domingo, 4 de outubro de 2015

Destaques

DE RODAPÉS E DE ACHADOS
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Porte de arma

Diante de mais uma tragédia – já tão comum – o presidente dos EUA Barack Obama voltou a reiterar mais restrições para o porte de armas. Lá – como querem aqui – o uso de armas de fogo não apresenta limites mais severos (como aqui). A compra de arma e munição torna a casa de um estadunidense em arsenal de guerra.

13 mortes e 20 feridos é o saldo inicial da última demonstração do quanto é temerário o uso indiscriminado de armas de fogo.

Por lá querem restringir. Aqui, ampliar.

Em vez de armas...
A política externa brasileira desde Lula busca maior aprofundamento nas relações com África e América Latina. Na América do Sul a intervenção diplomática junto a Colômbia pretendia influenciar em acordo de paz entre governo e Farc.

Os Estados Unidos alimentavam o belicismo com sua 'guerra às drogas', sem encontrar solução para o conflito.

Governo colombiano e Farc chegam a um acordo. O Brasil vence. Financiará máquinas agrícolas para os ex-guerrilheiros e sua pretensão à agricultura familiar. 

Em vez de armas a diplomacia brasileira faz o país vender máquinas agrícolas.

Nenhuma palavra na grande imprensa. Nem sobre o papel do Brasil, tampouco às exportações que dele advirão.

Leia mais aqui

Nos detalhes
Impressionam os detalhes. E, mais que isso, a perfeição. Para quem imaginar que se trata de tinta descobrirá que é sim... de esferográfica.

A ganense Enan Bosokah elevou a píncaros de arte o uso da esferográfica. Mais aqui

©enan-bosoka_capa


Para exibir a distribuição estadunidense
Da Agência Brasil"Há sete anos seguidos com crescimento de bilheteria, o mercado cinematográfico brasileiro vai recuperar a marca de 3 mil salas de exbição ainda no mês de outubro, afirmou hoje (1) o diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Manoel Rangel. Na década de 70, o país chegou a ter 3,5 mil salas.

'É uma franca recuperação', disse Rangel, que apontou diferenças entre o parque exibidor atual e o da época. 'As salas de cinema desse período eram pouco confortáveis, com cadeiras duras e uma série de fatores muito distantes do que é o parque exibidor atual. Hoje, temos 3 mil salas de cinema, e a maior parte é um parque exibidor moderno, do último tipo', comparou.

O crescimento do número de salas de cinema ganhou maior velocidade neste ano. Segundo a Ancine, entre 2003 e 2010, o Brasil ganhava, em média, 71 salas de cinema por ano. A média subiu para 153 entre 2011 e 2014, e, em 2015, já são 183 salas construídas até setembro."

O cinema é um dos instrumentos culturais de forte apelo hegemônico. Quem domina a sua distribuição exerce o controle sobre mentes e culturas.

O ministro Juca Ferreira sonha em desenvolver a produção nacional. O duro é enfrentar o controle da distribuição, monopolizada em favor da produção hollywoodiana.

O Brasil pode voltar a dispor de cerca de 3.000 salas para exibição.

Nas atuais circunstâncias para controle e distribuição resta indagar: exibir o quê e de quem?

Eis o TCU I
Pilatos até entrou no Credo pela expressão: Ecce homo (eis o homem). Valemo-nos dela para o TCU – órgão na moda, pela condição que a conjuntura oposicionista exige, que tem o ‘poder’ de retaliar o Executivo atual (já que não o fez em outras oportunidades semelhantes, com outros governantes) – para exibir quem o compõe, daí o ‘Eis o TCU’.

Não trilharemos por repetir o óbvio. Afinal, a composição da corte de contas tem origem praticamente no Congresso Nacional, que detém 60% das nomeações, como sinecura para políticos e ex-funcionários do legislativo federal, fenômeno que se repete em todos os demais (estaduais e os dois municipais).

Para melhor entendê-lo encaminhamos à leitura de um texto de “João da Silva” no Le Monde Diplomatique aqui.

O nome é fictício, a pedido do autor – registra o Diplo. Provavelmente, alguém de dentro do próprio TCU que não atura os desmandos ali praticados. 

Eis o TCU II
São requisitos para indicação ao TCU: ter mais de 35 anos; idoneidade moral e reputação ilibada; notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública; e mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados.

Sua função institucional é a de auxiliar as casas legislativas na fiscalização e controle de/das contas públicas. Sob esse jaez não se pode descurar a necessidade de corresponder aos requisitos acima elencados.

O TCU desta terra brasilis por dentro pode ser entendido a partir da formação técnica de muitos dos seus integrantes. Singular exemplo de técnico o do baiano Aroldo Cedraz.

Como é baiano não surpreende. Um outro, França Teixeira – que assumiu vaga no Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia – tinha como único mérito o de ter sido radialista tipo ‘boca de inferno’.  

Aroldo Cedraz, por sua vez, além de político do então PFL, é graduado em Veterinária.

Para ele o que contou não foi a Veterinária. E sim, o PFL.

Aerofobia
Eduardo Cunha – que há dias andou farolando por Israel – desistiu de uma viagem a Itália. 

Há quem o arrole – doravante – àqueles que temem viajar para o exterior, como Del Nero, Marinhos e quejandos.

Todos subitamente passaram a padecer de aerofobia... para rotas internacionais.

Pessimismo
Temos conversado com pessoas ligadas a algumas atividades econômicas. Da área de serviços à de vendas. Todos tem sido unânimes: a crise não é o que alardeiam. Temos dificuldades, mas não na dimensão propagada. Um deles – vendedor – afirma que não alimenta nenhuma prosa quando um comprador fala de ‘dificuldades’. E diz o porquê não alimentar: “Não me falta comprador. Pelo menos na minha área”.

Não nos vinculamos a qualquer postura otimista. Até por que – pelo caminhar da crise política (em muito artificializada para corresponder a interesses individuais) – o rescaldo ocorrerá na área econômico-produtiva.

Mas, vejamos o que disse Luiza Trajano à Folha de São Paulo: "Essa onda está afogando todo mundo. Dessa eu não quero participar.”

Dimensionando a verdadeira fonte da crise, afirma: “Sem a reforma política esse país não vai para frente. Esqueçam. Temos de pegar cinco assuntos, ir para Brasília, de ônibus, e daqui a um ano as mulheres do Brasil vão coordenar com eles [políticos] a reforma política."  

O Financial enxerga, aqui não
Para o Financial Times, principal jornal de finanças da Inglaterra, "A grande questão para os políticos brasileiros é se seria prejudicial remover um presidente eleito apenas por ser impopular, ou mesmo incompetente, sem ter comprovadamente cometido um crime", razão por que – adianta – um ato desta magnitude “poderia por em risco a reputação do Brasil de construir instituições firmes”.

Justamente diante de um fato, que por aqui a oposição não quer levar em consideração: "Com grande parte do Congresso envolvido no escândalo da Petrobras há também a questão se qualquer substituto teria a legitimidade de dar o remédio forte – como aumento de impostos para balancear o Orçamento – que a economia em dificuldade precisa".

O Financial enxerga; aqui faz-se vistas grossas. À exceção de Luíza Trajano e uns poucos.

Aumentam as reservas
Mais um campo (com uma coluna de 318 metros de óleo) descoberto pela Petrobras – no qual detém 66%  no pré-sal da Bacia de Campos.

É a Petrobras descobrindo e o senador José Serra querendo entregar/doar às petrolíferas estrangeiras. (A propósito, outros detalhes aqui)

Haja refinaria!
De Fernando Brito, no Tijolaço aqui:

agosto

Pela primeira vez, um campo do pré-sal ultrapassou o maior dos campos do pós-sal de Campos. Lula, na Bacia de Santos, assumiu a liderança da produção, com 368 mil barris de petróleo por dia, contra 363 mil de Roncador.

O pré-sal atingiu produção total de 1,064 mil barris de óleo e gás diários  – 859,8 mil de petróleo.   2,9% a mais que em julho e 64,5% de acréscimo em um ano, uma crescimento espetacular em se tratando de extração de petróleo.

Pelo andar carruagem  caso o entreguismo de José Serra e acólitos não vença  haja refinaria para processar tanto óleo!

Como contribuição ao debate
Encontramos comentário de Sérgio T. a texto publicado no JornalGGN  aqui, o qual trazemos como contribuição ao debate, uma vez que as virtudes do mercado são por ele postas comparativamente em relação ao que ocorreu (com a Vale e a aciaria nacional) e o que pretende José Serra (mentor da venda da Vale, segundo FHC) com a entrega do pré-sal:

"Tem uma coisa que as pessoas que não são do ramo das indústrias não têm condições de analisar...

Nos anos 90 o Brasil era o 5° maior produtor de aço do planeta e se candidatava para se tornar o 4° maior produtor. Haviam parcerias público privadas, uma boa parte da produção era de empresas estatais usando mão de obra extensiva de empresas privadas terceirizadas, misturadas a algumas aciarias privadas. O modelo funcionava relativamente bem, mantinha-nos com toda a cadeia de produção, gerava milhares de empregos no país.

Aí veio um senhor chamado FHC e disse que o Estado deveria ser retirado dessa cadeia, pois a iniciativa privada daria conta de tudo e entraríamos no paraíso neoliberal. Fez uma enorme doação aos "amigos" travestida de venda, e colocou fundos de pensão para cobrir o dinheiro onde o "eficiente" capital privado não quis colocar. Aí se foram todas as "ineficientes" estatais (na realidade algumas tinham dívidas de investimento, mas até onde sei, sob o ponto de vista operacional todas davam lucro)....

Consequência... Hoje nós somos o 9° produtor de aço do planeta* (dado de 2013, pois não duvido que caímos mais nesses 2 anos) e nos tornamos um dos maiores vendedores de minério de ferro, principalmente para a China. A maioria de nossas aciarias vivem desempregando, pagando mal, desrespeitando as leis trabalhistas e mudam de "controlador" numa velocidade estonteante. Sobrou um pequeno mastodonte, a Vale, maior exportadora de minério de ferro, explorando jazidas de outros metais preciosos, com poucas iniciativas de investir em alguma cadeia produtiva integrada no Brasil. Além do que, dela são toleradas várias "pedaladas fiscais". Também meio que se "esconde" no noticiário político megafônico do tipo que jornais televisivos noticiam, embora apareça nas páginas de economia (aquelas que o zé povinho não lê e não sabe), que as ações dela caíram tanto quanto as da Petrobras. Também não noticiam que perdeu-se toda uma cadeia produtiva integrada...

Tenho certeza de que é exatamente isto que os privatistas conseguirão, caso vendam a Petrobras à "eficiente" iniciativa privada. Nos tornaremos meros exportadores de petróleo, sem comando algum sobre preços, produção e mercado. E se perderá mais uma cadeia produtiva, os lucros irão para uns poucos acionistas, e mais uma vez milhares de empregos irão para o ralo no país...

As pessoas estão sendo bombardeadas diuturnamente pela grande mídia, com "informação" de ideologia plutocrata travestida de "ciência econômica" e não se dão conta disto. Reparem que basta qualquer governo tomar uma iniciativa onde se procure taxar os ricos, imediatamente aparece um monte "classe média" para criticar, pensando que vai acabar sendo prejudicado, como se as transferências de custos fossem automáticas, quando não são, basta ler um pouco alguns "alfarrábios" econômicos.**
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* O Brasil encerrou o ano passado com uma produção de 33,9 milhões de toneladas. A siderurgia brasileira patina nesse patamar há vários anos, operando com uma ociosidade acima de 30% sobre a capacidade instalada das usinas do país, que está acima de 48 milhões de toneladas ao ano. O mercado interno ainda sofre a competição do aço estrangeiro sem barreiras alfandegárias.

** Considero o livro de Thomas Piketty fundamental para entender os problemas (e estatísticas) sobre crescimento de capital, renda e da economia como um todo no longo prazo. Todos deveriam lê-lo..."

"O Petróleo É Nosso"
Este blog se filia às mobilizações da Frente Brasil Popular em defesa do pré-sal nos modos de partilha.

Naturalmente, em defesa da Petrobras.

Necessário repetir  em defesa do pré-sal  como a mais de seis décadas: O PETRÓLEO É NOSSO

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Requião toca na ferida... que Moro não quer ver
O senador Roberto Requião  em pronunciamento no Senado  lembrou daquela Operação Macuco, que desnudou-se no famoso (e esquecido) escândalo do Banestado, para ele o "escândalo-mãe de toda a corrupção no Brasil" em razão do volume financeiro envolvido.

Por mera coincidência por lá andaram o doleiro Alberto Yousseff (delatandosob premiação) e o juiz Sérgio Moro (apurando).

De moro não estranhamos o esquecimento. Afinal, no Banestado estão muitos tucanos gordos e, por outra coincidência, envolve também o período de FHC, privatizações etc. etc. 

Não à toa, Requião toca na feria... que a Sérgio Moro não interessa ver. A não ser que algum petista se faça presente.

Mas, nada melhor que ouvir o próprio Roberto Requião.



Conta na Suíça
 A família Eduardo Cunha pode ser o titular de uma conta na Suíça. De alguns milhões de dólares.

Bem que poderia – e deveria – fazer como Romário: diante da veiculação feita por uma revista semanal o ‘baixinho’ foi à Suíça e voltou provando que nada tinha por lá. E processou a revista e os autores da matéria.

Certamente Eduardo Cunha terá dificuldade de repetir Romário, por questão de uma doença chamada aerofobia internacional.

O silêncio da conveniência
Eduardo Cunha fez-se mudo à pergunta do deputado Chico Alencar se possuía contas na Suíça.

Também mudos FHC, Aécio Neves, Serra, Agripino e toda a oposição.

É o silêncio conivente por conveniência.

O que os torna iguais.

Para eles o que menos querem é acabar com a corrupção. O que querem mesmo – nada mais, nada menos – é o golpe. Para assegurar vitória depois de mais uma eleição perdida.

Caso alguém diga que isso é cinismo não há exagero na informação. Como acrescer cafajestismo, indecência, deboche, canalhismo... e muita covardia.

Virando pó
Poeira é algo que incomoda, está em movimento. O pó, não. Já está assentado.

Os movimentos ocorridos no palco da política dimensionam a possibilidade, concreta, de Eduardo Cunha estar se tornando pó.

Ainda é poeira.

Para que quem o tem na conta da peça para assegurar o impeachment de Dilma. Que põe em outra conta o pó assentado. 

Entre o pó e a vingança
Político sem futuro é risco para quem o apóia. Certamente estão descobrindo que as contas de Eduardo Cunha na Suíça não ajudarão futuras eleições. 

Mais que contas descobertas, contas bloqueadas. Se há bloqueio é porque há indícios fortes de irregularidades.

A bala de prata de Eduardo Cunha – até para sair dos holofotes do dinheiro no exterior – é partir para cima do impeachment.

Pode ser suicídio. Mas é a única saída.

Sem dispor da legitimidade moral que o ato exige tudo que fizer doravante será levado em conta do desespero ou vingança.

Aécio...
O Ministério Público estadual  anunciou investigação sobre as farras de viagem de Aécio Neves no avião do governo de Minas.

Particularmente não engolimos essa. Para nós – e esperamos estar errado – é jogada para ‘absolver’ Aécio, como absolvido o foi dos gastos com o aeroporto de Cláudio.

Caso fosse do PT estaria ferrado. Mas como tucano tornou-se inimputável pode continuar fazendo suas viagens

...as adequações
Das viagens utilizando o avião oficial do governo de Minas Gerais 70% o foram para o Rio de Janeiro, Búzios e Angra dos Reis. 

Para Aécio Neves, então governador, foram ‘viagens adequadas’.

Não sabemos se adequadas à cara de pau ou ao “padrão ético” que defende.

Impeachment
Nessa coisa de impeachment veio-nos à lembrança o que vimos de covardia de um dos subscritores da peça levada a termo por iniciativa de Hélio Bicudo: Miguel Reale Jr.

Não por estar com Bicudo na aventura atual, mas por sua covarde postura nos idos de 1981, no encerramento do I Congresso Nacional de Política Criminal e Penitenciária, em Brasília.

Estávamos presente. E testemunhamos o quão pusilânime e covarde (a redundância se impõe) o foi Reale Jr.

Aguarde o leitor o que escreveremos na próxima quarta-feira.


Bicadas
De bicada em bicada anda a política municipal. Quem sobreviver pode conseguir apoio do outro... bicador.

Geraldo e Davidson: bicadas à esquerda; Castro e Fernando/Azevedo: bicadas à direita.

Bicadas às pampas... no Centro Administrativo Firmino Alves.


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