DE RODAPÉS E DE ACHADOS
___________________
Supremacia
Em
nível de guerra convencional – afirmam especialistas – a Rússia superou os Estados Unidos. Desenvolveu um sistema de interceptação de comunicações – o Khibiny (L175V) – que
deixou atônita a OTAN e, naturalmente, o próprio Tio Sam. O que pode ser confirmado desde o incidente do US Donald Cook, em 2014, e na recente intervenção na Síria. É o que registra Thierry Meyssan no Red Voltaire, ora disponibilizado por Ricardo Cavalcanti-Schiel em tradução
Simplesmente o
sistema de interferência russo deixou surdos e cegos as forças e aparatos
bélicos da OTAN, o que inclui também os radares (todos cegos).
Não
bastasse, os sistema russo de mísseis de cruzeiro 3M-14T (tipo os Tomawauk americanos) teve acerto de 100%, voando entre 50 e 100 metros do solo para
atingir alvos a 1.500 quilômetros de distância, que invalida o famoso escudo da
OTAN que deu origem à expressão ‘guerra nas estrelas’.
No atual estágio os EUA estão com as calças na mão, em caso de uma guerra convencional.
Ótima
oportunidade para as partes sentarem à mesa em defesa da paz mundial, incluindo
no cardápio a reformulação do Conselho de Segurança da ONU e uma nova
Conferência de Yalta para a redivisão geopolítica do planeta.
Nossa
utopia é que tal se desse desenvolvendo um grande pacto em que a cooperação
internacional fosse a razão de uma nova geopolítica. Tendo como ponto central reduzir as desigualdades e extinguir a fome no planeta.
Paranoia
ou conspiração, que seja!
Mas
não custa duvidar, mesmo que não se venha a admitir ou a acreditar. O que Paulo
Henrique Amorim (clique) especula em texto se fosse dito nos imediatos antecedentes do
pretérito 1964 seria descrito como fantasia. Mas – detalhe – aconteceu. E
ninguém brinque com interesses de potências no que diz respeito à geopolítica.
E petróleo é o móvel da geopolítica contemporânea.
Destacamos
do que está dito por PHA:
“A Presidenta Dilma Rousseff recebeu uma análise minuciosa, que
associa os americanos à fúria vingadora do Moro.
Os agentes da inteligência russa que fizeram a análise encontraram
o portador adequado para depositá-la na mesa presidencial.
A Lava Jato tem o objetivo central de prender o Lula.
...
Bumlai se tornou o “batom na cueca” do Lula – segundo os moristas pendurados no PiG.
Mas, a Lava Jato, segundo a análise russa, vai além da cana do Lula.
A Lava Jato é um instrumento para desmontar a Petrobras.
E destruir o campo político que mantém a Petrobras sob o controle do povo brasileiro!”
A Lava Jato tem o objetivo central de prender o Lula.
...
Bumlai se tornou o “batom na cueca” do Lula – segundo os moristas pendurados no PiG.
Mas, a Lava Jato, segundo a análise russa, vai além da cana do Lula.
A Lava Jato é um instrumento para desmontar a Petrobras.
E destruir o campo político que mantém a Petrobras sob o controle do povo brasileiro!”
Também disponibilizamos a entrevista de André Araújo ao Desenvolvimentistas
Quando a Lava Jato atenta contra o Estado brasileiro e sua soberania
Neste
espaço temos afirmado – como o fazemos em conversas com amigos – que o que está
por trás de toda a crise política ora gerada no Brasil é o pré-sal. O controle do
pré-sal. Envolver a Petrobras por falcatrua deste ou daquele que a vem
mutilando desde tempos idos (de Sigeaki Ueki, passando por Joel Rennó...) não justifica destruí-la.
Mais
que isso: a destruição passa, necessariamente, por quem a defenda ou políticas
que a fortaleçam.
São
trilhões de dólares em jogo. O que valem as reservas do pré-sal.
O
século XXI no Brasil não se distingue dos anos 50 e 60 do século XX quando em disputa áreas para corresponder aos interesses de potências hegemônicas.
Nem o
método difere.
Perigo
à vista
Declarações
de militares enquanto no exercício da função deveriam limitar-se à sua dimensão
institucional. Nunca política. Quando militar envereda por emitir opinião
política está a serviço de alguma coisa nada producente às instituições
democráticas.
É
que para ver seus interesses pessoais e corporativos atendidos não falta na
chamada sociedade civil quem legitime futuras noites escuras e tenebrosas.
Lição
chilena
Caso
a televisão brasileira seguisse o exemplo é bem possível que os casos de pedido
de volta da ditadura se reduzissem.Por lá a TV chilena exuma suas imagens e expõe mentiras e farsas pró-Pinochet como divulga Mário Magalhães em seu blog
Memória
Ontem completaram-se 40 anos da prisão e hoje do assassinato de Vladimir Herzog nos porões do DOI-CODI paulista.
Ele
sabia I
FHC confessa que sabia. Afinal, não há como negar a confissão por ele posta em
livro de que tinha conhecimento de que a Petrobras era um ‘escândalo’ em seu
tempo (dele). E, o mais grave: de que não tomou qualquer iniciativa para coibi-la.
Não
nos esqueçamos que o guru do entreguismo nacional não se bastou em entregar a
Petrobras; dispensou-a da licitação obrigatória através do Decreto 2745,
abrindo caminho para o aprofundamento dos ‘escândalos’.
Para
quem arrotava que as apurações em torno da Petrobras – no viés da Lava Jato –
deveriam alcançar os “altos hierarcas”, para insinuar responsabilidades de Lula
e Dilma a confissão deixa claro a seguinte interpretação: considerando que
praticou o crime de prevaricação (não fora o de responsabilidade) ao insinuar a
responsabilidade alheia fê-lo (obrigado, Jânio) porque sabia que em relação a
si mesmo estava prescrito o crime.
Ele
sabia II
Não
faltará quem o veja – ele sempre encontra quem o explique até no inexplicável –
como quem presta serviço à pátria. O (des)serviço posto em sua confissão de que a Petrobras era um “escândalo” em seu
tempo – já no primeiro mandato – não passa
de exercício de uma ‘verdade’ que não podia esconder. Ou falava ou ficava como
omisso.
O
fato de que Joel Rennó era um escroque está às claras na denúncia de Paulo
Francis – que o levou ao enfarte assim que processado nos EUA e não tinha como comprovar
o que dissera (em 2005 Rennó foi condenado a devolver quantia superior a 47 milhões) – e escancarada está não só nos arquivos do programa Manhattan Connection (idos de
outubro/novembro de 1996) como no documentário “Caro Francis” (2010), de Nelson
Hoineff (disponível no Youtube), que trata sobre sua vida onde – sem pejo algum – há depoimentos de José Serra e do próprio FHC reconhecendo ciência dos fatos denunciados
por Francis, posto aqui em um de seus trechos.
Outra
de Haddad
Redução de impostos em defesa da sustentabilidade urbana. Isso o que pretende o prefeito Fernando Haddad, de São Paulo, ao sinalizar com a redução do IPTU para quem dê destino de sustentabilidade a prédios e moradias no espaço paulistano.
Para tanto, basta haver certificação da existência de reúso de água, uso de energia solar, tratamento de resíduos sólidos e cobertura de teto com vegetação.
O prefeito de São Paulo que anda pagando por inovar (agora mesmo o Ministério Público paulista está multando a Prefeitura porque está utilizando - aos domingos - a Avenida Paulista para gente e não só para carros) corre o risco de se ver obstado por querer mais vida sadia para a população.
Entre a seca de Geraldo Alckmin e as inovações de Haddad há quem prefira – sem perguntar ao povo paulistano o que acha – o primeiro.
A razão reside no fato de que Haddad é do PT e Alckmin, do 'inatacável' PSDB.
Cenário
decepcionante
Não
se trata do Brasil especificamente, como gostariam muitos ‘brasileiros’ de
nascimento e estadunidenses de coração e alma.
Não está lá
O
ministro Teori Zavaski negou acesso ao filho de Lula à delação premiada de Fernando
Baiano fundado num fato elementar: Lulinha não era citado na delação.
O
advogado do filho de Lula conseguiu – naturalmente onde deveria conseguir,
porque por lá vazamento é da natureza escorpiônica dos processos que ali
tramitam (desde que a delação cite petista) – o inteiro teor da referida
delação.
Em nenhuma vez fora citado.
Mas
o Globo escancarou em manchete que fora ele beneficiado de esquema, segundo a (não) afirmara Baiano em delação.
Só
resta processar o Globo e a Globo. Depois do estrago na imagem, fruto da
repercussão das matérias.
Condenado
e exonerado
Coisas
desta terra brasilis; a exoneração do
delegado Protógenes Queiroz em decorrência de sua condenação, pelo STF, mostra
a quantas monta a interpretação pretória neste país e – de singular
consideração – a rapidez que o judiciário oferta ao processo quando o quer.
A
espetacularização foi a razão da condenação judicial contra Protógenes, tido
como responsável por vazar para a Globo a imediata prisão de Celso Pitta, já
que não foi acolhida a outra acusação: de que manipulara a prova processual.
Já
as espetacularizações e vazamentos na atualidade... ficam para outro instante.
Não vêem ao caso.
Contra Dirceu, um
Janot, contra Aécio, outro
Posicionamento assumido pela PGR/Rodrigo Janot contra Dirceu
nos leva a estranhar porque, diante de provas contundentes, contra Aécio Neves
Sua Excelência retarda ou recusa promover pedido de investigação ou denúncia contra o senador mineiro.
Movimentações
Ainda
que não confirmadas (estariam contidas em denúncia de Janot ao STF, baseadas em documentos da Suíça), as
movimentações de Eduardo Cunha em contas no exterior podem superar os 400
milhões de reais.
Blasfêmia
Provoca
o jornalista Juan Arias, do espanhol El Pais, considerando as posses de Eduardo
Cunha, que envolvem oito veículos de luxo, incluindo um Porsche Cayenne de meio
milhão de reais:
"Lendo a notícia sobre o Porsche Cayenne
registrado em nome da empresa Jesus.com, propriedade da família Cunha, não pude
deixar de me perguntar o que pensam essas centenas de milhares de evangélicos
sinceros, que, fiéis a seus princípios religiosos, sacrificam, cada mês, de boa
fé, uma parte de seus pequenos recursos para alimentar uma Igreja cujos membros
mais responsáveis se revelam milionários e, o que é pior, acusados de
enriquecimento ilícito."
Isso mesmo, caro leitor: o que causa espécie
ao jornalista, de natureza blasfematória: dito Porsche em nome de uma de 'suas' empresas, a Jesus.com
Barrigômetro
Em
jornalismo “barriga” é o noticiamento que não corresponde aos fatos e à
verdade. Coisa muito comum em nível de Veja, Época, Folha de São Paulo, O
Globo, JN, Estadão etc. nesta contemporaneidade.
...
Quosque
tandem
A
indagação levada a termo em Latim metaforiza o surrealismo que ‘legitima’ a
aquisição pela TV Globo da TV Excelsior de São Paulo.
O
fedor está prestes a aparecer, Como o afirma Carlos Newton em Justiça pode devolver TV Globo/SP a seus verdadeiros donos
Té quando? Depende do Judiciário.
Verdade
Ainda
que vejamos senões aqui e ali em falas de Ciro Gomes está mais certo que errado.
Em uma delas
certíssimo: “A covardia do PT..." em enfrentar o instante em que vive, como posto em entrevista a Hélder Lima, na RBA aqui.
Complexo
Complexo
Nosso
complexo de vira-lata – expressão cunhada por Nelson Rodrigues em relação ao
humor do futebol brasileiro de então, resquício do maracanaço de 1950 (bem
menos que aquele 7 x 1 de 2014) – alastrou-se em todas as vertentes.
Na
arquitetura esquecemos a universalidade de Oscar Niemayer para transformar rincões
do Rio de Janeiro em cópias urbano-estadunidenses.
Qualquer porcaria lá de fora
– se dos EUA – é venerada e reproduzida.
No
que diz respeito à corrupção, no entanto, somos postos (em outra vertente do
viralatismo) como primeirões. Afinal, faz parte do complexo sermos bandidos,
porque menores ficamos. Há quem até aceite ser ‘bandida brasileira’ em filme
estadunidense, como a Bundchen.
Podridão
Para
demonstrar quão espúria é a atuação do ministro Gilmar Mendes – que nada fica a
dever a qualquer escroque em qualquer parte do mundo – não custa relembrar que
Sua Excelência determinou, agora em 2014, o arquivamento de denúncias contra o
deputado Eduardo Cunha que o envolviam na prática de crimes financeiros. AQUI
É
este Gilmar, na condição de ministro na alta corte judiciária do país, que se
senta com o próprio Eduardo Cunha em café da manhã para planejamento do impeachment
de um presidente da República.
Mais
podridão
Também
não custa relembrar que ditas acusações contra Eduardo Cunha remontam a 2006,
quando então encaminhadas ao STF pelo Procurador-Geral da República Antônio
Fernando de Souza, mantida nos escaninhos da Corte pelo ministro Joaquim
Barbosa.
Detalhe:
o ex-Procurador-Geral da República Antônio Fernando de Souza é hoje o advogado de Eduardo Cunha.
“Recorta
e cola”
Qualquer
aprendiz de informática sabe que “recorta e cola” nada mais é que ctrl-c x
ctrl-v. Ou seja, aproveitar algo pré-existente para texto recente/novo. Nenhum
professor tolera o ctrl-c/ctrl-v.
A
declaração de Reale Jr. de que o novo pedido de impeachment contra a presidente
Dilma Rousseff muito se sustenta no famoso ctrl-c/ctrl-c bem dimensiona o que
representa em si em termos de seriedade e fundamentos: a mesma coisa/nada. E
acresce um dos ícones do golpismo, o Reale: “com grande esforço intelectual”.
Na
prática, alimento para o furdunço que alguns ofertam às instituições
democráticas. Em um país sério não
mereceria um rodapé de página; aqui gera manchetes.
“Vamos ver até onde vai o Supremo. Não é de confiança”, afirma-o, em comentário no Conversa Afiada, Geraldo Simões.
“Vamos ver até onde vai o Supremo. Não é de confiança”, afirma-o, em comentário no Conversa Afiada, Geraldo Simões.
Não sabemos se o grapiúna ou um homônimo.
Antônio
Lopes
Fingindo
como poeta, que finge que é dor a dor que deveras sente (obrigado Pessoa) o
macuquense Antônio Lopes nos envia sutil recado.
Na
próxima segunda 26, na Feira de Livros da UESC, às 18h30min, primeiro
lançamento de seu “Com o Mar Entre os Dedos”, saindo do forno.
Que
todos busquem a prosa leve de Lopes, ainda que outros que na Feira estejam
lançando obras se sintam em ‘desvantagem’ com tanto ‘privilégio’.
Nenhum comentário:
Postar um comentário