Secretariado
O prefeito eleito de Itabuna demonstrou, à luz do observador externo, grande competência na construção do seu secretariado. Não se diga que esta ponderação diz respeito ao nível da futura composição, porque será oficialmente conhecida somente amanhã. Mas na forma como conduziu o processo e soube afastar as "insinuações" e "buscas" de espaço de alguns pretendentes, muitos previamente se anunciando e outros trilhando o caminho do oferecer-se como solução.
Nossa análise, pelo instante, pode redundar em equívocos. Justamente porque alguma destas "insinuações" e "buscas" pode vir a materializar-se. Mas tal circunstância não exime a proeza do futuro prefeito de ter evitado uma avalanche de informações e contrainformações sobre os futuros assessores, fato ensaiado à sobeja quase no imediato do resultado eleitoral.
Reconheça-se, neste particular, constituir hercúleo esforço, praticamente vitorioso, haver deixado nos limites de seu círculo de decisão aquilo que tendia a se tornar especulação.
Outro aspecto a ser considerado diz respeito à composição propriamente dita do futuro governo. Sinalizou, de forma clara, o prefeito Vane, pretender efetivar uma equipe técnica, sem prejuízo do reconhecimento do universo político que alimentou sua candidatura.
Quando anunciar sua equipe veremos se conseguiu conciliar ambições particulares em conflito com interesses da coletividade.
A ansiedade alimentada pelo prefeito, ao conter as especulações, ou, simplesmente, limitá-las ao plano interno de sua equipe, tende a ser superada amanhã, quando anunciar formalmente a composição do futuro governo.
Caso esta postura possa constituir-se em referência ao perfil do prefeito eleito não deixa de ser um ponto positivo, tradutor de sua capacidade de articulação, controle e determinação, primeiro sinal a demonstrar quem comandará efetivamente o município a partir de 1º de janeiro.
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