quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Invertendo

As bolas
O jornalismo clássico – aquele em que a informação é o objetivo – sempre a entrevista, em qualquer área (política, cultural, profissional etc.) foi o meio de levar ao leitor, ouvinte ou telespectador o máximo de informação dentro da área dominada pelo entrevistado.

Sob esse prisma a recomendação natural gira em perguntar, esperar a resposta em sua integridade, novamente perguntar. Este o ciclo. Ou, quando não suficientemente esclarecido (o que decorre da capacidade e domínio do entrevistador no assunto), uma pergunta para aprofundar a resposta, em dimensão de esclarecimento. Tudo para que quem lê, escuta ou vê/escuta possa absorver o dito e extraia o máximo de informação e conhecimento sobre o assunto.

Não temos a percepção – ou não podemos afirmá-lo – que o fenômeno da entrevista massacre tenha encontrado foros como neste instante da vida política nacional. Dizemos 'entrevista massacre' porque nela não vemos a menor preocupação com a informação ou o esclarecimento e sim com o produzir uma imagem negativa do entrevistado, que é o ator do espetáculo entrevista. Neste diapasão, temos visto o(s) entrevistado(s) como típica vítima do(s) entrevistador(es), tornados atores (assim o pretendem) do espetáculo.

O que ora registramos não diz respeito tão somente à reação – e mesmo indignação – que se nos acomete diante de certas 'entrevistas'. Tanto que estamos aprendendo a dispensá-las. Especialmente se produzidas pelo novo 'padrão Globo' de entrevistar.

Mas, o registro que fazemos é para levar à reflexão uma outra circunstância que está derivando do indigitado comportamento de certos "entrevistadores" da TV aberta: a antipatia que estão gerando na opinião pública.

Nesta quarta ouvimos de um cidadão: "a ... está insuportável. Pergunta e não deixa responder".

Disponibilizamos – para que o confira o leitor – a íntegra da entrevista observada na crítica. 

No original, incluindo vídeo e texto. Basta clicar em http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2014/09/bom-dia-brasil-entrevista-dilma-rousseff.html



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