DE RODAPÉS E DE ACHADOS
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Porte
de arma
Diante
de mais uma tragédia – já tão comum – o presidente dos EUA Barack Obama voltou a reiterar mais restrições para o porte de armas. Lá – como querem aqui – o uso de armas
de fogo não apresenta limites mais severos (como aqui). A compra de arma e
munição torna a casa de um estadunidense em arsenal de guerra.
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mortes e 20 feridos é o saldo inicial da última demonstração do quanto é temerário o
uso indiscriminado de armas de fogo.
Em vez de armas...
A política externa brasileira desde Lula busca maior aprofundamento nas relações com África e América Latina. Na América do Sul a intervenção diplomática junto a Colômbia pretendia influenciar em acordo de paz entre governo e Farc.
Os Estados Unidos alimentavam o belicismo com sua 'guerra às drogas', sem encontrar solução para o conflito.
Governo colombiano e Farc chegam a um acordo. O Brasil vence. Financiará máquinas agrícolas para os ex-guerrilheiros e sua pretensão à agricultura familiar.
Em vez de armas a diplomacia brasileira faz o país vender máquinas agrícolas.
Nenhuma palavra na grande imprensa. Nem sobre o papel do Brasil, tampouco às exportações que dele advirão.
Leia mais aqui
Nos detalhes
Impressionam
os detalhes. E, mais que isso, a perfeição. Para quem imaginar que se trata de
tinta descobrirá que é sim... de esferográfica.
Para
exibir a distribuição estadunidense
Da Agência Brasil – "Há
sete anos seguidos com crescimento de bilheteria, o mercado cinematográfico
brasileiro vai recuperar a marca de 3 mil salas de exbição ainda no mês de
outubro, afirmou hoje (1) o diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema
(Ancine), Manoel Rangel. Na década de 70, o país chegou a ter 3,5 mil salas.
'É
uma franca recuperação', disse Rangel, que apontou diferenças entre o
parque exibidor atual e o da época. 'As salas de cinema desse período eram
pouco confortáveis, com cadeiras duras e uma série de fatores muito distantes
do que é o parque exibidor atual. Hoje, temos 3 mil salas de cinema, e a maior
parte é um parque exibidor moderno, do último tipo', comparou.
O
crescimento do número de salas de cinema ganhou maior velocidade neste ano.
Segundo a Ancine, entre 2003 e 2010, o Brasil ganhava, em média, 71 salas de
cinema por ano. A média subiu para 153 entre 2011 e 2014, e, em 2015, já são
183 salas construídas até setembro."
O
cinema é um dos instrumentos culturais de forte apelo hegemônico. Quem domina a sua distribuição exerce o controle sobre mentes e culturas.
O
ministro Juca Ferreira sonha em desenvolver a produção nacional. O duro é
enfrentar o controle da distribuição, monopolizada em favor da produção hollywoodiana.
O
Brasil pode voltar a dispor de cerca de 3.000 salas para exibição.
Eis o TCU I
Pilatos
até entrou no Credo pela expressão: Ecce homo (eis o homem). Valemo-nos dela
para o TCU – órgão na moda, pela condição que a conjuntura oposicionista exige,
que tem o ‘poder’ de retaliar o Executivo atual (já que não o fez em outras
oportunidades semelhantes, com outros governantes) – para exibir quem o compõe, daí o ‘Eis o TCU’.
Não trilharemos por repetir o óbvio. Afinal, a
composição da corte de contas tem origem praticamente no Congresso Nacional,
que detém 60% das nomeações, como sinecura para políticos e ex-funcionários do
legislativo federal, fenômeno que se repete em todos os demais (estaduais e os
dois municipais).
Para melhor entendê-lo encaminhamos à leitura de
um texto de “João da Silva” no Le Monde Diplomatique aqui.
Eis
o TCU II
São
requisitos para indicação ao TCU: ter mais de 35
anos; idoneidade moral e reputação ilibada; notórios conhecimentos jurídicos,
contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública; e mais de dez
anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os
conhecimentos mencionados.
Sua função institucional é a de auxiliar as casas legislativas na fiscalização e controle de/das contas públicas. Sob esse jaez não se pode descurar a necessidade de corresponder aos requisitos acima elencados.
O
TCU desta terra brasilis por dentro pode ser entendido a partir da formação técnica de muitos dos
seus integrantes. Singular exemplo de técnico o do baiano Aroldo Cedraz.
Como
é baiano não surpreende. Um outro, França Teixeira – que assumiu vaga no
Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia – tinha como único
mérito o de ter sido radialista tipo ‘boca de inferno’.
Aroldo Cedraz, por sua vez, além de político do então PFL,
é graduado em Veterinária.
Aerofobia
Eduardo
Cunha – que há dias andou farolando por Israel – desistiu de uma viagem a
Itália.
Há quem o arrole – doravante – àqueles que temem viajar para o
exterior, como Del Nero, Marinhos e quejandos.
Pessimismo
Temos
conversado com pessoas ligadas a algumas atividades econômicas. Da área de
serviços à de vendas. Todos tem sido unânimes: a crise não é o que alardeiam.
Temos dificuldades, mas não na dimensão propagada. Um deles – vendedor – afirma
que não alimenta nenhuma prosa quando um comprador fala de ‘dificuldades’. E
diz o porquê não alimentar: “Não me falta comprador. Pelo menos na minha área”.
Não
nos vinculamos a qualquer postura otimista. Até por que – pelo caminhar da
crise política (em muito artificializada para corresponder a interesses
individuais) – o rescaldo ocorrerá na área econômico-produtiva.
Mas,
vejamos o que disse Luiza Trajano à Folha de São Paulo: "Essa onda está afogando todo mundo. Dessa eu não quero
participar.”
O Financial enxerga, aqui não
Para o Financial Times, principal jornal de finanças da Inglaterra, "A
grande questão para os políticos brasileiros é se seria prejudicial remover um
presidente eleito apenas por ser impopular, ou mesmo incompetente, sem ter
comprovadamente cometido um crime", razão por que – adianta – um ato
desta magnitude “poderia por em risco a reputação do Brasil de construir
instituições firmes”.
Justamente diante de um fato, que por aqui a
oposição não quer levar em consideração: "Com grande parte do Congresso
envolvido no escândalo da Petrobras há também a questão se qualquer substituto
teria a legitimidade de dar o remédio forte – como aumento de impostos para
balancear o Orçamento – que a economia em dificuldade precisa".
Aumentam
as reservas
Mais
um campo (com uma coluna de 318 metros de óleo) descoberto pela Petrobras – no qual detém 66% – no pré-sal da Bacia de Campos.
É a Petrobras descobrindo e o senador José Serra querendo entregar/doar às petrolíferas estrangeiras. (A propósito, outros detalhes aqui)
Haja
refinaria!
De
Fernando Brito, no Tijolaço aqui:
“Pela
primeira vez, um campo do pré-sal ultrapassou o maior dos campos do pós-sal de
Campos. Lula, na Bacia de Santos, assumiu a liderança da produção, com 368 mil
barris de petróleo por dia, contra 363 mil de Roncador.
O
pré-sal atingiu produção total de 1,064 mil barris de óleo e gás diários
– 859,8 mil de petróleo. 2,9% a mais que em julho e 64,5% de
acréscimo em um ano, uma crescimento espetacular em se tratando de extração de
petróleo.”Pelo andar carruagem – caso o entreguismo de José Serra e acólitos não vença – haja refinaria para processar tanto óleo!
Como
contribuição ao debate
Encontramos
comentário de Sérgio T. a texto publicado no JornalGGN aqui, o qual trazemos como contribuição ao
debate, uma vez que as virtudes do mercado são por ele postas comparativamente em relação
ao que ocorreu (com a Vale e a aciaria nacional) e o que pretende José Serra
(mentor da venda da Vale, segundo FHC) com a entrega do pré-sal:
"Tem uma coisa que as pessoas que não são do ramo das indústrias
não têm condições de analisar...
Nos anos 90 o Brasil era o 5° maior produtor de aço do planeta e se candidatava para se tornar o 4° maior produtor. Haviam parcerias público privadas, uma boa parte da produção era de empresas estatais usando mão de obra extensiva de empresas privadas terceirizadas, misturadas a algumas aciarias privadas. O modelo funcionava relativamente bem, mantinha-nos com toda a cadeia de produção, gerava milhares de empregos no país.
Aí veio um senhor
chamado FHC e disse que o Estado deveria ser retirado dessa cadeia, pois a
iniciativa privada daria conta de tudo e entraríamos no paraíso neoliberal. Fez
uma enorme doação aos "amigos" travestida de venda, e colocou fundos
de pensão para cobrir o dinheiro onde o "eficiente" capital privado
não quis colocar. Aí se foram todas as "ineficientes" estatais (na
realidade algumas tinham dívidas de investimento, mas até onde sei, sob o ponto
de vista operacional todas davam lucro)....
Consequência... Hoje
nós somos o 9° produtor de aço do planeta* (dado de 2013, pois não duvido que
caímos mais nesses 2 anos) e nos tornamos um dos maiores vendedores de minério
de ferro, principalmente para a China. A maioria de nossas aciarias vivem
desempregando, pagando mal, desrespeitando as leis trabalhistas e mudam de
"controlador" numa velocidade estonteante. Sobrou um pequeno
mastodonte, a Vale, maior exportadora de minério de ferro, explorando jazidas
de outros metais preciosos, com poucas iniciativas de investir em alguma cadeia
produtiva integrada no Brasil. Além do que, dela são toleradas várias
"pedaladas fiscais". Também meio que se "esconde" no
noticiário político megafônico do tipo que jornais televisivos noticiam, embora
apareça nas páginas de economia (aquelas que o zé povinho não lê e não sabe),
que as ações dela caíram tanto quanto as da Petrobras. Também não noticiam que
perdeu-se toda uma cadeia produtiva integrada...
Tenho certeza de que é
exatamente isto que os privatistas conseguirão, caso vendam a Petrobras à
"eficiente" iniciativa privada. Nos tornaremos meros exportadores de
petróleo, sem comando algum sobre preços, produção e mercado. E se perderá mais
uma cadeia produtiva, os lucros irão para uns poucos acionistas, e mais uma vez
milhares de empregos irão para o ralo no país...
As pessoas estão sendo
bombardeadas diuturnamente pela grande mídia, com "informação" de
ideologia plutocrata travestida de "ciência econômica" e não se dão
conta disto. Reparem que basta qualquer governo tomar uma iniciativa onde se procure
taxar os ricos, imediatamente aparece um monte "classe média" para
criticar, pensando que vai acabar sendo prejudicado, como se as transferências
de custos fossem automáticas, quando não são, basta ler um pouco alguns
"alfarrábios" econômicos.**
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* O Brasil encerrou o
ano passado com uma produção de 33,9 milhões de toneladas. A siderurgia
brasileira patina nesse patamar há vários anos, operando com uma ociosidade
acima de 30% sobre a capacidade instalada das usinas do país, que está acima de
48 milhões de toneladas ao ano. O mercado interno ainda sofre a competição do
aço estrangeiro sem barreiras alfandegárias.
** Considero o livro
de Thomas Piketty fundamental para entender os problemas (e estatísticas) sobre
crescimento de capital, renda e da economia como um todo no longo prazo. Todos
deveriam lê-lo..."
"O Petróleo É Nosso"
Este blog se filia às mobilizações da Frente Brasil Popular em defesa do pré-sal nos modos de partilha.
Naturalmente, em defesa da Petrobras.
Necessário repetir – em defesa do pré-sal – como a mais de seis décadas: O PETRÓLEO É NOSSO
Requião
toca na ferida... que Moro não quer ver
O senador Roberto Requião – em pronunciamento no Senado – lembrou daquela Operação Macuco, que desnudou-se no famoso (e esquecido) escândalo do Banestado, para ele o "escândalo-mãe de toda a corrupção no Brasil" em razão do volume financeiro envolvido.
Por mera coincidência por lá andaram o doleiro Alberto Yousseff (delatandosob premiação) e o juiz Sérgio Moro (apurando).
De moro não estranhamos o esquecimento. Afinal, no Banestado estão muitos tucanos gordos e, por outra coincidência, envolve também o período de FHC, privatizações etc. etc.
Não à toa, Requião toca na feria... que a Sérgio Moro não interessa ver. A não ser que algum petista se faça presente.
Mas, nada melhor que ouvir o próprio Roberto Requião.
Conta
na Suíça
A família Eduardo
Cunha pode ser o titular de uma conta na Suíça. De alguns milhões de dólares.
Bem
que poderia – e deveria – fazer como Romário: diante da veiculação feita por
uma revista semanal o ‘baixinho’ foi à Suíça e voltou provando que nada tinha
por lá. E processou a revista e os autores da matéria.
O
silêncio da conveniência
Eduardo
Cunha fez-se mudo à pergunta do deputado Chico Alencar se possuía contas na
Suíça.
Também
mudos FHC, Aécio Neves, Serra, Agripino e toda a oposição.
É
o silêncio conivente por conveniência.
O
que os torna iguais.
Para
eles o que menos querem é acabar com a corrupção. O que querem mesmo – nada mais,
nada menos – é o golpe. Para assegurar vitória depois de mais uma eleição
perdida.
Caso
alguém diga que isso é cinismo não há exagero na informação. Como acrescer cafajestismo,
indecência, deboche, canalhismo... e muita covardia.
Virando
pó
Poeira
é algo que incomoda, está em movimento. O pó, não. Já está assentado.
Os
movimentos ocorridos no palco da política dimensionam a possibilidade,
concreta, de Eduardo Cunha estar se tornando pó.
Ainda
é poeira.
Para
que quem o tem na conta da peça para assegurar o impeachment de Dilma. Que põe em outra conta o pó assentado.
Entre o pó e a vingança
Político
sem futuro é risco para quem o apóia. Certamente estão descobrindo que as
contas de Eduardo Cunha na Suíça não ajudarão futuras eleições.
Mais que contas
descobertas, contas bloqueadas. Se há bloqueio é porque há indícios fortes de irregularidades.
A
bala de prata de Eduardo Cunha – até para sair dos holofotes do dinheiro no exterior
– é partir para cima do impeachment.
Pode
ser suicídio. Mas é a única saída.
Sem
dispor da legitimidade moral que o ato exige tudo que fizer doravante será
levado em conta do desespero ou vingança.
Aécio...
O
Ministério Público estadual anunciou investigação sobre as farras de viagem de Aécio
Neves no avião do governo de Minas.
Particularmente
não engolimos essa. Para nós – e esperamos estar errado – é jogada para
‘absolver’ Aécio, como absolvido o foi dos gastos com o aeroporto de Cláudio.
Caso
fosse do PT estaria ferrado. Mas como tucano tornou-se inimputável pode
continuar fazendo suas viagens
...as adequações
Das
viagens utilizando o avião oficial do governo de Minas Gerais 70% o foram para
o Rio de Janeiro, Búzios e Angra dos Reis.
Para Aécio Neves, então governador,
foram ‘viagens adequadas’.
Impeachment
Nessa coisa de impeachment veio-nos à lembrança o que vimos de covardia de um dos subscritores da peça levada a termo por iniciativa de Hélio Bicudo: Miguel Reale Jr.
Não por estar com Bicudo na aventura atual, mas por sua covarde postura nos idos de 1981, no encerramento do I Congresso Nacional de Política Criminal e Penitenciária, em Brasília.
Estávamos presente. E testemunhamos o quão pusilânime e covarde (a redundância se impõe) o foi Reale Jr.
Aguarde o leitor o que escreveremos na próxima quarta-feira.
Bicadas
De
bicada em bicada anda a política municipal. Quem sobreviver pode conseguir
apoio do outro... bicador.
Bicadas às pampas... no Centro Administrativo Firmino Alves.
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