Anísio Teixeira
A Comissão da Memória e Verdade Anísio Teixeira, da Universidade Nacional de Brasília, criada para resgatar a memória de acontecimentos ocorridos durante o regime militar envolvendo pessoas a ela vinculados, como os desaparecimentos dos alunos Honestino Guimarães, Ieda Santos Delgado e Paulo de Tarso Celestino ouviu, estarrecida, na cerimônia de instalação, o relato inesperado do professor João Augusto de Lima Rocha, da Universidade Federal da Bahia.
Afirmou o professor ter ouvido de Luís Viana Filho (governador da Bahia quando Anísio Teixeira foi encontrado morto), que lhe confessou com base em fontes militares de sua confiança, que o emérito baiano foi preso no dia 11 de março e levado para o quartel da Aeronáutica, em operação que teve como mentor o brigadeiro João Paulo Burnier, que tinha como plano "matar todos os intelectuais mais importantes do Brasil à época".
Anísio Teixeira foi encontrado morto no poço de um elevador, dois dias depois, e foi divulgado que sofrera um acidente. No entanto, afirma o professor João Augusto, pelos relatos de policiais, AT estava "de cócoras, com a cabeça junto aos joelhos, sob um platô de cimento armado, meio metro acima do fundo do poço" e seus ossos estavam todos quebrados. A pasta de documentos do morto estava ao lado, assim como seus óculos, inteiramente intactos.
Os médicos Afrânio Coutinho e Clementino Fraga Filho (único vivo), presentes à necrópsia, também revelaram ao professor João Augusto sobre os fatos. Mais detalhes em Luís Nassif Online no www.advivo.com.br desta quarta 15.
Dúvidas pairavam sobre o que ocorrera com Anísio Teixeira, o criador da Escola Nova. Ninguém acreditava que sua morte tivesse sido acidental.
A verdade começa a vir à tona.
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