Nada definido
A bolha da especulação se esvaiu, na esteira do controle "externo" de quem constituía o secretariado do futuro governo. O prefeito eleito contornou, sapientemente, a ansiedade dos que esperavam ser tutores da indicação. Como limitou crenças e poderes de quem os imaginava ter aos próprios vezos da realidade. Eliminou autoindicados e frustrou comandos de indicação.
No mais simples e imediato linguajar demonstra controle sobre o que pretende. Inibiu a pretensão catártica dos que esperavam solução pela simples indicação, como se os problemas de Itabuna pudessem ser solucionados, num passe de mágica, pura e simplesmente, com nomeação do primeiro escalão. Em outras palavras, o prefeito de Itabuna trouxe à reflexão a sociedade grapiúna para cumprir sua função mais imediata: reconhecer um gestor que comanda. E que, nessa condição, o tenha como o condutor dos destinos desta terra pelos anos que virão.
Na primeira fase eliminou vontades, sonhos, pretensões. Legou à tomada de consciência individual as precipitações. Afinal, nomes havia de "indicados" que já alardeavam a composição de seus subordinados imediatos. Aqueles, se prometeram cargos, terão que explicar sozinhos a impossibilidade de não consumar o domínio que alardeavam ter.
Os perfis que ora cobrem as indicações do secretariado, por si, não definiram a política de governo em sua dimensão "de estado municipal". Sob este particular aspecto Vane limitou-se a anunciar nomes e currículos, alguns - reconheça-se - de notoriedade.
Levantamos o questionamento porque não encontramos no anúncio proferido pessoalmente pelo prefeito eleito as linhas do programa de governo que pretende gestar a partir de 1º de janeiro.
Para este limitado escriba, aprendiz de analista de fatos, fica a certeza de que o prefeito Vane deixou para depois o que poderia anunciar logo. Ou, talvez, sabiamente, definirá sua política de governo quando anunciar segundo e terceiro escalões.
Que venha, então, o anúncio de ditos escalões! Afinal, pelo até agora anunciado, nada definido!
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