens do riso. Por causa delas Alvarenga e Ranchinho andaram conhecendo as acomodações oferecidas pela repressão no Estado Novo.
Para um Brasil do texto do Barão de Itararé e de Millôr Fernandes, de Max Nunes e Haroldo Barbosa, e de humoristas como Costinha, Grande Otelo, Ronald Golias, Zé Trindade, Zé Vasconcelos, Oscarito, Chico Anísio, Jô Soares (o antigo), Brandão Filho, Luis Delfino, Ema e Walter D'Ávila, Colé, Paulo Silvino (dentre centenas) ficamos em estado de depressão com o que ora dispomos.
E quando algumas "expressões" confundem sátira política com propaganda política percebemos que a decadência advém daquela ideologização que emburrece.
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