domingo, 21 de setembro de 2014

Destaques









Resultado de imagem para Abutres e urubus
Próxima fase evolutiva

DE RODAPÉS E DE ACHADOS
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Derrota mais ampla

Registramos neste DE RODAPÉS... (“Dívida soberana”), na semana passada, o posicionamento tomado pela ONU de buscar estabelecer “marco jurídico para cobrir o vazio existente, que permitiu interpretações como a da Corte novaiorquina” em casos de dívida nacional negociada diretamente com credores, onde o clássico caso, recente, é a decisão de um juiz dos Estados Unidos pondo cereja no bolo alheio para beneficiar quem não aceitou negociar.

A ONU entendeu que a validade da renegociação da dívida deve ser validada se aprovada por dois terços dos credores.

É o caso da Argentina, que tivera seus recursos disponibilizados para pagamento aos credores bloqueados a pedido dos denominados “fundos abutres”, minoria absoluta beneficada pela visão político-financeira do juiz da Corte de Nova York.

De imediato o governo argentino alterou a competência e o foro que envolve tais negociações: antes vinculado obrigatoriamente ao território dos EUA. 

Para tanto, seu parlamento aprovou uma lei que retira dos Estados Unidos a jurisdição para avaliar questões envolvendo a negociação e o transfere para a França ou mesmo Bueno Aires.

Mais importante que a vitória da Argentina contra a especulação financeira  respaldada pela ONU – é o visível enfraquecimento dos Estados Unidos como dono das regras e ditador do mercado financeiro internacional.

Na esteira, o abalo ao “seu prestígio como sede de negócios internacionais” – como observa a sessão A Semana da Carta Capital nº 818 (Um drible nos abutres).

Nesse particular, o “Big Stick” se sentirá mais incomodado que quando derrotado nas guerras que promove. E caminha para a evolução de águia para urubu.

Difícil de explicar
Não repercutiu bem a iniciativa de Aécio Neves de processar 66 blogueiros. O que dizer de Marina Silva buscar – e haver conseguido inicialmente – junto a Justiça Eleitoral a suspensão de atividades do sítio Muda Mais?

Se tomamos como paradigma de motivos a vertente de ataques injustos contra Marina – e admitamos que até existam – o que dizer do que faz a mídia em relação a Dilma Rousseff, ao Governo e ao PT?

Cheira-nos mais a temor em relação ao debate. Como dizia Tormeza: quem não deve não teme. 

Orgasmo cívico
A grande mídia – entendida esta como aquela que se vê substituindo a oposição política ao Governo porque se encontra “fragilizada” como o declarou a Judith da Folha de São Paulo em 2010 – estertorou em “orgasmo cívico’ quando errôneos dados do IBGE sobre o PNAD foram divulgados demonstrando recuo no índice de GINI equivalente a “0,001”, quando – na realidade – houvera avançado mais uma vez. 

Vibrou, enquanto durou a alegria, com a felicidade de pinto no lixo. Corrigida a errônea informação, a verdade é esquecida num canto de página ou de tela.


A insistência em não reconhecer que a qualidade de vida dos Brasileiros melhorou desde 2002 beira o nonsense. Residências novas aos milhões (seja-o pelo Minha Casa, Minha Vida, seja-o por iniciativa privada – empresarial ou individual), carros novos, construção de shoppings centers, mais gente viajando (alguns não mais de ônibus, mas de avião, ou de carro nos feriadões), crédito para quem nunca o teve, número superior a 95% de casas com televisão e geladeira, mais de 50% com máquina de lavar.

No entanto, só crise é anunciada. E exaltada quando órgãos que deveriam informar a população – pelo respeito construído no passado – alimentam o noticiário pessimista.

Estranhamos apenas que a responsável do IBGE esteja ainda no cargo.

Por outro lado, nos permitimos concluir que quando essa gente alcança tais 'orgasmos cívicos' está trabalhando contra o Brasil e o povo brasileiro.

Joaquim Barbosa, mais uma
Afastado de suas funções por escolha pessoal  quando jogou fora quase 11 anos de sinecura no STF – essa 'mais uma' do ex-ministro Joaquim Barbosa não diz respeito a qualquer de suas teratológicas proezas. Mas, outra derrota. Desta vez em processo através do qual tentara contra Noblat, que o criticara.

Para o então 'deus' Joaquim Barbosa, detentor de duas das virtudes teologais  a onisciência e a onipotência  tal proceder partido de vil mortal remeteria para uma sanção a teor da antiga legislação hebraica, quando ilícito terreno era confundido com violação à divindade, crime com pecado. 

Melhor dispensar opinião deste vil mortal tirado a escriba e veicular o que publicado no Conversa Afiada, com charge de Bessinha e texto do Globo;
Do Globo:

RIO — O juiz federal Elder Fernandes Luciano rejeitou, no último dia 11, denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o jornalista e colunista Ricardo Noblat, do GLOBO. O MPF, que recebeu representação criminal de Joaquim Barbosa, então ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), pleiteava a condenação pelos crimes de injúria, difamação e racismo. A representação e a denúncia foram propostas por conta da coluna “Joaquim Barbosa: Fora do Eixo”, publicada em 19 de agosto de 2013, no impresso e na internet. A decisão é de 1ª instância, mas o MPF não vai recorrer.

— O juiz enfrenta ponto a ponto as imputações e afasta cada uma delas, de forma meticulosa e prudente, demonstrando que o artigo manifesta opiniões a respeito do comportamento que não se qualificam como criminosas — diz o jurista Gustavo Binenbojm: — Houve crítica ácida, controvertida, mas o fato de ser ácida e controversa não a torna por si só criminosa. (Com essa decisão), o juiz garante à imprensa o direito de criticar os detentores do poder.


Até que enfim!
Janot barrara propaganda de Dilma em que fazia referência/comparação entre os períodos de Lula/Dilma e o de FHC no quesito renda. O TSE liberou.

Agora o próprio Janot entendeu, em parecer, que Aécio Neves extrapolou os limites ao vincular Marina e Dilma ao ‘mensalão’ petista pela circunstância de terem sido ministras de Lula no período.

A propaganda, veiculada nos dias 13, 14 e 15 de setembro, vai ensejar direito de resposta da petista no programa de eleitoral de Aécio.

A propósito, novamente no programa eleitoral de ontem 20 a propaganda de Aécio voltou à tecla.


Lugar comum
Contradições entre o discurso e a realidade jogaram Marina do descrédito para uma parcela do eleitorado. Começa a perder adeptos.

Mas, o detalhe reside nas próprias contradições internas.O PMDB, por exemplo, seria uma raia de pústulas para Marina. Então integraria a pureza “dos melhores” com os quais pretende governar.

Aí vem a contradição: o seu vice afirma que ninguém governa sem o PMDB. 

Resta saber como Marina realizaria o milagre de fugir ao controle de Eduardo Cunha, por exemplo. 

Que não é nenhum “melhor”. Ou é?

Como farinha na feira-livre
As pesquisas sairão diariamente, segundo o que se encontra registrado no TSE. Virou farinha na feira-livre.

Temos que é a solução encontrada por alguns institutos para ajustar as manipulações em pesquisas passadas ajustando-as à realidade quando a eleição se aproxima.

Acompanhe o leitor as pesquisas já registradas no TSE para divulgação no curso da semana.
TSE-Sistema de Registro de Pesquisas Eleitorais (PesqEle)
BR-00733/2014----VOX POPULI/Rede Record---Data de divulgação: 22/09/2014
BR-00755/2014---IBOPE/Globo-Estadão---Data de divulgação: 23/09/2014
BR-00753/2014---MDA/CNT---Data de divulgação: 23/09/2014
BR-00757/2014---VOX POPULI/Carta Capital---Data de divulgação: 24/09/2014
BR-00756/2014---Sensus/Isto É---Data de divulgação: 24/09/2014
BR-00782/2014---DATAFOLHA/Globo-Folha de São Paulo---Data de divulgação: 24/09/2014


Na defensiva I
Até que disponha o Brasil de um sistema punitivo que leve um mínimo de temor e respeito por aquilo que seja publicado veremos escancarada utilização político-eleitoral sob o viés da ‘denúncia’ baseada tão somente na fonte e não na verdade factual.

Enquanto isso navegam todos em mar tranquilo, conscientes de que nada acontecerá. E quando acontecer, nas calendas do tempo futuro, alguns derréis de mel coado bastarão para cobrir o dano irrecuperável.

A revista Veja, por exemplo, dentre outras, tem se esmerado por ocupar o topo da lista como instrumento gerador de factóides. Não de agora. Mais recentemente podemos destacar o famoso “grampo sem áudio” envolvendo o ex-senador Demóstenes Torres e o ministro Gilmar Mendes, vinculando o Governo federal à ação ilícita. Nada provado, naturalmente.

A lista é grande.

Desta vez a semanal encetou lanças contra o PT baiano, vinculando-o como beneficiário de desvios de uma entidade. De imediato envolve nomes de proa da agremiação na Bahia.

Não há provas. Apenas denúncia de uma dirigente. Por coincidência na véspera da eleição, quando o candidato da situação ameaça o ‘vitorioso’.

A denúncia nasce – segundo o PT – de dirigente da entidade contratada pelo então governador Paulo Souto e afastada por Wagner. Justamente por irregularidades.

Quando tudo for apurado nada acontecerá. Provada que seja a mentira o estrago feito já alcançou o pretendido.

Na verdade, o desmentido pelo PT terá de ser levado ao seu programa eleitoral – como o foi a denúncia por seus adversários.

Certo uma coisa: o PT e a situação ficaram na defensiva.

Na defensiva II
Particularmente acreditamos que o interesse repentino da Veja pela política baiana não decorre de paixão pelos lindos olhos, tampouco pelo sorriso de Paulo Souto.

Para reflexão
A similitude de propostas, projetos, ideias – e ideologia mesmo, quanto aos objetivos – norteia Aécio Neves e Marina Silva. Aécio, por coerência e convicção; Marina, por estar auxiliada pelos ‘melhores’, dentre eles próceres do pensamento tucano, que compõem o ‘novo’ samba do crioulo doido (obrigado, Stanislaw), elaborado a tantas mãos que se renova à cada crítica contra ele disparado.

A loucura do ‘samba’ reside justamente em pretender conciliar o inconciliável: o conflito capital-trabalho, empregado-patrão, nacionalismo-entreguismo. Não que deva ser negado o debate de idéias. Mas, nunca tal debate  na história da Humanidade  possibilitou a confluência plena das divergências em benefício do Homem. 

O reflexo da incompatibilidade fica à mostra quando expressada nas desigualdades sociais que afetam o planeta.

Refletir, portanto, em torno dos discursos, no instante em que mais visível fica o debate entre o desenvolvimentismo da era Lula/Dilma e as propostas de cunho neoliberal, torna-se imperativo. Para não dizer cívico  

Para tanto, há exatas duas semanas para a eleição (a presidencial, como destaque e corolário do conflito), disponibilizamos para reflexão do leitor alguns instantes de veiculação escrita de fatos da primeira etapa desta contemporaneidade brasileira de 20 anos.






























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