DE RODAPÉS E DE ACHADOS
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Grécia
x Brasil
Afirmado
que o Governo Federal não se havendo bem na condução de seus gastos entrou no perigoso estágio de déficit fiscal. Ou seja, gastou mais do que
podia. O
natural teria de suceder: reduzi-los para equilibrar a conta e manter a
credibilidade.
Mas
não precisava exagerar.
Economizar encontra uma solução simples: aumentar o
ganho, a arrecadação. Não foi feito nos moldes inovadores: reduzir a sonegação, tributar o capital, a riqueza e herança.
No entanto, a receita aplicada é por demais conhecida: redução de gastos, corte de despesas,
inibição da atividade econômica. Leitura pelna do receituário neoliberal.
A fonte da receita é também por demais conhecida: a da especulação financeira.
No embalo a equipe econômica
cortou gastos com programas sociais e atacou os pequenos do país, esquecendo-se
do ganho dos grandes. "Ajuste de meia tigela", como ironiza Paulo Henrique Amorim.
Uma
lição que leva a Grécia ao amargor, como Espanha e Portugal.
Quem fez diversamente – como a Islândia – viu situação resolvida a contento. Do
país e do seu povo. Com a concordância da banca.
Da
Grécia querem até o histórico porto de Pireu. Do Brasil, apenas o pré-sal.
Porque o Cristo Redentor é muito pouco.
AFP/Getty Images
Relativo
Em
mais uma matéria sobre tema ('Da guerra ao comércio', assinada por Marcelo Pellegrini), a semanal Carta Capital volta a tratar da liberação
da maconha, partindo
de uma indagação: "não seria mais inteligente legalizar e controlar o comércio
do que deixá-lo sob o domínio dos narcotraficantes?"
A
matéria transita a partir do sucesso econômico-financeiro ocorrido no Colorado, EUA,
onde gerados, segundo a Drug Policy Alliance, mais de 10 mil postos de
trabalho, entre janeiro e julho de 2014, e 27 milhões de dólares em tributos,
com a estimativa de uma movimentação de 2,7 bilhões em todo o país, ainda que
não haja uma permissão federal para tanto.
Também
destacado que a maconha é a terceira substância psicoativa consumida no planeta
– o álcool e o tabaco são as primeiras.
Um
outro ponto abordado é o custo oriundo da não liberação, não só no aparato da
repressão, que nos EUA já consumiu 1 trilhão de dólares nos últimos 20 anos, sem
que tenha reduzido o consumo, ao passo que fez demandar um aumento da população
carcerária e o dos efeitos da violência sobre o sistema da saúde.
O
polêmico tema ouriça parcela considerável da sociedade brasileira que tem na
cannabis não somente uma droga mas o portal para o universo dos demais psicoativos
negociados na ilegalidade.
No
entanto, a discussão anda posta. Inclusive no Congresso,com projeto do deputado Jean
Wyllys, do PSOL, que cria regras para o plantio, comércio e consumo, para quem –
segundo a matéria – “Hoje se adquire drogas em praticamente qualquer esquina,
ou seja, na prática o comércio é liberado. A diferença é que esse dinheiro, em
vez de beneficiar o Estado, vai para o bolso de máfias e corrompe funcionários”.
O
deputado não precisa dizer ‘quais’ funcionários públicos. É simples: quando
alguém está levando vantagem tudo é permitido; inclusive o proibido.
Onde o “domínio
dos traficantes” pode ser muito relativo.
Risco
de saturar
James
Brow, traduzindo sua vivência daqueles anos 60 – de conflitos onde confrontado
o pacifismo de Martin Luther King por Malcolm X e Panteras Negras na busca/luta
pela igualdade dos direitos civis – afirmou que os negros queriam algo
imediato, tanto o esperar por serem reconhecidos como pessoas.
Distante
a época e o lugar, de certa forma vivemos a ansiedade por resolver problemas
históricos. Postos diante de nós nos convocam a enfrentá-los. No entanto, não
temos o imediato referido por Brow, tampouco as lições de Martin Luther King, menos
ainda a consciência da assunção do enfrentamento de Malcolm X ou dos Panteras
Negras.
Zuenir
Ventura em texto publicado em O Globo aqui toca no fato de que o brasileiro quer
resultados imediatos em tudo. E põe em evidência o desgaste por que passa a
campanha judicial de combate à corrupção nos moldes postos por alguns, onde se
destaca no instante a dos que dirigem e comandam a Operação Lava Lato, por
estar fazendo tardar a resposta esperada. Assim – deduzimos – tardando a resposta e repetida a ladainha diariamente, a tendência é sentir-se
cansado o povo e saturada a mensagem.
Em tempos de tarja preta
Nestes augustos tempos em que a informação seletivada traduz-se na festa dos interesses particulares e político-eleitorais, um jantar/festa na casa de Marcelo Odebrecht faz destacar a presença de Lula no evento como se fosse obra de Satanás.
Omite-se – naturalmente – outros nomes e quejandos.
O caviar da esquerda.blogspot.com listou uma singular relação de convidados, norteado pela cultura atual.
Há
36 anos
Para idênticas atitudes o instante e a conveniência dão tons diferentes.
A propósito das ilações de um Procurador da República sobre a atuação de Lula em defesa de interesses nacionais, Maurício Dias, na Carta Capital, traz significativa informação no Reagan pode. Lula, não!
Para idênticas atitudes o instante e a conveniência dão tons diferentes.
A propósito das ilações de um Procurador da República sobre a atuação de Lula em defesa de interesses nacionais, Maurício Dias, na Carta Capital, traz significativa informação no Reagan pode. Lula, não!
Detalhe: no centro do mesmo fato a
mesma empreiteira (Odebrecht).
Ironia
necessária
No
atual estágio de apurações e investigações no Brasil corremos o risco de morrer
de indignação – os que defendemos as instituições de um Estado Democrático de
Direito – ou sobrevivermos pelo viés da ironia. Neste particular aspecto muito
devemos a Paulo Henrique Amorim e seu sarcástico jornalismo. Afinal, quando não
há como enfrentar o absurdo deboche-se do absurdo.
É
o que faz PHA aqui com a absolvição – tardia – de um exposto e condenado pela mídia na Lava jato e absolvido pelo juiz Moro, que legitima aquelas operações.
O
comentarista Paulo Coutinho acertou na mosca: “É o expectro
(sic) da ditadura que continua vigiando nas atitudes do pig e dos filhotes
ainda encastelados nas instituições”.
Mais
uma de Moro
Já
registramos em outros instantes do grande risco – e grave, pelas consequências
– de a Operação Lava Jato cair em desgraça em razão dos abusos cometidos pelas
autoridades nela envolvidos: de delegados da Polícia Federal a titulares do Ministério Público federal e o juiz Sérgio Moro.
Mais
uma, a partir do que observa o advogado Thiago Gomes Anastácio em O crime e o homem: a Justiça está incitando um delito
Pior
que o soneto
As
redes abriram espaço para qualquer um postar o que entende. Algumas são típicos
absurdos, produto de mentes alienadas, mesquinhas em várias abordagens, reflexo
de limitações que vão da intelectual à mental.
Mas,
por outro lado, abre espaço para que muito do que é escondido pela mídia no
poço de seus interesses seja escancarado, às vezes – e em muitos casos – com deboche.
Como algumas montagens a partir da tarja preta sobre as iniciais que podem ser
de José Serra em relatório da Polícia federal, divulgadas pelo Estadão.
A tentativa de proteger
Serra deu com os burros n’água. Típico do ‘a emenda foi pior que o soneto’.
MAIS
Tardio recurso
Ocorre que o nome de Serra
já havia aparecido em relatório.
Quem tem... tem medo
Basta que acompanhemos os argumentos e explicações de Antonio Lassance no Observatório da Imprensa leia para compreender o gráfico abaixo, que traduz a relação desproporcional entre os
São resultantes dos seguintes dados analisados a partir dos critérios do próprio Governo federal, através da SECOM.
Tardio recurso
Lula (man)ter contato com Marcelo Odebrecht é sinal de prática criminosa, como se
alardeia pela imprensa a partir dos vazamentos da Polícia Federal.
Mas
quando José Serra aparece em telefonema com Marcelo – o que não significa
irregularidade – aí a PF põe uma tarja preta sobre as iniciais JS.
Quem tem... tem medo
O atual presidente da CBF (diante do que fazem outros tantos o nome de cada um fica dispensado) se recusa a viajar par atender aos reclamos
da FIFA.
Tá explicado.
Novo proponente a uma delação premiada lá nos
EUA-FBI pode ser a razão.
Del Nero tem razão. Quem tem... tem medo.
Del Nero tem razão. Quem tem... tem medo.
Até
quando?
Neófito
nos cueiros ginasianos, idos de 1960, tempo em que no curso daqueles quatro
anos vivenciava-se Latim, Música, Francês (3 anos), Inglês (3 anos).
No
emaranhado das descobertas nos debruçávamos sobre “Le ciel il’est bleu”, "The book on the table" etc.
E
muito especificamente – graças às exigências do professor padre Sebastião
Bezerra, o Latim se nos afigurava mais importante que qualquer outra
aprendizagem: Quosque tanden Catilina abutere patientia nostra, Alea jacta est, Rosa, rosae, rosarum etc.
Que falta nos faz o Latim: quosque tanden Eduardus, Calheirus, Aecius etc.
Queimando dinheiro
O gasto do Governo Federal com a mídia contraria
seus critérios postos a distribuição dos recursos: número de telespectadores, de leitores etc.
A palavra
distribuição encaixa-se perfeitamente à circunstância de que o que ora ocorre é
desperdício, quando se trata dos gastos com televisão, o que não ocorre com rádio, revistas, jornais e internet.
Basta que acompanhemos os argumentos e explicações de Antonio Lassance no Observatório da Imprensa leia para compreender o gráfico abaixo, que traduz a relação desproporcional entre os
São resultantes dos seguintes dados analisados a partir dos critérios do próprio Governo federal, através da SECOM.
A pergunta: "Em que medida, então, os gastos de publicidade da Secom e das estatais refletem os hábitos midiáticos dos brasileiros? Aí é que está: não refletem. Eis a fábula da mídia técnica desmentida:
Portanto – afirma-o Lassance –, com base em dados técnicos; dados de audiência; dados de pesquisa; dados oficiais; a mídia técnica do Governo Federal, de técnica, só tem o nome. Desrespeita os dados que a própria Secom tem em mãos, pelo menos, desde 2011.Fonte: tabela do autor com base em dados disponíveis em http://www.secom.gov.br/pdfs-da-area-de-orientacoes-gerais/midia/total-administracao-direta-todos-os-orgaos-indireta-todas-as-empresas.pdf"
Itabuna e as eleições municipais I
No elenco de candidaturas surgiu a de Carlos Lear. Respaldada no capitalismo grapiúna, caso possamos afirmar que a turma disponha de alguns milhões de reais em recursos para garantir uma eleição.
Caso disponha, onde a crise?
Itabuna e as eleições municipais II
Definido – de forma mais tranquila – o quadro sucessório no que diz respeito à oposição ao Governo da Bahia, com PMDB, PSDB e DEM. Prontos a se concentrarem torno de um só nome, se conveniente for.
No que se refere a possíveis candidatos que encontrariam seu apoio (do Governo) os nomes girariam em torno dos encontrados no PRB, no PT e no PCdoB.
A grande incógnita continua representada naquele nome que seria (e será se o quiser) candidatura à reeleição: o do prefeito Claudevane Leite.
No entanto, ainda que nome natural, o atual prefeito não demonstra publicamente disposição para reenfrentar as urnas.
Sua postura – abrindo caminho para especulações e até mesmo candidaturas dentro de suas hostes – poderia ser interpretada como um jogo bem urdido visando detonar algum nome que pretenda ser o ungido pelo Governo estadual.
Dando vazão ao terceiro até – o escolhido já, ou que se sinta nesta condição – que não corresponda à vontade ou participação da cúpula estadual.
Sob esse viés, estaria aguardando findar prazos legais para inviabilizar a saída deste alguém a tempo de conseguir uma sigla que o permitisse concorrer.
Uma outra especulação – deste escriba – gira em torno da possibilidade de assegurar o controle da gestão para quem fosse vice em sua chapa de reeleição, que assumiria depois de um certo tempo de curto cumprimento do novo mandato.
Tal considerar levantaria a ambição dos dois rivais imediatos, tanto do PT como do PCdoB. Muito interessante para o PT, que poderia indicar um nome sem riscos de um débâcle interno de maiores consequências.
Ocorre que também poderia estar cozendo o galo em fogo brando enquanto os interessados buscam espaço, quando então definiria seu apoio a algum deles.
O difícil neste jogo é que o Governo venha a aceitar – sem definir antecipadamente – uma aventura capitaneada por Claudevane Leite que beneficie alguém que não esteja como fiel de balança no processo.
Outras duas incógnitas (PT e PCdoB) serão mais adiante analisadas.
Itabuna e as eleições municipais I
No elenco de candidaturas surgiu a de Carlos Lear. Respaldada no capitalismo grapiúna, caso possamos afirmar que a turma disponha de alguns milhões de reais em recursos para garantir uma eleição.
Caso disponha, onde a crise?
Itabuna e as eleições municipais II
Definido – de forma mais tranquila – o quadro sucessório no que diz respeito à oposição ao Governo da Bahia, com PMDB, PSDB e DEM. Prontos a se concentrarem torno de um só nome, se conveniente for.
No que se refere a possíveis candidatos que encontrariam seu apoio (do Governo) os nomes girariam em torno dos encontrados no PRB, no PT e no PCdoB.
A grande incógnita continua representada naquele nome que seria (e será se o quiser) candidatura à reeleição: o do prefeito Claudevane Leite.
No entanto, ainda que nome natural, o atual prefeito não demonstra publicamente disposição para reenfrentar as urnas.
Sua postura – abrindo caminho para especulações e até mesmo candidaturas dentro de suas hostes – poderia ser interpretada como um jogo bem urdido visando detonar algum nome que pretenda ser o ungido pelo Governo estadual.
Dando vazão ao terceiro até – o escolhido já, ou que se sinta nesta condição – que não corresponda à vontade ou participação da cúpula estadual.
Sob esse viés, estaria aguardando findar prazos legais para inviabilizar a saída deste alguém a tempo de conseguir uma sigla que o permitisse concorrer.
Uma outra especulação – deste escriba – gira em torno da possibilidade de assegurar o controle da gestão para quem fosse vice em sua chapa de reeleição, que assumiria depois de um certo tempo de curto cumprimento do novo mandato.
Tal considerar levantaria a ambição dos dois rivais imediatos, tanto do PT como do PCdoB. Muito interessante para o PT, que poderia indicar um nome sem riscos de um débâcle interno de maiores consequências.
Ocorre que também poderia estar cozendo o galo em fogo brando enquanto os interessados buscam espaço, quando então definiria seu apoio a algum deles.
O difícil neste jogo é que o Governo venha a aceitar – sem definir antecipadamente – uma aventura capitaneada por Claudevane Leite que beneficie alguém que não esteja como fiel de balança no processo.
Outras duas incógnitas (PT e PCdoB) serão mais adiante analisadas.
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