Em termos
Estamos vivenciando no Brasil uma bem engendrada propagação de uma crise que efetivamente não existe nos termos em que posta. Dentre elas, a hídrica como reflexo para um 'apagão' no fornecimento de energia.
Não que diz respeito à água a grande crise – além daquela inerente às classes dominantes da mídia, a de nacionalismo e respeito à Pátria – é compreender que no país, de dimensões continentais, o que ocorre aqui não ocorre ali.
O Sudeste e o Nordeste vivem estiagens prolongadas levando à redução do nível de barragens que servem às hidrelétricas. No entanto, Sul e Norte não vivem idêntica realidade.
Que se perceba o que ora ocorre no Acre.
Na realidade a crise alardeada passa pela imperativa crise nas linhas de transmissão da energia produzida onde tem água para onde vive estiagem.
Justamente o que aconteceu em 2001/2002. O estoque de água bastava para atender o país. O que falta era linhas de transmissão. Que FHC nunca se interessou em realizar.
No entanto, com a programada suspensão de obras – a considerar a ação de prepostos do Judiciário e do Ministério Público Federal – em razão do afastamento de empreiteiras afetadas por denúncias/delações na Lava Jato, a permanecer o retardamento da retomada de ditas obras (que envolvem a conclusão de hidroelétricas no Norte e linhas de transmissão que sejam necessárias) pode, sim, levar a um racionamento. Não a um apagão, como anunciado apocalipticamente.
Tanto que é assim que vemos uma crise: muito mais em termos de anúncios que de fetiva falta de água no país.
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