DE RODAPÉS E DE ACHADOS
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Francisco,
o papa
Há
muito a Igreja não discutia as relações sócio-político-culturais-econômicas
como o faz Francisco, o papa.Francisco, o líder
Há muito a Igreja não assume posições concretas em defesa dos menos favorecidos como o faz Francisco, o líder.
Ainda o Papa
Não
será tão cedo que a elite latino-americana – representada por áulicos da
imprensa a que servem – compreenderá o papa Francisco.
Continuarão
interpretando-o... às avessas.
Uma verdade escondida
Não
dimensionamos, ainda, o espírito da coisa que norteia a pretensão editorial.
Mas, não deixa de ser louvável a veiculação do documentário “A Guerra do
Paraguai – a nossa grande guerra”, no History Brasil, neste sábado.
O papa Francisco disse, no Paraguai, com todas as letras: "A guerra do Paraguai foi uma guerra injusta".
Roto
e esfarrapado
Aécio
Neves – autoproclamado reeleito presidente da República na convenção do PSDB –
assume-se líder da oposição 'ao Brasil' e ataca o Governo e PT como antro de negociatas e
irregularidades.
Ninguém
bota a mão no fogo por ninguém – diante do risco de ficar maneta, para não
destoar da sabedoria de vó Tormeza.
Apenas cabe exigir-se prova.
No
entanto, para Aécio Neves, que muito tem a explicar, não se configura o
paladino que pretende parecer. E não precisamos falar das delações de Yousseff
citando-o como beneficiário de 100/120 mil dólares mensais oriundos de Furnas
através de Janene ou de proezas como os aeroportos de Cláudio e Montezuma.
Entre a angústia e o desespero
A
sede com que Aécio Neves busca o poço golpista deixa a entrever uma distinta
conclusão: por que não espera o desastre da economia – como anuncia a oposição –
que tenderia a se agravar e, por si só, destruir o Governo?
É
que algo não está conforme o figurino. O anunciado em jornais e discursos
políticos da oposição não está encontrando a resposta ou convencimento no homem
comum.
Dados
mostram que a contra-petismo encontra apoio em quem votou no PT e se desiludiu
com as medidas de ajuste levadas a termo por Dilma Rousseff.
No
entanto, quando comparada a insatisfação com a realidade de cada um, no preciso
instante de uma definição, a comparação entre um tempo recente e outro mais
pretérito definirá pelo atual quadro.
Moralmente suspeita
Caminha
para completar 1 ano a Operação Lava Jato e seus desdobramentos. Afastados os
resultados que são traduzidos em campanha
político-partidário-leitoral-golpista e busquemos a limpidez
jurídico-processual de todo o anunciado até agora só dispomos de um processo praticamente
sustentado em delações premiadas. Ou seja, testemunha mesmo até esse instante, quase
nada.
Considerando
que delações premiadas têm origem em criminosos que buscam amenizar a
condenação, a dúvida fica em relação à condenação dos delatados.
O
mundo jurídico não vê possibilidade de ser considerada prova a delação em si.
Não
à toa, o ministro Celso de Mello ironizou a partir do estranho fato de que
nunca viu tantas delações premiadas num só processo. Implícito, para o
ministro, que só há criminosos confessos buscando escapar de condenação certa.
Gilmar Mendes
O
ilustre ministro e porta-voz da oposição no STF prometera em entrevista que
liberaria seu voto – que trava a decisão conclusiva, já derrotada por 6 x 1,
sobre financiamento privado de campanhas eleitorais – e julho já caminha por
findar e nada.
É que Sua Excelência trabalha muito. Aproveita o recesso para acelerar processo contra Dilma Rousseff no TSE.
É que Sua Excelência trabalha muito. Aproveita o recesso para acelerar processo contra Dilma Rousseff no TSE.
Mas é que não pode deixar de cumprir seu papel político-partidário, ainda que descumpra suas obrigações institucionais para com o STF.
Sem respostas
Sem respostas
O
país ferve na fogueira da Inquisição urdida por quem perdeu a eleição.
Tudo se sabe. Só não se sabe
de quem é a cocaína flagrada pela PF no helicóptero dos Perrella e de quem o
jatinho de Eduardo Campos.
Traidor
da pátria
A
derrota do senador José Serra – que esperamos não seja a primeira em relação ao
pré-sal – pode levá-lo a liquidar suas pretensões presidenciais. Se o PSDB e
quejandos já são mal afamados como entreguistas, descomprometidos com o povo e
o país, a iniciativa açodada de Serra torna-o o representante mor deste
entreguismo.
A
derrubada do pedido de urgência – para levar à discussão mais ampla o projeto
de Serra – escancarará sua missão antipatriótica e o deixará (certamente os
‘companheiros’ o deixarão ao largo) como o símbolo do entreguismo.
Ficará na história como o traidor do Brasil e do povo brasileiro.
Ficará na história como o traidor do Brasil e do povo brasileiro.
Método I
O presente rodapé é dirigido, tecnicamente, aos advogados. Especialmente os criminalistas.
A postura do juiz Moro – demonstra-o a realidade exposta no vídeo – é de flagrante desrespeito ao princípio constitucional da mais ampla defesa, ainda que esteja a afirmar que tudo faz conforme a lei.
A lei dele, naturalmente.
Método II
A propósito do método – em desdobramentos outros – aproveitamos de Jânio de Freitas, disponibilizado aqui para mostrar o quão cheia de imbroglio está a Lava Jato e suas consequências judiciais.
"A fonte e a espécie de dinheiro que favoreceram a campanha de Dilma foram as mesmas, no dizer do delator premiado, que favoreceram as campanhas de Aécio Neves à Presidência e de Aloysio Nunes Ferreira ao Senado. Na perturbação das ideias, Aécio e suas forças imitam os militares americanos, craques no que chamam, para abrandar ao menos nas palavras, de “fogo amigo”.
No caso de Aécio e do PSDB, porém, o fogo é ainda mais consequente: é fogo suicida. Aécio Neves não se deu conta de que, se Dilma perdesse o mandato por consequência da afirmação de Ricardo Pessoa, no mesmo dia poderia dar entrada em um pedido de cassação dos mandatos dos senadores Aécio Neves e Aloysio Nunes Ferreira, para obter a sentença de efeitos judiciais idênticos em fatos iguais.
Também na política, e sobretudo na democracia, não se deve brincar com fogo.
A CPI da Petrobras faz o mesmo. Criada com o fim óbvio de gerar embaraços para Dilma, para o governo e para a empresa, a CPI vai ouvir o ministro José Eduardo Cardozo, da Justiça, sobre uma escuta ilegal dentro da Polícia Federal em Curitiba. Ocorre que o grampo na cela de Alberto Youssef, ainda no início da Lava Jato, foi posto e já confessado por agentes da polícia. Sob ordem, disseram, do principal delegado que integra o grupo da Lava Jato.
A PF está mal nessa história. Mas não está sozinha, nem na pior situação. Há notícia de que foram identificados sinais do uso, em inquirições, de falas captadas pelo grampo. Se a escuta ilegal já era um procedimento inadmissível, o seu uso em interrogatório compromete o inquérito. E refuta as acusações dos procuradores aos advogados que apontam práticas ilícitas na Lava Jato.
A CPI de apoio à Lava Jato resulta em puro fogo amigo."
CNBB
A sociedade vai aos poucos destacando as 'politizações' várias. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB manifestou posição contra 'politização do Judiciário' e sua "atuação seletiva' etc. aqui
Tudo, menos a serviço do país
Quando
o golpe militar de 1964 triunfou – por ausência de resistência – proliferaram
nos mais distantes rincões presenças estadunidenses como observadores ou
estudiosos em diferentes áreas de conhecimento, mormente Geologia.
Integravam-se às comunidades e sempre – sozinhos – descambavam pelo interior
‘pesquisando’.
Em
relato de Carl Bernstein – lembrado por Mauro Santayana em seu blog aqui – demonstrada ficou a
atuação do governo estadunidense e suas agências na construção da ‘ideologia’
da subserviência alheia a serviços dos EUA. Alguns recebendo recursos oficiais
para defender ‘ideias’.
A
atuação contemporânea passa pela ciência econômica. Onde construídos e
publicados como dogma de fé os pensamentos que atendem ao mercado.
Neste
país – nos dois instantes – nunca faltou quem a eles servisse com denodada
subserviência. E não falta ‘oferecido’.
Atualmente nem precisa de dinheiro. Basta um visto para a Disney.
Atualmente nem precisa de dinheiro. Basta um visto para a Disney.
Esse papa Francisco!
A propósito, parte do artigo de Ricardo Melo, na Folha:
"Ao mesmo tempo, o sistema social ao qual o Vaticano rende homenagem secular exibe repetidos sinais de esgotamento. A perversidade de crises econômicas seguidas, a voracidade do capital financeiro, o sacrifício imposto a povos inteiros em favor de rendimentos parasitários soterram a reputação de ideais lastreados na resignação à espera de uma eternidade próspera.
São mazelas renovadas a cada dia. O cerco da banca internacional à Grécia e o receituário imperativo de austeridade econômica não deixam mentir; junto a isso, a alternativa militar contra migrantes vítimas da fome e da opressão na África compõem um cenário do retrocesso civilizatório em curso.
A cúpula da Igreja Católica conhece o ofício. Num período como esse, nada melhor que alguém com a biografia do papa Francisco e sua imagem despojada (embora motivo de polêmica na Argentina). “Quando o capital se converte em ídolo, arruína a sociedade, destrói a fraternidade, povos enfrentam povos.” Foi mais longe ainda em seu discurso na Bolívia: “Ações de concentração monopolista dos meios de comunicação social, que pretendem impor pautas alienantes de consumo e uniformidade cultural, são uma forma de novo colonialismo, de colonialismo ideológico”.
No Brasil de hoje, se dependesse da oposição, o pontífice provavelmente estaria sujeito a um processo de impeachment ou coisa parecida. Isso se alguém não pedisse a recontagem dos votos dos cardeais que o elegeram.
Inútil esperar de Roma qualquer solução terrena. Religiões não existem para tanto; quando muito, atuam como paliativos. O importante na fala do papa Francisco é o diagnóstico cortante. Nem precisa ser bom entendedor."
Há vida
Enquanto
dizem existir música por aí, onde proliferam cacofonias pessimamente
melodizadas, tudo com respaldo da valorosa contribuição de programas de rádio e
televisão, podemos afirmar que ainda há vida inteligente neste país.
Que
o diga o leitor ouvindo o vídeo abaixo, acústico caseiro mostrando uma geração
comprometida com qualidade da música brasileira.
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